Jubilandas 2023

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Irmã Fabíola Maria do Coração de Jesus

Irmã Fabíola sentiu o chamado para a Vida Consagrada pela maneira piedosa como vivia sua família, especialmente sua mãe. As Irmãzinhas que moravam em Pinheral (SC), onde nasceu, também tiveram grande influência no discernimento da sua vocação.

Com 70 anos de Vida Religiosa Consagrada, sua inspiração é o testamento deixado por Santa Paulina: “Sejam bem humildes; é o Senhor que faz tudo; somos simples instrumentos; confiem em sua providência”.

Sua missão é marcada pela atuação no projeto social CHAME (Centro de Habilitação de Menores), que contribui com a integração familiar e social de crianças adolescentes, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social. Fundado em 1994, o projeto já entregou mais de 6.000 certificados às pessoas que passam pelos cursos de capacitação profissional.

Sobre este lindo projeto, realizado em Itaú de Minas (MG), Irmã Fabíola relata:

“Todos aspiramos nos identificar com algo que existe dentro de nós e que queremos descobrir, como algo que persegue o desejo de felicidade que não sabemos definir, mas queremos alcançar...

A esta aspiração infinita, damos o nome de Deus. Eu sou a imagem e semelhança de Deus.

É preciso descobrir este tesouro que carregamos em nosso coração.

É um pouco dessa verdade que buscamos no trabalho e nas atividades do CHAME.

Quantas descobertas, quantas vidas salvas e transformadas, quantas surpresas...só Deus sabe!”

“Eu sei em quem acreditei.”
2Tm 1,12

Irmã Leda Darcy Tonin

A família da Irmã Leda sempre foi muito religiosa. Um certo dia, sua prima, Julieta Cureal; e sua amiga, Nadir Belinaso, contaram que iriam para São Paulo para serem freiras. Depois de ouvi-las, rezar muito e pedir que Nossa Senhora a abençoasse na sua escolha, Irmã Leda disse: “Eu também vou!”.

A prima e a amiga de Irmã Leda apresentaram a ela a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. No entanto, elas voltaram para casa, não seguiram na caminhada vocacional. Irmã Leda, admirada com tudo o que viu, permaneceu e fez os primeiros votos no dia 21 de janeiro de 1953.

A humildade e a vocação de Santa Paulina ajudaram Irmã Leda a nunca desistir da sua paixão, que é trabalhar com música, dando aula para as crianças. “Na Congregação, eu tive a oportunidade de trabalhar a vida toda com a profissão dos meus sonhos. Agradeço a Deus por sempre ter iluminado a minha missão”, relata.

A Vida Religiosa de Irmã Leda foi marcada pelo carinho de seus alunos. Ela conta que as crianças chegavam sem saber nada de música, canto, partituras, mas, com força de vontade e disciplina, sempre aprendiam tudo. “Acredito que Deus sempre colocou os melhores alunos em meu caminho. Até hoje recebo ligações e visitas de meus antigos alunos. Esse carinho é o que guardo com mais amor no coração”, conclui.

1Ts 5,16

“Alegria sempre e todos os dias.”

Irmã Natalina Maria do Sagrado Coração de Jesus

Irmã Natalina tinha 14 anos quando ouviu falar sobre Vida Religiosa Consagrada. Ela ficou encantada e muito entusiasmada, mas era a filha mais velha e tinha muitos irmãos pequenos para cuidar. Ela rezou bastante e pediu para Nossa Senhora dar uma luz. “Um dia tomei coragem e fui falar com a minha mãe. Ela logo aceitou minha decisão e preparou todo o enxoval necessário. Na viagem até Nova Trento (SC), minha mãe foi me recordando as bemaventuranças. Assim, chegou o grande dia”, lembra.

Escolheu a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição porque sua mãe tinha sido aluna de catequese das Irmãs em Nova Trento (SC). Como morava em Itajaí (SC), a Congregação era o melhor lugar para a missão, já que ficava perto da casa de sua família.

Desde criança, Irmã Natalina teve contato com a história de Santa Paulina. “Na cidade onde cresci, Santa Paulina era muito conhecida pelos imigrantes. Muitas jovens entusiasmavam-se pela história dela e também queriam fazer parte dessa vida e missão. Para mim sempre foi uma realização, assim como para a fundadora, poder atender as pessoas mais necessitadas. Agora, com a minha idade, preocupo-me em avivar a chama interior, para sempre ser mais feliz. ‘Se queres que eu te siga, respondo: Eis-me aqui’”, conta.

