Revista Farroupilha - Edição de Janeiro a Março de 2018

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ANO XXV | Nº 128 | JANEIRO A MARÇO DE 2018

EMPATIA E CONVIVÊNCIA ESCOLAR Farroupilha integra campanha para prevenir o consumo de álcool e drogas na adolescência

Comunidade escolar encontra novidades e melhorias na volta às aulas

ABE 1858 completa 160 anos em 2018 com programação especial


EXPEDIENTE

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EDITORIAL

Nº 128 – Edição de Janeiro a Março de 2018 da Revista Farroupilha Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858 Fernando Carlos Becker Diretora Pedagógica Marícia Ferri Diretor de Administração e Finanças Milton Fattore Jornalista Responsável Manoela Andrade Scroferneker (MTB 13648) Textos Cristiane dos Santos Parnaíba Manoela Andrade Scroferneker Criação e Design Milene Martins Monica Figueiredo Dawud

EMPATIA PARA TRANSFORMAR A RELAÇÃO COM O OUTRO Você consegue se colocar no lugar dos seus amigos, dos seus familiares ou até mesmo de alguém que você não conhece? Atualmente, não são todas as pessoas que conseguem ter empatia. Para viver em sociedade, é preciso ter respeito e solidariedade e o nosso papel, enquanto escola e educadores, é fazer com que nossos estudantes sejam indivíduos capazes de ajudar uns aos outros, compreendendo melhor o comportamento do outro em

Comunicação e Marketing comunicacao@colegiofarroupilha.com.br

determinadas circunstâncias e a forma como toma as decisões.

Diagramação e Projeto Gráfico Carolina Fillmann – Design de Maria www.designdemaria.com.br

vivência escolar, tema muito debatido por todos os educadores

Revisão Textual Laboratório de Português Capa Estudantes Fernanda da Rosa Salaverry e Pilar Abrão Biasuz, do 4º ano A do Ensino Fundamental - Anos Iniciais.

A primeira Revista Farroupilha de 2018 aborda a empatia e a cone estudantes em 2017, principalmente no mês de outubro durante o Dia Mundial de Combate ao Bullying. O Colégio Farroupilha preocupa-se com o assunto, e traremos, na matéria principal da publicação, algumas iniciativas que acontecerão durante este ano e outras atividades já desenvolvidas sobre o tema. A edição traz, ainda, as melhorias realizadas durante o período das férias escolares (como a nova Biblioteca, o Espaço Maker e a integração

Ouvidoria Farroupilha ouvidoria@colegiofarroupilha.com.br (51) 3455-1889

dos laboratórios de Matemática e Física), a parceria de sete anos

Tiragem 1.000 exemplares

Pacheco sobre empatia.

Versão Online www.colegiofarroupilha.com.br

Dois mil e dezoito será um ano muito especial para a mantene-

COMO INSTALAR O LEITOR DE QR CODE NO SEU CELULAR Inventado no Japão em 1994, o QR Code foi criado para facilitar o acesso à informação por parte de usuários de celulares, podendo ler qualquer coisa de qualquer lugar. Para ler um QR Code ou Quick Response Code é preciso instalar um software em seu celular. Ele será responsável por decodificar a imagem capturada. Na internet, há muitos softwares gratuitos disponíveis. É preciso que se baixe um de acordo com o modelo do celular. Em português, o http://reader.kaywa.com é um dos melhores sites para baixar leitores de QR Code. Para aqueles que quiserem criar seus próprios QR Codes, em http://qrcoder.kaywa.com, é possível gerá-los facilmente.

1858 completa 160 anos, e, por isso, teremos uma matéria espe-

com a Universidade de Cambridge na aplicação dos exames de Língua Inglesa e uma entrevista com o educador português José

dora do Farroupilha: a Associação Beneficente e Educacional de cial sobre o histórico da ABE de 1858 e a programação que será oferecida para a comunidade. Desejamos um ótimo ano letivo a todos e, mais uma vez, agradecemos pela confiança em nossa instituição!

Fernando Carlos Becker Presidente da Associação Beneficente e Educacional de 1858


SUMÁRIO 3

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06

19

20

44

40

NESTA EDIÇÃO | #128 06

Certificação Google Innovators

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Inovação no ensino da Língua Inglesa

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“Escolas são pessoas”

40

Espaços que complementam a sala de aula

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Novos passos da GrowCube

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Disciplina Mão na massa


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OPINIÃO

A EMPATIA NO DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL Escrito pelas psicólogas educacionais do Colégio Farroupilha Greicy Boness de Araújo (Anos Finais), Lisiane Alvim Saraiva (Ensino Médio), Luciana Motta (Anos Iniciais) e Nadine Cabral (Educação Infantil) Atualmente, no âmbito da educação, cada vez mais os esforços têm sido direcionados ao desenvolvimento das competências socioemocionais. Afinal, o que é essencial desenvolver nas crianças e nos jovens para que sejam capazes de lidar com os desafios da sociedade contemporânea? As questões que envolvem a interação, a convivência, a solidariedade e a cooperação vêm conquistando notoriedade nesse sentido, como grandes diferenciais na formação dos futuros cidadãos e constituem-se em importantes habilidades socioemocionais. A empatia pode ser considerada como uma habilidade prévia e necessária à boa convivência, sendo fundamental para as relações e para a conquista da competência social. Nessa perspectiva, a empatia abrange componentes cognitivos, afetivos e comportamentais. É descrita por autores da área como a capacidade de perceber sentimentos e se identificar com a perspectiva do outro, sem necessariamente ter tido as mesmas vivências, expressando tal compreensão através de ações. A literatura destaca que o desenvolvimento dessa habilidade é um dos fatores de proteção aos comportamentos agressivos, dentre eles o bullying, favorecendo o estabelecimento de vínculos interpessoais e uma maior aproximação com os pares a partir de atitudes altruísticas. O desenvolvimento da empatia inicia-se no contexto familiar, a partir das primeiras experiências de socialização, nas quais a criança ainda necessita do modelo e da regulação do adulto para se conectar com sentimentos e situações alheias a si. A escola, como segundo contexto de socialização e importante

“O desenvolvimento da empatia inicia-se no contexto familiar, a partir das primeiras experiências de socialização, nas quais a criança ainda necessita do modelo e da regulação do adulto para se conectar com sentimentos e situações alheias a si”.


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ambiente de interação, dá sequência ao desenvolvimento dessa habilidade ao empreender um trabalho intencional com os estudantes, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Nesse sentido, oportuniza que os mesmos experienciem situações de troca, de descentração dos próprios pontos de vista e de reconhecimento dos sentimentos, de forma a contribuir com o desenvolvimento da autorregulação, do autocontrole e da autoestima. A Matriz Socioemocional do Colégio Farroupilha surgiu para garantir ações que promovam a empatia, dentre outras habilidades sociais, incentivando a convivência pautada no respeito mútuo, observando sempre as especificidades de cada etapa do desenvolvimento. Nas experiências afetivas vivenciadas diariamente, o apoio inicial e a mediação dos adultos significativos – familiares e educadores – favorecem o reconhecimento, a regulação e a expressão das emoções por parte das crianças, considerando a perspectiva do outro. Com o tempo e a partir do trabalho realizado, espera-se que os estudantes consigam vivenciar, nas suas relações, essa habilidade de forma cada vez mais autônoma. Em 2017, a partir da exposição “Em seu Lugar”, realizada no Colégio Farroupilha, os estudantes tiveram a oportunidade de entrar em contato com histórias de vida inspiradoras, exercitando a capacidade de se colocar no lugar do outro. Tal iniciativa repercutiu de forma muito positiva em toda a comunidade escolar. Essa e outras ações contribuem para o desenvolvimento da empatia, habilidade necessária para uma boa convivência e para o desenvolvimento da solidariedade e da cooperação. A capacidade de compreender as necessidades e os sentimentos do outro promove a redução de situações de intolerância, de preconceito e de desrespeito, ainda tão presentes na sociedade em que vivemos. Em 2018, seguiremos trabalhando no desenvolvimento dessa habilidade fundamental para o bom relacionamento, um dos principais valores do Colégio Farroupilha.


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CONECTADOS

CERTIFICAÇÃO GOOGLE INNOVATORS Supervisora de Tecnologia Educacional (TE) do colégio está entre os 36 educadores brasileiros que receberam o certificado de inovação A supervisora de Tecnologia Educacional (TE) do Colégio Farroupilha, Débora Valleta, recebeu a certificação internacional Google Innovators, que reconhece educadores multiculturais, visionários e apaixonados pela educação que buscam soluções criativas e inovadoras para os desafios da área educacional. Ela está entre os 36 educadores brasileiros contemplados com a certificação, que aconteceu em novembro de 2017. Débora contou que a empresa de tecnologia Google tem, em um dos seus projetos inovadores, o desenvolvimento de ferramentas que possam ser aplicadas no contexto educacional. Além disso, ela oferece um programa gratuito de formação continuada para educadores que desejam inovar em novas metodologias de ensino, utilizando as ferramentas Google, na sala de aula. “O treinamento é feito por uma plataforma aberta que pode ser acessada com qualquer dispositivo conectado à Internet e que, ao final de cada nível, também é possível realizar uma prova para receber a certificação e um selo para ser reconhecido pelo trabalho realizado”, explicou. Uma das certificações é a Google Innovators, dedicada aos docentes “apaixonados e entusiasmados”, que desenvolvem soluções criativas para os maiores desafios educacionais do


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Farroupilha possui parceria com o Google for Education desde 2017 mundo. Ao longo do primeiro semestre de 2017, Débora realizou os cursos disponíveis na plataforma Google for Education. No mês de setembro, ela leu no site do curso um edital com chamada para a seleção de professores Google Innovators da Suécia, do Brasil, da Austrália e do Reino Unido. “Percebi que eu tinha todos os pré-requisitos para participar do processo seletivo. A certificação significa que o professor possui competências

“A certificação Google Innovators é uma oportunidade de podermos compartilhar ideias e soluções com e entre os professores de diferentes países e contextos em que é possível transformar a educação a partir de pequenas atitudes, seja dentro da escola ou fora dela”, explicou Débora.

associadas à criatividade, inovação, experiência e liderança na área educacional”, complementou.

