Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro
Presidente da Softex
Ruben Delgado
Vice-presidente da Softex
Diônes Lima
Coordenação do projeto
Renata Blatt
@2025 – Revista Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro. Uma publicação institucional. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Jornalista responsável
Fabrício Lourenço – DF2887 JP
Assessoria de Imprensa (MLP)
Karen Kornilovicz
Mário Pereira
Revisão
Karine Serezuella
Diagramação e projeto gráfico
Paula Oliveira
Laura Santos
Caros leitores,
O futuro da tecnologia se desenha diante de nós com uma velocidade impressionante. A cada dia, inovações em inteligência artificial, conectividade avançada e cibersegurança redefinem o cenário global, exigindo novas abordagens e estratégias. Nesta edição da revista Softex, exploramos como esses avanços estão impactando o mercado, promovendo inclusão e impulsionando o Brasil no cenário internacional.
O estudo sobre IA e redes conectadas, que ilustra nossa capa, evidencia o potencial transformador dessas tecnologias na sociedade e nos negócios. No âmbito internacional, destacamos a presença do Brasil no MWC 2025, onde empresas nacionais reforçam sua competitividade e inovação.
A presença feminina no setor de tecnologia também merece atenção. O Guia de Inteligência Artificial e as iniciativas do Hub Salvador demonstram o papel fundamental das mulheres na construção de um futuro mais diverso e inovador. Ao mesmo tempo, os desafios permanecem: o número de mulheres formadas em cursos de ciências ainda reflete os impactos da pandemia.
Na área de segurança cibernética, analisamos os avanços brasileiros e os desafios na governança de dados, enquanto no Observatório Softex trazemos uma visão estratégica sobre o impacto da tecnologia no agronegócio.
A inovação também se faz presente nos eventos que movimentam o setor, desde a CES Las Vegas até iniciativas nacionais como o Show Rural Digital e o lançamento do CI Digital do Inatel.
Convidamos você a explorar os temas desta edição e refletir sobre como a tecnologia pode transformar realidades e abrir novas oportunidades para o país.
Boa leitura!
Equipe Softex
SUMÁRIO
O futuro conectado: como IA e redes inteligentes estão moldando o mundo
SOFTEX MULHER
Número de mulheres formadas em cursos de ciências caiu quase pela metade desde a pandemia
Hub Salvador quer mpulsionar a participação feminina no ecossistema de inovação da Bahia
SUMÁRIO
ACONTECE NO SETOR
Brasil avança em segurança cibernética com projeto de criptografia quântica do CPQD
Avanço da IA no Brasil: empresas evoluem, mas governança de dados ainda é desafio
ARTIGOS
MWC 2025: inovações tecnológicas e o futuro das políticas públicas no Brasil, Ruben Delgado, presidente da Softex
Superando lacunas entre TI e TO na indústria manufatureira, Matt Wyatt, vice-presidente de serviços profissionais da TeamViewer
Compliance e Inteligência artificial: uma parceria promissora
Gartner alerta para riscos da GenAI e reforça a importância da governança de IA
Brasil amplia presença no MWC 2025 com sua maior delegação da história
Digital é lançado no Inatel com debates sobre tecnologia e mercado
Hub Softex destaque no Rural Digital 2025 IFRN entrega placas eletrônicas Bit DogLab durante o EmbarcaTech
Las Vegas 2025: inovações tecnológicas transformadoras baseadas
Por Karen Kornilovicz
O futuro conectado: como a IA e as redes inteligentes estão moldando o mundo
Ainteligência artificial (IA) está revolucionando setores e moldando o futuro da economia digital. Para entender esse movimento, é essencial analisar como diferentes países investem nessa tecnologia e como a conectividade potencializa seu impacto.
E é exatamente isso que faz o quarto artigo da série Observando do Observatório Softex, unidade de estudos e pesquisas da unidade. Intitulado “A sinergia entre inteligência artificial e conectividade: redes conectadas e inteligentes”, o material explora as principais tendências, investimentos e desafios da adoção dessas tecnologias que estão redesenhando o panorama tecnológico mundial.
Em 2024, o estudo “A Avalanche da Inteligência Artificial”, publicado pelo Observatório Softex, projetou que a receita do mercado global de softwares de IA atingirá US$ 126 bilhões em 2025, um crescimento de 77,46% em relação a 2023. Dentro desse cenário, a IA Generativa desponta como uma das frentes mais promissoras, potencialmente capaz de gerar entre US$ 2,6 trilhões e US$ 4,4 trilhões em benefícios econômicos quando aplicada a diversos setores da indústria.
No início deste ano, o lançamento do modelo DeepSeek R1, desenvolvido por um laboratório chinês, reacendeu a disputa pela supremacia nesta tecnologia. Em um comparativo global, os Estados Unidos lideram a criação de novas startups de IA, com mais de 775 empresas fundadas em 2023, seguidos pela China, com 122.
O Brasil, embora tenha registrado apenas 15 novas startups no período, demonstra um ecossistema de inovação em crescimento.
Os principais países investidores em IA – Estados Unidos, China e Reino Unido – destinam cifras bilionárias ao setor. Apenas em 2023, os investimentos privados em IA alcançaram US$ 67,7 bilhões nos Estados Unidos, US$ 7,9 bilhões na China e US$ 9,8 bilhões na União Europeia e no Reino Unido.
No Brasil, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) prevê R$ 23 bilhões em investimentos até 2028, com foco em infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento, formação de talentos e inovação empresarial. Embora seja um avanço significativo, esse montante ainda está muito aquém dos aportes feitos por outras nações, representando um desafio para a competitividade global do país no setor.
DESAFIOS, OPORTUNIDADES E O PAPEL DA CONECTIVIDADE NA EXPANSÃO DA IA
A convergência entre IA e conectividade possibilita avanços expressivos na automação, otimização e tomada de decisão em tempo real. Tecnologias como 5G, SDN (redes definidas por software) e conectividade via satélite viabilizam modelos de IA mais eficientes, reduzindo latências e aumentando a capacidade de processamento distribuído. Essa sinergia impulsiona a transformação digital e fortalece setores como cidades inteligentes, indústria 4.0, saúde digital e segurança cibernética.
No Brasil, um dos grandes desafios é a desigualdade no acesso à Internet e à infraestrutura de telecomunicações. A inclusão digital é essencial para democratizar os benefícios da IA e garantir um crescimento sustentável da tecnologia no país.
Além das barreiras tecnológicas, a adoção da IA traz desafios regulatórios e éticos, relacionados à privacidade de dados, segurança cibernética e vieses algorítmicos. Neste contexto, iniciativas como a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA) e o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação são fundamentais para promover o uso responsável da tecnologia, impulsionando a pesquisa e a inovação de forma ética e segura.
Programas como IA² e Conecta Startup Brasil, desenvolvidos pela Softex em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), têm o potencial de acelerar o
avanço da IA no Brasil. Essas iniciativas apoiam o desenvolvimento de novos produtos e soluções baseados em IA, capacitam profissionais, promovem a colaboração entre os diferentes atores do ecossistema e fomentam uma cultura de inovação responsável.
Com investimentos adequados e políticas públicas eficazes, o Brasil pode consolidar sua posição no ecossistema global de IA, garantindo avanços tecnológicos que beneficiem a economia e a sociedade. A integração entre a IA e a conectividade é um passo essencial nessa jornada, possibilitando um futuro mais inovador, eficiente e acessível”, avalia Rayanny Nunes, coordenadora de novos negócios da Softex.