Desses 70 anos de caminhada na Vida Religiosa, recorda de quando trabalhava na Creche Baronesa de Limeira, em São Paulo, e houve uma greve na Santa Casa de Santos, por isso foi convocada a ajudar na enfermagem. Irmã Natalina gostou tanto da experiência que, em seguida, fez o curso de auxiliar de enfermagem. Depois, trabalhou muitos anos no Guarujá (SP). “As Irmãs me ajudaram muito. Só tenho a agradecer a Deus e a toda a Congregação pelas oportunidades que me foram dadas e que possibilitaram ajudar tantos doentes e mãezinhas a fazer o trabalho de parto e cuidar dos seus bebês. Agora, aqui na Casa São Luiz, em Bragança Paulista (SP), sou cuidada da melhor maneira, pelas Irmãs e colaboradores”, relata.

“Encontrar a Deus significa buscá-lo sem cessar.”
(Sl 105,5)

Irmã Zélide Maria da Eucaristia

Irmã Maria escolheu a Vida Religiosa Consagrada pelo testemunho de uma catequista que era vocacionada.

Encantou-se com a beleza do hábito da Irmã Maria Teresa e, por isso, escolheu ser uma Irmãzinha da Imaculada Conceição.

Nesses 70 anos de caminhada, inspira-se em Santa Paulina na busca pela santidade e recorda, com carinho, o tempo que trabalhou na maternidade e fez mais de 800 partos.

(Is 41,10a)

“Nada temas, estarei contigo.”

Irmã Anadir Virgínia dos Santos

Irmã Anadir, desde a sua infância, convivia com as Irmãzinhas da Imaculada Conceição e achava muito bonito o hábito usado por elas.

Durante uma reunião das filhas de Maria, Irmã Vicência Teodora perguntou quem gostaria de ser Irmãzinha e ela, prontamente, respondeu SIM ao chamado.

Professou os primeiros votos na Congregação no dia 16 de julho de 1973 e recorda, com carinho, o tempo que se dedicou à Educação, no trabalho com os alunos e também na administração.

Inspirada na fé inabalável de Santa Paulina, enfrentou muitos ventos contrários, mas perseverou e venceu os obstáculos.

“Tive que enfrentar muitas dificuldades, mas graças a Santa Paulina, a Imaculada Conceição e São José, sempre marcando presença em minha caminhada, eu consegui vencer”, declara.

“Senhor, a quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna.”
(Jo 6,68)

Irmã Anna Suely Evangelho Sampaio

Irmã Anna Suely, atualmente, reside na Casa de Oração Madre Paulina, em Nova Trento (SC), acamada e sob os cuidados de uma equipe carinhosa e competente.

Como está impossibilitada de contar sua história vocacional, esta missão foi dada à Irmã Sofia Hoepers, que relata, com carinho, um pouco dessa trajetória de 60 anos de Vida Religiosa Consagrada da Irmã Anna Suely.

Filha de Manoel Octávio Sampaio e Maria da Glória E. Sampaio, Irmã Anna Suely nasceu em Cerrito de Ouro, São Sepé (RS). Professou os primeiros votos na Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição no dia 21 de janeiro de 1963.

Irmã Anna Suely dedicou-se à enfermagem, cuidando, com carinho e atenção, de todos os enfermos.

Com uma espiritualidade enraizada nos ensinamentos de Jesus e na devoção a Maria, Irmã Anna Suely participou de encontros carismáticos. Muitas vezes, deslocava-se para outras cidades, onde aconteciam os dias de louvor.

Locomovia-se de ônibus, inclusive para dar umas voltas na cidade e marcar presença junto aos familiares, pelos quais é muito amada.

Na comunidade, foi testemunho de oração, de boa convivência, sendo paciente, delicada e atenciosa. Uma Irmãzinha feliz e muito fiel aos compromissos assumidos.

“O Senhor é meu Pastor, nada me faltará.”
(Sl 23)

Irmã Ivone Pia Falconi

Para viver o seu batismo, servindo em uma missão, Irmã Ivone Pia Falconi respondeu sim ao chamado para a Vida Religiosa Consagrada.