30 segundos, a docente apresentou

ção a partir de pequenas atitudes,

Depois de realizar a certificação “Edu-

trabalhos que foram desenvolvidos

seja dentro da escola ou fora dela. A

cador 1 e 2”, Débora precisou compar-

ao longo de sua experiência profissio-

partir dessa experiência e passagem

tilhar a sua visão sobre como trans-

nal que demonstraram criatividade,

pela Academia Google Innovators em

formar a educação, no formato de

liderança e inovação. “A certificação

São Paulo, “o objetivo é compartilhar

uma apresentação e de um vídeo. Foi

Google Innovators é uma oportunida-

o uso de ferramentas e metodologias

preciso pensar em uma solução ino-

de de podermos compartilhar ideias e

de ensino com os educadores do Co-

vadora para um desafio educacional

soluções com e entre os professores

légio Farroupilha que acreditam na

atual em qualquer escala – da sala de

de diferentes países e contextos em

educação como poder de transforma-

aula a problemas gerais. No vídeo, de

que é possível transformar a educa-

ção da sociedade”, destacou.


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CONECTADOS

ESPAÇO MAKER NO FARROUPILHA Local será utilizado por todos os níveis de ensino para fomentar a criatividade e a inovação Desde o início do ano letivo, os estudantes do Colégio Farroupilha contam com um

Além disso, a coordenadora dos Anos

ambiente totalmente criativo e inovador no 3º andar do prédio principal: o Espa-

Finais, Rafaella Perrone, no Bett Edu-

ço Maker. Remodelado pelo Setor de Arquitetura da instituição e com o apoio de

car, considerado o maior evento de

diferentes áreas da escola, o local será utilizado pelas turmas de 6º e 7º ano do

educação e tecnologia da América

Ensino Fundamental – Anos Finais na disciplina de Cultura de Inovação (saiba mais

Latina, conheceu a experiência do de-

na página 44). Além disso, o Espaço Maker ajudará no planejamento de atividades

senvolvimento de um Espaço Maker

pautadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que prevê o desenvolvimento

apresentada por uma escola de São

de habilidades e competências dos estudantes utilizando recursos tecnológicos, e

Paulo. De acordo com Rafaella, o espa-

será usado pelos demais níveis de ensino no desenvolvimento de projetos criativos

ço é um resgate da questão lúdica e da

e articulados com as matrizes curriculares e/ou socioemocionais.

aprendizagem prazerosa: “Ele trabalha

O espaço conta com recursos didáticos tecnológicos digitais (como equipamentos de fabricação digital, impressora 3D, cortadora a laser, entre outros) e não digitais (máquinas manuais, ferramentas eletrônicas e acervo bibliográfico). A diretora pedagógica, Marícia Ferri, lembra que, em visita ao Vale do Silício, em abril de 2017, o que mais chamou sua atenção foi a estrutura das salas nas escolas e na Universidade de Stanford, semelhantes ao Espaço Maker. “Na escola contemporânea, faz-se necessário o investimento em diferentes espaços que possibilitem práticas disruptivas e inovadoras. A habilidade de “saber fazer” é fundamental na formação integral dos estudantes. A criatividade, a experimentação e as tentativas com acertos e erros fazem parte do processo de aprendizagem dos estudantes”, ressaltou Marícia.

com a resolução de problemas, com as falhas e as possibilidades, busca outras ferramentas, sejam tecnológicas ou não, e aprimora o relacionamento entre os estudantes, porque no Espaço Maker é preciso saber trabalhar em equipe e ser colaborativo. É um laboratório muito vivo e dinâmico, ele não tem nada pronto. Tudo ali é feito pelos estudantes”.


PLANO DE VOO

UM BAÚ RECHEADO DE MEMÓRIAS Dia do Plantio e Dia da Colheita são momentos de resgate de valores na vida escolar A Sede Campestre representa um lo-

árvores já estão grandes, enquanto

cal muito especial para os estudan-

outras estão começando a prosperar.

tes e suas famílias. Em diferentes

Em 2015, por sugestão do professor

espaços estão plantadas árvores e

do Laboratório de Física, Gentil Brus-

guardadas diferentes recordações do

cato, foi criado o Bosque Astronômico

Farroupilha. Quando estão no 1º ano

e os estudantes já plantaram mudas

do Ensino Fundamental – Anos Ini-

de árvores que, futuramente, forma-

ciais, os estudantes vão até Viamão

rão as constelações do Cruzeiro do

para participar do Dia do Plantio.

Sul, de Escorpião e de Sagitário.

Realizado desde 1978, a data marca o

Quando chegam à 3ª série do Ensino

início da trajetória escolar das turmas

Médio, esses mesmos estudantes re-

no Ensino Fundamental. A preparação

tornam à Sede Campestre para o Dia

etapa que inicia, com novos desafios,

para a atividade começa ainda no pri-

da Colheita. É a hora de resgatar os

novas dúvidas, novas conquistas. Por

meiro semestre do ano letivo, com a

textos e os desenhos, além de rever

isso a importância desse ritual como

produção de textos, desenhos e co-

a lista dos colegas de turma. “O Dia

uma etapa de passagem necessária

lagens. Todo o material é depositado

da Colheita possibilita uma visita ao

para resgatar quem fomos e solidifi-

em um baú de memórias com cartas

passado e um resgate das memórias

car quem somos, preparando a todos

das professoras e o jornal do dia. Em

infantis, recheadas de imaginação,

para a nova caminhada que começa,

diferentes locais da Sede encontram-

brincadeiras e esperanças para o fu-

além dos muros da escola”, destacou

-se placas com os nomes dados às

turo. Colher significa empreender no-

a psicóloga educacional do Ensino

plantações das turmas. Algumas

vos sonhos e desejos para uma nova

Médio, Lisiane Alvim Saraiva.

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PLANO DE VOO

ETAPA FORA DOS MUROS DA ESCOLA Estudantes formados em 2017 no Colégio Farroupilha começam nova fase em universidades públicas, privadas e até mesmo no exterior Mais de 80% dos formandos que concluíram o Ensino Médio em 2017 na escola começaram o ano com aprovação no Ensino Superior. Os dez cursos mais procurados nesse ano foram as engenharias, Administração, Direito, Psicologia, Relações Internacionais, Arquitetura, Odontologia, Medicina, Economia e Publicidade e Propaganda. Conheça, a seguir, alguns ex-alunos aprovados e suas expectativas em relação ao início da vida acadêmica:

EUGÊNIA MACHADO WENDER

LUIZA ARAÚJO TEIXEIRA

Aprovações: Engenharia Química (PUCRS – 7º lugar e UFRGS)

Aprovações: Produção Fonográfica (Unisinos – 4º lugar), Produção Audiovisual (PUCRS – 6º lugar) e Música – Licenciatura (IPA – 8º lugar)

Qual é a expectativa? Sinto que a faculdade

Qual é a expectativa? Não sei ao certo como

vai ser bem diferente do colégio. Um lugar com

eu me sinto. Acho que ainda não caiu a ficha,

mais autonomia, onde as relações com os pro-

pois parece que foi ontem que nos formamos!

fessores são mais superficiais e onde tem mui-

Acredito que daqui a alguns dias ficarei ani-

tas pessoas com diferentes visões de mundo.

mada, mas também ansiosa por causa dessa

Escolhi um curso bem amplo justamente porque

mudança repentina. Apesar de tudo, eu sei que

não sei bem onde quero trabalhar no futuro e

estarei começando uma nova jornada, que es-

espero ir decidindo conforme os semestres vão

pero aproveitar ao máximo, então eu me sinto

passando.

tranquila e preparada para o que vier.


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HELENA MARCON BISCHOFF

BEATRIZ SCHMIDT POTENZA

Aprovações Medicina (UFCSPA, UNESC e UCS*)

Aprovações: Publicidade e Propaganda (ESPM, PUCRS e Unisinos)

* Vestibular de inverno 2017

Qual é a expectativa? Acho que minha vida vai

Qual é a expectativa? Acho que vai ser algo

mudar muito. Eu espero amadurecer e aprender

bem diferente do colégio, mas eu espero me

muito, além de fazer novas amizades.

adaptar bem e fazer vários projetos legais.

ENRICO BRESOLIN DAVI

BERNARDO EILERT TREVISAN

Aprovações: Administração (UFRGS)

Aprovações: Ciência da Computação (Unisinos – 3º lugar, PUCRS, UFRGS, Purdue University e University of Texas at Austin - EUA)*

Qual é a expectativa? Estou muito ansioso

Qual é a expectativa? A minha expectativa é

para começar essa nova fase da vida. Aprender

justamente poder aprender o máximo possível

coisas que eu sei que realmente aplicarei em

sobre a área, podendo ter oportunidades interna-

decisões diárias da minha vida é uma coisa que

cionais nas quais eu aprenda e coloque em prá-

me deixa muito satisfeito. Entro na faculdade

tica a interdisciplinaridade da tecnologia. Espero,

com a cabeça muito aberta para experiências,

também, que além de um período de aprendizado,

aprendizados e, com certeza, aberto a oportu-

seja uma fase de grande crescimento pessoal.

nidades que devem ser aproveitadas quando

* Bernardo participou do processo seletivo de dezesseis universidades nos Estados Unidos e de um em Singapura. Até o fechamento desta edição, somente os resultados da Purdue University e da University of Texas at Austin haviam sido liberados. A previsão é que todos os resultados saiam até a primeira semana de abril. Como as aulas no exterior começam somente no mês de agosto, o ex-aluno cursará o primeiro semestre na UFRGS.

aparecerem. Espero conseguir realizar todos os meus sonhos daqui pra frente.

