Relatório do II Seminário Nacional de Formação Esportiva

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Avaliação e Perspectivas Futuras da Política de Formação de Atletas Olímpicos e Paralímpicos

RELATÓRIO


APRESENTAÇÃO O II Seminário Nacional de Formação Esportiva foi pensado de forma a integrar todos os representantes dos Clubes Formadores de Atletas, filiados e vinculados ao Comitê Brasileiro de Clubes, com os outros atores do Segmento Esportivo Brasileiro. Participaram do evento, representantes máximos da Autoridade Brasileira de Controle Antidopagem ABCD [ pg. 8 ], Secretaria Nacional do Esporte de Alto Rendimento – SNEAR, ambas do Ministério do Esporte [ pg. 8 ], representantes do Comitê Olímpico do Brasil - COB [ pg. 9 ], Comitê Paralímpico Brasileiro - CPB [ pg. 9 ], da Confederação Brasileira de Voleibol - CBV [ pg. 9 ], atletas e representantes de Entidades voltadas ao Esporte Brasileiro.

Com a presença de mais de 80 profissionais do segmento esportivo, todas as abordagens foram muito produtivas, como a mesa redonda I [ pg. 10 ], cujo tema foi: ‘Onde estamos e para onde vamos?’, coordenada pelo Vice-Presidente de Formação de Atletas, Dr. Fernando Cruz; a mesa redonda II [ pg.10 ]: ‘Avaliação dos Resultados da Política de Formação de Atletas desenvolvida nos Clubes Esportivos Formadores’, coordenada pelo Gerente de Projetos, Ricardo Avellar; a dinâmica [ pg. 10 ], participativa para discussão dos objetivos estratégicos, coordenada pelo Professor José Finocchio [ pg. 10 ], e as propostas dos representantes dos Clubes sobre o Plano Estratégico do CBC e sobre o objeto do Edital de Chamamento de Projetos nº 07 [ pg. 10 ], entre outras.

OBJETIVOS DO SEMINÁRIO Avaliar os resultados obtidos pelos clubes com os convênios dos Editais 1 a 5, discutindo a metodologia de acompanhamento e avaliação da política atual de formação de atletas;

1

Debater e avaliar o Plano Estratégico do CBC – Ciclo Olímpico e Paralímpico 2016 – 2020 com os clubes esportivos e sociais formadores de atletas, priorizando a revisão dos indicadores e metas previamente estabelecidos, à luz dos resultados da seleção do Edital 06 e as perspectivas dos novos Editais de Chamamento;

2

3

Discutir e definir as linhas gerais do próximo Edital de Chamamento do CBC (Edital 07) to-

mando por base os investimentos já realizados e as principais necessidades dos clubes formadores, considerando os recursos disponíveis até o final de 2016, e ainda a previsão de arrecadação anual em alinhamento com o Plano Estratégico 2016-2020; Debater o futuro da política nacional de formação de atletas pós Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 com os demais integrantes do Sistema Nacional do Desporto, a partir dos resultados obtidos e do legado dos Jogos, considerando a conjuntura política e econômica do país, de modo a reavaliar os investimentos e as prioridades;

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EXPEDIENTE Conselho Editorial: Tatiany Moccaldo Analistas de Comunicação: Euro Dante e Henderson Arsênio Consultora: Gianna Perim Analista Administrativa: Cristal Porfirio Analista de Projetos: Luiz Ribeiro Projeto gráfico: Ozonio Propaganda e Marketing Fotos: Acorde Cultural

Rua Açaí, 566, Bairro das Palmeiras Campinas - SP / CEP: 13092-587 (19) 3794.3750 www.cbclubes.org.br


PALAVRAS DO PRESIDENTE Com o advento da Nova Lei Pelé - NLP (Lei 9.615/98), que recebeu nova redação após a sanção da Lei 12.395/11, ocorreu a maior conquista da história do segmento clubístico, que passou a receber o correspondente a 0,5% de toda verba arrecadada nos Concursos de Prognósticos, sendo seu destino único e exclusivo para a formação de atletas olímpicos e paralímpicos. O responsável pelo recebimento dos recursos e pela descentralização aos clubes esportivos é o COMITÊ BRASILEIRO DE CLUBES – CBC, até agora denominado de Confederação Brasileira de Clubes. Todo esse processo mudou a história e fortaleceu de forma significativa o papel que os clubes já vinham desempenhando na formação de atletas olímpicos e paralímpicos. A mudança foi tão grande que levou a então chamada Confederação Brasileira de Clubes até mesmo a mudar de nome para assumir seu novo papel no Sistema Nacional do Desporto – SND.