Inspirada por Nossa Senhora de Lourdes e aconselhada pela Irmã Amália Medeiros, escolheu a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição para viver a sua consagração.

A força, perseverança, fé e audácia de Santa Paulina são pilares na caminhada da Irmã Ivone. “A presença de Paulina foi muito forte na minha missão. Quando me sentia cansada, sempre pensava na frase dela: ‘quando penso que não posso, experimento que posso mais um pouco’”, conta.

O trabalho na Pastoral da Saúde, na Pastoral da Criança e na Pastoral do Idoso marcaram a sua trajetória de 60 anos de Vida Religiosa Consagrada, inspirada na frase de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Irmã Ivone também destaca a missão de servir onde não tinha sacerdote e a formação de lideranças nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBS).

“Eis a serva do Senhor.”
(Lc 1, 38b)

Irmã Maria Warken

A base do chamado da Irmã Maria Warken foi a sua família que, todos os domingos, reunia-se na capela da comunidade para rezar o terço. Mensalmente, o padre rezava a missa, era um dia de muita festa.

Com o passar dos anos, seus pais foram trabalhar em uma casa de retiros em Porto Alegre (RS). Quando ela concluiu o primário, foi trabalhar na mesma casa e teve a oportunidade de conhecer muitas congregações religiosas.

Ainda muito jovem, decidiu ser religiosa porque sentiu-se atraída pelas vestes e pela delicadeza das Irmãs. Depois, entendeu que foi a Imaculada de Lourdes, cuja gruta visitava quase todos os domingos, que a chamou. Nesta mesma gruta, pouco tempo depois, encontrou as Irmãzinhas da Imaculada Conceição. E, em um domingo de folga da sua mãe, foi conhecer e conversar com as Irmãs da Escola Fátima, em Sapucaia do Sul (RS). No ano seguinte, ingressou na Congregação.

Em sua missão como religiosa consagrada, Santa Paulina é sua inspiradora e guia. “Sua história de vida, sua audácia, dedicação aos irmãos menores, toda a sua vida e atitude são inspiração para continuar na opção inicial: ‘Servir-te, minha querida Mãe’”, conta.

Irmã Maria destaca, em sua missão como Irmãzinha, os primeiros anos como professora em escola pública e a missão na Diocese de Chapecó. “O que mais me ajudou foi o trabalho na diocese, como agente de pastoral. Louvo e agradeço o Senhor pelos 60 anos de vida doada. Obrigada, Senhor”, conclui.

“Esqueço-me do que fica para trás e avanço para o que está na frente. Lanço-me em direção à meta, em vista do prêmio do alto, que Deus nos chama a receber em Jesus Cristo.”
( Fl 3,13b)

Irmã Santina Pinto da Silva

Irmã Santina nasceu em uma família católica, que rezava o terço diariamente, e sempre desejou conhecer melhor a Deus.

Por sua grande admiração pela história de Santa Paulina, escolheu a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição para se consagrar a Deus.

Completando 60 anos de Vida Religiosa Consagrada, Irmã Santina recorda, com carinho, sua missão junto aos pobres, asilados, crianças órfãs e aos que necessitam de mais atenção e cuidados.

“Vós sois o caminho, a verdade e a vida.”
(Jo 14,6)

Irmã Tereza Kasue Kobata

Irmã Tereza escolheu a Vida Religiosa Consagrada pela sua grande atração para Deus desde a infância.

Conheceu a Congregação por meio do padre Inácio Takiushi, jesuíta japonês, que orientou um retiro de três dias para os japoneses católicos na cidade onde morava. “Ele era muito amigo das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e enviava as vocacionadas para a Congregação”, explica.

Em sua caminhada de 60 anos de Vida Religiosa, Irmã Tereza inspira-se em Santa Paulina pelo seu grande amor aos pobres, pela sua profunda união com Deus na simplicidade e humildade e pela sua persistência, mesmo diante dos ventos contrários.

Para Irmã Tereza, toda a sua missão foi muito marcante, seja no cuidado com os doentes nos hospitais, como na educação à saúde popular, por meio das terapias alternativas holísticas. “O cuidado maior e a preocupação em toda minha vida foi o de capacitar os funcionários para cuidar dos doentes nos hospitais onde exerci a minha profissão. Eu me sinto realizada, vivenciando a minha vocação. Creio que vivi intensamente fazendo a vontade de Deus, no seguimento a Jesus Cristo, no meu campo de missão”, conta.