MARIA EDUARDA GOMES LINS PASTL

CATHARINA DE FREITAS PLÁ

Aprovações Direito (PUCRS – 2º lugar e UFRGS)

Aprovações: Ciências Biológicas (PUCRS – 5º lugar e UFRGS)

Qual é a expectativa? Depois de um ano de emo-

Qual é a expectativa? Eu espero que a facul-

ções (pelo fim do colégio) e de privações (pelo estu-

dade seja bem diferente do colégio e que mui-

do), fica muito claro que uma nova fase se inicia nes-

tas oportunidades interessantes apareçam pra

se ano. Por causa disso, tenho bastante expectativa!

mim. Não consigo esperar, também, para fazer

Espero confirmar essa identificação que levou à

novos colegas e conhecer a dinâmica diferente

escolha do curso, além de conhecer novas pessoas

que é a de ter aula em vários locais diferentes!


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ENTREVISTA

Pacheco realizou um bate-papo com educadores no Colégio Farroupilha em junho de 2013

“ESCOLAS SÃO PESSOAS”

José Pacheco, idealizador da Escola da Ponte, em Portugal, destaca que onde reina a empatia, não existe a indisciplina e nem casos de bullying

Educador, aprendiz de utopias e de brasilidade. É assim que se denomina José Pacheco, referência mundial por ter desenvolvido na Escola da Ponte, em Portugal, um modelo de educação baseado na autonomia dos estudantes. Pacheco também auxiliou na implantação do Projeto Âncora, localizado na cidade de Cotia, na Grande São Paulo, que segue a mesma metodologia da escola portuguesa: fazer com que os estudantes tornem-se autônomos do seu aprendizado. Na entrevista abaixo, o educador reflete sobre a empatia e a importância de trabalhar o conceito com crianças e adolescentes na escola.


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O que é empatia? Diz-nos o dicionário que empatia tem origem etimológica no grego empatheia, que significa “paixão”. É a capacidade psicológica de sentir o que sentiria uma outra pessoa. Pressupõe autoconhecimento, para reconhecimento do outro. Requer compreensão, respeito, gera compaixão.

Por que trabalhá-la na escola? Escolas são pessoas. E cada uma das pessoas existe porque o outro existe. Quando os valores vividos por essas pessoas são idênticos, princípios de ação conduzem a projetos. É isso a escola: projetos. E, na visão de projeto e de mundo que, desde há décadas, adotei (adotamos), a empatia manifesta-se nos processos de interajuda.

Como ensinar as crianças a terem mais empatia? A empatia pressupõe a prática de uma comunicação dialógica e o primado da afetividade. A empatia não se ensina, aprende-se, desde o ventre materno, por imitação. A aprendizagem apenas acontece quando é significativa e existe um vínculo afetivo entre o aprendiz e o mediador de aprendizagem. A aprendizagem é antropofágica, eu aprendo o outro; não o que o outro diz, mas o que o outro é.

SUGESTÃO DE LEITURA: Dicionário de Valores: para cada letra do alfabeto, o educador fala

A atual estrutura escolar favorece a empatia na sua opinião?

sobre um conceito, como

É evidente que não favorece! Sempre trabalhei no chão da escola, onde foram

autonomia, desapego,

introduzidas diferentes correntes pedagógicas. Hoje, após passar pelo ideário

esperança, honestidade,

subjacente ao paradigma instrucionista e ao paradigma da aprendizagem, te-

otimismo, qualidade de

nho como referência o que poderemos chamar paradigma da comunicação.

vida e responsabilidade. O

Aprendemos uns com os outros mediados pelo mundo...As escolas brasileiras

livro está disponível para

transformar-se-ão quando, através da referência a uma matriz axiológica, a

download gratuito no link

uma visão de mundo e sociedade traduzidas num projeto, operem rupturas

https://s3.amazonaws.

com uma tradição de educação hierárquica e burocrática. Quando ousarem,

com/porvir/wp-content/

com prudência, reconfigurar as suas práticas, assumir formas específicas de

uploads/2013/10/Diciona-

organização do trabalho escolar, em dispositivos de relação, nas atitudes do dia

rio_de_Valores.pdf

a dia, que viabilizem...empatia.

Ao trabalhar a empatia, a escola evita situações de bullying e melhora a convivência escolar? A empatia é caminho para a compreensão de comportamentos ditos destrutivos. Onde existe empatia não reina a indisciplina. Nem situações de bullying.


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CUIDAR É BÁSICO

FAMÍLIAS E ESCOLA COMPROMETIDAS Farroupilha integra campanha para prevenir o consumo de álcool e drogas na adolescência Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no final de 2017, mostrou o aumento do consumo precoce de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas entre estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental. Em 2012, data do último estudo, 50,3% dos jovens entrevistados haviam afirmado que já tinham tomado, ao menos, uma dose de bebida alcoólica; agora, esse número passou para 55%. A Região Sul é uma das que registou o maior índice de consumo de álcool nos 30 dias anteriores à pesquisa. Somente no Rio Grande do Sul, 34% dos estudantes informaram ter consumido bebida alcoólica. Thiago Pianca, doutor em Psicologia pela UFRGS, especialista em psiquiatria da infância e adolescência e em dependência química e psiquiatra do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, afirma que iniciar o consumo de álcool e drogas ainda na adolescência está associado a um risco muito maior de se tornar dependente dessas substâncias na vida adulta. “Quem começa a beber aos 14 anos, por exemplo, tem um risco de desenvolver alcoolismo durante a vida que ultrapassa os 40%, enquanto que quem começa após os 20 anos de idade tem menos de 20% de risco. Ou seja, o risco é quatro vezes maior. Há também um risco de piora da capacidade cognitiva associado ao uso frequente de álcool e drogas nessa faixa etária”, exemplificou. Em relação à questão neurológica, o consumo precoce dessas substâncias prejudica o desenvolvimento de áreas cerebrais que estiverem amadurecendo. Na adolescência, corresponde ao córtex pré-frontal, área relacionada com a tomada de decisões complexas, avaliação de risco e benefícios e pensamento a longo prazo. “Gosto de comparar essa área também a um freio, que impede que o veículo avance rápido demais quando não deve. Logo, é essa capacidade de ‘frear’ o comportamento impulsivo – que é comum na adolescência – que pode se perder na vida adulta. E entre outras coisas, isso é o que propicia o desenvol-

“Quem começa a beber aos 14 anos, por exemplo, tem um risco de desenvolver alcoolismo durante a vida que ultrapassa os 40%, enquanto que quem começa após os 20 anos de idade tem menos de 20% de risco. Ou seja, o risco é quatro vezes maior”, alertou o psiquiatra Thiago Pianca.


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vimento dos quadros de dependência. Além disso, há estudos mostrando piora de vários aspectos cognitivos em adolescentes que bebem frequentemente, como a memória e a atenção”, complementou o médico. Diante desse cenário preocupante, como conscientizar os jovens sobre o assunto? “Mesmo um adolescente bem apropriado desses conceitos e ideias pode, no meio da balada com os amigos, ‘deixar para lá’ e beber da mesma

DICAS PARA PAIS E RESPONSÁVEIS: 1. Conheça os pais dos amigos; 2. Troque informações sobre festas e outros eventos em que seu filho estiver envolvido; 3. Combine critérios comuns para a realização de festas; 4. Valorize um estilo de vida saudável e converse com seu filho sobre projeto de vida; 5. Mantenha um bom diálogo com a escola e acompanhe a vida escolar do seu filho; 6. Participe dos eventos que tratam sobre esse tema na escola de seu filho; 7. Não tenha medo de estabelecer limites ou de desagradá-lo; 8. Escute o que seu filho pensa. Isso também é importante; 9. Dê exemplo, ele é fundamental; 10. Fique atento a sinais de risco: baixa autoestima, baixo rendimento escolar, tristeza ou timidez excessiva, agressividade, dificuldade de se posicionar frente aos amigos, etc.

Última palestra do programa Cuidar é Básico de 2017 abordou o tema com educadores e famílias


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CUIDAR É BÁSICO

forma – por isso o que se precisa trabalhar é que ele não consiga beber facilmente, até para dar chance dele se dar conta de que não deve”, alertou Pianca. Para a família, o especialista sugere que os pais sirvam de “freio” para o comportamento do adolescente. “Isso requer poder dizer não e tolerar que o filho pode não ficar contente com isso, o que não é fácil. Devem entender que não há consumo seguro de álcool na adolescência e que quanto mais tarde os jovens iniciarem o uso de álcool, melhor será para sua saúde”.