Baixe gratuitamente a íntegra deste novo artigo da série Observando aqui
SOFTEX MULHER
Guia de Inteligência Artificial destaca a colaboração feminina no setor
Em um cenário global onde cerca de 40% das publicações sobre Inteligência Artificial (IA) estão concentradas na China, 30% nos Estados Unidos e o restante distribuído pelo mundo, uma disparidade preocupante chama atenção: apenas 3% a 4% dos autores são mulheres.
Essa realidade, somada à complexidade técnica do tema e à escassez de conteúdos diversos e acessíveis, motivou Ariane Reiser a escrever o livro “E a AI para que serve: um guia de inteligência artificial para curiosos com casos práticos”. A autora é palestrante, escritora, consultora e pesquisadora especializada em transformação digital.
A obra chega em um momento oportuno, no qual a discussão sobre IA e sua regulamentação está em alta, especialmente no Brasil. Com uma abordagem inovadora, o livro busca desmistificar a inteligência artificial, explicando conceitos técnicos de maneira acessível, ideal para curiosos e iniciantes no assunto.
Seu diferencial está na abordagem didática e inclusiva, que inclui uma linha do tempo detalhada, resumindo a evolução de mais de 70 anos da inteligência artificial. Além disso, ilustrações e diagramas enriquecem o conteúdo, tornando o aprendizado
mais visual e compreensível para leitores não técnicos.
Mais do que apresentar o que é IA, o livro oferece uma perspectiva prática sobre como utilizá-la. Um coletivo feminino, composto por executivas de diferentes áreas, compartilha casos reais de aplicação da IA em seus respectivos campos: Cintia Barcelos, Clarissa Vieira, Claudia Marquesani, Darlene Fasolo, Fernanda Jolo, Inaray Sales, Maria Eliza Flores, Patrícia Maranguello, Paula Rabello, Pétala Tuy, Sabrina Zaremba, Silviane Rodrigues e Tania Liberman.
Essa iniciativa tem como objetivo educar e inspirar futuras gerações de mulheres a seguirem carreiras em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e no campo da inteligência artificial, incentivando mais meninas e mulheres a se interessarem por esse universo, contribuindo para reduzir a desigualdade de gênero no setor e construir um futuro mais diverso e inclusivo.
SAIBA MAIS
SOBRE O LIVRO AQUI
Número de mulheres formadas em cursos de ciências caiu quase pela metade desde a pandemia
Aparticipação feminina em cursos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) registrou uma queda de dois dígitos desde a pandemia. Em 2019, 53% das mulheres ingressantes nessas áreas concluíam sua formação, enquanto em 2023 essa taxa caiu para 27%, uma redução de 48%. Entre os homens, a taxa de conclusão também diminuiu, mas em menor proporção: de 37% para 23%. Os dados são do levantamento da Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados, com base em informações do Inep.
Para Marcelo Tokarski, CEO da Nexus, o impacto da crise sanitária e econômica foi mais intenso para as mulheres, que enfrentaram desafios adicionais como o aumento da carga de cuidados familiares e dificuldades financeiras.
Momentos de crise exigem das mulheres maior dedicação ao núcleo familiar, o que impacta diretamente sua permanência na educação”, avalia Francilene Garcia, vicepresidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ressaltando a necessidade de revisão das políticas afirmativas para garantir não apenas o ingresso, mas também a conclusão dos cursos por alunas de STEM.
Apesar das dificuldades, o interesse feminino pelas carreiras científicas tem aumentado. Em 2023, as mulheres representaram 26% dos ingressantes em cursos de STEM, um crescimento absoluto de 29% em relação a 2013. O avanço masculino foi ainda maior - de 56% no mesmo período - mantendo a predominância masculina no setor.
Os cursos de STEM são agrupados em três grandes áreas: ciências naturais, computação e engenharias. Em 2023, 48% das alunas estavam nas engenharias, 43% em computação e 9% nas ciências naturais. A procura feminina por cursos de computação foi a que mais cresceu na última década, com um aumento de 368%, enquanto as engenharias registraram queda de 21%.
Para Francilene Garcia, uma presença equilibrada de homens e mulheres na ciência é essencial para a diversidade de perspectivas e a qualidade dos avanços científicos. “A ciência precisa ser plural para ser mais impactante. Quanto maior a diversidade, melhores serão os resultados para a sociedade e o planeta”, conclui.
Hub Salvador quer impulsionar a participação feminina no ecossistema de inovação da Bahia
Oano de 2025 será marcado pelo aumento da participação das mulheres no ecossistema de inovação de Salvador e da Bahia. Essa é a meta do Hub Salvador, espaço de empreendedorismo tecnológico da Prefeitura da capital baiana, coordenado pela Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (Semit). Sob a liderança do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em Informática e Eletroeletrônica de Ilhéus (CEPEDI Ilhéus), suas ações contam também com o apoio da Softex.
De acordo com dados do estudo W-Tech, elaborado pelo Observatório Softex, as mulheres ocupam apenas 20% das posições na área de TICs no Brasil, e a presença de mulheres negras é ainda mais reduzida. Para mudar essa realidade, o Hub Salvador busca oferecer capacitação, mentorias e programas de aceleração voltados a startups lideradas por mulheres e outros grupos diversos.
O Hub Salvador é um espaço de inovação, colaboração e transformação, onde as
mulheres têm protagonismo e impulsionam novas ideias que moldam o futuro da nossa cidade”, afirma o secretário municipal de Inovação e Tecnologia, Alberto Braga. Segundo ele, a diversidade é um fator essencial para o crescimento sustentável do setor de tecnologia, e a nova fase do Hub reflete esse compromisso.
Uma das parceiras estratégicas do Hub Salvador, a Inventivos já investiu mais de R$ 3 milhões em startups e atualmente possui 12 empresas em seu portfólio. A cofundadora Monique Evelle, empresária e investidora do Shark Tank Brasil, reforça a impor tância da iniciativa: “Nosso plano é fortalecer Salvador, a Bahia e o Nordeste, promovendo um ecossis tema de inovação que valoriza a diversidade e a inclusão, com trocas reais e oportunidades para todos.”
Empreendedoras que participam do Hub Salvador destacam o impacto positivo dessas iniciativas. Diane
Souza, fundadora da Captarh - Gestão de RH, ressalta que ainda há desafios ao serem superados: “O ecossistema de startups no Brasil tem avançado na inclusão de mulheres, mas nós, mulheres negras, ainda enfrentamos barreiras sociais e dificuldades no acesso a financiamento, o que limita a capacidade de escalarmos nossos
Para Monique Santos, cofundadora da WasteZero, primeira startup do Nordeste voltada ao combate ao desperdício, é fundamental que a inclusão seja acompanhada de ações concretas. “A representatividade feminina no setor de inovação precisa ir além dos discursos. São necessários programas de aceleração específicos, mentorias e maior visibilidade para negócios liderados por mulheres e grupos diversos”, afirma. A WasteZero foi uma das 10 startups selecionadas para o 1º Ciclo de Aceleração 2024/2025 do Hub
Antônio Rocha, coordenador executivo do Hub Salvador, reforça o compromisso da nova gestão em ampliar as oportunidades para mulheres no setor de tecnologia. “Ainda existem barreiras significativas para a equidade de gênero, mas com o apoio de instituições como a Softex e iniciativas voltadas à capacitação e aceleração de startups femininas, estamos avançando para tornar o ecossistema de inovação mais diverso e representativo da realidade da nossa população.”
