Relatório de Eventos CBC 2016

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CAPACITAÇÃO

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esde 1990, quando a CBCf organizou o seu primeiro Congresso Brasileiro de Clubes, a entidade investe no treinamento e capacitação de presidentes e gestores dos clubes de todo o Brasil. De lá para cá, o número de pessoas que participaram de nossos eventos só vem aumentando. A CBCf realiza, a cada ano, o Congresso Brasileiro de Clubes, seminários, fóruns e oficinas voltadas à preparação dos responsáveis nos clubes pelas diversas etapas de celebração de convênios, o que inclui assistência jurídica, técnica e de aquisição de materiais e equipamentos. No Congresso, por exemplo, há a troca de informações, debates sobre gestão e formação de atletas olímpicos e paraolímpicos, além de atividades de relacionamento e culturais. Os temas abordados vão desde a gestão de projetos para formação de atletas com os recursos da Nova Lei Pelé, a responsabilidade dos dirigentes e profissionais dos clubes esportivos sociais quanto à utilização destes recursos, a qualificação para o desenvolvimento do esporte e para a formação de atletas, até a

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capacitação dos dirigentes na própria gestão dos clubes em suas diversas áreas. Do período em que a CBCf iniciou o trabalho de descentralização de recursos, em 2014, até agora, foram realizadas 40 oficinas de capacitação voltadas aos Editais de Chamamento Interno de Projetos para benefício de presidentes, dirigentes e gestores de esporte nos clubes acerca de temas que englobam desde aspectos normativos, execução de convênios, passando pela elaboração de orçamentos e projetos. Todos estes eventos são organizados pela própria CBCf, que conta com uma área específica que define toda a estrutura que será necessária para atender ao público com qualidade e excelência para que o aprendizado no período seja o mais proveitoso possível. Tudo isso para garantir que todos os envolvidos na trajetória que um projeto de um clube passa até ser celebrado seu convênio com a CBCf estejam em sintonia com as exigências legais, e que haja continuidade no ciclo de formação de atletas olímpicos e paraolímpicos nos clubes.


“A Confederação Brasileira de Clubes – CBCf, além de outras atribuições inerentes à representação dos interesses dos clubes do país, cumpre importante papel no desenvolvimento dos atletas olímpicos dentro de seus clubes, por meio da descentralização de recursos via Nova Lei Pelé, desde meados de 2014. Cabe salientar que de nada adiantaria todos os esforços dos profissionais dos clubes em elaborar projetos se a CBCf não promovesse a capacitação desses profissionais em seminários, fóruns e congressos. Tive oportunidade de participar de diversos eventos como este, desde 2011, e tenho percebido a importância no treinamento e na capacitação dos profissionais dos clubes, objetivando atingir a padronização do acompanhamento e da execução dos projetos próximos à excelência. Isto porque, evidentemente, os clubes e a CBCf devem possuir total transparência e idoneidade no controle de recursos públicos, evitando assim, esbarrar em problemas junto aos órgãos controladores do Governo Federal. Finalizando, entendo ser de fundamental importância os treinamentos que a CBCf vem realizando, pois, além da capacitação direta, faz com que esses profissionais levem as informações aos seus grupos de trabalho em seus clubes. Para isso, os clubes que visam o recebimento de recursos públicos devem, obrigatoriamente, estar presentes nas oficinas e principalmente no Congresso Brasileiro de Clubes.” Emerson Luiz Appel, gerente de cultura e esportes do Clube Curitibano – PR

“Assim é que se cresce em nosso segmento: somente unidos que nos fortaleceremos” Jair Alfredo Pereira, presidente da Confederação Brasileira de Clubes – CBCf

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Congresso Brasileiro de Clubes O Congresso Brasileiro de Clubes, que ocorreu entre os dias 27 a 29 de maio, foi organizado em parceria entre a Confederação Brasileira de Clubes - CBCf, Federação Nacional dos Clubes Esportivos - FENACLUBES e Sindicato dos Clubes do Estado de

Cezar Roberto Leão Granieri, presidente do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo – Sindi-Clube/SP

Conselho Interclubes

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São Paulo – Sindi-Clube/SP. O congresso teve como objetivo a capacitação e treinamento voltados para presidentes, dirigentes e profissionais de clubes. Foram abordados temas que auxiliam na gestão dos clubes, além do lançamento do Edital de

Jair Alfredo Pereira, presidente da CBCf

Chamamento Interno de Projetos, o de nº 6, convênio de quatro anos, que objetiva a viabilização de equipes técnicas multidisciplinares para o desenvolvimento de atletas olímpicos e paraolímpicos.