CAMPANHA “EU ME COMPROMETO” O Colégio Farroupilha e mais quatro escolas de Porto Alegre – Colégio Anchieta, Colégio Marista Rosário, Colégio Monteiro Lobato e Colégio Santa Inês -, integrantes do Fórum Permanente de Prevenção à Venda e ao Consumo de Bebidas Alcóolicas por Crianças e Adolescentes, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, estão mobilizados na campanha “Eu me comprometo”, contra o consumo de álcool e de outras drogas. A parceria educativa e o fortalecimento do vínculo entre os pais e os educadores têm se mostrado a maneira mais eficaz para promover o cuidado e a proteção dos jovens diante dos desafios do convívio em sociedade, entre eles a prevenção ao uso precoce de álcool e outras drogas. “O que eu acho que ajuda a prevenir os transtornos por uso de substância mesmo, de fato, é apresentar alternativas de saúde e lazer viáveis aos jovens: se eles poderem se divertir bastante e sem beber, acabarão optando cada vez menos por consumir substâncias – o difícil disso é que isso envolve, necessariamente, toda a sociedade, pois não basta oferece isso a uns poucos e esperar que só eles façam diferente da maioria”, analisou Pianca.

Psiquiatra e pesquisador Carlos Salgado também foi um dos convidados do programa Cuidar é Básico para falar sobre o tema


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USO DO CRACHÁ: SEGURANÇA NO AMBIENTE ESCOLAR Comunidade escolar deve utilizar o crachá de identificação quando acessar a escola Além disso, a instituição possui horários em que é permitida a circulação de pais e demais familiares nas áreas comuns (Pátio, Área Coberta, Bar do Zé, Saúde no Copo e Casa do Estudante): das 7h às 9h20, das 10h45 às 15h20, e após às 16h35. Confira, abaixo, mais algumas normas e procedimentos adotados: Circulação nos andares e salas de aulas: nossas salas de aula são o coração do Farroupilha, onde o processo educativo e interação entre professores e estudantes acontecem. Portanto, nossa equipe está orientada a restringir o acesso das famílias a esse ambiente, com o objetivo de não interferir no trabalho pedagógico. Entrada dos estudantes: deve ser realizada nas portarias específicas para tal fim. A Recepção Administrativa é restrita somente aos pais, visitantes e educadores.

É importante trazer o crachá de identificação para acessar a escola. Não o esqueça em casa! ACESSO PARA AS FAMÍLIAS

Visa à segurança Identificar estudantes, educadores e familiares Garante agilidade no acesso

7h às 9h20 + 10h45 às 15h20 + após às 16h35

PERDEU O CRACHÁ? Procure a Recepção de Alunos para solicitar um novo! Mais informações pelo telefone (51) 3455.1816.


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LIDERANÇA

REPRESENTANTE DO BRASIL EM EVENTO INTERNACIONAL Spinlet S.A/E foi uma das três miniempresas selecionadas para o Company of the Year 2017 (COY) Eleita a melhor Miniempresa do programa Miniempresa da Junior Achievement Rio Grande do Sul, a Spinlet S.A/E foi uma das três selecionadas para representar o Brasil no Company of the Year 2017 (COY), realizado entre os dias 27 e 30 de novembro do ano passado, em São Paulo, e organizado pela Junior Achievment Americas. Dois meses antes do evento, os estudantes do Farroupilha escreveram

O evento permitiu que estudantes da América Latina, Canadá e Caribe apresentassem os seus produtos e serviços para uma equipe de juízes. No primeiro dia do evento, o grupo teve palestras com diretores da FedEx e da Delta e uma atividade de integração com todos os estudantes. “Foi uma experiência única poder me reunir com várias pessoas que não falavam a mesma língua para resolver os desafios que nos passavam e aprender sobre a cultura deles”, contou o estudante Bruno.

um relatório, explicando sobre o pro-

Nos demais dias do COY, os estudan-

duto desenvolvido por eles. Este do-

tes apresentaram os seus produtos

cumento foi utilizado para escolher

para uma banca de jurados, respon-

as 20 miniempresas que participaram

deram a perguntas e administraram

do COY. Para São Paulo, viajaram os

uma barraquinha em uma feira, rea-

estudantes da 2ª série do Ensino Mé-

lizada no Shopping Eldorado. “Fica-

dio Bruno Almeida da Silveira, Denis

mos uma tarde inteira no shopping

Ying Kit Yeh, Felipe Teixeira Renck

expondo os nossos produtos e nos-

Obino, Isabela Santafé Aguiar Pizzo-

sas ideias para pessoas do mundo in-

latti e Laura Schirmer da Silva.

teiro. É difícil explicar a sensação de ver pessoas, que muitas vezes nem falavam português, pararem na nossa frente para ver, com muito interesse, coisas que nós havíamos criado. Não levamos nenhuma medalha para casa, mas o verdadeiro prêmio foi ter tido essa oportunidade e podermos levar o que aprendemos para o resto da vida”, destacou Bruno. Em 2017, a Spinlet S.A/E também conquistou as categorias de Melhor Relatório e de Melhor Gestão de Recursos Humanos no Prêmio Miniempresa. Os estudantes do colégio produziram um porta-cartões-documentos-dinheiro que era preso ao celular.


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Estudantes que tiveram projetos selecionados em 2017 seguirão no projeto

NOVOS PASSOS DA GROWCUBE Projetos de estudantes selecionados em 2017 receberão mentorias para colocá-los em prática A GrowCube, escola de negócios do Colégio Farroupilha, prepara-se para a se-

Relembre, abaixo, os projetos selecionados em 2017: • Gabaritei: aplicativo com conteúdos, materiais e aulas de revisão preparados por estudantes e para estudantes;

gunda fase do projeto iniciado no ano passado. De março até julho de 2018, os

• 2407: aplicativo para

quatro projetos selecionados participarão do processo de incubação, que con-

solicitação de serviços

tará com mentores especializados nas necessidades dos times que desejam

de emergência;

empreender. Estes mentores orientarão os estudantes no avanço em direção à

• LPM Turismo:

implementação dos projetos, mesmo que este não seja o objetivo final. Durante quatro meses, os estudantes terão uma rodada de entrevistas com novos membros, uma reunião de apresentação, cinco aulas teóricas e nove orientações. Nos encontros teóricos, os grupos aprenderão a montar um plano de negócios e aprenderão sobre estratégias operacionais, marketing, vendas, viabilidade financeira e apresentação para investidores. Além disso, uma nova turma será oferecida para estudantes dos 8º e 9º anos

plataforma que oferece experiências personalizadas de viagens, voltadas para pessoas que desejam se voluntariar por diferentes causas; • Lanuss Diary:

do Ensino Fundamental – Anos Finais para que eles participem do processo de

aplicativo para diários

pré-incubação, cujo objetivo inicial é encorajar os estudantes que realmente

pessoais interativos,

queiram entrar na escola de negócios. Nessa fase, os times recebem uma pre-

que ajuda na gestão das

paração para transformar as suas ideias em negócios e as submetem a uma

tarefas cotidianas.

banca, que avalia se os projetos estão prontos para a fase de incubação.


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OLHOS PARA O MUNDO

INOVAÇÃO NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA Parceria entre o Colégio Farroupilha e a Universidade de Cambridge completa sete anos

2010

O Colégio Farroupilha foi o primeiro no Rio Grande do Sul e o terceiro no Brasil a receber a certificação de Cambridge

Em 2010, o Colégio Farroupilha foi o primeiro no Rio Grande do Sul e o terceiro no Brasil a receber a certificação de Cambridge. Completados sete anos, em 2017, o sucesso desta parceria é demostrado pelo número de estudantes que já obtiveram a certificação máxima. O número de formandos do Ensino Médio do último ano que atingiram a certificação CPE, a mais alta entre as expedidas pela centenária universidade, indica também a excelência com a qual este trabalho vem sendo desenvolvido: em 2010, nenhum estudante atingiu a CPE; já em 2017, 63 deles obtiveram esta certificação. No mundo, a primeira aplicação de uma prova para CPE aconteceu em 1913, contou com três candidatos e nenhum deles foi certificado. Para preparar os candidatos, a Universidade de Cambridge foi, ao logo dos anos, desenvolvendo uma

2017

140 formandos receberam as certificações de Cambridge

metodologia e criando certificações intermediárias, que testam e preparam os estudantes gradativamente: CAE, FCE, PET, KET e YLE, subdividido em Starters, Movers e Flyers (do maior ao menor grau de proficiência). No total, 140 formandos de 2017 receberam as certificações de Cambridge, sendo 63 deles a CPE; 36 a FCE; e 41, a CAE. Em 2010, 82 receberam KET e PET; 66 a FCE, todos faziam inglês também fora do Colégio; 05 a CAE, e todos moraram ou estudaram fora do país, e 0 obtiveram a certificação CPE. A turma de formandos de 2017 foi a primeira que passou por todas as avaliações de Cambridge desde o 4º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais.

63

estudantes receberam a certificação CPE

36

estudantes receberam a certificação FCE

que quer dizer Certificate of Proficiency in English e comprova que o estudante atingiu um nível elevado em inglês.

que quer dizer First Certificate in English, e é considerada uma qualificação de nível intermediário superior.

41

estudantes receberam a certificação CAE que quer dizer Cambridge English: Advanced e mostra que o estudante tem um alto desempenho no idioma.