(1Cor 11,24)

“Tomai, comei...fazei isto em memória a mim.”

Irmã Teruko Makino

Desde criança, Irmã Teruko admirava os religiosos, candidatas e seminaristas e queria ser igual a eles.

Irmã Teruko iniciou sua caminhada na Vida Religiosa em uma congregação no Japão. Quando seus pais decidiram mudar para o Brasil, não permitiram que ela ficasse no Japão sem a família.

Ao chegar no Brasil, Irmã Teruko e sua família receberam a visita da Irmã Laura de Maria Imaculada, prima da sua mãe, que já estava na Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.

Irmã Laura conversou com a Irmã Paula Maria da Santíssima Trindade, provincial na época, que acolheu Irmã Teruko na Congregação, mesmo sem ela saber falar o português.

Irmã Teruko foi enviada para um colégio, em Ourinhos (SP), para aprender o idioma. Na cidade, ela visitava as famílias japonesas junto com Irmã Laura. Durante dois anos, ficou em Ourinhos com a missão de costurar os uniformes dos alunos.

Com 60 anos de Vida Religiosa Consagrada, Irmã Teruko destaca sua missão como auxiliar de enfermagem, por mais de 20 anos, no Jardim de Repouso, residência de idosos japoneses, onde se identificou trabalhando com os conterrâneos. Depois também trabalhou na Pastoral da Criança.

“O amor sempre me acompanha iluminando minha vida.”

Irmã Maria Aparecida de Sousa

Convicta de que sentia um chamado diferente para assumir a fé cristã, colocando-se a serviço das pessoas mais necessitadas em outras realidades, Irmã Aparecida professou os primeiros votos no dia 08 de dezembro de 1998.

Escolheu a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição para viver sua vocação pelo testemunho de vida da Irmã Graciema Terezinha Tamanho. “Ela chegou na minha comunidade como uma presença humanizadora, ajudando o povo a cuidar da saúde e também a ter uma nova visão da Bíblia, por meio de Escolas Bíblicas, auxiliando na compreensão da Palavra de Deus de uma forma muito mais consciente”, recorda Irmã Aparecida.

Nesses 25 anos de Vida Religiosa Consagrada, Irmã Aparecida destaca os dois anos de atuação em Gagal, no Chade, África Central, onde conviveu, testemunhou e foi presença junto ao povo africano com todo o diferencial cultural e o modo de acolher Deus e celebrar.

Atualmente, está em missão em Livramento de Nossa Senhora, na Bahia, onde tem revigorado sua fé cristã e sua vocação junto às comunidades da paróquia. “Cada vez que me aproximo dos grupos e de outras pessoas para uma escuta atenta que as fortalece, isso me confirma que não estou aqui por acaso, mas tenho uma grande missão, apesar de tantos desafios particulares”, relata.

Diante dos desafios, inspira-se na persistência de Santa Paulina e na sua confiança em Deus. “Sua audácia em assumir certas atividades missionárias, sempre indo ao encontro dos mais pobres e marginalizados, me traz muita inspiração e incentivo”, partilha Irmã Aparecida.

“Não foste vós que me escolhestes, mas eu que escolhi você.”
(Jo 15,16)

Irmã Cleusa de Fátima Santos

Com grande desejo de seguir a Deus, Irmã Cleusa professou os primeiros votos no dia 08 de dezembro de 1998.

Chegou até a Congregação pelo padre José Santana, conhecido como padre Zezinho, da Diocese de Apucarana, que a apresentou para a Irmã Custódia, sua animadora vocacional.

A intimidade que Santa Paulina tinha com Deus é sua força na caminhada. “Mesmo com todo o sofrimento, ela buscou forças e inspiração em Deus e nunca desanimou. Isso me inspira e me encoraja”, declara.

Em seu testamento, Santa Paulina pediu que as Irmãs cuidassem dos idosos e esta é a missão que Irmã Cleuza desenvolve com grande carinho. “Peço a Deus, todos os dias, que me inspire e me dê sabedoria para cuidar das pessoas idosas a mim confiadas”, conta.

“Tudo posso Naquele que me fortalece.”
(Fp 4,13)

Irmã Francisca Neuda de Sousa

Irmã Francisca, como batizada e cristã, sentiu no coração o chamado para ir além e viver o projeto de Deus na gratuidade servindo às irmãs e aos irmãos.