Arialdo Boscolo, presidente da FENACLUBES

Na reunião estiveram presentes presidentes e dirigentes dos clubes filiados da Confederação Brasileira de Clubes - CBCf, que discutiram o próximo ciclo olímpico.


Palestrantes “Os clubes têm fundamental importância para a formação de atletas, principalmente atletas direcionados para esportes coletivos. Com certeza, o Time Brasil não seria o mesmo sem o incentivo dos clubes.” Marcus Vinícius Freire, superintendente executivo do COB – Comitê Olímpico do Brasil

“ Iniciei um resultados clube e isso fez desafios para Nas páginas a seguir, convidamos a conhecer mais de nossaminha história, carreira filosofia deem trabalho, e principais próximo ciclo olímpico, no qual estamos bastante com envolvidos. que me tornasse um atleta." Giba, medalhista olímpico

“Neste mundo, destacam-se pessoas mais capacitadas. Somente aqueles com pensamentos estratégicos sobrevivem.” Dr. Leandro Karnal, filósofo

Oficinas “A descentralização de recursos tem como único objetivo a formação de atletas olímpicos e paraolímpicos. Na celebração do convênio todos agem juntos para atingir um fim comum, de interesse público: a formação de atletas.” João Paulo Gonçalves da Silva, superintendente jurídico da CBCf

Simone – Atração cultural escolhida pelos clubes

Lançamento do novo Edital de Chamamento Interno de Projetos, o de nº 6, apresentado por Ricardo Avelar, gerente da área técnica da CBCf

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CBCf : transparência como foco de todas as ações f

Fundada em 1990, a Confederação Brasileira de Clubes – CBCf é uma associação civil de direito privado, sem fins econômicos e integrada por pessoas jurídicas na qualidade de filiados e vinculados (clubes esportivos e sociais), representados por seus respectivos presidentes ou comodoros. A CBCf – ao lado dos Comitês Olímpico e Paraolímpico Brasileiro - é integrante do Sistema Nacional de Desporto.

2014, um ano de muitas mudanças

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Portaria nº 1 de 2014 do Ato Ministerial do Ministério do Esporte foi o que propiciou à CBCf os limites de utilização dos recursos financeiros para o custeio tanto das despesas administrativas como para a formação de atletas olímpicos e paraolímpicos. Foi neste mesmo

ano em que houve a posse de Jair Alfredo Pereira como presidente da entidade e, rapidamente, foi montado um plano de ação para que a CBCf tivesse uma estrutura adequada e com pessoal qualificado para desenvolver a nova tarefa de descentralização de recursos aos clubes formadores. As primeiras equipes começaram a agregar aos antigos colaboradores e novas áreas tomaram forma:

administrativa, financeira, informática, contratações, eventos de capacitação e comunicação para o suporte aos clubes. A área técnica, por exemplo, tem como expoente máximo o superintendente técnico Lars Grael, que além de medalhista olímpico pela vela traz no currículo experiências nas esferas estadual e federal voltadas ao esporte.

Novas Responsabilidades

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CBCf passou a receber, por meio da conhecida Nova Lei Pelé, os recursos incidentes (0,5%) sobre cada bilhete da loteria federal e dos concursos de prognósticos repassados por meio da Lei nº 9.615/1998.

Com isso, a CBCff recebeu a missão de descentralizar recursos para os clubes formadores de atletas olímpicos e paraolímpicos. Mas, como diz o ditado, novos poderes demandam novas responsabilidades. E com a CBCf não foi diferente. Por seu histórico, a entidade sempre se pautou pela transparência em suas ações e por isso definiu que

aguardaria uma regulamentação do Governo Federal sobre como estes recursos deveriam ser aplicados antes de iniciar qualquer descentralização aos clubes e, até que isso acontecesse, com a regulamentação pelo Decreto nº 7.984/2013, os recursos permaneceram reservados.