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Primeira certificação é entregue no 4º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais

CAMBRIDGE NO FARROUPILHA No Colégio Farroupilha, a metodologia de Cambridge é utilizada em sala de aula e, a cada ano, as turmas são preparadas para desenvolverem as habilidades e competências testadas em cada um dos exames aplicados e avaliados pela Universidade. A aprendizagem do idioma nos moldes de Cambridge começa ainda na Educação Infantil, mas é no 4º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, que os estudantes podem receber a primeira certificação, a YLE – starters. De acordo com a gerente do Centro de Línguas do colégio, Luciane Calcara, o aprendizado da Língua Inglesa a partir da metodologia de Cambridge prepara o estudante para o uso vivo do idioma, sem a necessidade de cursos externos. Ela explica ainda que, diferente de testes de diagnóstico, a certificação de Cambridge é válida para a vida toda. “Outros testes de diagnóstico atestam como está o nível de proficiência do estudante, já o certificado de Cambridge certifica como é o conhecimento dele acerca do idioma”, explicou. Luciane ressaltou ainda que as avaliações são corrigidas por especialistas da Universidade de Cambridge e que é a partir da análise desses resultados que o Colégio planeja as estratégias para avançar na qualidade do ensino do idioma, em um ciclo pedagógico chamado de Learning Oriented Assessment (LOA). “Todos os anos, os estudantes são preparados de acordo com as habilidades e competências testadas pelos exames e avaliadas por uma instituição externa. Os resultados são gerenciados e embasam as nossas ações futuras. É um ciclo: o estudante aprende, testa e tem a oportunidade de aprender a partir daquilo que já sabe”, concluiu.

Diretora Pedagógica, Marícia Ferri, e a Gerente do Centro Aberto de Cambridge do Farroupilha, Luciane Calcara


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ESPECIAL

DESENVOLVENDO A EMPATIA NA ESCOLA Saber compreender o outro e colocar-se em seu lugar é importante para complementar a capacidade de agir e o protagonismo Aprender a ouvir, compreender sentimentos, sentir vontade de ajudar o próximo e se imaginar no lugar do outro são características de pessoas empáticas. Nem sempre é uma tarefa fácil aceitar que o outro pensa diferente ou tem diferentes percepções sobre um sentimento, mas é um exercício que o ser humano precisa fazer. Daí a importância em trabalhar-se a empatia ainda na escola, de acordo com Raquel Franzim, assessora pedagógica do Alana, organização sem fins lucrativos que busca garantir condições para a vivência plena da infância, e co-coordenadora do Programa Escolas Transformadoras Brasil. “Nos deparamos com a relevância da empatia ao olhar para as profundas transformações, na sociedade, que ocorreram no século passado e no atual – de tecnologia, de comunicação, na forma de trabalhar, etc. Tais transformações não foram suficientes para sanar oportunidades desiguais no campo social, econômico, educacional e cultural. A escola tem espaço e tempo privilegiados na formação de crianças e jovens. A empatia, ou seja, a capacidade de assumir uma perspectiva diferente da sua própria, é essencial e complementar à capacidade de agir e de tomar iniciativa para solucionar uma situação, também conhecida como protagonismo”, analisa ela. Raquel destaca que a empatia não pode ser responsabilidade de uma matéria ou de um projeto, mas deve ser vista como um dos valores mais importantes para o bem-estar comum. “Empatia aprende-se nas relações com outras pessoas, no dia a dia. É diferente de aprender a andar de bicicleta. A empatia não, ela é contextualizada, única para cada situação. Ou seja, é uma habilidade a ser cultivada sempre”. Além disso, desde a infância até a adolescência, a escola pode oportunizar espaços de escuta, diálogo e debate, como a realização de fóruns, assembleias e agremiações, para fortalecer a iniciativa e a capacidade


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ESPECIAL

dos estudantes de dialogar, de reconhecer as diferenças, de buscar pontos em comum e de descobrir formas de agir frente aos desafios. Com as crianças, a empatia pode ser introduzida com os gestos, as falas e a postura do adulto. “Estamos falando do vínculo com o outro: de sentir-se compreendido em seus medos e em suas necessidades, angústias, dúvidas e capacidades. Aos poucos, os educadores podem ajudar as crianças a observarem e a aprenderem as suas formas de sentir e as de seus colegas. Durante toda a infância o brincar possibilita esse enxergar por outros ângulos e a adotar novas formas de compreender, de sentir e de agir sobre o mundo”, exemplifica ela. O trabalho em equipe é outra forma de cultivar e aprender empatia, segundo a especialista, que também sugere que a escola extrapole os “seus próprios muros”, “Levar os estudantes a conhecer, a sentir e a buscar em conjunto soluções para os desafios da comunidade, do bairro, da cidade e sair da zona de conforto do que é conhecido, é fundamental para o cultivo da empatia”, afirma. Leslie Holmer, psicóloga clínica infantil e especialista em Neuropsicologia e em Intervenção Precoce (Modelo Denver), ressalta que o processamento das emoções, a capacidade de empatia e a de seguir regras são habilidades fundamentais para o desenvolvimento de interações sociais satisfatórias. Além da escola, as famílias também têm um papel fundamental neste desenvolvimento. “Os pais precisam ensinar aos filhos desde cedo a importância de se colocar no lugar do outro, de seguir regras sociais e de tolerar as frustrações. A escola também pode ajudar no desenvolvimento de habilidades sociais, contudo o maCrianças podem exercitar a empatia através dos gestos, das falas e da postura do adulto

nejo assertivo é fundamental”, pondera ela. “A escola pode fomentar espaços de diálogos com os pais que extrapolem o olhar sobre os seus próprios filhos, que reflitam sobre os desafios de educar e sobre as novas formas de relacionarem-se, etc.”, complementa Raquel.


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EXERCÍCIO DE EMPATIA O Colégio Farroupilha desenvolve uma série de atividades pedagógicas com os níveis de ensino para trabalhar a convivência escolar. Em 2017, no Dia Mundial de Combate ao Bullying, a escola inspirou-se no projeto internacional “A Mile in My Shoes” e promoveu a exposição “Em seu lugar”. Os estudantes do Ensino Fundamental – Anos Finais e os do Ensino Médio foram convidados a exercitar a empatia a partir da escuta de um áudio sobre um fato marcante na vida de alguém. Ao todo foram 20 relatos que abordaram bullying e convivência na escola, preconceito racial, superação de doença na família, diagnósticos de enfermidades, experiência da maternidade, etc. Após a escuta individual do relato, um professor fez a mediação de uma conversa com a turma sobre as percepções de cada um. Alguns relatos também foram levados para as salas de aula do Ensino Fundamental – Anos Iniciais. “Olá! Meu nome é Rafaela Ungaretti, tenho 19 anos e sou ex-aluna do Colégio Farroupilha. Estou aqui para relatar uma história da minha vida, uma história que me arrepio ao contar, uma história de onde minha vida verdadeira se inicia; parece que tudo ao meu redor passou a fazer sentido”. É assim que começou o relato de Rafaela, formada em 2015 na escola. Aos 17 anos, ela foi diagnosticada com Síndrome de Wolfram, doença neurodegenerativa rara. “Eu sabia que algo errado acontecia dentro de mim, mas eu não sabia o que era, nem o porquê eu

Ex-aluna deu o seu depoimento na exposição “Em seu lugar”


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ESPECIAL

tinha essa impressão e muito menos como resolver aquela situação”, descreveu ela. Em maio de 2016, ela viajou aos Estados Unidos e visitou o Centro de Pesquisas da Washington University, onde conheceu o pesquisador Fumihiko Urano e a fundadora da The Snow Foundation, Stephanie Snow. De volta a Porto Alegre, Rafaela criou o projeto Wolfram Inside, um site que reúne informações sobre a doença. O projeto fez um ano em 2017 e, atualmente, também arrecada fundos para ajudar pacientes que não têm condições de realizar tratamentos ou pagar consultas médicas. “Hoje a minha vida é este projeto. Tenho ele como motivação e inspiração. A Síndrome de Wolfram pode até ser uma sombra terrível que me acompanha, mas foi ela que me trouxe os maiores ensinamentos para a minha vida”, concluiu o relato. Rafaela afirma que fazer parte da exposição “Em seu lugar” trouxe um sentimento de gratidão por saber que ela pode ajudar outras pessoas e fazer a diferença. “Muitas lembranças de momentos vieram no meu pensamento, momentos no Colégio Farroupilha que me fizeram crescer como pessoa e que contribuíram para a criação do meu projeto”.

OLHAR PARA O PRÓXIMO Uma ideia pensada em 2016 pela ex-aluna Marcella Cesa Bertoluci tornou-se realidade duas vezes em 2017. Sensibilizada com as crianças e adolescentes que vivem em casas de passagem da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Marcella, que se formou no ano passado, conseguiu o apoio do Colégio Farroupilha para realizar o Missão e Diversão. A primeira edição aconteceu no mês de junho e reuniu 18 crianças e adolescentes, dos oito aos 17 anos, e 22 adultos que têm Marcella (ao centro) viabilizou duas ações relacionadas à adoção de crianças e adolescentes

interesse em adoção. Deste primeiro encontro, quatro crianças foram adotadas por dois casais. “Meu marido e eu viemos abertos ao primeiro encontro. E na


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verdade essa ligação foi muito rápida. Foi amor à primeira vista”, contou Graziela Souza, que se tornou mãe de uma menina de nove anos e de um menino de 13. Ela e o marido estavam há seis anos habilitados para adotar uma criança de até três anos de idade. A segunda edição do evento aconteceu no mês de novembro e teve como lema “O destino não é tão importante quanto a jornada”. Cerca de 35 crianças e 40 adultos passaram uma tarde envolvidos com diferentes brincadeiras. Atualmente, em Porto Alegre, há 220 crianças habilitadas para adoção e cerca de 500 famílias para adotar, mas é justamente o descompasso entre o perfil indicado pelos habilitados para adotar e o perfil das crianças e adolescentes prontos para uma nova família que torna a espera longa. “Eu tenho certeza que esse é um evento que vai dar origem a muitos outros e que a gente vai conseguir sensibilizar os participantes de que é possível adotar uma criança mais velha ou um adolescente e, com isso, diminuir tanto o número de pessoas que esperam por uma criança, quanto o número de crianças e adolescentes que estão nas instituições aguardando uma nova família”, opinou Marcelo Mairon Rodrigues, juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude de Porto Alegre.