OBSERVATORIO SOFTEX
Por Mário Pereira
Artigo do Observatório Softex analisa como a tecnologia impulsiona o crescimento do agronegócio no Brasil
Nos últimos cinco anos, o agronegócio brasileiro tem se consolidado como um dos principais motores da economia do país, respondendo por mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Para ampliar ainda mais seu peso nesta importante equação, ele necessita incorporar novas tecnologias, capazes de harmonizar sustentabilidade e eficiência.
Essa é uma das principais conclusões do artigo “AgroTech - Tecnologia no Agronegócio Brasileiro: Inovação, Desafios e Oportunidades”, produzido pelo Observatório Softex, unidade de estudos e pesquisas da entidade.
O levantamento destaca o crescimento das exportações agropecuárias, que somaram US$ 166,2 bilhões entre julho de 2023 e junho de 2024, mas também aponta uma leve redução na participação do agronegócio no PIB. Essa desaceleração pode ser atribuída a fatores como mudanças climáticas, aumento dos custos de produção e necessidade de maior investimento em inovação.
Segundo Rayanny Nunes, coordenadora de novos negócios da Softex, a modernização do agronegócio depende da incorporação de avanços tecnológicos, aliada ao fortalecimento de políticas públicas. O white paper aponta que tecnologias como IA, IoT, Big Data e blockchain vêm transformando a gestão de recursos e operações agrícolas.
A IA pode analisar grandes volumes de dados para otimizar o uso de insumos e prever condições climáticas, enquanto o IoT permite monitorar em tempo real fatores como temperatura, umidade e saúde das plantas e dos animais. Big Data, por sua vez, auxilia na análise de dados históricos e tendências para tomar decisões mais informadas e melhorar a gestão agrícola.
Já o blockchain garante a rastreabilidade e a transparência de toda a cadeia produtiva, desde a origem dos produtos até o consumidor final, aumentando a confiança e reduzindo fraudes. Juntas, essas tecnologias permitem que os produtores tomem decisões mais assertivas, reduzam custos e aumentem a sustentabilidade no setor. No entanto, desafios como falta de infraestrutura em áreas rurais, necessidade de capacitação profissional e altos custos iniciais dificultam sua adoção.
O artigo também destaca o papel de startups apoiadas pela Softex no desenvolvimento de soluções inovadoras para o setor, incluindo monitoramento remoto, gestão agrícola e mitigação de riscos climáticos. Além disso, reforça a importância da colaboração entre setor público, privado e academia para superar barreiras estruturais e econômicas, ampliando a conectividade no campo e incentivando a capacitação técnica.
“A construção e implementação de políticas públicas voltadas à ampliação da conectividade no campo, incentivos financeiros para a aquisição de tecnologias e programas de capacitação técnica são fundamentais para superar barreiras estruturais e econômicas e acelerar a introdução de inovações acessíveis e adaptadas às necessidades locais”, conclui Rayanny Nunes.
Para baixar gratuitamente a íntegra do artigo acesse https://softex.br/ observatorio-softex/
ENTREVISTA
com Samir Karam, COO da Performa_IT
Por Karen Kornilovicz
Regulamentação da Inteligência Artificial: desafios e soluções na Nova Era Digital
Com a evolução acelerada da Inteligência Artificial, a regulamentação do uso da IA tornou-se um tema central e urgente no Brasil. A nova tecnologia traz um potencial imenso para inovar e transformar diversos setores, mas também levantam questões críticas sobre ética, transparência e governança. No contexto brasileiro, no qual a transformação digital avança em ritmo acelerado, encontrar o equilíbrio entre inovação e regulamentação adequada é fundamental para garantir um desenvolvimento sustentável e responsável da IA.
Em entrevista exclusiva, Samir Karam, COO da Performa_IT, oferece uma análise aprofundada sobre os desafios e soluções emergentes na regulamentação da IA, destacando a importância do equilíbrio entre inovação e ética no setor tecnológico.
A regulamentação da IA no Brasil ainda está em fase de estruturação, o que traz tanto desafios quanto oportunidades. “Por um lado, a regulamentação cria diretrizes mais claras para um uso responsável da tecnologia, garantindo princípios como transparência e ética. Por outro, há o risco de burocratização excessiva, que pode desacelerar a inovação. O equilíbrio entre regulação e liberdade para inovar é essencial para que o Brasil se mantenha competitivo no cenário global”, inicia Samir Karam.
SHADOW AI E DEEPFAKES: RISCOS
E SOLUÇÕES
Um dos conceitos mais preocupantes discutidos por Samir Karam é o de “shadow AI”, que se refere ao uso de inteligência artificial dentro de uma organização sem o devido controle ou supervisão. Essa prática pode levar a vários problemas, como vazamento de dados, decisões enviesadas e riscos de segurança.
Por exemplo, imagine uma equipe de marketing utilizando uma ferramenta de IA para analisar o comportamento dos consumidores sem a aprovação da área de TI ou compliance. Além de expor a empresa a riscos legais, o uso não regulamentado dessa tecnologia pode resultar na coleta e análise inadequada de dados sensíveis, violando a privacidade dos usuários.
Outro cenário é o desenvolvimento de algoritmos de IA para decisões de contratação, que sem supervisão adequada podem reproduzir vieses inconscientes presentes nos dados de treinamento, resultando em decisões injustas e discriminatórias.
Assim como no caso das deepfakes, nas quais vídeos ou áudios criados utilizam inteligência artificial para manipular imagens, sons e movimentos de uma pessoa, fazendo com que pareça dizer ou fazer algo que, na realidade, nunca aconteceu. Essa tecnologia pode ser usada de forma mal-intencionada para espalhar desinformação, fraudar identidades e causar danos à reputação de indivíduos.
As soluções para o shadow AI e deepfakes caminham pela criação de políticas robustas de governança de IA, de acordo com Samir Karam, COO da Performa_IT:
Essas políticas incluem a implementação de auditorias frequentes, a fim de garantir que as práticas de IA estejam alinhadas com as diretrizes de ética e transparência da organização. Além disso, é essencial o uso de ferramentas que detectem atividades não autorizadas e monitorem continuamente os sistemas de IA para prevenir abusos e garantir a segurança dos dados.”
Samir enfatiza que, sem essas medidas, o uso descontrolado de IA pode não apenas comprometer a confiança dos consumidores, mas também expor as organizações a severas repercussões legais e reputacionais.
FAKE NEWS E DESAFIOS ÉTICOS NA
A disseminação de fake news geradas por IA é outra preocupação crescente. “O combate às fake news geradas por IA exige uma combinação de tecnologia e educação. Ferramentas de verificação automatizada, identificação de padrões sintéticos em imagens e textos, além da rotulagem de conteúdos gerados por IA, são passos importantes. Mas também precisamos investir na conscientização do público, ensinando a identificar fontes confiáveis e a questionar conteúdos duvidosos”, afirma Samir.
Garantir a transparência e a ética no desenvolvimento de IA é um dos pilares defendidos por Samir. Ele destaca que “algumas das melhores práticas incluem a adoção de modelos explicáveis (XAI – Explainable AI), auditorias independentes, uso de dados diversificados para evitar vieses e a criação de comitês de ética em IA.”
Uma das principais preocupações de segurança cibernética associadas à IA incluem ataques sofisticados, como o phishing - uma técnica de ataque em que os criminosos tentam enganar indivíduos para que revelem informações confidenciais, como senhas e dados bancários, se passando por entidades confiáveis em comunicações digitais. Esses ataques podem ser ainda mais sofisticados quando combinados com IA, criando e-mails e mensagens personalizadas que são difíceis de distinguir das reais. Para mitigar esses riscos, Samir sugere que “é fundamental investir em soluções de detecção baseadas em
IA, implementar autenticação multifator e garantir que os modelos de IA sejam treinados para detectar e mitigar tentativas de manipulação.”