“O Ministério do Esporte entende que os recursos das loterias para formação de atletas olímpicos e paraolímpicos é um dos pilares que vão garantir sustentação do esporte brasileiro nos próximos ciclos olímpicos. Para o Rio 2016, o governo e as entidades estão fazendo todo o esforço para assegurar o melhor desempenho do país na sua história, mas é necessário que a cada ciclo olímpico esse melhor desempenho avance, para que o crescimento esportivo do Brasil seja sustentável e em condições de igualdade com os principais países do cenário internacional. A renovação das seleções é fator primordial para que o país esteja sempre ‘em campo’ com seus melhores talentos. Com a infraestrutura que estamos construindo e reformando para a Rede Nacional de Treinamento, somada à estrutura dos clubes formadores, os novos talentos terão amplas condições de desenvolver seu potencial e trilhar o “caminho do atleta” dentro do sistema esportivo nacional, de modo a se destacar em suas modalidades e defender o Brasil no circuito internacional. O trabalho da CBCf é muito importante para garantir que todos os clubes interessados tenham acesso aos recursos e orientação técnica para o melhor aproveitamento dessa oportunidade”. Ricardo Leyser, Ministro do Esporte até maio de 2016

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CBCf Sede Campinas

A partir de toda esta estrutura, os rumos de como esta descentralização aos clubes ocorreria foram traçados, tendo como base a mesma transparência que a CBCf apresenta desde sua fundação. Atualmente, além da sede em Campinas – SP, a CBCf conta com a subsede em Brasília - DF, local estratégico tanto pela proximidade do Ministério do Esporte como para o desenvolvimento dos clubes formadores nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

Setembro 2015 - Inauguração da CBCf em Brasília na presença do então Ministro do Esporte George Hilton.

“Ser atleta vinculado a clubes, ter sido treinador e medalhista em Olimpíada, além de gestor público me levaram a aceitar o convite da CBCf há dois anos. Minha função é atuar orientando as melhores formas de atender aos clubes, seja pelas áreas internas ou por meio dos projetos. É gratificante ver os resultados chegarem aos clubes, atletas e seus dirigentes”. Lars Grael, superintendente técnico da CBCf Paralelamente, foi montada uma Comissão Especial na qual todos os seus integrantes têm fortes laços com o esporte. Exemplo disso é a medalhista olímpica pelo vôlei Ana Moser, também integrante.

“A CBCf representa um setor essencial para o esporte brasileiro: os clubes que realizam formação esportiva de jovens. Com a conquista de recurso contínuo a partir dos concursos de prognósticos e loteria se fez a oportunidade de investir nesses clubes para ampliar e qualificar a prática de esporte com a descentralização destes recursos. Para mim é uma honra participar dessa política”. Ana Moser, membro da Comissão Especial da CBCf.

Linha do Tempo 1990

Fundação da CBCf I Congresso Brasileiro de Clubes

2012

Início do recebimento dos recursos

2013

Decreto nº 7.984 que regulamenta a Lei nº 9.615/98 que possibilitou à CBCf receber recursos diretamente das Loterias e concursos de prognósticos da Caixa Econômica Federal

2014

2015

Posse do presidente Jair Alfredo Pereira Publicado no DOU a Portaria nº 1 do Ministério do Esporte que possibilitou a descentralização dos recursos Lançamento dos Editais nº 1, nº 2, nº 3 e nº 4 Edital CBDU e CBDE 1 Regulamentos

2015

Elaboração Planejamento Estratégico Ciclo Olímpico e Paraolímpico 2016-2020

2016

Lançamento do Edital nº 6

Inauguração da subsede de Brasília Lançamento Edital nº 5 Termo de Cooperação CBCf e CPB

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Clubes: onde a formação de atletas acontece Mais do que um espaço de convívio familiar e de aprendizado de valores, o clube é o local onde há a formação do atleta no Brasil. Diferentemente do que

acontece em países desenvolvidos, como nos EUA, o esporte não tem seu berço nas escolas. É o clube que desempenha o papel de formar e revelar esportistas,

principalmente no desenvolvimento de esportes de base. O clube é local de relações sociais, culturais, recreativas, de lazer e educativas.