MAIS AÇÕES PARA 2018 Para este ano, diferentes atividades serão desenvolvidas com todos os estudantes. Na Educação Infantil, por exemplo, os pequenos do Berçário já começam a participar de ações voltadas à convivência escolar, como brincadeiras, jogos coletivos e contação de histórias, envolvendo amizade e outros sentimentos. A programação segue com as crianças do Nível 1 ao 5 e envolve, ainda, rodas de conversas, construção das combinações da turma, culinária do biscoito da amizade, exploração de histórias, atividades de expressão criadora, reuniões sistemáticas com a turma, assembleias escolares e autoavaliação.


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ESPECIAL

Níveis de ensino organizaram novas ações para este ano

No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, todas as turmas do 1º ao 5º ano realizam as assembleias escolares, para discutir assuntos pertinentes ao universo de vivências no ambiente escolar, e também atividades relacionadas aos sete hábitos do programa “O Líder em Mim”. Além disso, as turmas do 1º ano farão um trabalho para uma boa convivência, com a apresentação do Código de Convivência Lúdica do colégio, e participarão do Projeto Literários, que consiste na contação de histórias sobre relacionamento, amizade e companheirismo. Os estudantes do 2º ano também estarão envolvidos no projeto Literários e trabalharão com os livros “A centopeia que pensava”, “Trudi e Kiki” e “O recreio da bicharada”. Nos 3º e 4º anos o trabalho será sobre as habilidades sociais, especialmente a civilidade, a empatia e a assertividade, e envolverá jogos, vídeos e dinâmicas. Para os 5º anos, o foco será o meio virtual. As turmas receberão o Guia de Postura nas Redes Sociais e terão orientações sobre ética e segurança digital. Os estudantes participarão, ainda, de atividades de prevenção ao bullying e visitarão instituições sociais de Porto Alegre.


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Já nos Anos Finais, será desenvolvido com os estudantes dos 6º e 7º anos um projeto com encontros sistemáticos com foco no desenvolvimento de habilidades socioemocionais, que envolverá debates, pesquisas, jogos e análises de trechos de filmes, como Divertidamente, Emoji e Extraordinário. Além de curtas que trabalham as relações interpessoais e redes sociais. O projeto prevê, ainda, a leitura dos livros “Bullying sem blá-blá-blá”, com os 6º anos, e “O Lar da Senhorita Peregrine para crianças peculiares”, para os 7º anos. Nos 8º e 9º anos, a convivência seguirá sendo trabalhada nas relações de grupos e na reflexão sobre escolhas e influências, com foco maior no protagonismo. Todo o início de ano letivo no Ensino Médio é marcado por atividades de recepção e integração das turmas. O nível de ensino seguirá com o Conselho Participativo, momento no qual o Serviço de Orientação Educacional (SOE) e o professor representante da turma conversam com os estudantes para mapear pontos que merecem destaque no trimestre em questão, desafios encontrados pela turma e sugestões de melhoria. “Tem se mostrado uma ferramenta muito interessantes, que permite um exercício importante de autonomia, empatia e melhoria da convivência escolar”, explicou a psicóloga educacional, Lisiane Alvim Saraiva. Para 2018, também estão previstos a continuidade de alguns projetos de disciplinas específicas, que promovem a reflexão e a ação “Café do GEF”, idealizado pelo Grêmio Estudantil Farroupilha, que em 2017 realizou encontros para debater a respeito do impacto das redes sociais. A ideia é que as edições contemplem os estudantes dos Anos Finais e do Ensino Médio, com temáticas adaptadas a cada faixa etária.

DICAS DE LIVROS SOBRE EMPATIA:

Harvey – Como me Tornei Invisível Autor: Hervé Bouchard

Errar Faz Parte, Perdoar Faz Bem: Ensinando Crianças a Desenvolver Compaixão Autoras: Aline Henriques Reis e Carmem Beatriz Neufeld

O Poder da Empatia A Arte de Se Colocar No Lugar do Outro Para Transformar o Mundo

UnSelfie: Why Empathetic Kids Succeed in Our AllAbout-Me World

Autor: Roman Krznaric

Autora: Michele Borba


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DESTAQUE

160 anos UMA HISTÓRIA DE

Associação Beneficente e Educacional de 1858 (ABE 1858) terá um ano de comemorações e atividades especiais Dois mil e dezoito marca uma data importante na história do Colégio Farroupilha: os 160 anos de sua mantenedora, a Associação Beneficente e Educacional de 1858. A ABE 1858 foi a responsável pela construção do prédio administrativo do colégio em 1974; pelo Centro Cultural e Esportivo em 1994; pelo Berçário e Maternal Farroupilha em 1993; pelo Memorial em 2002; pela Unidade Correia Lima em 2006; e pela mudança da Unidade Administrativa para a sede atual na

Prédio do Colégio Farroupilha no bairro Três Figueiras foi inaugurado em 1962

rua Balduíno Roehring, 200.


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Alemães chegaram ao Rio Grande do Sul em 1824

Nos seus primeiros anos de existência, a ABE teve como foco a orientação aos imigrantes, sejam em relação ao mercado de trabalho em Porto Alegre ou em alguma das colônias gaúchas, ou em orientações sobre legislação e assistência. Com a criação do Farroupilha, em 1886, a Associação transformou-se em uma entidade voltada exclusivamente para a excelência em educação, oferecendo serviços diferenciados e qualificados. Essa filosofia é aplicada nas duas unidades: Correia Lima e Três Figueiras.

A VINDA DOS ALEMÃES PARA O RIO GRANDE DO SUL Em 1824, chegavam os primeiros alemães ao Estado e com eles iniciava também a criação de instituições, a elaboração de uma cultura original, a construção de interpretações sobre ela e sobre sua integração à sociedade brasileira. Alguns alemães, porém, atuavam em espaços específicos, como na política partidária, na vida religiosa das comunidades integrantes e em associações de beneficência, como os “Brummers”, mercenários contratados pelo Império Brasileiro em 1851. “Da ação dos Brummers decorre o surgimento de um ‘Vereinswesen’ (mentalidade associativa) na colônia teuta. Foram eles os primeiros a trabalhar pela propagação e fomento das diversas formas associativas que surgiram entre o elemento germânico”, explicou a responsável pelo Memorial do Farroupilha, Alice Rigoni Jacques. É a partir desta mentalidade associativa que surge, no dia 21 de março de 1858, o “Deutscher Hilfsverein”, a Sociedade Beneficente Alemã/Associação Beneficente e Educacional de 1858, entidade filantrópica fundada por comerciantes alemães e um jornalista de Porto Alegre, para dar amparo, assistência social, colocação de empregos e orientação profissional aos imigrantes alemães e seus descendentes. Como não havia sede própria para as reuniões da Sociedade, os encontros aconteciam na Sociedade Germânia.


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DESTAQUE

O INÍCIO DE UMA ESCOLA Preocupados com a educação dos seus filhos, muitos imigrantes alemães abriram escolas étnicas, como foi o caso da Sociedade Beneficente Alemã que, em 1886, inicia as suas atividades em salas alugadas nas dependências da Comunidade Evangélica. Com o nome de “Knabenschule des Deutschen Hilfsverein” (Escola de Meninos da Escola da Sociedade Alemã), contava com 70 meninos, um diretor e dois professores. Nove anos se passaram até o surgimento da sede própria, em 1895, conhecida como Velho Casarão, na atual Avenida Alberto Bins, no centro de Porto Alegre, onde se localiza o prédio do Hotel Plaza São Rafael. O caráter pioneiro sempre esteve à frente da história da ABE. Reconhecendo que as meninas também deveriam ter uma formação escolar, em 1904 a Sociedade Alemã fundou a “Mädchenschule” (Escola de Meninas), nas salas alugadas da Comunidade Evangélica, com cinco séries e 159 meninas. “Foi algo inovador por apresentar a modalidade das turmas mistas, algo que nas escolas ainda não acontecia, principalmente nas escolas religiosas católicas”, apontou Alice. Já em 1929, um novo passo inovador foi dado: o Kindergarten, criado em 1911, passou a ser administrado pela Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas. “A criação do Jardim de Infância foi uma ação pioneira da Sociedade Alemã (ABE)”, relembrou Alice. No mesmo ano, o então diretor Kramer sugeriu a formação das turmas mistas, com meninos e meninas, e a escola passou a ser identificada com o nome de Deutschen Hilfsvereinssche.

Centro de Porto Alegre foi o bairro que recebeu o primeiro prédio do Farroupilha


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Estudantes dos 1º e 2º anos ginasiais de 1937

GINÁSIO TEUTO-BRASILEIRO FARROUPILHA Com a evolução da instituição e as necessidades da comunidade, o diretor Kramer cogitou instituir, em 1936, o Ginásio Teuto-Brasileiro Farroupilha, em homenagem ao Centenário da Revolução Farroupilha, à nova ordem política, às mudanças de currículo e à adoção da orientação dos ginásios brasileiros. O golpe de Estado, em 1937, que culminou no Estado Novo, trouxe algumas altera-

Colégio auxiliou no desenvolvimento do bairro Três Figueiras

ções na escola, muito em função da campanha de nacionalização nas escolas e sociedades étnicas. Em 1942, o Ginásio Teuto-Brasileiro Farroupilha teve a sua denominação simplificada para Ginásio Farroupilha. Além disso, em outubro de 1940, a Sociedade Alemã realizou uma assembleia geral para aprovar Estatutos, adequar ao novo idioma e mudar de denominação. Depois de 82 anos, a Sociedade Beneficente Alemã seria chamada de Associação Beneficente e Educacional de 1858. O funcionamento do curso colegial, com três ciclos, foi concedido pelo Ministério da Educação e Saúde em 19 de dezembro de 1949.

