Revista Interatividade - Ano 11 - Edição nº 20

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INTERATIVIDADE www.santacecilia.com.br – Ano 11 – Nº 20 – maio de 2017

Revista Semestral do Colégio Santa Cecília


EXPEDIENTE Colégio Santa Cecília

Direção Ir. Patrícia Silva de Vasconcelos Gerente de Comunicação Ivan Guimarães Coordenação Editorial e Redação Janaina de Paula Projeto Gráfico Francisco Dantas Damião (Tchêsco) Diagramação Nacélio Gomes Leitão Revisão Aristene de Castro Colaboração Adriano Maximiano Ivan Guimarães Victor Costa Lopes Luciana Vieira Waltembergy S. Carmo Fotografia Audiovisual do Colégio Jornalista Responsável Janaina de Paula – Mtb: CE01218JP Tiragem 2.000 exemplares Impressão Gráfica Sergio Distribuição gratuita

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ÍNDICE 05 Editorial 06 Meu Corpo da Cabeça aos Pés 07 Conhecendo os alimentos 08 Oba, Meleca! 09 Jornalismo: Sociedade e Economia 10 Chuvas no Ceará 11 Meu ideal seria escrever 12 Desafio da Ilha Perdida 13 Nos bastidores das gravações 14 A Apreciadora de Clássicos 16 SICE 2017 17 Estudo Textual 18 Arte Urbana no Ensino Médio 19 Projeto Escolha Profissional 20 Estágio no Tempo Integral 21 V Interdamas 22 Entrevista com Serly – 30 anos de Gratidão 24 Valores Damas 26 Pastoral 28 SC na Bienal de Teatro 29 Qualidade de Vida 30 Entrevista com Lucas Paiva 32 Maravilha de Alice 33 Tempo de Determinação 34 Herói dos Nossos Tempos 35 Mudanças no ENEM 36 Resultados do Enem 2016 40 Viajar revela líderes 41 Carta de uma Mãe 42 Aplicativo SC 04


EDITORIAL O

Aqui a Vida Acontece

Colégio Santa Cecília é feito de pessoas. Cada colaborador da Escola é um educador. Cada pai, cada estudante, cada avô... Todos que chegam aqui são abraçados como se deve abraçar quem colabora na formação de pessoas comprometidas com valores humanos. Nesta edição da Revista Interatividade, a primeira do ano, temos a entrevista com Serly, cuja história se confunde com a dos últimos 30 anos do Colégio Santa Cecília. Uma vida dedicada à formação das crianças da Educação Infantil. Uma troca de bem-querer, atenção, cuidado e amor pelo que faz. Falar de valores é falar também de esporte, como a X Copa do Mundo de Futsal e o Interdamas, do qual a Escola será sede este ano. É trazer a alimentação saudável para o dia a dia, é investir na criticidade e na visão de mundo, como no projeto sobre arte urbana, e na segurança dos colaboradores e alunos através das atividades da SIPAT. Quando pensamos nesta Escola com valores, não podemos deixar de fora todo o empenho dos professores e técnicos e o compromisso com o cognitivo, o emocional e o relacional, que deságuam em resultados mais do que representativos dos nossos estudantes do 3º ano nas mais

diversas universidades do País. É perceber que a busca do conhecimento acontece das formas mais diversas, a exemplo das exposições da SICE. Olhar por essa janela do mundo também nos leva a outras paisagens: as Viagens Pedagógicas, o incentivo à leitura... Educar é dar lugar a novas formas de ensinar e de aprender, tudo feito com muito zelo através de projetos como o Jornal na Escola, Escolha Profissional, as fotonovelas, o aprofundamento textual e tantas outras atividades inovadoras mediadas pelos professores. Uma Escola que interpreta, cria, inova, reflete, coloca-se em movimento é um lugar onde as coisas acontecem, onde presente e futuro acontecem. Você é nosso convidado para conhecer um pouco mais do que somos e fazemos. Esperamos que goste e compartilhe com outras pessoas a nossa forma de ver e ser no mundo: Aqui a Vida Acontece!

Ir. Patrícia Silva de Vasconcelos Diretora do Colégio Santa Cecília

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Meu Corpo da Cabeça aos Pés

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omo nascem os bebês? “O carocinho fica procurando o bebê!” (Maria Clara – Infantil 4 B), “Coloca a sementinha na barriga da mamãe!” (Lara – Infantil 4 B), “O bebê vem do céu!” (Sarah – Infantil 4 A). Elas, as crianças, respondem espontaneamente, usando a imaginação, quando indagadas sobre as próprias origens. Essas e outras questões surgem com Meu corpo da cabeça aos pés, projeto que é um verdadeiro mapeamento da identidade de cada uma das crianças. Com o projeto, elas descobrem a própria identidade, de onde vieram; como nascem os bebês; aprendem a cuidar do corpo, através da higiene e da alimentação; conhecem os órgãos do corpo humano e suas funções; exploram sentimentos e emoções... Diante da questão como os bebês entram na barriga da mãe, respondem: “Quando a mamãe come muito, vem um bebê!” (Gabriela – Infantil 4 C), “O doutor coloca a sementinha na boca da mamãe, ela engole e o bebê aparece!” (Luy – Infantil 4 C), “A sementinha chega nadando na barriga da mamãe!” (Lia – Infantil 4 A). Em 2017, as professoras Márcia, Lilia e Margary adotaram a lousa digital como recurso didático para facilitar na compreensão desses e de outros processos naturais de desenvolvimento. A adesão das crianças foi imediata! “A gente achou muito legal porque a Zayra colocava o dedo e aparecia muitas coisas em dois computadores gigantes”. (Júlia, Lia e Liz – Infantil 4 C). Carlos Eduardo (Infantil 4 A) gostou de aprender assistindo a filmes e a Ana Clara (Infantil 4 A) se impressionou com as dimensões da tela e as luzes. “A lousa digital é legal porque tem joguinhos e a gente pode brincar” (Raul e Isaac – Infantil 4 B).

Corpo no bilíngue A 06

s professoras Jaminny Benício e Letícia Miranda, do Segmento Bilíngue, desenvolveram com as crianças do 1º ano do Ensino Fundamental um trabalho sobre o corpo humano (my body). Além de músicas, atividades didáticas variadas e brincadeiras, os alunos construíram, na culminância do projeto, um robô retratando o corpo humano, todo feito com materiais recicláveis. A ideia do robô veio do livrinho adotado pela Internacional School, no qual o personagem principal, Joe, constrói um robô para a sua apresentação na feira de ciências da escola. Após a montagem, os alunos discorreram em inglês sobre as partes do corpo humano, como braços, pernas e olhos. Tudo em inglês, claro.


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Conhecendo os alimentos

tema da alimentação saudável na escola é transversal e inesgotável. São hábitos de consumo, culturais, que devem estar na ordem do dia. Na Educação Infantil, as crianças do Infantil 3 vivenciam, neste semestre, uma série de atividades sobre alimentação saudável, na área das Ciências Naturais.

O projeto Alimentação saudável: conhecendo os alimentos surgiu da necessidade de estimular as crianças a consumirem produtos naturais, conhecerem aspectos específicos de cada um deles, seus sabores, seus valores nutritivos, suas propriedades benéficas e a importância de uma alimentação equilibrada. Elas são estimuladas a experimentar os diversos sabores que a natureza tem a oferecer. Identificar cores, texturas, aromas e os diferentes sabores dos alimentos torna as atividades

de degustação bem divertidas. O projeto vai incentivando bons hábitos alimentares, ao mesmo tempo em que mapeia as preferências alimentares dos pequeninos. “O conhecimento sobre as propriedades dos alimentos vai criando nas crianças a consciência sobre a importância e os motivos pelos quais devemos nos alimentar de forma saudável. Elas passam a reconhecer os alimentos que fazem bem à nossa saúde”, justificam as professoras Alessandra, Analice e Kercyanne, do Infantil 3.

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Oba, Meleca! N

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em precisa dizer que eles adoram quando entram em sala de aula e descobrem que é dia de “meleca”. Melhor dizendo, vão se lambuzar, experimentar, sentir a textura das coisas, desenvolver outros sentidos que passam pelo aroma e consistência que as coisas têm, as suas formas. O projeto Oba, meleca é desenvolvido no Infantil 2, pelas professoras Ana Maria, Aldenice e Ticiane, e tem o objetivo de ampliar o repertório de experiências das crianças promovendo o conhecimento de si e do mundo por meio de vivências sensoriais, expressivas e corporais. Afinal, o meio em que vivemos não é apenas para ser visto, mas para ser tocado, cheirado, ouvido e degustado. E é maravilhoso quando a Escola se torna esse ambiente para experimentar diferentes sensações corporais. No “Meleca”, os pequeninos brincam com diversos materiais de texturas, consistências e temperaturas diferentes, atividades nas quais é permitido sujar, comer, amassar... É através desse estímulo à curiosidade, ao encantamento e à indagação que eles ampliam conhecimentos sobre Linguagem, Artes, Ciências Naturais e Matemática.


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JORNALISMO Sociedade e Economia

uem nunca manuseou um jornal impresso? Dobrar e desdobrar, entender como se constrói uma notícia, passear pelas páginas de opinião, divertir-se com tirinhas e informações culturais... As professoras de Geografia do 7º ano do Ensino Fundamental, Karla Regina e Andriza Alves, desenvolveram o projeto Jornal na Escola para trazer à sala de aula o tema “sociedade e economia”, partindo da lógica da produção da notícia, desenvolvendo o senso crítico e questionando os interesses que norteiam a produção da informação dos grandes meios de comunicação. “Compreender a relação e a interferência que os fatores econômicos causam na sociedade deve proporcionar reflexões sobre as mudanças econômicas pelas quais passamos. A intenção do projeto Jornal na Escola é apresentar textos jornalísticos levando os alunos à compreensão e produção desse gênero, instigando a leitura e provocando a reflexão crítica sobre o tema em pauta”, justificam as professoras. A dupla Glória de Azevedo e Yasmin Andrade caprichou na produção do jornal, feito no laboratório de Informática. Elas trouxeram na manchete de capa o problema da falta de medicação na Rede Pública de Saúde do Ceará para pacientes transplantados e a crise do desemprego no Brasil. Além das notícias, desenvolveram seus próprios artigos de opinião sobre os temas e uma charge a respeito da falta de medicamentos. Luisa Medeiros e Maria Clara Guimarães apostaram nos dados do IBGE para demonstrar o crescimento da expectativa de vida do brasileiro e escolheram a Reforma do Ensino Médio como outro tema de destaque. No artigo de opinião, Maria Clara escreve: “Eu não concordo com a Reforma do Ensino Médio, primeiro porque não tinha necessidade de os alunos escolherem as matérias que eles querem aprofundar, deixando as outras de

Os trabalhos foram desenvolvidos em dupla e trazem análise crítica e sensibilidade para os problemas sociais do País. Um bom exercício jornalístico!