Dando continuidade ao debate realizado em 2015, e considerando os excelentes resultados obtidos na realização do primeiro Seminário, o CBC realizou o II SEMINÁRIO NACIONAL DE FORMAÇÃO ESPORTIVA, que teve como tema a “AVALIAÇÃO E PERSPECTIVAS FUTURAS DA POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE ATLETAS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS”, e criou oportunidades para que se discutisse o processo de formação esportiva para além do processo de descentralização. Reunindo pela primeira vez os demais integrantes do Sistema Nacional do Desporto com o CBC, nos propusemos a debater o futuro da política de formação de atletas pós Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, a partir do levantamento de dados sobre a formação de atletas, dos resultados obtidos e do legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, considerando a conjuntura política e econômica do país, de modo a reavaliar os investimentos e as prioridades do setor.

Desde então, a Confederação Brasileira de Clubes foi integrada ao SND, representando as Entidades de Prática Esportiva do segmento clubístico, no mesmo patamar que o Comitê Olímpico do Brasil – COB, que representa as Entidades Nacionais de Administração do Esporte Olímpico, e o Comitê Paralímpico Brasileiro – CPB, que agrega as entidades do desporto paralímpico. Uma grande vitória, que está sendo celebrada com a adoção do novo nome.

Portanto, é com muita satisfação que compartilhamos com a comunidade esportiva os RESULTADOS DO II SEMINÁRIO NACIONAL DE FORMAÇÃO ESPORTIVA, no momento em que o CBC e os clubes esportivos formadores de atletas se preparam para o próximo ciclo olímpico e paralímpico, a partir do seu Plano Estratégico 2016-2020. Boa leitura!

A mudança representa a grande transformação que os recursos da Nova Lei Pelé estão realizando nos clubes esportivos formadores de atletas. E o melhor, o agora COMITÊ BRASILEIRO DE CLUBES, segue em sua nova missão sem perder sua identidade, pois a sua sigla, já tão conhecida no mundo do esporte, continua a mesma: CBC.

Jair Alfredo Pereira

Desde 2014, descentralizamos recursos aos clubes esportivos filiados, realizamos seis editais fomentando 115 projetos por meio de 93 parcerias e destinando em torno de R$ 155 milhões. Para promover uma discussão mais aprofundada sobre a Política de Formação Esportiva, o CBC instituiu em 2015, o Seminário Nacional de Formação Esportiva com o propósito de reunir os gestores dos clubes esportivos formadores de atletas, bem como os profissionais da área que atuam nos Departamentos de Esportes dessas entidades.

Presidente do CBC


O EVENTO FOI UM GRANDE SUCESSO!

DIA 24

ASSINATURA DO PROTOCOLO DE INTENÇÕES. O Seminário iniciou com grande destaque com a assinatura de protocolo de intenções entre o CBC e a Associação Brasileira de Controle Antidopagem ABCD, com a iniciativa do Ministério do Esporte.

“Por conta do momento esportivo vivido pelo país, após a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, e o sucesso dos atletas brasileiros, todos os olhares estão voltados para o legado dos Jogos e para o trabalho que será realizado para a permanência e/ou evolução dos resultados dos nossos atletas nos próximos eventos esportivos. Portanto, nós, do CBC, vamos trabalhar estrategicamente com a formação dos atletas nos Clubes Brasileiros, para que possamos sustentar os seus primeiros passos para chegarem ao outro lado do mundo, Rumo a Tóquio 2020!”

Lars Grael - Superintendente técnico do CBC

Este protocolo tem por objetivo disseminar a cultura antidoping entre os atletas em formação, divulgando o tema entre os clubes nacionais, por meio de ações conjuntas, educativas e de prevenção que visem a erradicação da dopagem no esporte brasileiro. “Levando-se em conta que 84% dos atletas brasileiros que participaram dos Jogos Olímpicos no estado do Rio de Janeiro eram oriundos de clubes, e a importância dessas agremiações como berço do esporte nacional, esta parceria se torna fundamental, principalmente por conta do trabalho de prevenção do doping e suas consequências que será feito na formação de atletas”, explica o Presidente do CBC, Jair Alfredo Pereira.