Inspirada pelo carisma de Santa Paulina e encantada pelo amor e doação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, escolheu a Congregação para viver a sua consagração.

Nesses 25 anos de caminhada, sente-se marcada pela missão que está desenvolvendo atualmente na comunidade Madre Paulina, onde faz a experiência da vivência do amor e da caridade, como Santa Paulina pediu em seu testamento.

“O Senhor é meu Pastor, e nada me faltará.”
(Sl 23,11)

Irmã Jailma Costa Oliveira

Para Irmã Jailma, o Senhor a escolheu para um tipo de vida que ela nunca tinha imaginado: a Vida Religiosa Consagrada.

Foi tocada e chamada a se consagrar a Deus na Congregação por meio do bonito testemunho das Irmãzinhas que, há quase 50 anos, exercem a missão em Ipirá, na Bahia, sua cidade de origem. Através delas, Irmã Jailma conheceu a vida de Santa Paulina e se encantou com o seu jeito simples, sem meios, mas com grande confiança em Deus.

Celebrando 25 anos de votos, ela recorda a missão junto ao povo em Cezarina (GO), em Ipirá (BA), em Livramento de Nossa Senhora (BA), em Ribeirão das Neves (MG) e, atualmente, em Barra de São Francisco (ES).

“Diante do medo e da insegurança, com relação a missão a mim confiada, sempre busco alimentar a minha fé e confiança em Deus como fazia Santa Paulina. Olho para trás e percebo, com gratidão, as inúmeras vezes que fui ousada e corajosa, na certeza de que era a mão do Senhor que me conduzia”, partilha.

A missão da Irmã Jailma sempre foi na Pastoral. Apesar das limitações, medos, insegurança, acredita na graça de Deus que a amou, tocou e chamou. “O seu amor por mim, o experimento de muitas formas. E é esse amor e cuidado do nosso Deus que vai derrubando as barreiras e fazendo acontecer a vida. Como Santa Paulina, afirmo: ‘É o Senhor que faz tudo. Somos simples instrumento’”, conta.

“Não temas porque eu a redimi e a chamei pelo nome. Tu és minha.”
(Is 43,1)

Irmã Geralda Maria

Martins da Cruz

Irmã Geralda professou os primeiros votos em 08 de dezembro de 1998. Escolheu a Vida Religiosa Consagrada pelo jeito de ser das religiosas, mulheres alegres e despojadas, encantadas com a missão, especialmente junto aos mais pobres. “Estar ao lado dos sem voz e sem vez sempre foi minha luta. Acredito que de mãos dadas com os sofredores, por meio do meu testemunho, o mundo pode ser diferente”, explica.

Decidiu consagrar-se a Deus na Congregação pelo testemunho de uma Irmãzinha da Imaculada Conceição, que mostrou como ela poderia viver de uma forma diferente o seu batismo na missão em sua paróquia em Belo Horizonte (MG).

Santa Paulina também teve grande influência na decisão de Irmã Geralda que, antes de conhecêla, não pensava em ser religiosa, já que sempre foi muito ligada à família.

Ao ter contato com o carisma da Congregação e com a história de Santa Paulina, foi amor à primeira vista. “Paulina, uma mulher simples e forte, inspirou-me a ter coragem de assumir, com confiança, e a dizer sim à Vida Religiosa Consagrada, sabendo que nunca estaria sozinha”, conta.

Muitos foram os momentos de medo e dúvida sobre ser esta a decisão certa, mas foram vencidos com coragem e com a graça de Deus. “Lembro-me de ter dias em que eu disse para Paulina e para Deus que não iria ser religiosa e que bastava eu continuar realizando a missão na Igreja, mas, em seguida, o Senhor continuava me inquietando e eu sentia que tinha que dar uma resposta. Então, um dia acordei cedo e tomei a decisão de dar meu sim”, recorda.

Separar-se da família foi um grande desafio, ainda mais porque sua mãe não aceitava a escolha pela Vida Religiosa, mesmo assim se manteve firme, inspirada na fundadora da Congregação. “Paulina, com seu jeito de ser, apresentou-me um evangelho

atual. Com sua prática e experiência em Deus, fez-me acreditar que valia a pena dizer sim a uma proposta diferente. Tudo por causa de um grande amor na entrega pela missão junto aos pobres”, explica.