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Chuvas no Ceará A

Funceme prevê que, no ano de 2017, as chuvas voltarão ao seu valor histórico, no entanto, ressalta que pode não chover na região onde estão os maiores açudes: Castanhão e Orós. Atentos às chuvas no Ceará, alunos do 4º ano do Ensino Fundamental desenvolveram projeto para verificar o período chuvoso em nossa região. O objetivo é verificar se a distribuição das chuvas ocorreu de forma uniforme ou não, durante os meses de fevereiro e março.

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Os alunos construíram em sala de aula um pluviômetro e o instalaram no jardim, com a finalidade de coletar, durante o período citado, a quantidade de chuva em milímetros acumulada no bairro da Escola. “Como parte da proposta, os alunos fizeram registros diários do tempo, que eram compartilhados semanalmente com outras duas escolas de Fortaleza, que também fazem parte do projeto. Por meio de videoconferências, eles interagiram e trocaram informações, a fim de comprovar ou rejeitar a hipótese da Funceme”, detalham as professoras do 4º ano.


Meu ideal seria escrever

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bem verdade, falar em fotonovelas parece uma coisa que ficou lá no passado. Entre os anos 1950 e 1970, elas foram uma febre no País, com milhares de assíduos consumidores quinzenais ou semanais. Mas, como vivemos em tempos nos quais a imagem ganhou novamente muita relevância, as fotonovelas bem que poderiam voltar a ser uma nova febre. Quem sabe alguém lança um aplicativo de fotonovela e fica bilionário. No caso das professoras Inês Pinto e Júlia Venâncio, o start foi outro: estimular a escrita e a criatividade e envolver os estudantes do oitavo ano para se motivarem a ler a coletânea Para Gostar de Ler: Crônicas 3. E eles fizeram a atividade com muito esmero, transbordando humor, inventividade e interatividade. Seguramente, os autores Paulo Mendes Campos, Rubem Braga,

Carlos Drummond de Andrade e Fernando Sabino ficariam muito felizes ao verem seus textos ganhando outras formas e interpretações. Nesse recontar das histórias, as versões foram as mais diversas: drama, romance, ficção, aventura, policial e um sem-número de possibilidades. Uma das fotonovelas que ganhou destaque foi Meu ideal seria escrever. A crônica traz o desejo do autor de escrever algo tão maravilhoso e engraçado que mudaria a vida de todas as pessoas. Uma deliciosa utopia que ganhou vida na fotonovela das alunas Maria Clara Ivo Ximenes, Thaís Silva Barrocas, Rafaela Benevides Costa Souza, Marina Braun Ignácio e Marina do Ceará. Bem, essas histórias levarão muito tempo para serem esquecidas pelos alunos, se é que um dia serão. Ideia muito instigante para despertar cada vez mais o prazer de gostar de ler.

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Desafio da Ilha Perdida

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uando a literatura se junta ao jogo de estratégia, a diversão é garantida. As aulas de Redação do 6º ano do Ensino Fundamental, das professoras Márcia Serra e Thais Yuli, reúnem, no projeto Desafio da Ilha Perdida, inventividade, estratégia, capacidade de interpretação e de atuação em grupo. A partir da leitura do clássico A ilha Perdida, de Maria José Dupré, os alunos constroem um jogo de tabuleiro com perguntas relacionadas à história do livro. No tabuleiro montado pelos próprios alunos, cada casa

terá um número que corresponde a uma pergunta sobre a obra literária. Avança quem acertar mais, ou seja, quem conhecer melhor a história. O objetivo do trabalho é criar estratégias que aproximem esses jovens leitores dos livros, propiciando uma convivência mais prazerosa e apresentando textos de variados gêneros. Eles descobrem que a leitura é uma forma de nos fazer viajar, de nos levar a lugares impensados como na Ilha Perdida, e também pode ser um grande desafio.


Nos bastidores das gravações

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les chegam sorrateiros com a câmera na mão, integrando-se à paisagem, ao cotidiano da Escola. Em tempos de produção do Interatividade, revista semestral do Santa Cecília, Victor Costa e Luciana Vieira correm de um lugar a outro produzindo vídeos que dialogam com as pautas da revista. São produções sobre o nosso cotidiano, imagens que informam, comovem e fazem rir. A dupla, formada em Cinema pela UFC, conhece como poucos cada cantinho desta Escola. São ex-alunos do

Santa Cecília, fizeram teatro na Escola, participaram da SICE, dos projetos da Pastoral... Estão em casa, como manda a tradição. “A foto da Luciana e do Vinícius é um dos bonitos encontros do dia a dia. Eis que surge um novo estagiário de câmera durante as gravações dos vídeos da próxima edição do Interatividade!”, diverte-se Victor, acolhendo o pequeno curioso. Os vídeos podem ser conferidos através dos QR Codes que acompanham algumas das matérias.

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A Apreciadora de Clássicos A biblioteca da Escola é o espaço mais acolhedor para

Isabele Monteiro Jucá (8º ano D). Os livros são grandes companheiros dela desde criança, e o hábito de ler se intensificou quando ganhou do padrasto o primeiro título que verdadeiramente prendeu a sua atenção: Diário de uma garota nada popular. “Eu me identifiquei com a personagem em alguns aspectos. Ela é divertida, mesmo nas situações adversas”, comenta.

De um livro a outro, Isabele lê em média um título a cada três dias. Curioso é que suas preferências estão naquelas prateleiras esquecidas, onde moram os clássicos da literatura mundial. Cem anos de Solidão, Guerra e Paz, Vinte Mil Léguas Submarinas, Romeu e Julieta, o Grande Gatsby... “Embora esses autores tenham escrito há muito tempo, eles fazem críticas sociais muito contemporâneas. Em Os Miseráveis, por exemplo, há muita corrupção e uma desigualdade social muito grande. Poucos com muito e a maioria sem ter o que comer”. Isabele quase não vê televisão, e não sente falta. Ela se desdobra entre os estudos, a literatura, as aulas de violino e a companhia das amigas. No curso de redação preparatório para o ENEM, que frequenta com prazer, é sempre a primeira em redação. Fica a lição: um bom escritor é invariavelmente um bom leitor. Novidade na Biblioteca A Biblioteca Madre Agathe Verhelle tem nova bibliotecária, Juliana Silva Fonteles. Ela é graduada em Biblioteconomia pela UFC e tem especialização em Gestão em Unidades Informacionais. Foi bibliotecária na Universidade Potiguar, no Colégio Militar do Ceará e no Instituto Poliglota. “A prioridade para nós é o incentivo à leitura.”

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SICE 2017 BRASIL – A beleza multicultural de um povo

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tema da SICE 2017 é BRASIL – A beleza multicultural de um povo. Segura! A Semana de Integração, Cultura e Esporte este ano é uma exaltação ao sincretismo cultural brasileiro. Do carnaval ao samba, das manifestações indígenas aos movimentos urbanos... Cada série – 6º ano do Ensino Fundamental ao 2º ano do Ensino Médio – vai representar uma grande manifestação de cultura popular do País. É bom, então, preparar-se para tanta beleza e monumentalidade. “O Brasil é um país de uma cultura riquíssima. As muitas manifestações culturais de seu povo revelam um país de muitos rostos. Cada um com histórias, origens e características

peculiares, trazendo uma visão desse imenso patrimônio, indispensável para entender a formação da Nação e admirar a sua diversidade e riqueza tão singulares”, apresenta Aldênio Cyrino, coordenador do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino Médio. Temas a serem explorados: - Carnaval (6º ano); - Manifestações Indígenas (7º ano); - Samba (8º ano); - Festa Junina (9º ano); - Movimentos urbanos – Dança de rua (1º ano); - Festival Folclórico de Parintins (2º ano).


Estudo Textual

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á muitas possibilidades de ler um texto, compreendê-lo em suas entrelinhas, nas camadas mais profundas, fazer novas conexões ou simplesmente passar por ele inadvertidamente. Nas aulas de Estudo Textual, na sala de linguagem, alunos do 1º e 2º ano do Ensino Médio vêm se desdobrando na compreensão de textos de muitos gêneros. Um trabalho desenvolvido com esmero, lapidação, pelo professor Kylderi Maia e que tem trazido bons debates à sala de linguagem. A leitura qualificada exige tempo, um exercício de degustação. Kylderi dá espaço às leituras em grupo, para o exercício de interpretação coerente e fundamentado no próprio texto.

Para o trabalho com os textos, as turmas são divididas em duas: metade fica nas aulas de Redação e a outra, no estudo textual. Todo o material didático é preparado pelo professor Kylderi. Para desenvolver questões associadas à Falácia, por exemplo, ele se valeu do texto do escritor Antonio Prata intitulado “Terrorismo lógico”. A crônica foi utilizada no vestibular de 2015, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), e aponta os riscos das generalizações indevidas. “Me sinto realizado com este trabalho de estudo textual porque permite o aprofundamento da interpretação, sejam textos jornalísticos, literários, sejam músicas... É um exercício de compreensão que parte do próprio texto, e não das teorias”, comenta Kylderi.