O Seminário deste ano tem como tema, a formação esportiva. O propósito do CBC é inspirar para o esporte e, principalmente, formar atletas olímpicos e paralímpicos. Para tanto, é fundamental a construção de uma política de formação em parceria com os clubes formadores, que defina objetivos e metas concretas, bem como indicadores de desempenho. Esta é a tarefa a cumprir neste Evento. Ótimo trabalho a todos!”.

“Por conta desta cooperação entre as instituições, a ABCD se propõe a dar o suporte necessário ao CBC para que conjuntamente atuem na realização de treinamentos, cursos, seminários, conferências e encontros nacionais e internacionais com o intuito de zelar pela saúde futura dos atletas dos clubes, promovendo no meio esportivo nacional os princípios éticos da prática do jogo limpo de Dopagem.”

Dr. Fernando Cruz

Secretário Nacional da ABCD/ME

Vice-Presidente de Formação de Atletas do CBC

Rogério Sampaio


DIA 24

I MESA REDONDA Formação de Atletas: Onde estamos e para onde vamos? Coordenação: Dr. Fernando Cruz – Vice-Presidente de Formação de Atletas do CBC

A principal mesa redonda teve como ênfase a discussão sobre a formação de atletas no país - o cenário atual em que nos encontramos e quais são as perspectivas futuras, sob a visão do Ministério do Esporte – ME, Comitê Olímpico do Brasil – COB, Comitê Paralímpico Brasileiro e do próprio Comitê Brasileiro de Clubes – CBC.

Os participantes da mesa se posicionaram discorrendo sobre a formação de atletas na perspectiva de suas entidades, compondo assim uma visão geral de todos os integrantes do Sistema Nacional do Desporto -SND. Apresenta-se abaixo a essência da visão de cada um:

“Os clubes são a principal célula formadora do esporte no Brasil, apesar de todos os desafios que enfrenta no cenário atual. E o papel do CBC, bem como do Ministério, é dar suporte às futuras estrelas do esporte como uma engrenagem. Buscamos, enquanto Ministério, ter um conhecimento maior do esporte em cada região do País: qual esporte é mais adotado, qual clube é mais presente nas modalidades esportivas, e o CBC vem somar, buscando dados diretamente dos Clubes, visando Indicadores de Desempenho, demonstrando o potencial do trabalho dos Clubes Formadores, com a comunidade local, com os profissionais de educação física, e com os atletas iniciantes. Eu sou muito agradecido a todos os clubes que passei como atleta de natação, participei da vida clubista, e entendo que somente realizando o trabalho com excelência, a sociedade brasileira apoiará ainda mais o segmento clubístico.”

“A integração de todos os agentes dentro do Sistema Nacional do Desporto não é somente aconselhável – é obrigatória. Só assim fortaleceremos o esporte nacional. Os clubes tiveram a maior contribuição dentro dos esportistas que formaram a delegação olímpica brasileira nos jogos Rio 2016, com 84% de atletas formados nos clubes. Conseguimos feitos inéditos como multimedalhistas em judô, canoagem e ginástica artística. Temos aí a oportunidade de termos maior participação em novas modalidades, além das tradicionais conquistadoras de medalhas. Temos também que investir mais nos esportes coletivos e na maior participação das mulheres nas competições internacionais. O objetivo é sempre verificar todas as lacunas dentro da formação e preparação dos atletas para ampliarmos nossa potência olímpica, e acreditamos que este é mais um trabalho do CBC junto aos órgãos competentes”.

Luiz Lima

Jorge Bichara

Secretário Nacional do Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte e Ex- Atleta Olímpico

Gerente Geral de Performance Esportiva do COB

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DIA 24

“O esporte paralímpico ainda é fortemente desenvolvido em clínicas e centros de reabilitação, além de entidades assistenciais. As experiências em clubes esportivos, ainda que poucas, são significativas. Por isso, como Comitê Paralímpico Brasileiro, estamos prontos para contribuir no que for necessário com a formação de atletas paralímpicos dentro dos clubes, pois visamos um grande crescimento da prática esportiva paralímpica, com os incentivos já praticados nos Editais de Chamamento Interno de Projetos do CBC ”.

Edilson Rocha “Tubiba” Diretor Técnico do CPB

“Este é um momento de integração do esporte brasileiro. Ouvir os clubes de forma abrangente e transparente foi a missão cumprida por esta edição do Seminário Nacional de Formação Esportiva. Temos que provar com clareza a ação e a qualidade do trabalho executado pelos clubes brasileiros para que, desta maneira, tenhamos um reconhecimento ainda maior da sociedade. A maior parte da formação esportiva ocorre nos clubes. Queremos, a partir da avaliação de nosso trabalho quadrienal, garantir que mais clubes também participem dos processos de descentralização de recursos para que a formação de atletas seja ainda mais potencializada, essa é mais uma das metas que o CBC tem, alcançar a todos”.