Nesses 25 anos de Vida Religiosa Consagrada, duas experiência marcaram a caminhada de Irmã Geralda. Em Trairi (CE), durante cinco anos, ela atuou no auxílio aos dependentes químicos na comunidade do Carrapicho. “Alguns, eu consegui com que fizessem o tratamento e abandonassem o vício; outros, eu os vi morrer pelas drogas ou serem assassinados”, relata. A segunda experiência é em São Paulo, onde atualmente exerce a missão como coordenadora da Capela Sagrada Familia e Santa Paulina e do Memorial Santa Paulina. “Um trabalho maravilhoso onde tenho a oportunidade de acolher, escutar e ajudar aqueles que são excluídos e marginalizados pela sociedade. Também tive a graça de acompanhar a peregrinação da imagem de Santa Paulina na Região Episcopal Ipiranga, quando várias paróquias puderam conhecer a história da chegada de Santa Paulina em São Paulo. Sou muito feliz e grata a Deus por ter a oportunidade de evangelizar e colocar meus dons em prática. Sou muito feliz como Religiosa Consagrada”, conclui.

(Is 41,10)

“Não tenhas medo, porque estou contigo.”

Irmã Hemetéria Luciana Feitosa Sousa

O despertar vocacional da Irmã Luciana surgiu a partir da admiração dela por uma Irmã Carlista, chamada Nair, que passava todos os dias de moto em frente à casa da sua mãe para dar aula em uma escola pública. Assim, começou a desejar ser como aquela irmã: subir em uma moto e viajar pelo mundo.

“Comecei a participar dos Encontros Vocacionais na Arquidiocese de Porto Velho, pois eu já exercia a missão como catequista, participava também da Pastoral dos Migrantes e da Pastoral da Juventude. O chamado de Deus aumentava cada vez mais e sentia que era necessário fazer uma vivência vocacional em alguma Congregação, mas ainda não sabia qual”, conta.

Irmã Luciana procurou conhecer várias Congregações em Porto Velho (RO), como também outras por meio de cartas. “Adorava receber respostas e materiais vocacionais. Me imaginava viajando, passando um final de semana com as Irmãs”, recorda.

Ela conheceu as Salesianas, Scalabrinianas, Marcelinas, Paulinas, mas nenhuma tocou seu coração. Então, conversou com o pároco da paróquia onde participava. Ele falou das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e disse que tinha uma Irmã nesta Congregação chamada Salete Leite. Irmã Luciana ligou para as Irmãs, foi passar um fim de semana com elas e sentiu que ali era o seu lugar. Na época, a comunidade, formada pela Irmã Claudete, Irmã Cidinha, Reinalda e Irmã Marta Tomelin, estava inserida em uma realidade carente, do outro lado da cidade.

Inspirada pela ousadia, coragem, fé e pelos grandes ideais de amor ao próximo de Santa Paulina, Irmã Luciana completa 25 anos de Vida Religiosa Consagrada.

“Sinto que Deus vai confirmando a minha vocação neste mundo. Na minha missão na hospitalidade, sinto abraçar todos os sonhos em acolher, receber, levar o outro, a outra a ter sonhos e esperança, favorecendo viver este chamado na doação, entrega e alegria”, partilha.

(Hb 13, 12)

“Não vos esqueçais da hospitalidade. Alguns sem saber hospedaram anjos.”

Irmã Juliêta Barbosa Neta

O despertar vocacional da Irmã Juliêta iniciou quando ela percebeu que sentia muita alegria no serviço à comunidade eclesial, em Teresina (PI). No mesmo ano, as Irmãzinhas da Imaculada Conceição chegaram na Paróquia Santa Terezinha, no bairro Dirceu II, e ela conheceu a vida e a história de Santa Paulina. “A vida e trabalho das Irmãs era de muita alegria. A simplicidade e humilde de Santa Paulina me encantou e comecei a entender que eu também podia servir a Deus, dedicando-me às pessoas que mais precisavam. Foi o testemunho das Irmãs que me levou a buscar a vida Religiosa Consagrada”, partilha.

Irmã Juliêta teve a oportunidade de conhecer outras Congregações com seus carismas e reconhece que todos são muito importantes para o Reino de Deus, mas foi com o carisma das Irmãzinhas que ela mais se identificou: “Sensibilidade para perceber os clamores da realidade e disponibilidade para servir aos mais necessitados e aos que estão em situação de maior injustiça”.