"A formação de atletas é um desafio que exige das instituições que se propõem a isto, uma perseverança e uma determinação acima da média. Este desafio no Brasil sempre foi assumido pelos clubes, na grande maioria das vezes, através de recursos próprios provenientes da contribuição de seus associados. O Club Athletico Paulistano não foge a essa regra. Por isso os recursos repassados através dos convênios celebrados com a CBCf trazem uma nova perspectiva ao esporte olímpico de base. Portanto, a chegada desses recursos utilizados com responsabilidade e discernimento é um sopro de esperança e uma injeção de entusiasmo na formação de atletas no País." Ricardo Sampaio Vidal Gusmão, presidente do Club Athletico Paulistano - SP

“Iniciei nas escolas esportivas do Grêmio Náutico União (GNU), em 1988, com seis para sete anos de idade. Percebi, ao longo da minha carreira, a importância do clube para o meu crescimento esportivo e também para cenário esportivo brasileiro. Comento com outros atletas do privilégio que tive de estar em um clube que sempre investiu na formação de atletas, mesmo com as limitações de um clube social. Tive a felicidade de receber e montar o kit de aparelhos oficiais (produzido na Alemanha) adquirido pelo clube por meio do convênio. Os investimentos recentes estão sendo feitos de maneira ampla e consistente, uma vez que aportam recursos na qualificação de equipes multidisciplinares (médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos esportivos) e em ciência e tecnologia. São aspectos fundamentais na preparação de um atleta de alto rendimento. O GNU me apoiou desde as categorias de base até o altíssimo rendimento, tanto dentro quanto fora do ginásio. A instituição foi fundamental também na minha formação profissional e no processo de transição de carreira, já que me formei em uma universidade parceira do clube e atuei como treinador das categorias de base. Nesse sentido é importante destacar que os clubes sociais não formam apenas atletas, mas contribuem para a construção do caráter de cada atleta”. Mosiah Rodrigues, ginasta olímpico formado no Grêmio Náutico União (GNU) - RS

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Como funciona o processo de descentralização de recursos

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Recursos da Loteria (0,5%) e concursos prognósticos

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CBCf divulga Edital de chamamento interno convidando os clubes a enviarem seus projetos

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Clubes inscrevem seus projetos e enviam suas documentações à CBCf

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Comissão técnica da CBCf analisa e classifica os projetos

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CBCf divulga em seu site projetos classificados e selecionados

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CBCf faz análise técnica para a formalização

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Convênio é celebrado

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CBCf publica no site o convênio assinado

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Repasse é realizado aos clubes

Tradicionalmente, é nos clubes que acontecem as competições nacionais, oferecendo a prática de diversas modalidades. A partir de 1940, surgiram os primeiros incentivos fiscais para as sociedades esportivas (Decreto Lei nº 11.110), reconhecendo os clubes como entidades básicas da organização nacional dos desportos e os centros onde são ensinados e praticados os esportes. Com o passar dos anos, o processo de profissionalização da gestão de clubes que ocorre no mundo todo também teve seus reflexos no Brasil, ainda mais levando em conta o número de clubes formadores de atletas olímpicos e paraolímpicos e suas responsabilidades oriundas desta missão.

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O trabalho da CBCf na formação de atletas olímpicos e paraolímpicos A CBCf utilizou – como em todas as suas ações – a democracia e a transparência como base para a dinâmica criada para a descentralização de recursos destinados à formação de atletas olímpicos e paraolímpicos nos clubes. Por meio dos Editais de Chamamento Interno de Projetos (chamada pública), os clubes enviaram seus projetos e estes foram classificados por uma comissão especial.

Sudeste Centro-Oeste Nordeste Sul

“Os equipamentos adquiridos através de convênio da CBCf colaboram bastante no desenvolvimento dos atletas. Sou atleta no Mackenzie desde 2011 e os equipamentos, o custeio das viagens e hospedagens que o clube consegue para a participação em campeonatos de alto nível contribuem muito para a nossa carreira”. Luiz Felipe Cezar Fernandes, nadador da categoria júnior II do Mackenzie Esporte Clube - MG

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Clubes que receberam recursos da CBCf Nos cinco editais, os quais a CBCf descentralizou recursos até então, foram contempladas a aquisição de materiais e equipamentos esportivos ou a participação dos atletas em competições. No total, já foram descentralizados cerca de sessenta e cinco milhões de Reais. O Fluminense Football Club - RJ recebeu R$ 2.375.310,06, destinado ao projeto “Formando Atletas Tricolores”, que incentiva modalidades como a

natação, nado sincronizado, saltos ornamentais, polo aquático, voleibol e basquetebol olímpico. Somada a essas, está ainda o basquetebol em cadeira

de rodas (paraolímpica). O clube participou do Edital nº 5 e organizou cerimônia para assinatura do convênio em sua sede, em maio deste ano.