Lars Schmidt Grael Superintendente Técnico do CBC

“É sabido que os benefícios do esporte ultrapassam os eventuais resultados das competições; mais do que campeões, é preciso formar cidadãos íntegros e saudáveis, e a prática esportiva é um dos caminhos para atingir estes objetivos. Por isso, a importância da participação e protagonismo dos clubes formadores de atletas, nesta iniciativa do CBC, para a concretização de uma política de formação realmente integrada e eficaz.”

Dr. Fernando Cruz Vice-Presidente de Formação de Atletas do CBC


DIA 24

I I MESA REDONDA

Resultados da política de atletas desenvolvida nos clubes esportivos formadores. Coordenação: Ricardo Avellar – Gerente de Projetos do CBC

Para finalizar o primeiro dia do Evento, foram avaliados por outras personalidades esportivas os Resultados da Política de Atletas Desenvolvida nos Clubes Esportivos Formadores. Para tanto o CBC procurou ouvir todos os atores que participam dessa construção, a começar pelos clubes formadores e os atletas (olímpico e paralímpico) que são os principais beneficiários da Política de Formação. Também foi importante envolver o Sistema Federativo (Confederações e Federações) representado pela Confederação Brasileira de Voleibol – CBV. Vejam os depoimentos:

“É muito importante, não somente para o atleta paralímpico, a necessidade de trabalhar a sua formação com integralidade, visando cuidados médicos, terapêuticos e não apenas o apoio técnico. Foi na busca de um tratamento adequado que conheci o esporte paralímpico, numa época em que tínhamos mais apoio de associações e outras entidades. Contudo, hoje, com o apoio e incentivo do CBC, isso está mudando, e o último Edital prova isso, pois tem por objetivo remunerar equipes multidisciplinares, e o trabalho que será realizado por esses profissionais será de suma importância para atletas como eu.”

Edênia Garcia Atleta Paralímpica / Representante do CPB

“É com muita satisfação que participo do II Seminário Nacional de Formação Esportiva. Este evento acontece a partir de muito trabalho político, que reconheceu o segmento clubístico como um dos principais eixos do esporte de base no Brasil. A partir daí, construímos uma política de trabalho com todos do segmento esportivo, pois apenas com todos os agentes da formação de atletas envolvidos, é possível transformar crianças em campeões olímpicos e paralímpicos, e com este resultado, evidenciaremos ainda mais o nosso segmento, tornando cada vez mais claro aos Clubes o seu papel, e a legítima função do CBC.”

Ana Moser Atleta Olímpica /Representante dos atletas do Brasil e membro da Comissão Técnica do CBC

7


DIA 24

A visão das entidades de administração do desporto.

A visão dos clubes formadores.

“Para a Confederação Brasileira de Voleibol, os Clubes Formadores são a base do esporte. É a partir do reconhecimento do esporte de alto rendimento que os novos atletas se interessarão por esta ou aquela modalidade. Por isso, é fundamental estreitarmos os laços entre os Clubes e as Confederações Esportivas”.

“O suporte do CBC por meio da descentralização de recursos é fundamental. É necessário que este recurso público seja sempre bem administrado e utilizado a sanar todas as necessidades da Formação de nossos atletas. É desta maneira que procuramos trabalhar no Minas Tênis Clube. Por isso, apresentamos uma visão geral de cada um dos convênios firmados com o Comitê”.

Ricardo Trade “Baka” Diretor Executivo da Confederação Brasileira de Voleibol – CBV

Rogério Romero

“Apresentamos os principais resultados da descentralização de recursos do CBC. A evolução dos investimentos, tanto no esporte olímpico quanto paralímpico, a transparência na gestão, o investimento em pessoas, bem como a prestação de contas aos órgãos de controle, que ratificam a credibilidade que os representantes do poder público atribuem ao CBC”.