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Arte urbana no Ensino Médio E

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la esteve na ordem do dia nos últimos meses em São Paulo, ganhou as manchetes dos principais jornais, vez ou outra volta à condição “marginal”, suscita polêmicas. Arte Urbana, por definição, são manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público. Fortaleza conta hoje com uma cena forte, vigorosa, desde que foi realizada, em 2013, a primeira edição do Festival Concreto, pondo em debate esse tipo de expressão artística que vem tomando a cidade. É o maior evento do gênero realizado anualmente em grande escala na região Nordeste: 117 artistas, 90 deles locais, 20 nacionais e 7 internacionais, colorindo os muros do espaço público. A discussão e o traço saltaram para a sala de aula. O professor de Artes do 1º ano do Ensino Médio, Alexandre Santiago, desenvolveu um projeto no qual os alunos discutem conceitualmente o grafite e outras manifestações, como o estêncil, a função social da arte e problematizam temas urbanos, como a iniciativa do atual prefeito de São Paulo, Jorge Dória, de apagar os trabalhos que estampavam as ruas da capital paulista. “É preciso pensar e problematizar essas manifestações artísticas que fazem parte do nosso cotidiano: no que diferem da pichação? Servem para embelezar ou poluir visualmente? Trazem uma crítica social ou não?”, justifica o professor Alexandre. Como exercício, os alunos tiveram a liberdade de reproduzir em papel, com giz de cera, canetinha e lápis de cor, o que fariam com um spray na mão. Algumas dessas obras estão reproduzidas aqui. O que você achou?


Escolha Profissional O

propósito é facilitar o processo de escolha profissional que é sempre tão delicado para alunos que se aproximam da fase de ingresso na universidade. O Projeto Escolha Profissional é direcionado aos alunos do 2º ano do Ensino Médio e tem como intuito iniciar esse amadurecimento para a tomada de decisões que virá em breve. Durante quatro encontros em grupo, os alunos são estimulados a desenvolver a maturidade para essa decisão. Isto se dá através de testes, atividades e dinâmicas que proporcionam a compreensão dos

fatores que interferem na escolha profissional, como o autoconhecimento, o conhecimento do mundo profissional, entre outros. “Além da presença e do comprometimento nos encontros, os alunos devem dispor de tempo para realizar pesquisas e outras atividades em casa. Sua participação ativa e interessada em todas as etapas desse projeto o coloca como protagonista de sua escolha, trazendo-lhe mais autonomia e segurança para a efetivação das próprias escolhas”, esclarece Lívia Ponte, do Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAP) – Ensino Médio.

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Estágio no Tempo Integral E

star no Tempo Integral é aprofundar as relações de convivência. É chegar em um ambiente acolhedor onde o aluno se prepara para um novo turno de estudos e atividades que serão desenvolvidas ao longo da tarde. Nesse momento de transição, ele toma banho, almoça, descansa, convive com os colegas, criando laços ainda mais fortes com a Escola. Um acolhimento que se estende a todos que integram o TISC. A Formação dos Estagiários no Tempo Integral envolve momentos de estudos mensais, a própria capacitação que a Escola oferece e eles ainda têm a oportunidade de desenvolver projetos de docência que vão pondo em prática com as crianças.

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“Os estagiários fazem o projeto, elaboram atividades, a equipe pedagógica avalia, faz algumas adaptações e, dependendo da viabilidade, são desenvolvidos em sala de aula. Conteúdos que podem ter relação com as disciplinas ou atividades lúdicas que trabalham valores e atitudes”, explica Sandra Paixão, Supervisora do Tempo Integral. São várias as finalidades: trabalhar a motricidade fina e ampla, os valores, as relações humanas, tudo depende da demanda de cada turma. Além dos estagiários, o trabalho também é desenvolvido pelos ex-estagiários contratados pela Escola, que são os Auxiliares do Desenvolvimento Infantil (ADI) e Auxiliares de Regência de Sala (ARS). Tudo supervisionado e avaliado posteriormente. No 2º ano, Camila Pinho, que começou como estagiária e hoje é ADI, elaborou várias estratégias para que as crianças se percebam como sujeitos, percebam o outro e respeitem os colegas. No ar, a TV do TISC, um aparelho construído inteiramente pelos alunos, com material reciclado, e uma programação baseada nos desenhos que as crianças produzem a partir de suas vivências cotidianas. “A TV do TISC e o Correio, quando escrevem cartas para colegas e antigos professores, são atividades com apelo mais lúdico, que surgem do interesse das crianças e vão quebrando a rotina. Percebo que o contato com a arte, com a afetividade, faz diferença na formação delas e no modo como se envolvem nos projetos, além de repercutir na relação com os colegas”, observa Camila, que vive no Santa Cecília sua primeira experiência profissional.


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Interdamas

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s números são grandiosos: nove escolas Damas de todo o País, 91 jogos, delegações com aproximadamente 450 atletas... O Interdamas, principal evento esportivo das Escolas da Congregação das Religiosas da Instrução Cristã, acontece este ano em Fortaleza. Para nossa alegria, o Santa Cecília irá sediar o evento esportivo que envolve atletas de ginástica rítmica, basquete, vôlei e futsal. São 21 anos de Interdamas, uma jornada esportiva já madura e bem-sucedida. Serão quatro dias de intercâmbio, convivência intensa, superação, conquistas, aceitação e amizades. Os atletas das delegações de outros estados ficarão hospedados no Centro de Evangelização Nova Betânia e em hotéis. O Santa Cecília organiza uma programação intensa para esses quatro dias de convivência, com o calor humano que nos é tão característico. Que sejam todos muito bem-vindos!

Dez anos da Copa de Futsal Os álbuns de figurinhas estão por aí a contar a história desse projeto ousado e emocionante. Já se passaram dez anos da primeira edição da Copa do Mundo Santa Cecília de Futsal, o evento esportivo que reproduz na Escola o formato do maior campeonato de futebol do mundo. Ao longo da quadra de esportes da Escola, passaram professores do SED que idealizaram o projeto, coordenadores e direção que o abraçaram, pais treinadores e jogadores, craques da bola convidados, apreciadores, torcidas e uma infinidade de meninos que cultivaram ainda mais a paixão pelo esporte mais popular no Brasil. Vieram as meninas jogadoras, os desafios externos, como jogar um amistoso com o time

do Ceará em pleno Castelão, e veio, sobretudo, o ensinamento de que todos podem entrar em campo, arriscar um drible ou um gol, não há limites... Na edição do segundo semestre, o Interatividade irá contar mais sobre essa história para você. Aguarde!

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ENTREVISTA 30 Anos de Gratidão E

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la sorri para a vida e a vida sorri para ela. Serly de Melo Barros é de um coração maior que o corpo franzino, desses que acolhe todo mundo. Chegou ao Santa Cecília quase menina, instalou-se na Educação Infantil como Auxiliar de Classe e de lá nunca mais arredou pé. Conhece cada canto, cada história de vida, cada delicadeza do crescimento de uma infinidade de crianças que por ela passaram ao longo destes 30 anos. Três décadas depois e ela conserva a mesma energia dos primeiros tempos. “Todo dia é um dia novo. É o mesmo trabalho, mas estamos lidando com pessoas, seres humanos, e eles são únicos, diferentes.”

Na Comunidade onde vive, ela não aceita o nome popular de “As Quadra”. “São Vicente de Paulo é o santo dos pobres, já pensou um nome mais bonito que esse?”. Ali onde vive, casou, teve o único filho, ela dedica boa parte de suas horas vagas a catequizar crianças, público a quem pretende se devotar integralmente ao se aposentar. Ao Santa Cecília, ela oferece toda a sua gratidão. Com Serly, Verinha Franco, Gardênia Maciel e Marcília Rodrigues dividem este ano o título balzaquiano de 30 anos de Escola. Mulheres aguerridas, devotadas e que dedicaram boa parte da vida a nossa Escola. Elas comemoram, a Escola celebra e agradece.


Interatividade - Trinta anos de Escola é muito tempo. Qual o balanço que você faz destas três décadas? Serly de Melo - Trinta anos vividos e bem vividos. Tudo que eu sei aprendi no Santa Cecília. A minha formação espiritual e profissional, este lugar foi uma escola para mim também. E até hoje, a cada dia, aprendo uma coisa diferente. Quando entrei aqui, eu era uma menina, tinha acabado de concluir o Ensino Médio e soube de uma vaga para auxiliar de sala. Eu já tinha experiência como voluntária em uma escolinha na minha comunidade, a São Vicente de Paulo. Criei coragem, bati na porta e conversei com Irmã Simone e dois dias depois eu estava em sala de aula, na Educação Infantil, onde me encantei e estou até hoje. Tenho muita gratidão por esta Escola, este é o sentimento mais forte. Há 20 anos, quando tive um grave problema de saúde e tive que passar por quatro cirurgias na cabeça, foi o Santa Cecília que cuidou de mim, através da Irmã Ana. Lembro-me de raspar o cabelo e ela dizer: “Cabelo cresce, menina”. Sou grata por tudo na minha vida, esta Escola só me fez o bem. IN - Você chegou e ficou na Educação Infantil. O que tem ali de especial? SM - Posso dizer que é o meu cantinho no Santa Cecília. Um lugar de aconchego, onde as crianças vão descobrindo o mundo. Só no Infantil 2, estou há 17 anos. É o primeiro contato deles com a Escola e vamos acolhendo, cuidando, facilitando nesse primeiro processo de socialização. Eu adoro, sinto que nasci para isto. Este ano recebi um desafio novo que é acompanhar uma criança que necessita de cuidados especiais, no 1º ano. Depois de trinta anos, eu achei que já tivesse feito tudo na Escola e recebo este presente, um novo aprendizado. Pensei: Senhor, eis-me aqui. IN - Como é o seu ambiente de trabalho e o que foi mudando ao longo destes trinta anos? SM - É maravilhoso! Me dou muito bem com as professoras regentes e os demais profissionais. O nosso trabalho só funciona bem se for em equipe, seguindo o planejamento, a programação, em sintonia. Nestes 30 anos, todo dia é um dia novo. É o mesmo trabalho, mas estamos lidando com pessoas, seres humanos e eles são únicos, diferentes. Não tem monotonia, você está sempre se renovando e é preciso procurar novos conhecimentos. Até os métodos de ensino vão mudando, hoje as crianças aprendem com mais rapidez porque estão criando seu próprio aprendizado, com muito mais autonomia. IN - Você tem uma atividade de preferência com as crianças? SM - Eu adoro o dia do banho porque elas se divertem muito! É o dia da meleca, de usar tinta, de brincar com argila, de se sujar. Além da diversão, tem muito aprendizado envolvido nessas atividades em que elas podem ser mais livres. IN - E as crianças? Há as que marcaram mais? SM - As que mais me marcaram foram as que mais choravam (risos). Na minha primeira turma no turno da tarde, havia uma menina que chorava muito, era o tempo inteiro