“Esse investimento não será usado para que não tenhamos que gastar dinheiro. Ele servirá para elevar o padrão das nossas estruturas e dos nossos atletas. Se nesses Jogos Olímpicos nós poderemos ter até dez tricolores participando, quero que, com a ajuda desse projeto, tenhamos muito mais atletas daqui em Tóquio”, afirmou o presidente do Fluminense Football Club - RJ, Peter Siemsen.

O primeiro requisito para que um clube se enquadre para receber os recursos é a adequação do seu estatuto, e deve, necessariamente, estar em dia com os tributos públicos e ter ainda atuação na formação de atletas.

maio/2016

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Segundo o Diagnóstico dos Clubes, pesquisa organizada pela área técnica da CBCf com os clubes formadores de

atleta filiados a entidades, 58% deles têm interesse em captar recursos públicos para este fim e 98% pretendem participar

dos próximos editais da CBCf. Neste universo, 77% destes clubes gostariam de desenvolver modalidades paraolímpicas.

“Nós temos vocação para formar atletas. Nosso carro chefe é o futebol, mas nunca nos descuidamos das outras modalidades. Verificamos que precisávamos de ajuda e fomos buscar um trabalho feito com seriedade. É a primeira vez que estamos recebendo recursos públicos e vindos da CBCf. Sempre tivemos interesse pela formação de atletas, pois temos vocação olímpica”, disse Eurico Miranda, presidente do Club de Regatas Vasco da Gama – RJ, na foto com o presidente da CBCf, Jair Alfredo Pereira, e o vice-presidente administrativo e financeiro da entidade, Paulo Germano Maciel. O Vasco recebeu, em maio de 2016, quase R$ 3 milhões para o remo olímpico e natação paraolímpica pelo Edital nº 5

“Participar do processo de descentralização de recursos da CBCf para formação de atletas olímpicos, com dois projetos aprovados, é motivo de orgulho para nós do Yacht Clube da Bahia, assim como ser o primeiro clube do Norte e Nordeste a ter projetos desta natureza aprovados. Isso nos dá uma motivação ainda maior, uma vez que entendemos que assim estamos abrindo caminho para os demais clubes de nossa região. A aprovação de tais projetos e a perspectiva de participação nos editais vindouros casam com o belo momento em que vive o esporte do Yacht Clube da Bahia, com a conquista de títulos nacionais e internacionais inéditos”. Marcelo Sacramento de Araújo, Comodoro Yacht Clube da Bahia - BA

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“A verba da Confederação Brasileira de Clubes é voltada prioritariamente para o desenvolvimento de nossa infraestrutura esportiva e, atualmente, podemos dizer que cerca de 500 de nossos atletas são diretamente beneficiados por essa parceria. O principal marco da aplicação das verbas repassadas pela CBCf é a recuperação de nossa piscina olímpica, que será uma das mais modernas do Brasil. Quando estiver pronta, daremos um salto no processo de desenvolvimento de nossos atletas dos esportes aquáticos e garantiremos que o Flamengo continue sendo um dos principais clubes formadores de talentos no país. Os recursos da CBCf também permitiram reformarmos o dojô e o ginásio Claudio Coutinho com equipamentos de última geração para a prática do Judô e Ginástica. É possível ver, na prática, o quanto essa parceria é importante. Os recursos repassados permitiram que atletas de nove modalidades participassem de mais eventos na temporada passada, contribuindo para sua evolução técnica/tática e proporcionando maior intercâmbio com atletas de outros clubes. O principal exemplo veio das categorias de base, que são contempladas pela CBCf, com a conquista do índice olímpico pelo nadador Luiz Altamir quando este ainda era júnior. Por conta disso, entre outros fatores, teremos um representante do Brasil vindo da base do Flamengo nos próximos Jogos Olímpicos”. Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Clube de Regatas do Flamengo – RJ

“Temos uma excelente estrutura física e potencial para formar atletas em várias modalidades olímpicas e paraolímpicas, por isso a relevância desta injeção de recurso público vem proporcionar maior celeridade e robustez aos projetos esportivos do Clube Jaó”. Felippe Gillet, presidente do Clube Jaó – GO, clube conveniado no Edital nº 1

Impacto na Imprensa

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O trabalho de descentralização de recursos feito pela CBCf com o clubes formadores foi alvo de diversas reportagens em importantes veículos de alcance nacional, como TV Globo, Record, SporTV, Fox Sports, sites Globo Esporte, Lance, Estadão, Zero Hora, UOL, entre outros.