Inspirada pela espiritualidade, missionariedade e determinação de Santa Paulina frente ao projeto e à vontade de Deus, há 25 anos fez a sua primeira profissão de votos na Vida Religiosa Consagrada

Ela considera que todas as experiências vividas na sua caminhada como religiosa foram grandes aprendizados e destaca que cresceu muito nas missões em Acopiara (CE), Trairi (CE), Fortaleza (CE) e Ipirá (BA). “Todas essas experiências me proporcionaram contato direto com as Comunidades Eclesiais de Base, onde me identifico e vivo meu carisma pessoal junto com o carisma da Congregação”, conta.

Fora desses espaços missionários, Irmã Juliêta também atuou cinco meses no Movimento dos Sem Terra (MST), que fez crescer em seu coração o desejo de sempre estar junto aos pobres.

(Is 43,4)

“Você é preciosa pra mim, és digna de estima e eu te amo.’’

Irmã Márcia do Amaral Miranda

Irmã Márcia escolheu a Vida Religiosa Consagrada com o desejo de contribuir na transformação da sociedade, poder sonhar e fazer deste mundo um lugar bom para todas as pessoas e não apenas para algumas.

Entre 1993 e 1994, ela queria ajudar as pessoas, diminuir a fome e o sofrimento. Naquela época, participando do grupo de jovens da paróquia, na cidade onde morava, enquanto arrecadava e distribuía cestas básicas, reunia as famílias para rezar nas casas e também nos momentos de intimidade com Deus, sentiu Jesus chamá-la para servi-lo na radicalidade.

“Eu não tinha claro se queria ser religiosa. Só sabia que queria ajudar as pessoas, mas eu não queria só ajudar, eu queria ser livre para ajudar, visto que o meu pai reclamava pela minha presença em casa. Eu não era livre para ajudar as pessoas. E foi nessa incompreensão de meu pai que decidi procurar o padre para conversar, pedir uma orientação. Ele me indicou uma congregação religiosa, para a qual as jovens da minha cidade eram encaminhadas e algumas já estavam naquela congregação”, recorda.

Irmã Márcia entrou em contato com a congregação indicada pelo padre, mas não recebeu o retorno desejado, talvez pelo extravio da correspondência. Mesmo com a ausência de atenção, não desanimou, continuou participando do grupo e ajudando as pessoas.

Até que chegou nas mãos dela um santinho de Santa Paulina. Foi quando ela decidiu enviar uma carta para a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. Para sua surpresa e alegria, recebeu a resposta de uma Irmã e fez um ano de acompanhamento por cartas. Depois

de seis meses sendo acompanhada, foi convidada para conhecer a Congregação e participar de um encontro vocacional. “Achei tudo muito legal, animado, gostei, mas não estava muito claro que queria aquela Congregação”, conta.

Após o encontro, teve contato com a história de Santa Paulina, por meio do filme “A súdita de Deus”. Ao assistir ao filme, chorou muito e sentiu que tinha encontrado o seu lugar. “Encontrei uma jovem que, como eu, queria ajudar as pessoas, queria um mundo melhor para todos”, relata.

Há 25 anos, Santa Paulina a inspirou a sair de casa e continua a inspirá-la na missão, na fé inabalável em Deus, na confiança em Jesus Cristo, em Nossa Senhora e São José, com seu jeito determinado de ser, mostrando que sempre é possível fazer algo por quem sofre.

“Hoje, olho para trás e vejo a missão realizada com crianças, jovens, mulheres, homens, casais, mulheres em situação de violência, pessoas violentadas nos seus direitos, pessoas com câncer, nos coletivos de lutas por direitos e nas denúncias de violação de direitos. Posso dizer que aquela menina que queria ajudar as pessoas transformou-se em uma mulher que compreende que ajudar as pessoas está para além de dar o alimento, mas também é a luta contra a fome. Ajudar as pessoas passa pelas decisões políticas, econômicas, sociais, modelo de Igreja, pela radicalidade do seguimento a Jesus do jeito de Santa Paulina. Gratidão a todas as pessoas que me ajudaram nessa missão, que me fortaleceram e me animaram nesta jornada”, partilha.