COLABORAÇÃO PARA POLÍTICAS
EFICAZES DE IA
A colaboração entre empresas, governos e academia é vital para a formulação de políticas eficazes de IA. Samir ressalta que “a IA impacta diversos setores, então a regulamentação precisa ser construída de forma colaborativa. Empresas trazem a visão prática do uso da tecnologia, governos estabelecem diretrizes de segurança e privacidade, enquanto a academia contribui com pesquisas e metodologias para um desenvolvimento mais seguro e ético.”
A natureza multifacetada da inteligência artificial significa que seus impactos e aplicações variam amplamente entre diferentes setores, desde a saúde até a educação, passando por finanças e segurança pública. Por essa razão, a criação de políticas eficazes requer uma abordagem integrada que considere todas essas variáveis.
Empresas são fundamentais nesse processo, pois são elas que implementam e utilizam a IA em grande escala. Elas fornecem insights sobre as necessidades do mercado, os desafios práticos e as inovações tecnológicas mais recentes. A contribuição do setor privado ajuda a garantir que as políticas de IA sejam aplicáveis e relevantes no contexto real.
Governos, por sua vez, têm a responsabilidade de estabelecer diretrizes que protejam os cidadãos e garantam a ética no uso da IA. Eles criam regulamentações que abordam questões de segurança, privacidade e direitos humanos. Além disso, os governos podem facilitar a colaboração entre diferentes partes interessadas e promover programas de financiamento para a pesquisa em IA.
Academia é a terceira peça essencial nesse quebra-cabeça. As Universidades e Institutos de pesquisas fornecem uma base teórica sólida e desenvolvem novas metodologias para garantir que a IA seja desenvolvida de forma segura e ética. A pesquisa acadêmica também desempenha um papel crucial na identificação e mitigação de vieses nos algoritmos de IA, garantindo que as tecnologias sejam justas e equitativas.
Essa colaboração tripartite permite que as políticas de IA sejam robustas e adaptáveis, abordando tanto os benefícios quanto os riscos associados ao uso da tecnologia. Um exemplo prático dessa colaboração pode ser visto em programas de parceria público-privada, nos quais empresas de tecnologia trabalham em conjunto com instituições acadêmicas e agências governamentais para desenvolver soluções de IA que respeitem as normas de segurança e privacidade.
Samir destaca que, sem essa abordagem colaborativa, há um risco de criar regulamentações que sejam desconectadas da realidade prática ou que inibam a inovação. “É essencial encontrar um equilíbrio entre regulamentação e liberdade para inovar, de modo que possamos maximizar os benefícios da IA enquanto minimizamos os riscos,” conclui.
ACONTECE NO SETOR
Brasil avança em segurança cibernética com projeto de criptografia quântica do CPQD
Aevolução das tecnologias quânticas na área de segurança cibernética está no centro de um novo projeto desenvolvido pelo CPQD no âmbito do Programa Prioritário de Informática (PPI) Softex. A iniciativa, coordenada pela Softex e apoiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital –, conta com recursos da Lei de Informática (Lei nº 8.248/1991) e tem como objetivo posicionar o Brasil entre os protagonistas mundiais no desenvolvimento de soluções inovadoras para a proteção de dados.
Com um investimento total de R$ 12,2 milhões e duração prevista de 30 meses, o projeto, denominado “Segurança Cibernética no Domínio Quântico (PDI 06)”, foi publicado no Diário Oficial da União em 17 de janeiro. A iniciativa busca enfrentar um dos grandes desafios da atualidade: a
ameaça que a computação quântica representa para os sistemas criptográficos convencionais, utilizados para proteger informações sensíveis contra ataques cibernéticos.
O avanço da computação quântica pode comprometer os métodos tradicionais de criptografia, tornando-os vulneráveis a ataques que antes eram considerados impossíveis”, explica Eduardo Mobilon, líder técnico do projeto no CPQD.
Segundo ele, a criptografia atual é baseada em sistemas simétricos, assimétricos e híbridos, mas algoritmos quânticos já ameaçam esses modelos, especialmente os assimétricos, que apresentam um risco mais imediato.
Diante desse cenário, o projeto explorará tecnologias emergentes como a Distribuição Quântica de Chaves (QKD), a Criptografia Pós-Quântica (PQC) e a Geração Quântica de Números Aleatórios (QRNG). O objetivo é mapear a aplicação dessas soluções em infraestruturas de TI, redes de acesso e redes de longa distância, avaliando impactos, vulnerabilidades e desafios.
Na fase experimental, está prevista a criação de um testbed para integração dessas tecnologias em diferentes aplicações, incluindo block-
chain, Inteligência Artificial, computação em nuvem, redes de comunicação e dispositivos IoT seguros. Para potencializar os resultados, o projeto buscará parcerias com universidades e empresas interessadas em testar soluções inovadoras nesses segmentos.
Com essa iniciativa, o Brasil reforça seu compromisso com o desenvolvimento de soluções avançadas em segurança cibernética, acompanhando as tendências globais e reduzindo sua dependência de tecnologias estrangeiras no setor.
Gartner alerta para riscos da GenAI e reforça a importância da governança de IA
Aadoção acelerada da Inteligência Artificial Generativa (GenAI) sem medidas adequadas de segurança e governança pode resultar em sérias violações de dados nos próximos anos. De acordo com previsão do Gartner, até 2027, mais de 40% das violações de dados relacionadas à IA serão causadas pelo uso indevido da GenAI em diferentes jurisdições. A falta de padrões globais consistentes para a tecnologia tem forçado empresas a adotarem estratégias regionais, dificultando a escalabilidade e expondo seus sistemas a riscos.
O Gartner destaca que, muitas vezes, a transferência transfronteiriça de dados ocorre de maneira involuntária, principalmente quando a GenAI é integrada a produtos sem transparência sobre o tratamento das informações. Para mitigar esses riscos, é essencial que as empresas aprimorem suas políticas de governança e segurança de dados. Medidas como
a formação de comitês de governança, a implementação de criptografia avançada e o investimento em tecnologias como a Privacidade Diferencial podem fortalecer a proteção de informações sensíveis.
Até 2027, a governança de IA deverá ser uma exigência regulatória em todo o mundo, segundo o Gartner. Empresas que demorarem a estruturar modelos robustos de governança podem perder vantagem competitiva, especialmente diante de regulações mais rigorosas.
O Gartner também prevê que, até 2026, organizações que adotarem ferramentas avançadas de gerenciamento de risco e segurança em IA consumirão pelo menos 50% menos informações imprecisas, reduzindo erros na tomada de decisão. Com isso, a segurança e a conformidade regulatória emergem como fatores determinantes para o sucesso na era da Inteligência Artificial.
Avanço da IA no Brasil: empresas evoluem, mas governança de dados ainda é desafio
Segundo a nova edição do estudo ISG Provider Lens Advanced Analytics and AI Services 2024 para o Brasil, produzido pela TGT ISG, as empresas brasileiras estão avançando significativamente na adoção da inteligência artificial (IA) e demonstrando maior maturidade em abordagens orientadas por dados.
Entretanto, fornecedores de serviços ainda enfrentam desafios para adaptar suas soluções aos diferentes níveis de maturidade analítica dos clientes e para implementar governança de dados eficaz, garantindo retorno sobre o investimento.