grudada em mim e eu sofria com ela. Era preciso estabelecer os limites e tive muita dificuldade. Anos depois, voltei a encontrá-la em uma reunião no Centro Comunitário da Paróquia São Vicente de Paulo. Reconheci imediatamente. Ela contou que tinha se formado em Fisioterapia e estava trabalhando. Foi emocionante revê-la. Tem também os ex-alunos que retornam à Escola ou vejo na paróquia e é sempre aquela festa quando nos reencontramos. Muito bom ter notícias deles. IN - Você faz um trabalho muito consistente de Catequese na Comunidade onde vive. Fale um pouco dessa experiência. SM - São mais de 35 anos de trabalho de Catequese. Atualmente, eu coordeno a área de evangelização na comunidade onde eu moro, a São Vicente de Paulo, que tem vínculo com a Paróquia de mesmo nome. Lá, preparamos para o Sacramento da Eucaristia. Este ano, são 23 crianças em formação e temos um grupo de perseverança com os que já passaram pela Primeira Eucaristia. Eles estudam os valores do Evangelho, a formação pessoal e humana até fazerem 15 anos e se integrarem ao grupo de jovens da comunidade. Esse trabalho é feito juntamente com a Paróquia e seguindo o Carisma Damas, porque sou leiga associada ao Instituto das Religiosas da Instrução Cristã. “Mostrar a face atual do Cristo Educador”. Essa face mais humana, social, voltada aos que mais precisam. IN - Você é muito gregária, participa muito da vida comunitária. Qual a importância da Comunidade São Vicente de Paulo na sua vida? SM - Eu amo a minha comunidade! Um quadrado enorme no meio da Aldeota, populoso, cheio de desafios, sobretudo para as crianças, e, ao mesmo tempo, muito acolhedor. Lugar de gente trabalhadora. Se você chegar lá precisando de alguma coisa, uma cesta básica, as pessoas são mobilizadas pela rádio comunitária e em um minuto o problema é resolvido. É uma comunidade de pessoas trabalhadoras, que fazem o bem. Tem de tudo: se precisar de costureira, marceneiro, boleira, tem. Tudo com preço acessível e muito gostoso. Eu não tenho nenhum interesse em sair de lá, me sinto perfeitamente integrada e luto para que possamos superar as dificuldades que, na verdade, existem em todos os lugares. IN - Você é muito maternal e teve um único filho, o Roniere. Como é a relação com ele? SM - Sempre gostei muito de estudar e meu filho também. Priorizei a formação dele e o resultado é muito gratificante. Passou na UECE e na UFC. Cursou Jornalismo, conseguiu um estágio em um grande jornal local e depois foi integrado à equipe. Vai começar agora a estudar língua alemã, na UFC. Eu começaria tudo de novo pelo Roniere, um companheiro, uma pessoa que está comigo em todos os momentos da minha vida e cuida de mim. E tenho muitos outros “filhos” na comunidade. Se pudesse mudar alguma coisa nestes anos, seria ter estudado Psicologia e Teologia, mas, logo que eu me aposentar, vou botar em prática. Quero continuar trabalhando depois de me aposentar, voluntariamente, para ajudar as crianças.

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Valores Damas

Promover o conhecimento científico e a pesquisa “O começo de todas as ciências é o espanto de as coisas serem o que são.”

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bem verdade que o conhecimento nunca está concluído, finalizado. Mas é nesta caminhada de querer compreender, de investigar que nos permitimos ir avançando sobre os nossos saberes. As Escolas Damas são lugares de visitação constante ao saber. Um dos grandes fazeres assertivos das Escolas Damas é a formação continuada, pois é ela uma das boas alternativas de renovação e de atualização do conhecimento científico. A escolha pelo conhecimento científico é intrínseco à natureza da universidade, da faculdade e da escola, pois esses saberes estão em movimento, sendo investigados, analisados, explicados. Quando se tem esse compromisso e essa vocação pelo conhecimento científico e pela pesquisa, a instituição escolar, de maneira especial, permite às gerações que chegam a abertura para as novas hipóteses, trazendo o aprendizado e o gosto da busca analítica. Dessa forma, desenvolve-se uma habilidade essencial, podemos dizer, para a própria vida, e que cabe em quase todas as situações, que é a capacidade de criticar, de interrogar e de querer saber, mesmo que, provisoriamente, o sentido da verdade.


VALORES DAMAS 1. Revelar a face atual do Cristo educador; 2. Duc in Altum! – Avançar para águas mais profundas; Educadores e estudantes capacitados para serem exploradores contínuos do saber garantem que a Escola nunca envelheça, pois ela tem as portas abertas para os saberes passados, que foram somados ao atual e que apontam para o futuro. E o futuro, assim, será mais promissor. Ivan Guimarães, Gerente do Setor de Comunicação do Santa Cecília, vem escrevendo periodicamente sobre os nove valores que regem a conduta das Religiosas da Instrução Cristã.

3. Promover o conhecimento científico e a pesquisa; 4. Respeito e acolhimento à pessoa humana como imagem e semelhança de Deus;

5. Tudo fazer bem com amor e alegria, competência e ousadia;

6. Diálogo, escuta e discernimento; 7. Observância do direito e a prática da justiça; 8. Educar com firmeza e afeto; 9. Comprometimento, ética e transparência.

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Pastoral 26

D

Campanha da Fraternidade Dramatizada

e repente, Adriana Ximendes, professora de Ensino Religioso, irrompe pelo corredor do auditório vestida com a farda do Colégio Santa Cecília, encarnando uma adolescente, trazendo questões típicas da idade. Ela desata a comer chocolates e outras guloseimas e a espalhar lixo pelo chão. O suficiente para despertar o monstro do lixo, outro personagem voraz interpretado pela professora Andréa Martins. O hilário monstro vai ganhando força na mesma proporção em que o lixo se espalha pelo chão. E assim vai se desenrolando a história roteirizada e interpretada pelas professoras de Ensino Religioso, uma estratégia adotada por elas para sensibilizar as crianças para o tema da Campanha da Fraternidade 2017.

Os biomas brasileiros estão no centro da campanha deste ano: Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a campanha em todo o Brasil, com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15). A ideia do cultivo, da preservação, de todos nos tornarmos guardiões dos biomas brasileiros está no cerne da apresentação das professoras, que trazem a questão do lixo, que é universal. Além de abordar a realidade dos biomas e as pessoas que neles habitam, a CF deseja despertar para o cuidado e o cultivo da Casa Comum.


Mistério Pascal Q uem é do Santa Cecília sabe que a Semana Santa é um período muito especial para a Instituição, quando somos convidados a refletir sobre a paixão, morte e ressurreição de Jesus e fazer de suas palavras e gestos um guia para nossas relações e ações cotidianas. O Mistério Pascal é o momento de celebração que reúne toda a comunidade educativa e, este ano, pudemos refletir sobre o drama da Paixão: a Santa Ceia, a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras, o momento da crucificação, ressurreição e testemunhos daqueles que se fizeram presentes nesse grande evento. Reviver o

martírio de Jesus é olhar para as dores do mundo, para os refugiados, para as crianças abandonadas, para os que sofrem. A encenação deu voz aos quase anônimos da história bíblica, como o soldado que conduziu Jesus à cruz e Verônica, a mulher que enxugou seu rosto. Feznos pensar a partir de perspectivas diferentes. Aplausos para os nossos professores-atores que encarnam tão bem os papéis bíblicos e nos levam a um período que deve permanecer em nossas reflexões.

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SC na Bienal de Teatro

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Grupo de Teatro do Colégio Santa Cecília participou, no último mês de abril, de mais uma edição da Bienal de Teatro O Estudante Em Cena. A bienal é uma mostra dos trabalhos desenvolvidos em arte-educação, apresentados por turmas e companhias teatrais formadas por estudantes de diversas escolas da cidade. Nosso grupo apresentou o espetáculo “A Farsa da Boa Preguiça”, no Teatro Arena Aldeota. Andréa Piol, diretora da peça e coordenadora do Núcleo de Arte da Escola, celebrou o convite: “O trabalho que a nossa Escola levou à Bienal de Teatro

é resultado da montagem desenvolvida pelo grupo de alunos-atores no ano de 2016. Foi uma apresentação de despedida de A Farsa da Boa Preguiça, já que estamos iniciando a montagem do musical de 2017, que traz no enredo canções do poeta Renato Russo, explorando temas sensíveis ao universo das famílias dos nossos jovens”. O musical contará com banda tocando ao vivo e terá a participação do Coral da Escola. No palco, atores, atrizes, cantores, músicos e bailarinos. Todos os nossos talentos reunidos.

Apresentação de Balé A

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área da cantina ficou mais graciosa. As pequeninas bailarinas, alunas de Balé da professora Carolina Benjamin, espalharam graça e alegria em uma rápida apresentação para a comunidade escolar. Lia Vasconcelos, mãe da pequena Luna Rocha, aluna do Baby Class, acompanhou com a filha a apresentação da turma de Balé I. As duas eram naquele momento expectadoras. “Hoje presenciei um dos conceitos de Clínica Ampliada, que tanto vem sendo reforçado no meu curso, em outra situação da vida. Antes da apresentação de balé, a professora da Luna falou: ‘A apresentação de hoje é um exercício coreográfico e foi montado por mim e pelas meninas. Elas participaram da montagem do exercício dando opiniões e mostrando coisas que gostariam de dançar’. Achei sensacional a metodologia de ensino e me senti esperançosa. A liberdade de expressão e o poder de influência que a autonomia traz melhoram a interação e aumentam a

responsabilidade na cooperação para bons resultados. Acredito que já faço parte de uma nova geração na minha realidade profissional e estou feliz em ver minha filha inserida numa geração que vem sendo criada com base em ‘voz ativa’ em todos os âmbitos. Para o bem-estar de todos, faz-se necessária a conscientização de cada um, de acordo com sua realidade, em querer mudar.”