UM NOVO BAIRRO NASCE COM O FARROUPILHA A Sociedade Alemã comprou uma chácara no Caminho do Meio, atual avenida Protásio Alves, em 1928. Durante muitos anos, o local foi usado como a Sede Campestre da escola, onde as famílias passavam os finais de semana fazendo piquenique e atividades de lazer. Em 1953, o loteamento adquirido já contava com rede elétrica e o bairro, então, começava a se desenvolver. O então presidente da ABE, Egon Renner, decidiu, em 1956, construir o novo prédio da escola no local. O projeto previa três pavilhões, destinados aos cursos Primário, Ginasial e Colegial e aos serviços de administração escolar, dois salões de ginástica, um auditório, Jardim de Infância e pátios. A obra iniciou em 1959 e foi inaugurada em 1962. De lá para cá, muitos investimentos foram realizados pela ABE, como melhorias na infraestrutura das duas unidades, construção do novo prédio da Unidade Três Figueiras e apoio no desenvolvimento de projetos pedagógicos.


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DESTAQUE

ESTREITANDO OS LAÇOS ESCOLARES Dentro das comemorações pelos 160 anos da Associação Beneficente e Educacional de 1858 (ABE 1858), uma das ações especiais será o lançamento do Programa Alumni. O objetivo é construir uma rede de relacionamento entre os ex-alunos da escola.

POR ONDE ANDA? A cada edição da Revista Farroupilha, traremos um breve bate-papo com alguns ex-alunos do Farroupilha. A ideia é mostrar as lembranças da escola e o que estão fazendo. Se você deseja participar, basta enviar as respostas das perguntas para o e-mail comunicacao@colegiofarroupilha.com.br com uma foto atual e, se

Nome completo: Eduarda Streb de Souza

possível, uma foto da sua época de estudante!

Período em que estudou no Colégio Farroupilha: “Sou da turma de formandos de 1989. Entrei em 1983, na 5ª série”. Melhor lembrança do colégio: “O Bar do Zé, para sempre, com família e amigos”. Educador(a) marcante: “Vários. Mas a Professora Adenir, de Música, mora no meu coração. Temos contato até hoje”. O que faz atualmente? Jornalista. “Depois de trabalhar por 20 anos na RBSTV/TV Globo como repórter e apresentadora, abri minha empresa de Assessoria de Imprensa (Eduarda Streb Comunicação). Também apresento eventos e faço palestras sobre #AHORADAVIRADA”. Onde mora? Porto Alegre

COMEMORAÇÕES AO LONGO DE 2018* De março a dezembro, a comunidade escolar está convidada para uma série de eventos e atividades especiais em comemoração aos 160 anos da ABE 1858. • Lançamento do Programa Alumni: rede de relacionamento entre ex-alunos; • Exposição itinerante com fotos e lembranças sobre a história da ABE; • Corrida Comemorativa com percurso entre o Velho Casarão e o Colégio Farroupilha; • Versão comemorativa do evento Inteligência Coletiva; • Teatro Iluminado: momento de confraternização no campão do colégio. * as datas serão confirmadas e divulgadas ao longo do ano através dos diferentes canais de comunicação da escola.


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Nome completo: Karolaine Debastiani Pereda Período em que estudou no Colégio Farroupilha: “Entrei em 2005, no 2º ano do Ensino Fundamental, e concluí o Ensino Médio em 2014”. Melhor lembrança do colégio: “É difícil escolher apenas uma. Como cresci no Colégio Farroupilha, quase todas as minhas lembranças dessa época envolvem o colégio. Mas acho que a experiência de participar como presidente do Grêmio Estudantil foi incrível, aprendi muito com isso sem dúvida”. Educador(a) marcante: “O professor Antônio Cimirro, que era treinador do time feminino de futebol quando eu jogava”. O que faz atualmente? Estuda Gestão, na Universidade da Beira Interior. Onde mora? Covilhã, Portugal.

Nome completo: Carlos Augusto Daltro Pessoa de Brum Período em que estudou no Colégio Farroupilha: “De 1992 até 2004”. Melhor lembrança do colégio: “Escrever e desenhar histórias em quadrinhos com os colegas na biblioteca!”. Educador(a) marcante: “Todos de português, literatura, filosofia e história, minhas matérias preferidas, e a professora Cleusa Beckel, que realizou com nossa turma o projeto ‘Também somos autores’”. O que faz atualmente? Escreve e ilustra livros. “Fundei a Br1 Editores em 2004, quando cursava a 3ª série do Colégio, e hoje conto com 47 títulos publicados. Participo de eventos literários e feiras de livro, especialmente de escolas, conversando com os jovens sobre a importância da literatura e sobre como é divertido se expressar através da arte”. Onde mora? Porto Alegre


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DESTAQUE

NOVOS AMBIENTES PARA APRENDER Diferentes espaços receberam melhorias durante as férias escolares

É no período de férias que o Colégio Farroupilha transforma-se em um canteiro de obras e prepara-se para receber os estudantes para mais um ano letivo. Desde o final das aulas, em dezembro, diferentes espaços foram revitalizados e transformados para as necessidades pedagógicas. A Biblioteca principal foi totalmente remodelada: ganhou mobília nova, espaços alternativos para leitura e duas salas para estudos em grupo. Os computadores de mesa foram substituídos por equipamentos móveis, facilitando a pesquisa em diferentes configurações. Já a Biblioteca Kids, voltada para atividades da Educação Infantil e dos primeiros anos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, foi integrada à Biblioteca. A “Hora do Conto”, atividade de contação de histórias, agora possui um espaço próprio, com acesso independente. Para atender às necessidades do projeto de Educomunicação do Farroupilha, o Conexão Farroups, foi criado um Laboratório Multimídia. O local conta com toda a estrutura necessária para que os estudantes desenvolvam diferentes conteúdos de comunicação, como equipes de audiovisual, computadores com software de edição e parede com “fundo infinito”, além de tratamento acústico específico. Já os laboratórios de Física e de Matemática foram integrados e ganharam um espaço com mobiliário flexível que permite diferentes configurações de trabalho, atendimentos individualizados, em grupo e de turma inteira. Para as famílias que quiserem esperar os filhos com mais conforto e segurança, o estacionamento passa a contar com um lounge, um espaço climatizado, com conexão wifi, tomadas, café e água, sanitário e locais para descanso.


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OBRAS AVANÇADAS DO NOVO PRÉDIO A construção do prédio de 3.400 m² do colégio segue em ritmo acelerado. A estrutura em concreto pré-moldado já foi concluída, assim como a nova Recepção da Rua Mathias José Bins. O espaço, previsto para ser entregue em janeiro de 2019, terá quatro andares e abrigará salas de aula e salas multidisciplinares, além de Pátio no térreo e de espaço coberto para atividades esportivas. Todos os andares terão acesso via escada e elevador, destinado às pessoas com dificuldade de locomoção, banheiros feminino, masculino e para pessoas com deficiência. Para melhor utilização dos recursos naturais, o prédio contará com telhado verde e brises nas fachadas, resultando em conforto térmico. Haverá também um sistema de reaproveitamento de água da chuva.


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DESTAQUE

MINICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL As crianças da Educação Infantil poderão, a partir deste ano, vivenciar diferentes situações do cotidiano em uma cidade adaptada aos seus tamanhos. Localizada no Pátio do prédio dos Níveis 4 e 5, a minicidade é um espaço para colocar em prática diferentes conteúdos de habilidades de forma lúdica. As turmas poderão circular por uma rua sinalizada e por algumas construções, como residência, petshop, salão de beleza, clínica médica e mercado. A coordenadora da Educação Infantil, Cleusa Beckel, destacou que as atividades terão como foco o empreendedorismo em situações como a educação financeira, o trânsito, o cotidiano familiar e o desenvolvimento de lideranças. “O projeto Minicidade tem por objetivo propiciar que as crianças vivenciem situações de aprendizagem, interagindo e construindo conhecimentos por meio de práticas do cotidiano, favorecendo o desenvolvimento das múltiplas linguagens. Brincando, elas estarão exercendo sua cidadania, abrindo espaço para a imaginação e a fantasia em um ambiente rico em novas descobertas, interações e reflexões entre o real e o simbólico”, complementou.


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CONFIRA AS OUTRAS MELHORIAS REALIZADAS DURANTE AS FÉRIAS:

Sala de Recreação dos Anos Iniciais: ganhou novo mobiliário e uma intervenção que integra ao Pátio; Recepção da Educação Infantil (Níveis 4 e 5): foi ampliada e ganhou catracas de acesso

Centro Cultural e Esportivo: salas remodeladas, arquibancadas com novos

Salas de aula do 3º andar: troca de piso,

assentos e piso do Ginásio Inferior substituído

adesivos novos e subsituição do quadro convencional por uma “parede-quadro”. Refeitório do Berçário: passou por um tratamento acústico para melhorar o convívio das crianças no ambiente; Salas do Full Day: ganhou novo mobiliário, adaptado para as crianças que fazem o turno inverso; Murais dos andares: no primeiro e segundo andares, os estudantes contam com novos murais para divulgação de informações e trabalhos, nos mesmo moldes dos murais do terceiro andar;

Sala dos Educadores: remodelação dos

Unidade Correia Lima: pintura nova, substituição da

espaços de pesquisa e de descanso;

cerca de perímetro e novas classes.