O relatório avaliou 45 fornecedores de serviços em seis categorias e destacou empresas como Accenture, BRQ, Cadastra, Compass UOL, Dataside, GFT, NTT DATA e Rox Partner como líderes em três quadrantes cada. Além disso, organizações como Deloitte, Falconi, Stefanini e TIVIT foram reconhecidas em duas categorias, enquanto DXC Technology, PwC e outras foram classificadas como Rising Stars, indicando alto potencial de crescimento no mercado de analytics e IA.
O levantamento aponta que os fornecedores de serviços de analytics estão aprimorando suas capacidades para lidar com a diversidade das empresas
brasileiras. Para isso, metodologias de avaliação de maturidade têm se tornado essenciais. Segundo Marcio Tabach, distinguished analyst da TGT ISG e autor do estudo, é fundamental promover workshops e treinamentos para elevar a alfabetização de dados dos clientes e assegurar o sucesso dos projetos de IA e analytics.
A crescente adoção da IA generativa (GenAI) intensificou o debate sobre os impactos da tecnologia na eficiência e produtividade das empresas, além dos desafios relacionados à segurança e à governança de dados. Com o uso de GenAI, que trabalha com dados não estruturados como contratos e e-mails, a necessidade de políticas robustas de governança tornou-se ainda mais evidente, evitando problemas de fragmentação e armazenamento inadequado de informações.
A governança de dados continua sendo um dos principais desafios para muitas organizações, especialmente aquelas que ainda operam com dados dispersos entre ambientes na nuvem e sistemas legados. O estudo reforça que, embora empresas de tecnologia estejam mais avançadas nessa frente, há um longo caminho a percorrer para empresas de outros setores que precisam superar a fragmentação e aprimorar a gestão de seus dados.
Brasil amplia presença no MWC 2025 com sua maior delegação da história
O Brasil encerrou, no último dia 6 de março, sua 14ª participação consecutiva no Mobile World Congress (MWC), maior evento global de tecnologia e conectividade, realizado em Barcelona, na Espanha. Em uma edição histórica, o país esteve representado por sua maior delegação até o momento, reunindo 24 empresas, startups e instituições de ciência e tecnologia (ICTs), reforçando sua relevância no cenário internacional.
A presença brasileira no MWC faz parte das iniciativas do Brasil IT+, projeto setorial promovido pela Softex, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), e conta com o apoio do Consulado do Brasil em Barcelona, por meio do Programa de Diplomacia da Inovação. O objetivo é fomentar a internacionalização das empresas nacionais, impulsionar negócios e ampliar a visibilidade da tecnologia brasileira no exterior.
Com mais de 109 mil participantes de 205 países, 2.900 expositores e 1.200 palestrantes, o MWC 2025 reafirmou seu papel estratégico na geração de oportunidades. A delegação brasileira encerrou sua participação com números expressivos, acumulando mais de 400 leads de negócios.
EXPECTATIVAS E RESULTADOS PARA O BRASIL
“O MWC é um dos principais fóruns para negócios e para a discussão das tecnologias que moldam o futuro da indústria. Nossa expectativa é que essa participação gere aproximadamente US$ 40 milhões em novos negócios nos próximos 12 meses”, destaca Ruben Delgado, presidente da Softex.
Empresas que já possuem trajetória consolidada no evento também comemoraram os resultados desta edição. A Pulsus, referência latino-americana em gestão de dispositivos móveis corporativos, celebrou sua quinta participação. Para o CEO Vinicius Boemeke, o evento foi o mais produtivo até agora.
O mercado amadureceu e nós amadurecemos junto. O MWC é especial para a Pulsus, pois marcou nossa estreia internacional em 2019. Hoje, estamos presentes em 19 países e saímos desta edição com centenas de leads qualificados, além de oportunidades estratégicas com grandes operadores e integradores”, afirma Boemeke.
Já a Fenix DFA, plataforma SaaS especializada em gestão inteligente de backup corporativo, destacou a relevância do evento para a consolidação da empresa no mercado internacional.
“Essa é nossa terceira participação e a experiência tem sido cada vez melhor. O tema da nossa solução, focado em resiliência de dados e compliance, é um dos mais discutidos do ano. Já coletamos mais de uma centena de leads altamente qualificados”, ressalta Alexandre Pauleski, CEO da empresa.
Para Cleber Cruz, CEO da PappSales, parceira da Salesforce e referência em CRM e gestão territorial, o evento tem sido fundamental para a expansão internacional da empresa.
“Estamos no MWC pela segunda vez e tem sido incrível. Nosso foco era encontrar canais e parceiros, e já fechamos um canal na Europa, além de novas oportunidades na Espanha. Sem dúvida, estaremos de volta em 2026”, destaca.
A ACSN Brasil, referência em inovação para o varejo, também celebrou sua performance no evento. Emilio Benvenuto Neto, CEO da empresa, destacou a aceitação da tecnologia brasileira no mercado europeu.
“Não sabíamos como seríamos recebidos, mas tivemos uma ótima receptividade. Testamos nossa aplicação em um novo mercado e conseguimos demonstrar a inovação brasileira no maior evento de tecnologia do mundo”, comemora.
BRASIL IT+: IMPULSO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO
O Brasil tem ampliado sua presença no MWC, consolidando-se como um player relevante no setor de tecnologia e inovação. Com o suporte do Brasil IT+ e da Softex, empresas nacionais encontram no evento uma plataforma estratégica para expandir suas operações, atrair investimentos e firmar parcerias internacionais.
Criado em 2005, o Brasil IT+ já impulsionou a participação de mais de mil empresas nos últimos 20 anos, gerando apenas em 2023 cerca de US$ 793 milhões em negócios. O número de empresas exportadoras cresceu 67% no último ano, demonstrando o impacto positivo da iniciativa para o setor.
Além da ACSN Brasil, Pulsus, Fenix DFA e PappSales, a delegação brasileira no MWC 2025 contou com a participação das empresas Agile Inc, Anlix, Argotechno, BR.Digital Telecom, bycoders, CESAR, CI&T, LinkedBy, CWS Platform, Evo Systems, Instituto ELDORADO, LAB360, Prosperi, Smartspace, Stefanini, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Goiás, Venko Networks, Vertis Solutions e Vixteam.
TELCOMP E SOFTEX PROMOVEM
DEBATE ESTRATÉGICO SOBRE O FUTURO DAS TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL
A TelComp – Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas, composta por associadas e parceiros, em parceria com a Softex, promoveu durante o MWC 25 a reunião setorial, um espaço de diálogo sobre o ambiente regulatório brasileiro. Entre os temas abordados estiveram a assimetria regulatória, a importância das prestadoras de pequeno porte (PPPs), a atualização do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), o mercado atacadista móvel com MVNOs, o roaming, as frequências, a adequação do FISTEL para os mercados de IoT e VSAT, além da possibilidade de um sandbox regulatório para um projeto-piloto de postes.
O encontro contou com a presença de importantes autoridades, incluindo o Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, os parlamentares Senador Esperidião Amin e Deputado Vitor Lippi, e o Conselheiro da Anatel, Vinicius Caram. Também participaram os senadores Astronauta Marcos Pontes, Efraim Filho, Dorinha, Rogério Carvalho, Fabiano Contarato e Alan Rick, além dos deputados Danilo Forte, Reginaldo Lopes, Lucas Ramos e Márcio Marinho. O debate foi ainda enriquecido com as contribuições do Secretário Hermano Tercius, do Cônsul Pedro Henrique Lopes Borio, do presidente da TelComp, Tomas Fuchs, e do presidente da Softex, Ruben Delgado.
Os temas discutidos seguem na pauta para os próximos anos, exigindo um esforço contínuo para garantir avanços antes mesmo de 2026.
