Revista Comunità Italiana Edição 160

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Comportamento

Carioca não só da gema Pesquisa comprova que população do Rio de Janeiro consome mais massas e é exigente com os serviços oferecidos nos restaurantes Nathielle Hó

S

ó no ano passado foram consumidos 1,2 milhão de toneladas de macarrão no Brasil, o que coloca o país como terceiro produtor mundial. O montante resulta em um faturamento anual de R$ 6 bilhões para as empresas que fabricam o produto. Para celebrar a data do dia mundial do Macarrão, comemorado em 25 de outubro, e os bons números sustentados pelos lares brasileiros, se reuniram, no dia 11 de outubro, no Bar d’Hotel, no Leblon, empresários do setor, como Alexandre Colombo, da Piraquê; Cristiane Pereira, da Kantar WorldPanel; e o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima), Claudio Zanão. Representantes do INCA Voluntário, também compareceram a exposição que abordou os resultados de uma pesquisa quantitativa e qualitativa que compara o consumidor carioca com os de outros estados quando o assunto é massa e saúde. A pesquisa realizada recentemente pela Kantar Worldpanel mostrou que o carioca gosta de gastar, adora promoções e comer bem. O estudo foi encomendado pela Abima e aponta que, enquanto o restante do Brasil gasta cerca de 1% a mais do que ganha em alimentação fora de casa, no Rio de Janeiro este índice é de 16%. — Antes de lançar o Rota 25 Caminho do Macarrão, evento gastronômico que aconteceu pela primeira vez no Rio, em outubro, queríamos entender os hábitos de consumo do carioca para elaborar um projeto afinado com os interesses deles. Os resultados foram surpreendentes — afirma Claudio Zanão, presidente da Abima. Os números também mostram que na capital fluminense a preferência pela massa é um pouco maior que no resto do país. Enquanto as massas frescas e congeladas ainda estão em ritmo de expansão no Brasil, nos pratos dos 58

cariocas esse tipo de alimento se faz presente frequentemente. — Observamos que mais da metade dos cariocas, cerca de 54,8%, compram os três tipos de massas — frescas, secas e instantâneas. Enquanto isso, nas outras regiões do Brasil, este índice é de 27,2% — ressalta Zanão. Além disso, a pesquisa revelou que o consumidor carioca adora experimentar pratos diferentes e quer ser atendido com prontidão. Entre os entrevistados, 26% afirmaram apreciar novidades e 33% não se importam em pagar mais por serviços, desde que possam contar com a organização e a agilidade do caixa para entrar e sair mais rápido de algum estabelecimento. Quanto ao comportamento de compra, a pesquisa aponta que 30% dos cariocas preferem o mercado “premium”, com mais sofisticação, enquanto que no restante do país este índice é de 22%. De modo geral, o carioca consome mensalmente mais massa em comparação à população de outras regiões. E os números comprovam isso.

novembro 2011 | comunitàitaliana

Claudio Zanão, presidente da Abima; Ricardo Selmi presidente da Selmi; Alexandre Colombo, diretor da Piraquê; Emília Rebello supervisora do INCA Voluntário; a bailarina Ana Botafogo; Pasquale Scofano, diretorpresidente da Cadore; e Márcia Martins, responsável pelo marketing da Barilla, participaram do evento de divulgação da pesquisa sobre o consumidor de massa

— Observamos que a frequência de compra de massas pelo morador do Rio é maior: dezoito vezes ao mês frente a quinze vezes ao mês na média brasileira — enfatiza Cristiane Pereira, diretora comercial da Kantar Worldpanel. O estudo mostrou que o macarrão é um alimento consumido por todas as classes sociais, por isso a importância da divulgação de suas qualidades. Alexandre Colombo, diretor da Piraquê, incentiva o consumo do produto, desmistifica a fama que o macarrão tem de engordar, e enfatiza que massa é importante para uma dieta equilibrada: — Estamos brigando contra essas dietas milagrosas, para mostrar que não é bem assim e para levar informação correta à população. Macarrão é um alimento super saudável e não engorda — conclui Colombo.


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