“Este II Seminário Nacional de Formação Esportiva estabelece um momento mais estratégico do que operacional. Considerando o ponto de vista dos parceiros, definiremos novas perspectivas a partir do que já realizamos até aqui. Este é o nosso novo desafio! ”

Humberto Panzetti Presidente da Associação dos Secretários Municipais de Esporte e Lazer - ASMEL, e membro da Comissão Técnica do CBC

Gerente de Esporte do Minas Tênis Clube - MG

Ricardo Avellar Gerente de Projetos do CBC e Coordenador da II mesa redonda


DIA 25 INDICADORES E METAS PARA RESULTADOS DAS POLÍTICAS ESPORTIVAS DE RENDIMENTO O segundo dia do Seminário tratou das questões estratégicas do CBC. Neste sentido tivemos o privilégio de ter a participação de todos os presentes na discussão do Plano Estratégico do CBC, seus objetivos, indicadores e metas. Toda a temática foi orquestrada pelo Gerente de Projetos Ricardo Avellar e pelo convidado do CBC, o professor José Finocchio, Mestre em engenharia pela Escola Politécnica da USP, com MBA em finanças pela FEA-USP, Pós-graduado na FGV-EAESP, com certificações PMP, PMI-SP, PMI-RMP. Professor sobre os temas projetos, programas e portfólio nos MBA’s da FIA-USP e FGV, além de consultor de implantação de PMO e Portfólio em empresas líderes nos segmentos industriais e de serviços, como Natura, Ambev, McDonald’s, Roche e Comitê Olímpico do Brasil.

iniciar o processo de descentralização dos recursos destinados à formação de atletas olímpicos e paralímpicos. Embora desde o início tenha realizado seu planejamento, tendo construído o Plano Plurianual 20132016 e estabelecendo metas orçamentárias para o biênio 2015-2016, somente ao final de 2015 foi possível redimensionar os objetivos estratégicos e as metas do Programa de Formação de Atletas Olímpicos e Paralímpicos, à luz do caminho percorrido. Para entendermos onde estamos, foi realizada uma pesquisa junto aos Clubes Formadores para saber se conheciam o conteúdo do Plano Estratégico, de forma que pudessem atuar com mais propriedade na rediscussão do Plano. Com isso, obtivemos os seguintes resultados: 1 - Quem do seu Clube conhece o Plano Estratégico do CBC para o Ciclo Olímpico e Paralímpico 2016-2020?

5%

O CBC, buscou um dos melhores profissionais de gerenciamento de projetos, e ainda com experiência no segmento esportivo, já que o professor Finocchio, utilizou a sua criação ‘Project Model Canvas’, no planejamento do COB para alcançar o Top Ten nas Olímpiadas RIO 2016.

10% 10% 12% 14% 21% 29% 0

05

10

15

20

25

30

Técnico resp. pela captação recursos

Presidente Diretoria

Outros

Departamento de Esportes

Sem resposta

Gestor Resp. Ger. Esportes no Clube

PLANO ESTRATÉGICO DO CBC COM RICARDO AVELLAR E DINÂMICA PARTICIPATIVA COM O PROFESSOR JOSÉ FINOCCHIO Alinhado às diretrizes do Ministério do Esporte, no que se refere à política esportiva de rendimento, somado à missão do CBC de fomentar a formação de atletas olímpicos e paralímpicos, foi instituído pela entidade o Plano Estratégico – Ciclo Olímpico e Paralímpico 20162020, o qual prevê a aplicação dos recursos oriundos da Lei n0 9.615/98. O Plano Estratégico foi traçado a partir da experiência vivenciada desde maio de 2014, quando o CBC pôde

2 - O Clube apoia o Plano Estratégico do CBC para o Ciclo Olímpico e Paralímpico 2016-2020?

14% 86% 0

20

40 Sim

60

80

100

Sem resposta

9


DIA 25 3 - Considerando as metas do seu Clube para os próximos 4 anos, como você avalia os indicadores e metas propostas no Plano Estratégico do CBC?

0% 5% 14% 26% 55% 0

10

20

30

40

50

Totalmente viáveis

Inviáveis

Parcialmente viáveis

Sem resposta

60

nais, tornando-se assim uma forma dinâmica de comunicar e estimular o comprometimento geral com a estratégia da corporação, principalmente após a validação dos objetivos estratégicos por toda a comunidade – no caso do seminário, os dirigentes das áreas esportivas dos clubes filiados e vinculados. “A ferramenta possibilita olhar para o futuro a partir de diferentes perspectivas como pessoas, processos, clientes e resultados. A partir disso, estabelece-se objetivos estratégicos para cada uma dessas interfaces e, na sequência, patamares são fixados, ou seja, metas numéricas com prazos definidos para cada um dos objetivos estabelecidos”, esclareceu o professor José Finocchio Jr. A metodologia foi adotada no debate sobre o Plano Estratégico do CBC, especialmente quanto aos objetivos estratégicos, e da construção de objeto e diretrizes do próximo edital de chamamento de projetos. Para saber mais:

Insuficientes

4 - Analisando de forma mais aprofundada o Plano Estratégico do CBC, e pensando na realidade do Clube, gostaria de propor mudanças?