Qualidade de vida e segurança Questão de atitude

S

ão seis anos de realização ininterrupta da Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho e, a cada edição da SIPAT, a compreensão de segurança se amplia, ganha dimensões subjetivas, traz ensinamentos e encontros. Nesses dias, a ordem é parar um pouco com os afazeres cotidianos para aprender a cuidar de si nas muitas dimensões. A medição de glicemia e aferição da pressão às vezes revelam surpresas. É num teste simples que se pode prevenir problemas futuros graves associados à hipertensão e a diabetes, por exemplo. Uma coisa leva à outra, o lanche da Sipat era sempre saudável e delicioso. No dia dedicado à vacinação, a fila se formou cedinho para a imunização contra a

hepatite B, o tétano e doenças como rubéola, sarampo e caxumba. Muitos dos que estavam ali não se vacinavam desde criança, e o acesso era irrestrito para educadores e funcionários da Escola. O momento foi também de enfrentar temas tabus, como a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, e refletir sobre a inclusão, com a palestra sobre comunicação em libra. Ergonomia, sobre as relações entre homens e máquinas, também foi amplamente debatida. As sessões de massoterapia aconteceram diariamente durante a semana de prevenção e os encontros também se deram em torno da beleza e do lazer, com as oficinas de bijuterias, horta e zumba. É sempre muito bom se sentir bem cuidado no seu ambiente de trabalho.

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Entrevista com Lucas Paiva

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aiu a nota do ENEM. A pontuação do Lucas Paiva, aluno do Colégio Santa Cecília, foi 853, resultado que está entre os melhores do Brasil. Lucas vê os números com tranquilidade, como um passo largo de um processo que se inicia muito antes: na escolha por escolas que trocam as fórmulas prontas pelas ferramentas, para que cada um vá abrindo seus próprios caminhos. De casa, ele herdou o gosto pela música, pela leitura, pela filosofia, pelo trânsito nos espaços públicos... Uma herança que o fez gostar de refletir sobre as coisas do mundo. Embora a nota possa levá-lo a qualquer lugar do Brasil, a qualquer curso, ele já fez sua escolha: Engenharia Mecânica na USP – Universidade de São Paulo. A aposta é em um conhecimento mais geral e, futuramente, enveredar pela pesquisa em energias renováveis. Do Santa Cecília, Lucas vai levar “este sentimento de união, de companheirismo, este clima que é maravilhoso. Vou sentir falta”.

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Santa Cecília - Lucas, vamos começar falando dos números do ENEM. A sua nota foi 853, uma das maiores do Brasil. O que isso quer dizer para você? Lucas Paiva - É a concretização de um trabalho que eu fiz o ano inteiro. O esforço de manter o foco, vir estudar no turno da tarde na Escola, de tentar manter as matérias em dia. No final, deu tudo certo e compensou. O gabarito oficial já tinha saído, eu já esperava uma nota alta, mas não tão alta (risos). Quando eu vi que a nota da Redação tinha sido realmente muito boa, comecei a tremer na frente do computador porque realmente não acreditava. Tudo que havia planejado tinha dado certo. SC - O ano de conclusão do Ensino Médio é geralmente bem difícil em função da tensão de conquistar uma vaga na universidade, despedir-se da vida escolar... Como foi 2016 para você? Como conciliou os estudos e as demais dimensões da sua vida? LP - Pessoalmente, 2016 foi o melhor ano da minha vida porque, à medida que eu estudava muito, eu também acabava me divertindo muito. Quando você tem pouco tempo disponível,


acaba aproveitando mais esse pouco tempo, valorizando mais o pouco tempo que tem. A própria convivência diária eu achava muito agradável na sala de aula. A gente era realmente unido, estava sempre junto, conversava, deixava de lado um pouco o estudo e realmente aproveitava a convivência, os momentos de descontração. Embora não esteja investindo diretamente no estudo, o ambiente agradável potencializa. A maioria das coisas da rotina eu não parei, só dei uma diminuída. Eu gosto muito de acompanhar futebol, por exemplo, não pude assistir a muitos jogos, mas um ou outro acompanhei, porque realmente me faz bem, é uma coisa que gosto de fazer. Outras atividades são como válvulas de escape. Eu passei o ano todo fazendo exercícios na academia, não foi muito regular, mas fui. E no final do ano ajudou muito porque eu passava a tarde estudando na escola e à noite eu ia gastar minha energia malhando. Eu também não parei as aulas de violão e piano porque são coisas que realmente ajudam, principalmente por causa da dimensão da música, que mexe com a cabeça. No último mês, eu comecei a fazer ioga para ajudar na concentração, meditação, e realmente ajuda, pois o foco é uma coisa muito importante em uma prova dessa na qual você tem pouco tempo para fazer muita coisa. SC - Lucas, você vem de uma família muito musical, afeita à literatura, às tradições da cultura popular... O que dessa relação familiar contribui para um resultado tão expressivo como esse do Enem?

possa se constituir. Então, você tem os recursos para ser quem quiser ser e tem a liberdade também, por isso eu acho uma grande filosofia de educação. Refletir sobre as coisas que estão acontecendo, por que elas são assim, quem você é, em uma idade em que você está ainda se descobrindo... Se perguntar sobre essas coisas, mesmo que não tenha uma resposta concreta, fomenta uma reflexão. Isso vai lhe formando, lhe constituindo no próprio processo, e não no fim. Do Santa Cecília, o que vou levar para a vida é este sentimento de união, de companheirismo, este clima que é maravilhoso. Vou sentir falta. SC - Você vai cursar engenharia, não é? LP – Sempre gostei muito das exatas, mas também de filosofia, cinema... A decisão veio depois de uma viagem. Passei dois meses na Inglaterra no final de 2015 e, durante essa viagem, eu conheci um museu em Londres que questiona a relação do homem com a cidade, no sentido de propostas urbanísticas, soluções para a cidade, especialmente na questão da produção de energia. Fui, então, fisgado por essa questão das energias renováveis e optei pela engenharia mecânica, porque depois posso me especializar nisso ou descobrir outras coisas. Eu pretendo trabalhar em pesquisa, embora isso seja difícil no Brasil. SC - Como você vive a cidade, a relação com os espaços públicos, com as ruas, com os que vivem nela?

LP - Sempre tive um bom clima para estudar em casa, e isso ajuda muito. Uma boa relação com a família ajuda muito na preparação para um exame desses. A minha relação com os meus pais serviu para me dar um repertório, uma formação bem útil para compreender algumas coisas, até pelos diálogos com eles eu acabei fazendo algumas reflexões que repercutiram na prova. É importante, inclusive, na redação porque conta muito quando você expande a sua reflexão. O tema deste ano foi “caminhos para o combate à intolerância religiosa no Brasil”. Por sorte, o tema foi praticamente o mesmo da redação do Vestibular Simulado das Escolas Católicas e, quando você já pensou sobre o assunto, fica bem mais fácil organizar suas ideias e passar para o papel.

LP - As pessoas não andam nas ruas por medo da violência urbana, mas isso acaba gerando um ciclo. Quanto mais desabitada, mais violenta ela é. Daí a importância de andar nas ruas, quanto mais pessoas estiverem nos espaços públicos, menor é a probabilidade de algo acontecer. Claro que depende de vários outros fatores, mas usar os espaços é fundamental. Meus amigos e eu gostamos muito de andar de bicicleta. Alguns lugares são mais suspeitos, no entanto, o pior é deixar de andar nos locais. Ter cautela sempre e não abrir mão de conhecer. Em Fortaleza, há muitas opções de programas culturais em locais como o Cineteatro São Luiz, o Centro Dragão do Mar, que tem várias opções de shows gratuitos, teatros sendo restaurados, ou seja, você tem a chance de viver novas experiências e ir se transformando a partir delas.

SC - Você é músico, está inclusive envolvido diretamente no Bulbrax, último projeto musical do Flávio Paiva, seu pai. Como é a sua relação com a arte?

SC - Os que chegam agora ao 3º ano, naquela ansiedade, devem estar bem interessados em descobrir “a fórmula”. O que diria a eles?

LP - A arte é fundamental para viver bem e, no meu caso, especialmente a música. Ouvir música para mim é uma experiência libertadora, pode servir para muitos propósitos e eu faço isso todos os dias. Ela pode estar associada a uma causa social, pode simplesmente contar uma história; outra que não tem nem letra, mas você sente a melodia. Então, para mim é uma experiência catártica. No último trabalho do meu pai, o Bulbrax, eu participei da composição de uma música. Em relação à dança, a experiência de dançar na SICE foi nova. É exaustivo porque tem os ensaios, coincide com o período de aulas, mas é uma experiência inigualável. Não é pela dança em si, é mais por estar dançando junto com os seus amigos, o propósito é curtir e celebrar esse momento.

LP - Eu diria que é uma questão de autoconhecimento. Não adianta você estudar doze horas por dia se você só rende três e não conhece os seus próprios limites. Você pode estudar três horas, depois descansar, ou jogar futebol, ou assistir a um filme... E voltar a estudar de novo. O que adianta se forçar a estudar doze horas direto se em nove delas você não vai render. É por isto que eu digo que é uma questão de autoconhecimento. Chegou um dado momento em que eu não conseguia mais estudar em casa, então passei a vir ao colégio, mudando o ambiente de estudos, onde havia outros colegas estudando, e isto me motivava. Os seus amigos servem de inspiração, e uma coisa importante é que a relação não pode ser de competição. Eles não são seus concorrentes, são seus amigos. A lógica é: eu vou lhe ajudar e, se der tudo certo, vamos passar os dois. No meu caso, outra coisa fundamental são os momentos de descontração. Eles passaram a ter uma importância muito grande e me estimularam a renovar as energias e retomar os estudos. Se você se organizar, não precisa abrir mão de tudo. O importante é encontrar o equilíbrio que funciona melhor para você.