“A meta inicial é tornar todos os clubes filiados à CBCf, aptos a captar esses recursos. Na sequência, a ampliação desse universo para que tenhamos cada vez mais clubes investindo na formação de atletas olímpicos e paraolímpicos”, explica Dr. Fernando Manuel de Matos Cruz, vice-presidente de formação da CBCf.

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Modalidades desenvolvidas pelos clubes conveniados

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Apoio ao esporte olímpico e paraolímpico A CBCf acredita no esporte como mola propulsora de mudanças na sociedade. É pelo esporte que se formam os valores da cidadania e, com isso, um país melhor. O esporte é capaz de transformar realidades.

Clube Esperia

O Clube Esperia – SP, beneficiário do Edital nº 5 – para a formação de paradesporto, é um exemplo disso e atualmente comemora a parceria de sucesso com a Associação Desportiva para Deficientes – ADD. Concretizada em agosto de 2015, a união de esforços pelo desenvolvimento do paradesporte e inclusão, tem rendido ótimos resultados. Este ano, cinco dos 14 atletas préconvocados para integrarem a seleção brasileira de basquete em cadeira de rodas e disputarem as Paraolímpiadas Rio 2016, são da equipe Esperiota.

Paradesporto “O Tijuca Tênis Clube tem longa tradição no paradesporto. No início, quando íamos a algum evento, as pessoas até estranhavam porque eram só associações de deficientes. Tenho muito orgulho disso”. Menescal Pedrinha, técnico de natação do Tijuca Tênis Clube - RJ

Atualmente, a equipe do clube conta com cerca de 40 alunos e treina de segunda à sexta-feira, das 10h30 às 13h.

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Parceiros A CBCf conta ainda com o apoio imprescindível do Comitê Paralímpico Brasileiro – CPB e do Comitê Olímpico do Brasil - COB. Há ainda o apoio da Federação Nacional dos Clubes Esportivos – FENACLUBES na idealização do conteúdo do Congresso Brasileiro de Clubes. Em novembro de 2015, a CBCf e o CPB assinaram um termo de cooperação para apoiar e desenvolver a formação de atletas para que cheguem ao alto rendimento do esporte paraolímpico. A finalidade da parceria entre o CPB e a CBCf é proporcionar recursos que cheguem à base da estrutura

esportiva paraolímpica, os clubes, por meio de dois projetos: Clube Formador Paraolímpico e Clube Equipar Paraolímpico. O Clube Formador Paraolímpico consiste em investimentos em atletas e profissionais do esporte por meio de competições, treinamentos

e capacitação. O Clube Equipar Paraolímpico tem como objetivo a viabilização de materiais e equipamentos para iniciação e desenvolvimento esportivo das 22 modalidades paraolímpicas.

“Queremos apoiar essas instituições e acreditamos que esses projetos serão também um grande incentivo para que mais clubes invistam no esporte paraolímpico. Estamos trabalhando para mudar o cenário da falta de tradição do paradesporto nos clubes. E esta parceria é um exemplo claro disto. Já tínhamos feito um trabalho de base com clubes em 2010, por exemplo, quando criamos o Clube Escolar Paraolímpico, para alunos com idade entre 6 e 21 anos devidamente matriculados em escola da rede pública ou particular do Ensino Fundamental, Médio ou Atendimento Educacional Especializado. Este projeto tinha como objetivos a iniciação e a prática esportiva para crianças e jovens com deficiência e também a identificação novos talentos, visando a preparação para os Jogos Paraolímpicos de 2016 e 2020. Esta parceria com a CBCf é um grande passo para o desenvolvimento do esporte paraolímpico no Brasil. É nos clubes que as crianças e os jovens que se tornarão os futuros atletas de alto rendimento têm a primeira experiência nas modalidades”. Andrew Parsons, presidente do CPB

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Além de ter feito parte da comissão organizadora das três Conferências Nacionais do Esporte e ser integrante do Sistema Nacional do Deporto, a CBCf também faz parte do Conselho Nacional do Esporte. Seu superintendente técnico, Lars Grael, é presidente da Comissão Nacional de Atletas. A CBCf integra ainda o CODE/FIESP (Comitê da Cadeia Produtiva do Desporto da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O Ministério do Esporte também esteve presente ao longo da existência da CBCf no apoio prestado pelos seus então ministros.

