Informe da Assessoria
Informe da Assessoria Técnica da AEDAS em Itatiaiuçu . Nº8 ºº Maio de 2020
A pandemia afeta mais a vida das pessoas atingidas? “Antes estava ruim, agora está pior!” As vezes a gente acha que as coisas não podem piorar, mas na verdade nunca sabemos o que vai acontecer. Com a atingida Marlene Aparecida do Espírito Santo, a Leninha, está sendo assim. Além de ser atingida pelo acionamento do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) agora ela sofre com as mudanças que a pandemia tem causado na sua vida e da sua família. Leninha nasceu na cidade do Serro e ainda bebê foi morar em Betim, onde passou sua vida trabalhando como atendimento comercial em lanchonetes, fazendo salgados e vivendo como podia. Há 7 anos se mudou para a comunidade de Pinheiros, em Itatiaiuçu, com seu companheiro Anélio Osório dos Santos. “Adorei me mudar para Pinheiros, é mais tranquilo, a vida em comunidade é boa, as pessoas são mais unidas, tenho uma horta em casa, posso fazer o que eu gosto que é cozinhar”, contou Leninha. Depois de um tempo morando Pinheiros, Leninha decidiu sair de seu trabalho em Betim e montar seu próprio negócio na comunidade. Ela começou a construir um bar ao lado de sua casa e sonhava em crescer com seu próprio negócio. “Estávamos montando o bar para ter renda e também proporcionar diversão para a comunidade, era a realização do sonho que a Arcelor tirou da gente”, falou a atingida. Quando foi acionando o Plano de Ação da ArcelorMittal, o bar da Leninha estava em construção e ela ficou muito preocupada sem saber o que seria da vida dela daquele momento para frente. Sem renda, sem trabalho e sem sonho! “Quando vim para cá, queria uma vida segura e hoje faço tudo com medo, a mancha da lama muda toda hora e não sei se estou na área de risco”, desabafou.