RISCOS CIBERNÉTICOS |
[Por: Bianca Rocha Foto: Banco de Imagens Google]
PERCEPÇÃO DE RISCOS VIRTUAIS AUMENTA PROCURA PELA PROTEÇÃO DO SEGURO Estudo mostra que 30% das empresas brasileiras já foram alvo de incidentes de riscos eletrônicos, e relatório coloca o Brasil na liderança dos países com 43% de probabilidade de vazamento de dados.
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Brasil é um dos países mais conectados do mundo, líder em uso de smartphones e referência em tecnologia bancária e em pagamento eletrônico. Se por um lado há desenvolvimento, por outro o País caminha a passos lentos quando o assunto é proteção de dados e transações. Não faltam estudos que o colocam no topo do ranking daqueles com maior potencial de danos devido a ataques cibernéticos (vazamento de dados, roubo de senhas, rompimento de sistemas e outros crimes). Não por acaso, esse cenário vem movimentando o mercado segurador brasileiro. De acordo com a pesquisa Norton Cyber Security Insights Report 2017, divulgada pela Symantec (empresa global de segurança cibernética), o Brasil reúne números alarmantes: ficou em segundo lugar em termos de perdas financeiras provocadas por ataques cibernéti-
“As obrigações e responsabilidades impostas pela legislação de proteção de dados individuais vão favorecer a adoção de uma nova cultura de proteção nas empresas, que não querem ficar expostas a riscos que comprometam sua reputação.” Luiz Gustavo Galrão / FenSeg
cos, atrás apenas da China. Naquele ano, cerca de 62 milhões de brasileiros foram vítimas de cibercrime, o que representa 61% da população adulta conectada do País. As perdas totalizaram R$ 80 bilhões; cada vítima perdeu uma média 34 horas com as consequências dos ataques. O estudo produzido pela JLT Cyber View, em 2018, mostra que 30% das empresas brasileiras já foram alvo de incidentes. Já o relatório IBM Ponemon coloca o Brasil na liderança dos países com mais probabilidade de um vazamento de dados: 43%. “O País evoluiu em diversos aspectos tecnológicos, mas ainda há uma cultura a ser criada entre os brasileiros em relação à proteção de dados. Nesse ponto, estamos atrasados em comparação ao resto do mundo. Em países da Europa, por exemplo, existem legislações nesse sentido desde as décadas de 1980, 1990. Por aqui tivemos dois marcos recentes: o ///REVISTA DE SEGUROS | 33