(2Cor 12, 9)

“Senhor, dai-me a tua graça e isto me basta.”

Irmã Selma de Lourdes Casagrande

Irmã Selma considera o seu chamado para a Vida Religiosa como algo inato, como se sua vida não pudesse ter seguido outro caminho.

Nasceu e cresceu no sítio, no Córrego do Indaiá, em Ecoporanga (ES). Seus pais eram agricultores e trabalhavam muito na roça e nos afazeres da casa. Aos nove anos, fez a catequese, ministrada por sua madrinha, e também já ajudava outras crianças na catequese. “Nunca pensei em me casar e formar uma família. Desde criança, sentia aquela vontade de ser religiosa, tocada mesmo pela graça de Deus. Gostava do jeito fervoroso das religiosas e como nos ensinavam e falavam do jeito de ser Igreja. A forma alegre e dinâmica na acolhida ao povo ficou em minha cabeça e no coração”, recorda.

Irmã Selma foi apresentada à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição em uma viagem de ônibus, na qual conheceu Irmã Estelina da Cruz e Irmã Ivani Gonçalves que, na época, eram aspirantes. Elas estavam a caminho de um mesmo encontro diocesano em São Mateus (ES).

Mesmo já sendo vocacionada em uma outra Congregação, Irmã Selma se interessou em conhecer as Irmãzinhas. Conversou com Estelina e foi orientada a falar com a Irmã Benedicta Auta dos Santos. Ela tentou várias vezes fazer contato, mas o medo não deixava. Escreveu uma carta para a Irmã e rasgou. Via a Irmã dando encontro de liturgia na cidade que morava, mas não conseguia conversar com ela, pois tinha muito medo das Irmãs da outra Congregação onde estava.

O ponto alto foi no ano da beatificação de Santa Paulina. Mesmo estando em outra Congregação, não perdeu o que passava na TV sobre a vida de Santa Paulina. Depois disso, deixou a Congregação onde estava, ficou fora por um ano, e ingresssou na Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.

Irmã Selma professou os primeiros votos na Congregação no dia 08 de dezembro de 1998. Na vivência da sua vocação, inspira-se na teimosia, perseverança, vida de oração, pulso firme e resiliência pela missão de Santa Paulina.

A missão que mais marca a vida da Irmã Selma é a que ela vive no real da vida. Experiências de vida que ela jamais pensou que pudesse vivê-las e que trazem lembranças de fatos e pessoas que marcaram sua caminhada, revelando muito de sua personalidade, do seu modo de ver o mundo e de viver na comunidade humana e cristã, o entusiasmo e idealismo, o seu caráter e discernimento. Para ela, mesmo os momentos difíceis, que naturalmente surgem durante uma caminhada e outra, podem ser transformados em oportunidades de crescimento e discernimento. “É preciso aproveitar esses momentos, canalizando esforços para o trabalho pastoral, sobretudo com os dependentes químicos que é desafiador e ainda muito delicado no processo (Pastoral da Sobriedade). A felicidade acontece quando cumprimos a missão com alegria”, conclui.

“Tudo posso naquele que me fortalece.”
(Fp 4,13)

Irmã Mônica Maria Costa Fragôso

Em seu processo de discernimento vocacional, Irmã Mônica foi movida por uma força extraordinária e inexplicável. Ela sentiu-se chamada para um estado de vida no qual pudesse ser e estar no mundo para realizar uma missão, um propósito de vida.

Escolheu ser religiosa na Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição por ter Santa Paulina como fundadora e pelo carisma, além do exemplo de vida das Irmãs Durvalina, Necilda e Cícera.

Para Irmã Mônica, Santa Paulina é uma mulher que viveu para além do seu tempo. Mesmo diante dos ventos contrários, manteve sua fortaleza e ternura. Ela tinha clareza do seu propósito de vida: ser toda de Deus e toda dos irmãos e irmãs.

Nesses 25 anos de Vida Religiosa Consagrada, considera que todas as missões por onde passou foram muito significativas e que aprendeu muito em cada realidade. “Destaco a missão realizada hoje no Centro de Espiritualidade Imaculada Conceição Pousada & Eventos, que me possibilita atuar na linha da espiritualidade, partilhando e aprendendo sobre meditação cristã”, partilha.

“Seduziste-me, Senhor, e eu me deixei seduzir.”
(Jr 20,7)
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