CI
Digital é lançado
no
Inatel
com debates sobre tecnologia e mercado
No último dia 10 de março, o Inatel recebeu representantes da Universidade Federal de Itajubá, do HBR - Instituto Hardware BR, do CEPEDI e da Universidade Estadual do Maranhão para a cerimônia de abertura do Programa CI Digital. O evento também contou com a presença de autoridades do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Softex, que conheceram as instalações onde as aulas serão realizadas.
Durante a cerimônia, os especialistas participaram de dois painéis. O primeiro debateu o futuro da tecnologia open source para sistemas embarcados com RISC-V, destacando o potencial da ferramenta para impulsionar o Brasil no mercado global, com aplicações em comunidades e no desenvolvimento de design houses.
O segundo abordou as perspectivas do mercado de trabalho no setor de semicondutores no Brasil. Os painelistas discutiram os desafios da indústria e a crescente necessidade de novos especialistas para fortalecer o segmento.
ARTIGOS
Por Ruben Delgado Presidente da Softex
MWC 2025: inovações tecnológicas e o futuro das políticas públicas no Brasil
OMobile World Congress (MWC) 2025 reafirmou seu papel como o maior evento global voltado para inovações em tecnologia móvel, conectividade e inteligência artificial. Realizado anualmente em Barcelona, ele reuniu líderes da indústria, startups e governos para debater as tendências que moldarão o futuro digital. Entre os destaques desta edição figuram os avanços em redes 6G, dispositivos com integração aprimorada de IA e soluções sustentáveis para infraestrutura tecnológica. Essas inovações apontam para um mundo cada vez mais conectado, demandando discussões estratégicas sobre regulamentação e políticas públicas que garantam um desenvolvimento equilibrado e inclusivo.
Para o Brasil, acompanhar essas transformações é essencial, especialmente diante dos desafios relacionados à conectividade em áreas remotas, infraestrutura digital e segurança cibernética. O país tem avançado na implementação do 5G, mas a ampliação do acesso à internet de alta velocidade ainda enfrenta barreiras estruturais e regulatórias. O MWC 2025 reforça a necessidade da adoção de políticas públicas que incentivem investimentos em infraestrutura e inovação, promovendo um ambiente favorável ao crescimento do setor de telecomunicações. Além disso, a adoção de novas tecnologias demanda capacitação da força de trabalho, um ponto que deve estar no centro das estratégias nacionais.
A inteligência artificial e a Internet das Coisas (IoT) também se destacaram como temas prioritários no evento, trazendo implicações diretas para setores estratégicos do Brasil, como agropecuária, indústria e saúde. O avanço dessas tecnologias pode impulsionar a produtividade e a competitividade do país no cenário global, mas exige regulamentações claras para garantir o uso ético e responsável. O Brasil precisa definir diretrizes para IA que equilibrem inovação e proteção de dados, garantindo que essas soluções beneficiem a sociedade sem comprometer a privacidade e a segurança dos cidadãos.
Outro ponto abordado no MWC 2025 foi a sustentabilidade tecnológica, uma pauta fundamental para o Brasil, considerando seus compromissos ambientais e a necessidade de transição para uma economia mais verde. Tecnologias como redes energéticas inteligentes, eficiência no consumo de dados e reciclagem de dispositivos
eletrônicos podem ser incorporadas às políticas públicas para reduzir impactos ambientais e estimular práticas mais sustentáveis. Neste sentido, o evento reforçou a importância de incentivos para soluções tecnológicas alinhadas às metas de desenvolvimento sustentável da ONU.
Diante desse cenário, a participação do Brasil no MWC 2025 deve servir como um catalisador para o aprimoramento de políticas públicas que impulsionem a digitalização do país. O diálogo entre governo, setor privado e academia é essencial para transformar inovações em oportunidades concretas de crescimento e inclusão digital. Ao adotar uma abordagem estratégica para a conectividade e a inovação tecnológica, o Brasil pode consolidar sua posição como protagonista na era digital e garantir que o avanço tecnológico se traduza em benefícios reais para toda a população.
Por Matt Wyatt Vice-presidente de Serviços Profissionais da TeamViewer
Superando lacunas entre TI e TO na indústria manufatureira
Afalta de integração entre Tecnologia da Informação (TI) e Tecnologia Operacional (TO) é um grande desafio para empresas, limitando a eficiência e a inovação. Assim como um escritório onde o computador e a impressora não se comunicam, TI e TO precisam operar em sinergia para garantir processos produtivos alinhados. No entanto, 90% das empresas reconhecem que esses setores ainda estão isolados.
A conexão entre TI (o cérebro) e TO (o corpo) permite ganhos expressivos, como eficiência operacional, economia de custos e inovação. No ambiente industrial, essa integração é crucial para garantir a segurança, otimizar processos e melhorar a gestão de dados. Um estudo da TeamViewer revelou que a falta de alinhamento entre TI e TO compromete o potencial das empresas. Além disso, 47% dos líderes afirmaram que suas equipes não estão alinhadas nem mesmo em relação à cibersegurança, um aspecto fundamental para a proteção dos negócios.
DESAFIOS TÉCNICOS E CULTURAIS
A integração enfrenta barreiras técnicas e culturais. Do ponto de vista técnico, os sistemas de TO muitas vezes não são compatíveis com as redes de TI, resultando em dados fragmentados e fluxos de trabalho ineficientes. De acordo com 71% dos profissionais da indústria, essa falta de visão ampla prejudica a gestão da infraestrutura tecnológica.
Já no aspecto cultural, as equipes de TI e TO operam com prioridades distintas: TI foca na segurança e integração de dados, enquanto TO prioriza a manutenção e operação das máquinas. A manutenção preditiva, por exemplo, é valorizada por gestores de TI, mas frequentemente vista com desconfiança pelos líderes de fábricas, que lidam com metas variáveis.
Para superar essas diferenças, é essencial uma liderança que promova comunicação eficaz e incentive a colaboração entre as equipes. É necessário garantir que ambas as áreas compreendam os benefícios mútuos e estejam alinhadas a um objetivo comum.
O CAMINHO PARA A INTEGRAÇÃO
Eliminar a separação entre TI e TO exige esforços em múltiplas frentes. Os líderes devem estabelecer uma visão clara e unificada, promovendo alinhamento estratégico e técnico entre os setores. Após resolver os desafios humanos, é fundamental focar na compatibilidade tecnológica, permitindo a interoperabilidade entre os sistemas.
Empresas digitalmente avançadas já perceberam que a conexão entre TI e TO gera imenso valor. Aquelas que conseguirem superar essa barreira estarão melhor posicionadas para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades, alcançando maior eficiência, redução de custos e crescimento sustentável. A sinergia entre TI e TO não é apenas desejável, mas essencial para a competitividade no mercado atual.
Por Caroline Barroso da Silva Especialista em Governança, Compliance e Proteção de Dados na Pelo Mundo com Compliance Assessoria
Por Lorrane Calado Mendes Compliance Officer na Pelo Mundo com Compliance Assessoria
Compliance e Inteligência artificial: uma parceria promissora
Com a chegada da Inteligência
Artificial (IA), voltar para o mundo analógico de antes parece impensável nos dias de hoje. Estamos vivendo um avanço das IAs de uma forma mais acelerada do que tecnologias consideradas avançadas no passado.
A Inteligência Artificial já é uma realidade na grande maioria das organizações e, como ponto de partida, na tentativa de estabelecer um avanço ao longo dos anos, é possível identificar claramente um processo de evolução dessas tecnologias.