METODOLOGIA UTILIZADA:

Resultados

14% 36% 50% 0

10 Sim

20

30 Não

40

Clientes

BSC

Processos Internos

50

Sem resposta

Pessoas Na sequência, alinhado quanto ao conhecimento do Plano Estratégico do CBC, o Professor Finocchio coordenou uma dinâmica em que os participantes puderam ter contato com uma relevante metodologia, o Balanced Scorecard (BSC), que é aplicado por empresas públicas, privadas e órgãos governamentais sempre com vistas às melhores práticas em gestão de desempenho, que facilitam o acompanhamento da Estratégia. O instrumento também leva à criação de uma rede de desempenho que atinge todos os níveis organizacio-

“A principal vantagem desta ferramenta para os dirigentes é que ela dá sentido às decisões da diretoria dos clubes. Principalmente no que se refere à aplicação dos recursos descentralizados, o BSC permite validar com coerência e transparência aquilo que está sendo proposto”, comentou o professor Finocchio.


DIA 25

Após analisar e discutir em grupo os objetivos previstos no plano estratégico do ciclo olímpico e paralímpico 2016-2020, em um amplo debate os representantes dos clubes formadores, escolheram 4 objetivos que entenderam ser mais relevantes para cada uma das dimensões, conforme apresentado abaixo. A partir dos resultados do debate realizado junto aos clubes, o CBC promoverá a discussão interna para estabelecer as metas e os indicadores que permitam o monitoramento e o alcance dos objetivos propostos.

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS Formar atletas olímpicos e paralímpicos (permaneceu) Consolidar o CBC no Sistema Nacional do Desporto (permaneceu) RESULTADOS Tornar ecossistema de clubes formadores maduro, competitivo e sustentável Crescimento da base de esporte de rendimento apoiada pelos clubes sendo no conjunto relevante e diversa (permaneceu) Fortalecer as atividades de formação esportiva nos clubes filiados ao CBC (permaneceu) Prover os clubes com as condições necessárias para atuar com qualidade na formação de atletas (permaneceu) CLIENTES

Oferecer treinamento aos clientes nos processos e normas para acesso aos recursos públicos via CBC (permaneceu) Poder Público Federal atendido nas expectativas de distribuição, aplicação e prestação de contas de recursos (alterado) Colaboração harmoniosa com organizações do Sistema Nacional do Desporto - SND Desenvolver os clubes - Gestão e Tecnicamente Mitigar processos burocráticos / facilitar o acesso aos recursos (permaneceu)

PROCESSOS INTERNOS

Encurtar o ciclo de análise para liberação de recursos (permaneceu) Representar clubes – política e tecnicamente Estabelecer co-responsabilidade nos projetos, Planejamento-Controle-Prestação de Contas Construir Comunidade interna engajada e participativa

PESSOAS

Desenvolver profissionais no campo de competência do CBC Acumular capital intelectual sobre fomento de projetos de desenvolvimento esportivo

11


DIA 25 PRÓXIMO EDITAL DE CHAMAMENTO INTERNO: “COLOCANDO O PLANO ESTRATÉGICO DO CBC EM AÇÃO”. Coordenação do Vice-Presidente de Formação de Atletas, Dr. Fernando Cruz. Resultados dos Editais Anteriores “Balanço da Execução e do Acompanhamento dos Convênios Celebrados”, por Ricardo Avellar, gerente de projetos do CBC.

93 Parcerias 115 Projetos

Com base nos diagnósticos de 2015, os resultados dos Editais 1 a 5, e das informações do I Seminário Nacional de Formação Esportiva, temos o seguinte balanço:

Edital 1

21 Convênios

Olímpicos

Edital 2

02 Convênios

Paralímpicos

Edital 3

13 Convênios

Olímpicos

Edital 4

01 Convênios

Paralímpicos

Edital 5

26 Convênios

Olímpicos e Paralímpicos

Edital 6

30 Termos de Colaboração

Olímpicos e Paralímpicos

Além dos dados gerais sobre os recursos repassados, foram apresentadas as principais dificuldades na execução dos convênios, em especial dos Editais de Competições em função da rotatividade dos Calendários Oficiais das Confederações e Federações, que demandaram muitas mudanças nos projetos originais. Em função disso, e considerando a relevância das competições no processo de formação, tratou-se da necessidade de revisar o modelo atual Esse caminho foi trilhado a partir da decisão dos clubes de que a prioridade de investimento da política de formação no presente momento são as competições. Isso foi definido após consulta aos clubes formadores por meio da pesquisa que resultou no Diagnóstico de Clubes Filiados e Vinculados 2015, e também referendado no I Seminário Nacional de Formação Esportiva realizado no mesmo ano, onde os Clubes indicaram como prioridade a continuidade de um edital de competições. Pelo exposto, conclui-se que temos hoje dados relevantes que nos permitem fazer algumas reflexões, sobre a forma como o CBC vem desenvolvendo a sua política de descentralização de recursos, tanto para aquisição de equipamentos, como para participação em competições. Podemos verificar que temos grandes desafios quanto à alternância de cronograma das competições, o que traz à luz uma oportunidade de discussão tanto internamente, para melhorias de processos, menos burocráticos, e com

mais foco nos resultados; quanto externamente, com os Clubes favorecendo a comunicação com Confederações e Federações em prol de nossos atletas em formação. O desafio que fica é encontrar novas possibilidades de realização de competições qualificando o trabalho que já vem sendo desenvolvido, e ampliando cada vez mais a participação dos clubes nesse processo. “O objetivo não é olhar o passado, mas diagnosticar as dificuldades encontradas até aqui, para que juntos, possamos dar passos largos para atender melhor nossos Clubes e Atletas”, explica Ricardo Avellar.

PROPOSTA DO CBC PARA O EDITAL 07 E SUA RELEVÂNCIA NA POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE ATLETAS, POR ARIALDO BOSCOLO, MEMBRO DA COMISSÃO TÉCNICA DO CBC. A presença de grandes gestores esportivos nos Seminários realizados pelo CBC é de suma importância, nos debates com sugestões e críticas, que fazem o CBC progredir cada vez mais. Destacamos a ampliação da sua estrutura física e de colaboradores desde o início da descentralização, tudo isto para atender cada vez melhor a Política de Formação de Atletas, e fortalecer cada vez mais o segmento clubístico na formação de atletas olímpicos e paralímpicos.


DIA 25 A proposta levantada já no I Seminário, fez o corpo técnico do CBC idealizar novas estratégias para aperfeiçoar o modelo do Edital de Competições, em atendimento aos Clubes filiados e vinculados ao CBC. As competições que já foram realizadas, demonstram resultados importantíssimos para o esporte brasileiro, com mais atletas participando de um número maior de competições (quantitativo), melhorando o seu ranqueamento (qualitativo), agregando conhecimento cultural e intelectual aos beneficiários diretos (formação do indivíduo), e mais do que isso, promovendo a adoção de princípios e valores que irão contribuir não apenas na formação de atletas, mas também com a formação de cidadãos. Como se viu no debate, há consenso que a competição exerce um papel fundamental na formação de atletas e promove o desenvolvimento do Sistema Esportivo, ao tempo em que articula todos os atores envolvidos na formação de atletas: Clubes, Confederações, Comitês, Técnicos e Gestores Esportivos. Sendo em nível nacional, poderá ainda favorecer o aprimoramento do trabalho de formação que já vem sendo desenvolvido pelos clubes formadores, e dessa forma, obtermos resultados mais efetivos. Ainda há muito o que se discutir sobre o novo desenho que irá fomentar a participação de atletas em competições das mais diversas modalidades olímpicas e paralímpicas, de forma que mais subsídios serão colhidos no Congresso Brasileiro de Clubes, por ocasião da reunião do Conselho Interclubes, onde participam os presidentes dos Clubes formadores, e da Oficina do próximo Edital, onde participam os dirigentes e gestores esportivos. “Entendendo que a participação dos atletas olímpicos e paralímpicos em competições é o foco prioritário da política de formação, e que o modelo atual não atendeu integralmente às necessidades dos clubes formadores, trabalharemos juntos para que o Edital de Chamamento de Projetos nº 07 permita a continuidade da proposta, porém, com grande progresso operacional”, concluiu o representante da Comissão Técnica do CBC, Arialdo Boscolo.

SÍNTESE DA DISCUSSÃO SOBRE O NOVO EDITAL - PROPOSTAS Após a explanação por parte do CBC sobre as possibilidades para o novo Edital, abriu-se a discussão com os Clubes que apresentaram algumas sugestões:

1

Que o próximo Edital 07, seja de participação em competições.