Agnelo Queiroz

Orlando Silva

Aldo Rebelo

George Hilton

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Próximo Ciclo Olímpico Clubes Esportivos e Sociais, que nos trouxe dados importantíssimos para o foco de nossas próximas ações. Todos estes materiais foram compilados e serviram de base para o Plano Estratégico, visando a preparação dos clubes para a formação de seus atletas nos próximos quatro anos, quando há a previsão de que tenhamos mais de R$ 100 milhões em recursos descentralizados no período para todas as regiões do Brasil, o que justifica mais uma vez nossa presença não só em Campinas, mas também em Brasília (atendimentos às regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste).

C

ada Real investido pela CBCf nos clubes é pensado estrategicamente. Desta forma, não apenas pensando nas descentralizações do presente, como também naquelas projetadas para o futuro num contexto macro nacional em que o próximo ciclo olímpico é contemplado, a CBCf criou seu Plano Estratégico – Ciclo Olímpico e Paraolímpico 2016-2020. Para entender sua importância para o futuro do esporte no Brasil, há de se considerar que este planejamento foi feito privilegiando a transparência e a democracia que tanto acreditamos e defendemos, pois os clubes foram ouvidos durante toda a sua elaboração. O pontapé inicial foi dado

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Internamente, o Plano Estratégico será dividido em planos de ação que incluem a capacitação em todas as áreas (administrativas e técnica) para que nossos colaboradores atuem também na fiscalização e acompanhamento dos projetos de forma presencial, redundantemente privilegiando a transparência que tanto prezamos. O tempo investido no planejamento garantirá a longevidade dos projetos e a revelação de novos talentos no esporte. na reunião de presidentes de clubes formadores participantes dos Editais de Chamamento Interno de Projetos de nº 1 a nº 5, realizada durante o Fórum Nacional de Presidentes de Clubes, no Rio de Janeiro - RJ, em setembro de 2015. De lá, saíram muitas ideias e necessidades para os novos editais e, por isso, organizamos um evento ainda maior, denominado Seminário Nacional de Formação Esportiva – Avaliação e Perspectivas Futuras do Processo de Descentralização de Recursos da CBCf para que este debate fosse aprofundado. Durante este Seminário, os clubes puderam opinar diretamente sobre qual deve ser o objeto do próximo edital da CBCf (nº 6), bem como ideias de melhorias no processo dos convênios. Além disso, realizamos uma pesquisa, o Diagnóstico dos


Lançamento do Edital nº 6

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urante oficina realizada no Congresso Brasileiro de Clubes de maio de 2016, a área técnica da CBCf realizou a divulgação do mais novo Edital de Chamamento Interno de Projetos, o de nº 6. Embasado nos levantamentos feitos durante o Seminário Nacional de Formação Esportiva – evento de dezembro de 2015 – em que os gestores de esportes

de clubes debateram sobre suas necessidades em relação ao objeto do edital que seria lançado, na pesquisa sobre o planejamento de demandas dos clubes para o ciclo Olímpico e Paraolímpico 2016/2020, além do Plano Estratégico da CBCf para o mesmo ciclo. Feito isso, o objeto foi definido, atendendo às expectativas dos clubes: será voltado à viabilização da Equipe Técnica e Multidisciplinar, cobrindo

um período de quatro anos para modalidades olímpicas e paraolímpicas. A grande novidade fica por conta da adoção de um método que simplifica o preenchimento dos projetos e diminui acentuadamente as exigências de documentação na fase de formalização, além de um informatizado via web Sistema de Formalização de Projetos (SIPRO) para a otimização dos procedimentos de elaboração, ajustes e análise das propostas enviadas.

“O setor está sendo alavancado com estes recursos.” Ricardo Avellar, gerente da área técnica da CBCf

Benefícios

São muitos os benefícios, seja pela busca da maior quantidade de atletas como de categorias a serem atendidas. Há ainda a provocação para ampliação do atendimento às equipes e atletas femininas e a aferição do grau de satisfação/qualificação dos atletas beneficiados em relação às condições de treinamento

e continuidade das atividades de formação esportiva. Espera-se que tudo isso venha a gerar impacto no desempenho dos atletas nas principais competições esportivas estaduais e nacionais.