Embora não seja o foco de análise desse artigo, é importante estabelecer os parâmetros de mudança nesse processo evolutivo para entender como a IA pode ser uma forte aliada nos processos de compliance e como os parâmetros éticos influenciaram esta evolução.
Ao longo dos anos, as primeiras IAs eram alimentadas massivamente por diversos tipos de dados (informações e imagens, por exemplo), nos quais era possível fazer perguntas ou solicitar a produção de uma determinada imagem. O comando era interpretado e, na sequência, essa IA formulava uma resposta a partir dos dados que ela possuía em sua base de dados/ informações, sem considerar aspectos éticos, culturais e/ou políticos. A exemplo, a famosa foto do presidente dos Estados Unidos da América (EUA) correndo para não ser preso, produzida por IA.
Contudo, esse formato se mostrou não confiável e demandou melhorias por parte dessas tecnologias. Atualmente, uma IA já é capaz de dizer se determinada informação que está sendo inserida é verdadeira ou falsa e considera ainda questões éticas, culturais, políticas e até legais, o que aumenta de forma significativa a credibilidade para as empresas fazerem uso dessas tecnologias.
Essa evolução contou com práticas de compliance, pois é certo que as próprias IAs estão sendo treinadas com base em políticas éticas, princípios e procedimentos que consideram contexto cultural, leis e demais regras sociais. Um exemplo interessante é tentar solicitar de uma IA, como a Meta, que produza uma imagem do presidente dos EUA com uma arma na mão, ou fazendo qualquer outra coisa que sabemos ser antiética. A IA vai responder que não pode atender a essa solicitação por se tratar de pessoa pública, além disso, vai esclarecer que não pode incluir adereços que possam deturpar a imagem sobre o ponto de vista de política e valores. Ou seja, isso tem a ver com compliance, tem a ver com ética.
RISCOS DE USAR INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL SEM O OLHAR DO COMPLIANCE
É importante ter em mente que, embora a IA tenha aproximado as pessoas e empresas da possibilidade de realizar tarefas que antes só era possível por profissionais do meio ou por pessoas consideradas “nerds”, isso gera muitas vezes uma espécie de euforia, na qual o foco está na funcionalidade da IA e no resultado, sem considerar os riscos envolvidos. Somado a isso, a popularidade, a facilidade e o baixo custo de usar essas tecnologias muitas vezes criam um ambiente onde fatores importantes, como a proteção de dados, é ignorada.
É importante sempre considerar medidas como: estudar de forma técnica e legal a adoção de uma determinada IA, avaliando se essa IA é lícita, ética e robusta do ponto de vista técnico; optar sempre pela versão paga; uma vez que as versões gratuitas podem disponibilizar dados ou informações que você disponibilizou quando fez uso dessa IA; treinar a IA com base nas políticas, princípios e procedimentos da sua organização; fazer o tratamentos dos dados pessoais (anonimizar) ou de informações estratégicas da sua empresa antes de treinar a IA que será adotada; e ainda, considerar sempre a intervenção humana para garantir uma análise crítica e personalizada que deve ser dado a determinados processos de uma empresa, pois isso garante um cenário de conformidade e segurança para as instituições.
Por fim, no que se refere aos riscos, é preciso avaliar que a Inteligência Artificial ainda tem questões limitadoras, no sentido de que a IA é treinada e alimentada por humanos, e a depender do que ela recebe de informação, a tarefa pode ser feita de forma incompleta e ineficiente, considerando que as informações não tenham sido suficientes para garantir a realização de uma tarefa de forma satisfatória.
BENEFÍCIOS DA IA NOS PROCESSOS DE COMPLIANCE
Atualmente, se as medidas mencionadas anteriormente forem consideradas é possível identificar vantagens em termos de tempo e de priorização de processos específicos de compliance, como no caso de apuração de denúncias. Hoje, é possível, em caso de um volume grande de denúncias, parametrizar esses relatos, como, por exemplo, tipificar as denúncias de forma mais rápida ajudando na priorização de investigação e ainda otimizando o tempo de resposta, e dependendo da IA adotada, é possível, por exemplo, verificar o quão completo é determinado relato.
Outro ganho é com Relatórios de Gestão e processos de auditoria interna. Nos dois casos, se a IA for alimentada e treinada com dados exclusivamente da empresa de forma específica e direcionada, é mais do que possível receber esses relatórios num tempo muito mais rápido do que se fosse elaborado por um colaborador, embora, nos dois casos seja de extrema importância a intervenção humana, como já mencionado anteriormente.
DESAFIOS TRAZIDOS PELA IA PARA O SETOR DE COMPLIANCE
As áreas de negócios de uma empresa estão sempre lá na frente, voando em termos de automatização, adoção de novas tecnologias, tendências de mercado e inúmeros outros aspectos. Contudo, a área de compliance muitas vezes precisa acompanhar essas áreas com ferramentas ainda manuais que precisam analisar e documentar um volume de dados muito alto, enquanto outras áreas operam com ferramentas muito mais rápidas e eficientes. O desafio é desenvolver a consciência do uso correto da Inteligência Artificial para criarmos um ambiente regulado e seguro onde é possível acompanhar e monitorar os riscos de perto e assim manter a organização em conformidade.
SOFTEX E O FUTURO COM O USO DE IA
A Softex tem como desafio descobrir e testar novas tecnologias, como consequência do seu nicho de atuação. Todas as tecnologias são avaliadas pelo setor de compliance em conjunto com o setor de TI, e questões como proteção de dados e responsabilidade no uso da IA já fazem parte da Cultura Organizacional da Softex.
É uma tendência esperar que, com o surgimento de novas tecnologias, muito provavelmente o ser humano venha a ser substituído em alguns aspectos nos quais as tarefas são puramente manuais e repetitivas. Isso não é novidade, afinal, o mundo viveu algo parecido na Revolução Industrial, o que demonstra ser um curso natural e uma consequência desse boom de tecnologias disponíveis, como a IA.
A Softex entende que abraçar a Inteligência Artificial é algo que vai ajudar a organização, e que enxergá-la como um inimigo é assumir o risco de ficar de fora de uma tendência de mercado que veio para ficar.
EVENTOS
Hub Softex Paraná é destaque no Show Rural Digital 2025
A37ª edição do Show Rural Coopavel foi um marco para o agronegócio brasileiro, reunindo mais de 407 mil visitantes e movimentando R$ 7 bilhões em negócios. Além dos números expressivos, o evento consolidou-se como um ambiente estratégico para conexões e inovações. Nesse contexto, o Show Rural Digital 2025 destacou iniciativas voltadas à tecnologia, incluindo a apresentação do Hub Softex Paraná, uma parceria entre o Governo do Estado do Paraná, o EcoHub e a Softex, voltada ao fortalecimento do ecossistema de inovação estadual.
O Hub Softex Paraná foi introduzido ao público como um catalisador de oportunidades, serviços e ferramentas para fomentar a inovação tecnológica e o desenvolvimento econômico. A iniciativa busca ampliar conexões nacionais e internacionais em pesquisa, desenvolvimento e negócios, promovendo a sinergia entre empresas, startups e o setor agro.
A participação do Hub Softex Paraná no Show Rural Digital 2025 foi uma oportunidade estratégica para apresentar nosso portfólio de ações e fortalecer o vibrante ecossistema tecnológico do Paraná”, afirma Ruben Delgado, presidente da Softex.
Mais do que somente um espaço de exposição, o evento evidenciou o potencial do Paraná como referência em inovação aplicada ao agronegócio. O envolvimento de associações e empresas reforçou a importância da colaboração para impulsionar o crescimento do setor.