2

Repensar o modelo de participação em competições.

3

Incluir os eventos de competições internacionais e das ligas.

4

Abrir linhas de financiamento diferentes das que já foram executadas.

Fazer o próximo Edital com várias linhas de financiamento (3 objetos no mesmo Edital), e o Clube escolhe o valor e objeto que tem necessidade, ou que seja melhor estrategicamente, exemplos:

5

1. Capacitação dos técnicos, preparadores físicos (congressos, oficinas, etc.) – criação de um comitê científico. 2. Pagamento de outros profissionais envolvidos em esportes de rendimento (nutricionista, psicólogo, fisiologista, entre outros). 3. Dividir o Edital por faixa de valores, categorias, modalidades, etc. Não usar os mesmos critérios de pontuação que foram usados em editais anteriores, pelo fato de alguns clubes já terem atingido o limite de sua capacidade de expansão. Exemplo: Considerar qualificação técnica do Clube, gestão, resultados obtidos, etc.

6

Todas as sugestões para o próximo Edital, como também as demais proposições dos participantes para a formalização e para a execução dos projetos serão devidamente consideradas pela Gerência de Projetos do CBC ao elaborar a proposta final, bem como ao repensar os modelos para as diversas fases das parcerias celebradas de modo a facilitar todo o processo.

PARTICIPANTES Público Alvo: Clubes participantes dos Editais 1 a 6, e demais Clubes Filiados e Vinculados. Quem Participou: Dirigente e/ou Gestor da área de esporte dos clubes, vinculada aos projetos/convênios com recursos para formação de atletas, Convidados e Equipe do CBC. Quantitativo de Participantes: 86 pessoas.

13


AVALIAÇÃO DO SEMINÁRIO PELOS PARTICIPANTES RESULTADO DA AVALIAÇÃO DO II SEMINÁRIO 1

1.1

2

ASSINATURA DO PROTOCOLO DE INTENÇÕES ENTRE A CBC E A ABCD/ME

Qual a sua opinião sobre a implementação de Ações Conjuntas para a prevenção da Dopagem no Esporte?

MESA REDONDA FORMAÇÃO DE ATLETAS: “ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS?

O conteúdo apresentado reflete a opinião do seu clube sobre a Política de Formação de Atletas coordenada pelo CBC? 100

RESPOSTA

%

80

98,1%

60

Ótimo/Bom

92,6%

Regular

7,4%

Ruim/ Péssimo

0%

40

1,9%

20 0 Sim

Não

Em sua opinião, os participantes atenderam às suas expectativas? 100

RESPOSTA

%

80

96,2%

60 40

2.1

2.2

3

3.1

4

4,1

4.2

A participação dos demais atores do Sistema Nacional do Desporto (SND) no debate da política de formação de atletas atendeu às suas expectativas?

Em sua opinião, o conteúdo apresentado reflete a situação atual e as perspectivas da política de formação de atletas? DEBATE DO PLANO ESTRATÉGICO DA CBCf CICLO OLÍMPICO E PARALÍMPICO 2016-2020 “REVENDO INDICADORES E METAS”

Qual a sua opinião sobre o debate do Plano Estratégico da CBCf para o ciclo Olímpico e Paralímpico 2016-2020: “Revendo Indicadores e Metas”? DINÂMICA PARTICIPATIVA - CLUBES E DEMAIS PARTICIPANTES

A metodologia utilizada motivou sua participação?

Em sua opinião, a dinâmica contribuiu para o encaminhamento adequado das propostas de mudança?

Sim

92,6%

3,7%

20 0 Sim

Não

7,4%

Sim

100%

Não

Em sua opinião, o debate contribuiu para a definição do objeto do Edital 07? 100 80

Não

0%

98%

60 40

2%

20 0

RESPOSTA

Sim

%

Não

Qual a sua avaliação geral do evento? Ótimo/Bom

94,3%

Regular

5,7%

100 80

100%

60 40

Ruim/ Péssimo

0%

RESPOSTA

%

Sim

98,1%

20

0%

0%

0 Ótimo/Bom

Regular

Ruim/Péssimo

Média da aprovação dos temas abordados no Seminário 2016 100

Não

1,9%

Sim

96,2%

Não

3,7%

80

97,2%

60 40

2,8%

20 0 Sim

Não


FOTOS

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ozonio

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