Equipe Multidisciplinar

Equipe técnica

As fases do Edital seguem como de costume, com a apresentação dos projetos, classificação e seleção, análise técnica e a celebração de convênios de colaboração.

Serão formadas por um técnico esportivo e um auxiliar técnico, separadamente para os esportes olímpicos e paraolímpicos.

Estão previstos preparador físico e fisioterapeuta para os esportes olímpicos e paraolímpicos.

Fases

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Clubes conveniados Edital nº

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Edital nº

UF CLUBE RJ RJ RJ PR PR MG PR PR RS GO SP MG MG MG PR RS SP SP RS RJ

Nº Convênio / Ano

Clube de Regatas do Flamengo 01/2014 Clube de Regatas do Flamengo 10/2014 Clube de Regatas do Flamengo 15/2015 Clube Curitibano 11/2015 Círculo Militar do Paraná 14/2015 Mackenzie Esporte Clube 08/2014 Sociedade Thalia 12/2015 Sociedade Thalia 25/2015 Sociedade de Ginástica Porto Alegre - SOGIPA 03/2014 Clube Jaó 19/2015 Clube Paineiras do Morumby 29/2015 Minas Tênis Clube 05/2014 Minas Tênis Clube 06/2014 Minas Tênis Clube 09/2014 Santa Mônica Clube de Campo 13/2015 Veleiros do Sul - Associação Náutica Desportiva 04/2014 Club Athletico Paulistano 20/2015 Club Athletico Paulistano 23/2015 Grêmio Náutico União 07/2015 Tijuca Tênis Clube 02/2014

Edital nº

2

UF CLUBE PR RJ

Nº Convênio / Ano

Sociedade Thalia 30/2015 Tijuca Tênis Clube 16/2015

Edital nº

3

UF CLUBE RJ MG RS PR RS BA SP

Nº Convênio / Ano

Clube de Regatas do Flamengo 18/2015 Mackenzie Esporte Clube 28/2015 Recreio da Juventude 27/2015 Santa Mônica Clube de Campo 33/2015 Sociedade de Ginástica Porto Alegre - SOGIPA 34/2015 Yacht Clube da Bahia 59/2015 Club Athletico Paulistano 60/2015

3

UF CLUBE PR MG RJ RS SP

Edital nº

4

UF CLUBE RJ

Nº Convênio / Ano

Tijuca Tênis Clube 24/2015

Edital nº

5

UF CLUBE Nº Convênio / Ano SP Clube de Campo Piracicaba 54/2015 RS Clube dos Jangadeiros 42/2015 MG Mackenzie Esporte Clube 45/2015 RS Sociedade de Ginástica Porto Alegre - SOGIPA 48/2015 PR Sociedade Morgenau 49/2015 SP Clube Internacional de Regatas 50/2015 PR Círculo Militar do Paraná 47/2015 PR Clube Duque de Caxias 52/2015 SP Club Athletico Paulistano 43/2015 SP Clube Paineiras do Morumby 39/2015 PR Santa Mônica Clube de Campo 40/2015 RS Veleiros do Sul - Associação Náutica Desportiva 51/2015 MG Minas Tênis Clube 57/2015 PR Clube Curitibano 38/2015 RJ Clube de Regatas do Flamengo 35/2015 SP Clube Esperia 46/2015 SP Esporte Clube Pinheiros 37/2015 RS Recreio da Juventude 36/2015 RJ Tijuca Tênis Clube 41/2015 RS Grêmio Náutico União 55/2015 BA Yacht Clube da Bahia 58/2015 RJ Instituto Mangueira do Futuro 56/2015 RJ Vasco da Gama 62/2016

Conselho Editorial Coordenadora de Marketing e Comunicação: Tatiany Moccaldo Analistas de Comunicação: Euro Dante e Henderson Arsênio

Rua Açaí, 566 - Bairro das Palmeiras | Campinas/SP - 13092-587 Fone: (19) 3794-3750 | www.cbc-clubes.com.br

20 www.cbc-clubes.com.br

Nº Convênio / Ano

Clube Curitibano 26/2015 Minas Tênis Clube 17/2015 Tijuca Tênis Clube 21/2015 Grêmio Náutico União 32/2015 Clube Paineiras do Morumby 44/2015

Produção Editorial Marketing Contemporâneo


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