SC - Você ingressou no Santa Cecília no início do Ensino Médio, vindo do Canarinho e do Sapiens, escolas que também valorizam muito o indivíduo. Como é a sua relação com esse tipo de formação? O que leva do Santa Cecília? LP - Com relação à filosofia dessas escolas, eu acho que é uma das maneiras mais apropriadas para educar alguém. Em vez de você “formar” alguém, essas escolas dão os parâmetros para que você

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Maravilha de Alice O

Santa Cecília é cenário de encontro de gerações. Alice Vasconcelos Barbosa é da quarta geração familiar estudando na Escola. Ela sempre se sentiu em casa, rodeada de primos, ouvindo histórias nas festas de família de como era a sua Escola quando bisavó e avó foram alunas... “O Santa Cecília é minha segunda casa. Eu tenho 17 anos e 16 deles eu passei aqui. Fico pensando como vai ser sem este lugar de acolhimento, onde me sinto tão protegida e aprendi tanta coisa. Vou levando muito comigo: os projetos, a SICE, o carinho dos funcionários, os amigos desde a infância”. Aprovada em Medicina pela UFC, Campus Sobral, Alice nem pensa em se “desconectar” da Escola, já anuncia que a quinta geração chegou, o pequeno Rafael, filho da prima Marcela, também ex-aluna. E projeta o futuro, com filhos, voltando à instituição onde foi tão feliz. Como a Alice dos contos infantis, ela se prepara para a reviravolta. Vai morar sozinha, pela primeira vez, na cidade de Sobral. Foi aprovada também na Unifor, mas a opção pela universidade pública a levará para novas experiências longe de casa. O resultado do feito de passar de primeira em Medicina, ela credita ao repertório que adquiriu ao longo dos anos. “Sempre fui uma boa aluna, participei das turmas de olimpíadas e, no 3º ano, eu mantive coisas importantes como fazer atividade física e estar com a família e os amigos. Isso para mim é fundamental”.

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Tempo de determinação U

m ano, média de 14 horas de estudos por dia, nada de festas, de games, de redes sociais, de horas extras de sono... O ano de 2016 foi revelação de si para Laio Cardoso de Oliveira. Ele fez do medo de não ingressar na UFC, no curso de Medicina, um dos mais concorridos do País, a mola impulsionadora para chegar onde queria. Como quem traça uma linha imaginária, reta, visualizou no horizonte a possibilidade de conquistar uma vaga no curso que queria, na universidade que queria, mas, para chegar lá, foi abrindo mão de uma rotina confortável e divertida. Uma aposta única. Eram em média 14 horas de estudos por dia, de segunda a sexta, a Escola como abrigo para esse sonho. Laio assistia às aulas regulares e esticava mais dois turnos: tarde e noite. A sala de estudos virou a sua casa nesse ano de metas bem estabelecidas, ambiente que dividia com alguns amigos e as apostilas. Só saía na hora de fechar. “Como nunca tive o hábito de estudar em casa, era muito difícil, então praticamente me mudei para a Escola”, conta Laio, aliviado e satisfeito com o resultado.

No segundo semestre, ele só saiu de casa para se divertir três vezes. “Como decidi que só tentaria na UFC, me determinei a fazer tudo que fosse possível para conquistar o meu objetivo. Esse ano de muito esforço me provou que tenho determinação e posso chegar onde quiser, se me dedicar e me esforçar”. Clareza absoluta. Laio já está matriculado e projeta no futuro uma residência em Clínica, porque considera que um bom clínico está apto para qualquer desafio. O aluno ingressou no Santa Cecília no 6º ano do Ensino Fundamental, nunca foi dos mais dedicados em sala de aula, admite. Aí veio o 3º ano para inverter as lógicas. “Me descobri em casa, amo esta Escola e vou sentir falta de tudo. Na minha opinião, o Santa Cecília é o colégio que melhor prepara para o Enem. Os professores são excelentes, o material didático de primeira e o ambiente, acolhedor. Não tem ninguém lembrando o tempo todo o que você está vivendo, é de fato uma casa”.

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Herói dos Nossos Tempos O herói dos quadrinhos que tece redes arranhando o céu é um jovem muito próximo da realidade. Ele tem problemas financeiros, é tímido e nada orgulhoso. O homem-aranha, de tão próximo de todos nós, é um dos super-heróis mais queridos da história dos quadrinhos. Tal e qual Daniel Urano, o aluno do Santa Cecília que já havia alcançado popularidade na Escola ao se vestir de homem-aranha e encantar os encontros dos projetos da Pastoral. Foi assim, no final de 2016, no Natal Solidário da Escola, que traz crianças atendidas por projetos sociais para um dia de diversão. A sua presença encheu de brilho pequenos olhos incrédulos com a chegada “em carne e osso” do homem de vermelho que escala paredes.

Certo. Mas o que faz de Urano um herói convincente? Poderíamos dizer da caracterização. Ele não usa uma fantasia de varejo, sua roupa foi feita sob medida, emborrachada, e não há o que tirar do que vemos na TV. “Juntei um dinheiro e mandei fazer a roupa. Essa ideia partiu da inquietação surgida com as manifestações de julho de 2013, do que eu poderia fazer para tornar o País melhor. As crianças precisam, sobretudo, de atenção, daí veio o personagem. Queria inspirá-las a acreditar que dias melhores podem chegar”, conta. Ele passou a atravessar a cidade encarnando o herói, distribuindo panfletos sobre prevenção ao câncer, preservação do meio ambiente, respeito à mulher... Textos produzidos por ele próprio e entregues no caminho entre a sua casa e instituições como Fundação Peter Pan e Lar Amigo de Jesus. O ano de 2016 não foi fácil. Em meio à pressão de ser aprovado no ENEM, Daniel foi se esquivando das adversidades, trocando as noites de diversão pelos grupos de estudo.

“O grande diferencial do Santa Cecília é que o ambiente nos estimula a estarmos juntos, um ajudando o outro, trocando dicas e experiências.

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Os que querem o mesmo curso não se tratam como adversários”, percebe Daniel, traçando conexões com seu próprio modo de ver o mundo. Daniel Urano foi aprovado no ENEM. Vai cursar Direito na Universidade Federal do Ceará, uma escolha que tem muita conexão com o seu modo de encarar a vida. “A ideia de justiça está na origem dos super-heróis. Desejo na minha vida profissional defender os direitos dos mais necessitados”.


Mudanças no ENEM M

udanças acontecem, e elas podem ser boas ou ruins, o que importa é estarmos atentos e preparados para nos adequarmos a elas. O INEP, responsável pelo ENEM, comunicou recentemente mudanças na próxima edição do concurso. Tais mudanças podem, aos olhos de pessoas alheias ao processo, ser pequenas, mas,

pois dividem agora em provas de leitura e provas de cálculo. Somemos a isso a provável utilização de peso às provas deste ano pela UFC, e teremos mais tensão. Esperavam-se mais mudanças, tais como o número de questões, mas até o momento não ocorreram. Inicialmente, os alunos sentiram

para os envolvidos nele, a ideia é outra. A primeira modificação diz respeito aos dias de prova, agora serão dois domingos, 05 e 12 de novembro. Sabemos todos que a maratona de 48 horas e 180 questões era desumana para os alunos. Segundo o INEP, a sugestão de a prova passar a ser em dois domingos partiu de uma consulta pública realizada no começo do ano. Sem dúvida, passa a ser menos desgastante para os alunos, porém, essa semana de 06 a 12 de novembro não será a mais tranquila para os alunos, muita tensão os aguarda. A segunda mudança foi na ordem da prova. O processo irá se iniciar com as provas de Linguagens, Redação e Ciências Humanas e finalizar com Matemática e Ciências da Natureza. Aparentemente, uma mudança qualquer, mas, para os alunos, será esse o maior desafio do ano,

dificuldades para otimizar o tempo da prova do segundo dia, mas o treino apenas começou. Para os alunos que farão ENEM este ano, a batalha já começou e cabe agora intensificarem os treinos. Será vencedor aquele que, além de se determinar nos estudos, também exercitar bastante a nova ordem da prova.

Armênio Vitoriano Coordenador Pedagógico do 3º ano do Ensino Médio

2017

ENEM

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Resultados ENEM 2016

ALBERTO BAQUIT NETO ADMINISTRAÇÃO - UNI7 DIREITO - UNIFOR ALICE BATISTA GONDIM ENGENHARIA CIVIL - UFC ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR ALICE DE CARVALHO B. E VASCONCELOS MEDICINA - UFC MEDICINA - UNICHRISTUS MEDICINA - UNIFOR ALINE MARIA ARAÚJO B. DE MENEZES PSICOLOGIA - UFC PSICOLOGIA - UNICHRISTUS PSICOLOGIA - UNIFOR

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ANA BEATRIZ GIRÃO PORTELA MEDICINA - UPE MEDICINA - UNIFOR MEDICINA - UNICHRISTUS

ANA BEATRIZ GURGEL UCHOA DIREITO - UNIFOR ANA BEATRIZ OLIVEIRA DA FONSECA ENGENHARIA AMBIENTAL - UFC ANA BEATRIZ TAVARES CASTELO BRANCO ODONTOLOGIA - UNIFOR ANA SILVIA SANTOS DE SOUSA BIOTECNOLOGIA - UFPEL BIOMEDICINA - UNICHRISTUS ANA VITÓRIA BARBOSA MARIANO TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO - UFSC AUDIOVISUAL E NOVAS MÍDIAS - UNIFOR LETRAS - UECE ANDRÉ CARVALHO LIMA VERDE DIREITO - UNIFOR

ANNA ELISA SILVEIRA ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR ENGENHARIA DE PESCA - UFPI ANNA LARISSA CUNHA JATAÍ PSICOLOGIA - UNIFOR ARTHUR CARNEIRO GALENO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UFC ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR ARTHUR PAULA FARIAS ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR ARTHUR VIEIRA FREIRE ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR ARTUR BRITO BARROS ADMINISTRAÇÃO - UNIFOR ADMINISTRAÇÃO - UNICHRISTUS ADMINISTRAÇÃO - UNI7


CAMILLE ARRAES DE AQUINO MARTINS PSICOLOGIA - UNIFOR PSICOLOGIA - UNI7 CAMILLE CORREIA PEREIRA CIÊNCIAS ATUARIAIS - UFC CAMILLE NOGUEIRA AUGUSTO OCEANOGRAFIA - UFC CATARINA ESTER GOMES MENEZES MEDICINA - UEBA CLARA PAULA BARROSO ARQUITETURA - UNIFOR CLÁUDIO DE BRITO RAMOS PINTO PINHO MEDICINA - UNIFOR BIOMEDICINA - UNICHRISTUS DANIEL HITZSCHKY PONTES COMÉRCIO EXTERIOR - UNIFOR DANIEL ISENSEE SABOYA DE SOUSA SISTEMAS E MÍDIAS DIGITAIS - UFC DANIEL MENDES FAÇANHA NUTRIÇÃO - UNIFOR DANIEL URANO DE CARVALHO SUGO DIREITO - UFC EDGAR MOREIRA SOUSA NETO MEDICINA - UNIFOR ADMINISTRAÇÃO - UFC NUTRIÇÃO - UNIFOR EDSON LEANDRO GIRÃO AGUIAR ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR ERIKA HENRIKSSON ODONTOLOGIA - UNIFOR ESTER TEIXEIRA DE AGUIAR COMÉRCIO EXTERIOR - UNIFOR ARTUR DE SOUSA GUERIN ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR

BEATRIZ MARIA DE CARVALHO TEIXEIRA PUBLICIDADE - UNIFOR

BÁRBARA BARBOSA CASTELO BRANCO ENGENHARIA AMBIENTAL - UFC ADMINISTRAÇÃO - UNI7 ARQUITETURA - UNIFOR

BERNARDO CAVALCANTE V. DE ANDRADE ENGENHARIA ELÉTRICA - UFC

BÁRBARA LIZ OLIVEIRA VITORIANO DIREITO - UNICHRISTUS BEATRIZ BEZERRA SARAIVA ODONTOLOGIA - UNICHRISTUS BEATRIZ FROTA MOREIRA DIREITO - UNIFOR BEATRIZ LIMA BRAGA BIOMEDICINA – UFPI

BRENO FERNANDES DE ANDRADE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UNICHRISTUS BRUNA SAMPAIO CARNEIRO NUTRIÇÃO - UNIFOR BRUNO SERRA BATISTA MORENO DIREITO - UNIFOR CAIO DINIZ VASCONCELOS ENGENHARIA MECÂNICA - UNIFOR CAMILLA QUEIROZ DO NASCIMENTO DESIGN - FANOR PUBLICIDADE - UNIFOR PUBLICIDADE - UNI7

FELIPE NEGREIROS DE VASCONCELOS AUDIOVISUAL E NOVAS MÍDIAS - UNIFOR FERNANDO GARCIA MARINHO ADMINISTRAÇÃO - UFCG DIREITO - UNIFOR FILIPE CORREIA CARMO MEDICINA - UNIFOR MEDICINA - UECE DIREITO - UFC DIREITO - UNIFOR DIREITO - UNI7 ENGENHARIA CIVIL - UNICHRISTUS FLÁVIA MELO C. DE PINHO PESSOA BIOMEDICINA - UFPI BIOMEDICINA - UNICHRISTUS GABRIEL ALVES LOPES DIREITO - UNIFOR

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GABRIEL DINIZ REBOUÇAS ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO - UFC

ISABELA OLIVEIRA COSTA BIOTECNOLOGIA - UFC BIOMEDICINA - UNICHRISTUS

JULIANA ALMINO DE SABOIA ARQUITETURA - UFC MEDICINA - UNICHRISTUS

GABRIEL FONSECA GADELHA ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR ENGENHARIA CIVIL - UNICHRISTUS

ISABELE PASSOS DE FREITAS GUIMARÃES MEDICINA – UNIFOR

JULIANA CORREIA CARMO PSICOLOGIA - UNICHRISTUS PSICOLOGIA - UNI7 PSICOLOGIA - UNIFOR

GABRIEL MAGALHÃES SARAIVA ENGENHARIA CIVIL - UFC MEDICINA - UNICHRISTUS MEDICINA - UNIFOR GABRIEL MORENO GENTIL JEREISSATI JORNALISMO - UNIFOR GABRIEL SANFORD SAMPAIO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UFC ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UNIFOR GABRIELA DE FIGUEIREDO S. MOURÃO ENGENHARIA DE ALIMENTOS - UFC GABRIELA GROSSI CAVALCANTE BEZERRA ARQUITETURA - UNIFOR GABRIELA MORENO MARINHO ODONTOLOGIA - UFC ODONTOLOGIA – UNICHRISTUS

ISABELLA VON HAYDIN JORNALISMO - CÁSPER LÍBERO JORNALISMO - UNIFOR ISABELLE ARRUDA CAVALCANTE SOUZA ARQUITETURA - UFS MEDICINA - UNIFOR ISADORA LAURINDO PARENTE DIREITO - UNI7 DIREITO - UNIFOR DIREITO - UNICHRISTUS ISADORA MAIA DO CARMO E SÁ ARQUITETURA - UFC ARQUITETURA - UNIFOR ISIS SARAIVA LEÃO MEDINA DESIGN DE MODA - UFC JADE VASCONCELOS FROTA DIREITO - UNIFOR

GABRIELA PACHECO FEITOSA ARQUITETURA E URBANISMO - UNIFACS ARQUITETURA - UNIFOR

JÉSSICA MARIA LEITE UCHÔA NUTRIÇÃO - UNIFOR

GABRIELLA MARY R. LOPES DE MATOS DESIGN DE MODA - UFC ARQUITETURA - UNIFOR

JOANA CORDEIRO BRANDÃO DIREITO - UNI7 PSICOLOGIA - UNICHRISTUS DIREITO - UNIFOR

GERALDO MEIRA FREIRE COUCEIRO NETO ADMINISTRAÇÃO - UFC CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - UECE GUILHERME ALVES SOUZA NUNES DIREITO - UNIFOR GUILHERME PAULA DE ALMEIDA ARQUITETURA - UNIFOR ARQUITETURA - UNI7 GUSTAVO BATISTA FERRAZ MEDICINA - UNIFOR ENGENHARIA CIVIL - UFC ODONTOLOGIA - UNIFOR GUSTAVO LUNA DE MELO JORGE ADMINISTRAÇÃO - UFC ADMINISTRAÇÃO - UECE ADMINISTRAÇÃO - UNI7 PUBLICIDADE - UNIFOR ADMINISTRAÇÃO - UNICHRISTUS HELOISA RIBEIRO DA SILVA C.VIEIRA NUTRIÇÃO - UNIFOR NUTRIÇÃO - UNICHRISTUS HERMES FERNANDES PIMENTEL NETO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UNIFOR ISABELA HERCULANO CABRAL DE ARAÚJO ADMINISTRAÇÃO - UFC DIREITO - UNIFOR DIREITO - UNI7

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JOÃO GABRIEL RAMOS A. DE ALENCAR ENGENHARIA MECÂNICA - UFC ENGENHARIA MECÂNICA - UNIFOR JOÃO GUILHERME BESSA NOGUEIRA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UFC ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UNIFOR JOÃO GUILHERME T. LIMA ARACENA CIÊNCIAS ATUARIAIS - UFC DIREITO - UNIFOR JOÃO HENRIQUE PONTES LUNA LETRAS - UFC DIREITO - UNIFOR

LAIO CARDOSO DE OLIVEIRA MEDICINA - UFC LARA FROTA SOUSA AUDIOVISUAL E NOVAS MÍDIAS - UNIFOR LARA ISENSEE SABOYA DE SOUSA BIOTECNOLOGIA - UFC LARA MACEDO PAIVA AGRONOMIA - UFC LARDNER DIAS GOIS ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UFC ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UNIFOR LAURA PRIANTE SCHUBER NUTRIÇÃO - UFRN ODONTOLOGIA - UNIFOR LAURA TAVARES EVANGELISTA ARAUJO COMÉRCIO EXTERIOR - UNIFOR LAYLA BEZERRIL DE LUCENA LUCAS LETRAS - UFC PSICOLOGIA - UNIFOR LETÍCIA ARAÚJO MIRANDA PSICOLOGIA - FFB FISIOTERAPIA - UNIFOR LETÍCIA BARBOSA BELÉM PONTES PSICOLOGIA - UNIFOR LETÍCIA SILVA SANTOS ARQUITETURA - UNI7 ARQUITETURA - UNIFOR ARQUITETURA - UNICHRISTUS LEVI CONDE D`ALBUQUERQUE DIREITO - UNI7 DIREITO - UNIFOR LEVI MAIA ALVES ENGENHARIA ELÉTRICA - UFC

JOÃO MARCELO CARNEIRO TORQUATO ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES - UFC ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO - UNIFOR

LIZE BEZERRA DE M. MORAIS CORREIA DESIGN DE MODA - UFC ODONTOLOGIA - UNIFOR ODONTOLOGIA - UNICHRISTUS

JOÃO VICTOR VIANA FERNANDES ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO - UFC ENGENHARIA MECÂNICA - UNIFOR

LUANA MARIA XIMENES PARENTE ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR

JOÃO VITOR OLIVEIRA ANDRADE PUBLICIDADE - UNIFOR

LUCA ALMEIDA MAURÍCIO DE ALENCAR MEDICINA - UNIFOR

JOSÉ TARCÍSIO LEITÃO DE LAVOR NETO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - UFCA ADMINISTRAÇÃO - UNI7 DIREITO - UNIFOR

LUCAS ARCOVERDE TEÓFILO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UFC MEDICINA - UNIFOR

JÚLIA RABELO ARAÚJO LÉLIS PSICOLOGIA - UNICHRISTUS

LUCAS FEITOSA DE SALES MENEZES ENG. DE PRODUÇÃO - UNIFOR


LUCAS FERREIRA MENEZES ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR

MATEUS TOMÉ DE SOUSA ENGENHARIA CIVIL - UFC

PHILIPPE RAYMOND BORIS NETO ADMINISTRAÇÃO - UNIFOR

LUCAS PINHEIRO PAIVA CAVALCANTE ENGENHARIA MECÂNICA - USP ENGENHARIA MECÂNICA - UNIFOR

MATEUS VILLARROEL ALCÂNTARA S. LEÃO PSICOLOGIA - UFC

RICARDO CARVALHO LIMA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UFC ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR

LUCAS PONTE TEIXEIRA NUTRIÇÃO - UNIFOR NUTRIÇÃO - UNICHRISTUS LUCAS PONTES COUTINHO MEDICINA - UFC MEDICINA - UECE MEDICINA - UNIFOR LUCAS SALES CASTELO ENGENHARIA MECÂNICA - UNI7 ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UNIFOR LUCCA LIMA DE OLIVEIRA CIÊNCIAS ATUARIAIS - UFC LUCIANA DO VALE CAVALCANTE DESIGN - UFC ARQUITETURA - UNICHRISTUS ARQUITETURA - FFB LUIS FERNANDO ARAUJO COSTA GASTRONOMIA - UFC ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR LUÍS HENRIQUE MAIA DE ABREU CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO - UNIFOR MANUELA MARIA FIGUEIREDO SOBRAL COMÉRCIO EXTERIOR - UNIFOR MARCELA ALENCAR SANTOS DIREITO - UNIFOR MARCELA RODRIGUES CRISTINO DIREITO - UNICHRISTUS DIREITO - UNIFOR MARCELE GURGEL FERNANDES ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR ENGENHARIA CIVIL - UNICHRISTUS