IFRN entrega placas eletrônicas Bit DogLab
durante o EmbarcaTech Hands-On
O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) realizou uma cerimônia marcante para o Programa Embarcatech, iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), coordenada pela Softex: a entrega das placas eletrônicas Bit DogLab - kit essencial para o desenvolvimento de projetos - a alunos dos polos de Natal e Currais Novos.
O EmbarcaTech Hands-On marca a transição para a Unidade 6 do curso, etapa focada no aprofundamento sobre microcontroladores.
A proposta é trazer experiências reais, alinhadas às demandas do mercado, preparando os participantes para desafios concretos da área. Essa é uma fase crucial para consolidar os conhecimentos adquiridos e permitir que os alunos obtenham a certificação em sistemas embarcados emitida pelo IFRN”, explicou João Moreno Villas-Boas, coordenador do Laboratório de Pesquisa Allyson Amilcar Angelus (LAICA), que
Dividido em duas etapas, o Embarcatech tem como objetivo capacitar alunos das áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e afins, oferecendo uma residência tecnológica que aplica conhecimentos adquiridos em situações reais. O programa foca no desenvolvimento de inovações tecnológicas, especialmente em tecnologias de Internet das Coisas (IoT).
Na oportunidade, também foram apresentados importantes resultados do Programa, como a capacitação de 1.000 alunos nos Estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba, sendo 248 mulheres, o que reforça a diversidade e inclusão no setor tecnológico. Além disso, 85 alunos da zona rural foram capacitados, promovendo a interiorização do conhecimento.
O impacto regional do Embarcatech é significativo, com alunos distribuídos por cidades como Natal, Campina Grande, Currais Novos, Parnamirim, Parelhas, Caicó e Jardim de Piranhas. O Programa ainda se sobressai pela inclusão etária, com 650 alunos entre 18 e 25 anos, 250 entre 26 e 35 anos, e 98 com 36 anos ou mais, demonstrando que o aprendizado não tem idade. Também merece destaque o suporte contínuo oferecido aos participantes, que contam com tutores dedicados que monitoram o progresso das atividades, além de mentores técnicos oferecendo sessões exclusivas para aprofundar conhecimentos práticos.
Rayanny Nunes, coordenadora de novos negócios da Softex, acompanhou a solenidade e enfatizou a importância da iniciativa.
O Programa Embarcatech reafirma nosso compromisso em capacitar talentos, expandir o acesso ao conhecimento tecnológico e promover o desenvolvimento regional. Eventos como este demonstram que estamos no caminho certo para transformar a realidade de milhares de pessoas e fortalecer o ecossistema de tecnologia no Brasil”, disse.
Na segunda fase do Embarcatech, os 600 alunos com melhor desempenho em âmbito nacional participarão de uma residência tecnológica de 240 horas ao longo de doze meses, com bolsas de estudo e aplicação prática em projetos reais de empresas parceiras, com especial ênfase em IoT.
Com a crescente adoção de tecnologias inovadoras, a demanda por especialistas em sistemas embarcados está em expansão, criando amplas oportunidades de emprego tanto no Brasil quanto no exterior.
CES Las Vegas 2025: inovações tecnológicas transformadoras baseadas em IA
ACES Las Vegas 2025, maior feira de tecnologia do mundo realizada em janeiro na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos, apresentou milhares de inovações tecnológicas baseadas em IA que prometem transformar radicalmente o nosso dia a dia e proporcionar avanços disruptivos em diferentes áreas.
A CES 2025 mostrou que estamos cada vez mais próximos de um futuro conectado, inteligente e transformador, onde a tecnologia não apenas acompanha, mas também melhora nosso cotidiano”, avalia Ruben Delgado, presidente da Softex, que acompanhou os quatro dias da CES.
Conheça dez destaques do evento:
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ESPELHO DA SAÚDE
O Omnia Body Scanning é um espelho de saúde que conta com um scanner 360°. O dispositivo é capaz de avaliar diversos aspectos do corpo humano, como coração, pulmões, sono, composição corporal e metabolismo. Com a ajuda de inteligência artificial, ele fornece análises personalizadas, abrindo novos horizontes para o cuidado da saúde no futuro.
BERÇO INTELIGENTE
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Outro destaque foi o berço inteligente da Bosch, batizado de Revol. Equipado com sensores e câmeras, o berço monitora sinais vitais dos bebês, como frequência cardíaca e respiratória.
A IA integrada garante uma monitorização constante, oferecendo mais segurança e tranquilidade aos pais.
TECNOLOGIA NO OLHAR
A startup Halliday revelou um par de óculos inteligentes que projetam uma tela circular diretamente no campo de visão do usuário. Chamados de Halliday AI Smart Glasses, os óculos utilizam um módulo de projeção chamado DigiWindow, que é pequeno o suficiente para ser embutido nas armações dos óculos, oferecendo uma experiência inovadora e prática no dia a dia.
SUPERCOMPUTAÇÃO COMPACTA
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A Nvidia apresentou o Projeto Digits, um supercomputador compacto que conta com o novo superchip GB10. Com a promessa de oferecer até 1 petaflop de potência, ele permite que desenvolvedores de IA trabalhem com modelos de até 200 bilhões de parâmetros. A inovação é uma grande aposta no avanço das soluções de inteligência artificial, tanto no local quanto na nuvem.
SUPERCARRO ELÉTRICO DO FUTURO
O YangWang U9 da BYD impressionou pela sua capacidade de saltar sobre buracos e obstáculos. O supercarro elétrico é uma demonstração de como a mobilidade do futuro pode ser mais ágil e adaptável a diferentes tipos de terreno, ao mesmo tempo em que é movido por tecnologia sustentável.
GERAÇÃO DE CONECTIVIDADE
O HDMI Forum anunciou que o HDMI 2.2 estará disponível no primeiro semestre de 2025. A nova geração dessa tecnologia de conectividade promete melhorar significativamente o desempenho e proporcionar uma experiência de streaming mais imersiva, especialmente para usuários que buscam alta qualidade de áudio e vídeo.
TECNOLOGIA SUSTENTÁVEL PARA O CULTIVO DE ALIMENTOS
Premiado com o CES 2025 Innovation Award, o Plantform é um sistema de cultivo baseado na tecnologia “fogponics”, desenvolvida pela NASA. Ele permite um uso mais eficiente da água, economizando até 98% em comparação com métodos tradicionais de jardinagem e 50% em relação aos sistemas hidropônicos, tornando-se uma solução ideal para ambientes desafiadores como o espaço.
REALIDADE VIRTUAL NO MUNDO REAL
O Portalgraph é um projetor 3D que traz a realidade virtual para o mundo físico. Com um design que lembra os projetores de mensagens da franquia Star Wars, o dispositivo permite criar experiências imersivas e interativas, transportando o usuário para novos mundos e experiências.
CARRO VOADOR MODULAR
A Xpeng Aero HT, divisão aeroespacial da Xpeng, apresentou o Land Aircraft Carrier, um veículo modular que combina uma minivan elétrica com uma aeronave eVTOL (decolagem e pouso vertical elétrico) destacável. O projeto promete ser uma revolução no transporte e já conta com 3.000 pedidos de intenção de compra. A produção em massa está prevista para 2026.
ROBÔ DOMÉSTICO COM IA
A TCL revelou o AI Me, um robô doméstico com olhos animados e voz infantil, projetado para facilitar a vida das pessoas em casa. Equipado com rodas e utilizando o ChatGPT 4.0, o robô interage com os moradores, responde perguntas, adiciona lembretes e reconhece objetos através de sua câmera, tornando-se uma verdadeira assistente doméstica inteligente.