MATHEUS CASTANHO DO V. MENDONÇA CIÊNCIAS ECONÔMICAS - IBMEC/RJ MATHEUS DE SALES CAVALCANTE ENG. DE COMPUTAÇÃO - UNIFOR MATHEUS MAIA DE QUEIROGA CARVALHO DIREITO - UNIFOR DIREITO - UNI7

SAMYRA OKA AL-HOUCH ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UNIFOR

MYLENA MAINO DE CARVALHO PSICOLOGIA - UNIFOR PSICOLOGIA - FSG

SARAH ORIT SILVEIRA EREL ADMINISTRAÇÃO - UNIFOR

NAJUA COLARES SIOUFI COMÉRCIO EXTERIOR - UNIFOR NATAN ROLIM DE ASSUNÇÃO BISIO DIREITO - UNIFOR NÍCOLAS ARAGÃO BEZERRA MEDICINA - UFC NÍCOLAS DE FREITAS SOARES ENGENHARIA ELÉTRICA - UFC ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR PATRÍCIO CÉSAR SILVA ALENCAR ENGENHARIA MECÂNICA - UNIFOR PAULA MENEZES DE MIRANDA CIÊNCIAS ECONÔMICAS - UFC COMÉRCIO EXTERIOR - UNIFOR PAULO VÍCTOR MORAES DE CARVALHO ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR PEDRO ARAUJO CHAVES LEITE ENGENHARIA QUÍMICA - UFC PEDRO DE OLIVEIRA ROCHA ENGENHARIA ELÉTRICA - UFC

MARIA CLARA LEITE DIAS NUTRIÇÃO - UFRN NUTRIÇÃO - UNIFOR

PEDRO JORGE MEDEIROS FILHO DIREITO - UFC DIREITO - UNIFOR DIREITO - UNICHRISTUS

MARIANA TOMAZ PINHEIRO ENGENHARIA CIVIL - UFC MEDICINA - UNICHRISTUS

SAMUEL JOSÉ FONTES MORAIS ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UNIFOR

MATHEUS SALES MARTINS ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO - UNIFOR

MARIA CLARA FIGUEIREDO FREIRE ARQUITETURA - UNIFOR

MARIA JÚLIA LINHARES SALES DESIGN - UFC ARQUITETURA - UNIFOR

RICARDO PINHEIRO MATTOS ADMINISTRAÇÃO - UFC ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR ENGENHARIA CIVIL - PUC/SP ENGENHARIA CIVIL - MACKENZIE

PEDRO JUCÁ COSTA LIMA ENGENHARIA CIVIL – UNIFOR PEDRO MOTA LIMA VERDE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - UNIFOR

MARIE CECÍLIA BRAIDE GIDON ENFERMAGEM - UNIFOR

PEDRO QUEIROS SANTIAGO CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO - UFC ENGENHARIA MECÂNICA - UNI7

MARILIA PINHEIRO DE CARVALHO ODONTOLOGIA - UFC ODONTOLOGIA - UNIFOR

PEDRO RODRIGUES M. ARAGÃO ENGENHARIA CIVIL - UNICHRISTUS ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR

MATEUS CELEDÔNIO PAIVA MONTEIRO DIREITO - UNIFOR

PEDRO SAMPAIO NUNES CAVALCANTE ARQUITETURA - UNIFOR

SARAH ROCHA DA SILVA WIRTZBIKI PUBLICIDADE - UFC SOFIA PEIXOTO GIRÃO GARCIA EDUCAÇÃO FÍSICA - UNIFOR THOMAS WEINREICH COELHO DE PAULA ADMINISTRAÇÃO - UNIFOR TIAGO NÓBREGA GALIZA DIREITO - UNIFOR DIREITO - UNICHRISTUS VÂNIA MARIA MARQUES SOEIRO ADMINISTRAÇÃO - UFC DIREITO - UNIFOR DIREITO - UNICHRISTUS VIRNA FERREIRA QUEIROZ PSICOLOGIA - UNIFOR VITÓRIA BITÚ OLIVEIRA ADMINISTRAÇÃO - UNI7 DIREITO - UNIFOR DIREITO - UNICHRISTUS VITÓRIA PINHEIRO SIEBRA LETRAS - UFC PUBLICIDADE - UNIFOR DESIGN - FANOR PUBLICIDADE - FIC PUBLICIDADE - UNI7 YAN MACHADO BESSA AUDIOVISUAL E NOVAS MÍDIAS - UNIFOR YASMINE MARIA PEREIRA AGUIAR MAIA NUTRIÇÃO - UNIFOR YURI BEZERRA ENGENHARIA CIVIL - UNIFOR

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Viajar revela líderes

A

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os 17 anos de idade, Marco Polo acompanhou seu pai e um tio em uma viagem que durou 24 anos. As aventuras dessa saga estão registradas no livro As Viagens de Marco Polo. Não poderia ser diferente, pois seu pai e seu tio, Nicolau Polo e Matteo Polo, respectivamente, já antes de Marco Polo nascer, eram reconhecidos por suas viagens que lhes permitiram acumular consagração e dinheiro. Marco Polo nasceu em 1254, provavelmente em Veneza, o que não é certo. Morreu com quase 70 anos, uma idade bastante difícil de se chegar à época. Suas histórias impressionantes foram anotadas pelo romancista Rustichello da Pisa, enquanto Marco Polo estava preso em Gênova, de 1298 a 1299. Imagine você agora partindo para terras distantes com toda a sorte de riscos e possibilidades e sem saber quando voltaria? Talvez nem precise de tanto. A verdade

é que deixar a segurança por algo novo e inesperado é um grande desafio. Diante dessa riqueza de possibilidades, a área de Estudos Sociais, em 1991, trouxe para a Escola o desafio das viagens pedagógicas. Silvinha, professora de História, conta-nos: “Já tinha a experiência de aulas mais ousadas e fora de sala de aula quando lecionava na cidade de Acaraú. Quando cheguei no Santa Cecília, troquei ideias com a área de Estudos Sociais e desenvolvemos um projeto chamado Pronovo. A área de Estudos Sociais abraçou com muito carinho e entusiasmo o projeto. Ele foi apresentado à Direção e teve o aval da Irmã Eulalia, então diretora, como sempre muito ousada nas suas decisões”. De lá para cá, os projetos de viagens só cresceram e se diversificaram. Eles ganharam o Ceará, o Nordeste, as outras regiões do Brasil e outros países da América e Europa. Já se aproximando dos seus 30 anos, essas viagens fazem alunos, educadores e pais se apaixonarem pela diversidade de saberes e valores que elas desenvolvem.


Carta de uma Mãe J uliana Leite é ex-aluna da Escola. Estudou por 14 anos

no Santa Cecília, viveu todos os felizes momentos que o

Colégio pôde lhe proporcionar. Transformou-se numa universitária estudiosa, perseverante e fiel a seus princípios católicos e humanos. Nossa família sempre agradeceu o apoio da Escola em todos os momentos desses 14 anos. Hoje, nossa Juju está na Universidade de Berlim, descobrindo o mundo, enfrentando as adversidades, de cabeça erguida. Com orgulho, eu gostaria de agradecer mais uma vez todo o apoio que nós recebemos de todos na Escola desde o início, quando ela estava na Educação Infantil. Meu muito obrigado a todos os professores que incentivaram, encorajaram, ensinaram muito mais que suas matérias, mostraram o lado bom de viver a vida. Ela aprendeu direitinho a lição e tem sido um exemplo para todos nós. Grande abraço, Carla Leite (mãe da Juliana Leite) A liderança é uma dessas qualidades que afloram nas viagens. Nossos alunos e educadores embarcam em aviões, barcos, carros, trens, enfim, em toda sorte de transportes para conhecer lugares ímpares, como a Chapada Diamantina, os Lençóis Maranhenses, o Morro Dois Irmãos, em Fernando de Noronha, o Museu de Paleontologia, em Santana do Cariri, o Deutsches Museum, em Munique, e uma infinidade de cidades, países e culturas. Ainda garotos e garotas, esses nossos alunos desbravam mundos, tendo a história como farol. De longe, líderes como o jovem Marco Polo, de 17 anos, abriram caminhos para os que viriam depois. Nessa estrada, com lanternas, afeto e suporte, educadores da maior grandeza e paixão pelo que fazem abraçam com alegria esse projeto que ainda continua novo. Ivan Guimarães Gerente do Setor de Comunicação do Colégio Santa Cecília

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Aplicativo Santa Cecília A

tecnologia como ferramenta

para uma comunicação mais ágil, fácil e direta. Desde o mês de fevereiro, o Santa Cecília tem disponibilizado às famílias um aplicativo personalizado, com o intuito de tornar a informação mais

acessível.

Os

resultados

demonstram o sucesso da nova aquisição: mais de 80% das famílias já aderiram à ferramenta. Para os que ainda não conhecem, o aplicativo pode ser baixado gratuitamente nas lojas virtuais de aplicativos Apple Store e Google Play (App Santa Cecília - Fortaleza). As famílias podem utilizar a ferramenta nos seus celulares, tablets e nos seus computadores. A Escola iniciou com alguns serviços,

como

agenda

do

aluno (6º ao 9º ano), calendário escolar,

comunicados

e

avisos.

Posteriormente, vai liberar outras aplicabilidades na medida em que todos forem se adaptando ao novo canal de comunicação. Ressalte-se

que

os

demais

canais de comunicação da Escola não sofreram nenhuma alteração, ao

contrário,

ampliaram

suas

aplicabilidades. Acompanhe o nosso dia a dia pelo site, redes sociais, revista,

42

newsletter etc. Veja vídeo com Cymara Kuehner, mãe de alunos.


www.santacecilia.com.br

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