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DESTAQUE

ESPAÇOS QUE COMPLEMENTAM A SALA DE AULA Laboratórios de Aprendizagem do Farroupilha possibilitam a interação com materiais específicos voltados à execução de atividades práticas Utilizados para a qualificação do estudo e esclarecimento de dúvidas escolares, os Laboratórios de Aprendizagem do Colégio Farroupilha – Física, Química, Biologia, Português, Matemática, Geografia, História e de Aprendizagem estão tornando-se um espaço que consegue envolver todos os estudantes, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Como possuem materiais específicos, os professores e auxiliares de ensino que atuam nos laboratórios desenvolvem atividades práticas com as turmas, permitindo que o que é aprendido em sala de aula complemente-se. Uma das principais frentes dos laboratórios são os Estudos de Apoio à Aprendizagem, que auxiliam estudantes no esclarecimento de dúvidas de assuntos trabalhados em sala de aula e na orientação de resoluções de exercícios. As monitorias são realizadas individualmente ou em pequenos grupos, sempre no turno inverso ao da aula. “Geralmente, sabemos as dúvidas deles no momento em que sentamos juntos. Contudo, há casos em que eles agendam por querer aprofundar algum assunto de interesse, seja por afinidade, curiosidade ou neces-


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sidade. O procedimento mais comum no momento do atendimento é sondar os seus conhecimentos e buscar os pontos frágeis, nos quais os conceitos estão ausentes ou inconsistentes”, explicou o professor do Laboratório de Biologia, Christian Sperb. O Laboratório de Matemática, por exemplo, implementou a monitoria há dois anos com a 3ª série do Ensino Médio. Atualmente, o projeto já envolve os estudantes do 9º ano e da 1ª série. Uma vez por semana, em horário específico, os colegas ajudam-se na revisão de conteúdos, supervisionados pelos professores e auxiliares. “Eles têm uma carga horária mínima para cumprir durante o ano e são certificados para isso”, explicou a professora Alessandra Faria Dornelles.

EXPERIÊNCIA QUE VAI ALÉM DA REVISÃO DE CONTEÚDOS O entendimento de um conteúdo fica muito mais fácil quando ele é colocado em prática. Além das monitorias, os laboratórios desenvolvem, regularmente, oficinas e exercícios práticos com as turmas de todos os níveis de ensi-

permitiu que um grupo participasse da Asia International Mathematical Olympiad (AIMO), na Malásia. “Os laboratórios não devem ser vistos como um local apenas para aqueles que têm dificuldades. Queremos envolver todos e, para isso, temos que ter atividades para todos os públicos”, afirmou o auxiliar de ensino Renan Petter Quadros.

no, além de outros projetos. Somente

O professor do Laboratório de Física,

em 2017, o Laboratório de Matemática

Gentil Bruscato, destacou que as ofi-

ministrou 60 atividades diferentes,

cinas práticas usam como estratégia

muitas em parceria com o Setor de

de trabalho o alinhamento com os

Tecnologia Educacional (TE), que dispo-

objetos do conhecimento aprendidos

nibiliza a plataforma Mangahigh para

em sala de aula. “Esta estratégia tem

trabalhar a disciplina com as turmas

se mostrado positiva no desenvolvi-

dos 5os e 6os anos. Já o Projeto Olim-

mento das habilidades e competên-

píadas é considerado pela equipe do

cias, tanto curriculares como socioe-

Laboratório o maior deles, pois, a cada

mocionais, uma vez que, via de regra,

ano, sua adesão aumenta. No ano

os estudantes realizam as práticas

passado, 350 estudantes participaram

em grupo, promovendo a interação

da Olimpíada Internacional Matemá-

social, o trabalho colaborativo, o de-

tica Sem Fronteiras (MSF), e uma das

senvolvimento de habilidades moto-

equipes conquistou o Ouro, feito que

ras, entre outras”, acrescentou.

Laboratórios realizam atividades e oficinas para todos os níveis de ensino


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DESTAQUE

ATITUDES EDUCAM Convenção de Educadores abriu a programação da Semana de Formação Docente

Dando continuidade à campanha #To-

e o coração: somos todos educadores

dosSomosEducadores,

em

nessa missão”. Em sua fala, o especia-

2017, com o objetivo de valorizar o papel

lista destacou que Aristóteles já dizia

de cada um dos profissionais da escola

que “educar a mente sem educar o co-

na educação do estudantes, a Sema-

ração não é educação”. É preciso, ainda,

na de Formação Docente 2018 iniciou

que a escola desenvolva integralmente

com a Convenção de Educadores. O

o estudante, com uma educação que

tema deste ano foi “Atitudes educam” e

seja capaz de preparar os estudantes

buscou destacar que, independente do

não apenas para irem bem na vida

setor ou nível de ensino, todos os edu-

escolar mas também para serem cida-

cadores que atuam no Colégio Farrou-

dãos responsáveis, solidários e éticos

pilha são fundamentais no processo de

em suas atitudes e crenças.

ensino e aprendizagem. São os peque-

Furtado lembrou das dez competên-

iniciada

nos exemplos e as pequenas atitudes, como cuidar dos espaços da escola, colaborar e ter empatia, que fazem a diferença na vida da comunidade escolar. Todos os educadores receberam um kit de boas-vindas, contendo uma camiseta com o tema da Conveção e uma garrafinha com infusor.

cias da Base Nacional Comum Curricular (BNCC): conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, comunicação, argumentação, autonomia e responsabilidade, cultura digital, autoconhecimento e autocuidado, empatia e cooperação, autogestão e repertório cultural. “E como a escola vai desen-

A diretora pedagógica Marícia Ferri re-

volver as competências socioemocio-

cebeu os educadores e o diretor admi-

nais se a família também faz isso?”,

nistrativo, Milton Fattore, contou sobre

questionou o professor. Para ele, as

as melhorias feitas durante as férias

duas são instituições educadoras, que

escolares (saiba mais nas páginas 36 a

ensinam e educam em contextos dife-

39). Logo após, o professor de Geografia

rentes. Enquanto que a família educa

e consultor em educação Júlio Furtado

visando à formação de uma perso-

ministrou a palestra “Educar a mente

nalidade sólida no campo individual,


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a educação da escola é coletiva, do “todo mundo junto”. “O desenvolvimento integral depende de competências

OUTROS DESTAQUES Realizada entre os dias 14 e 16 de

A atividade foi coordenada pelo setor de Tecnologia Educacional (TE).

fevereiro, a Semana de Formação

Os professores dos Anos Finais fo-

Docente contou com atividades de

ram divididos em dois grupos para o

planejamento, reuniões e organiza-

workshop Cultura de Inovação, nome

ção dos espaços para receber os es-

da disciplina que fará parte do currí-

tudantes no início do ano letivo. Além

culo das turmas dos 6º e 7º anos em

A escola do século XXI tem que ser um

disso, os auxiliares da Educação In-

2018 (saiba mais na página 44). A psi-

lugar de aprender a conhecer, a fazer,

fantil participaram de três workshops:

cóloga e pesquisadora Carolina Lisboa

a ser e a conviver. Sendo assim, a ins-

Higienização de Mãos, com a enfer-

foi a convidada da palestra “Questões

tituição de ensino precisa desenvolver

meira do Ambulatório Escolar, Renata

socioemocionais no desenvolvimento

alguns comportamentos com os estu-

Endres, Manuseio de Alimentos, com

do adolescente” para os professores

dantes, como a abertura à experiên-

a nutricionista do colégio, Joseane

dos Anos Finais e do Ensino Médio. A

cia, a conscienciosidade (organização

Mancio, e Práticas cotidianas da Edu-

especialista destacou algumas carac-

e responsabilidade), a amabilidade e

cação Infantil, com a coordenadora

terísticas dos estudantes nesta fase,

a cooperatividade, a extroversão e a

da Educação Infantil, Cleusa Beckel.

e deu dicas aos educadores.

estabilidade emocional. Além disso, a

Com os monitores e educadores de

escola deve contribuir para o desenvol-

diferentes setores do colégio, foi re-

vimento da autonomia social, ou seja,

alizado o workshop Necessidades

formar cidadãos capazes de viver em

Educacionais Especiais, ministrado

sociedade de forma participativa, com

pela psicóloga educacional dos Anos

valores morais básicos. “Valores são

Iniciais, Diana dos Santos, e pela pro-

princípios revestidos de afetividade.

fessora de Atendimento Educacional

Desenvolvemos valores a partir dos

Especializado, Berenice Moresco. Já

princípios morais. Eles se transformam

as professoras dos Anos Iniciais tive-

em valores quando observamos o outro

ram contato com o projeto “Everyone

valorizando esses princípios. E a escola

can Code”, desenvolvido pela Apple e

tem que ser um espaço de vivências”,

cujo objetivo é ensinar a linguagem

concluiu.

da programação em todas as idades.

cognitivas e socioemocionais. A educação não é só feita daquilo que está escrito nos livros, mas da atitude que a criança tem na vida”, afirmou.


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DESTAQUE

DISCIPLINA MÃO NA MASSA Estudantes dos 6º e 7º anos passam a ter no currículo aulas de Cultura de Inovação

A matriz curricular do 6º ano e do 7º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais ganhou mais uma disciplina em 2018: Cultura de Inovação, cujo principal objetivo é a aprendizagem mão na massa. A ideia é estimular o empreendedorismo e valorizar a investigação, a prática e a experimentação. As aulas acontecem quinzenalmente, com uma hora e quarenta minutos de duração, no Espaço Maker. O local oferece diversas ferramentas de prototipagem que permitem a construção de projetos feitos pelos estudantes, usando a tecnologia para exercitar a criatividade, a invenção, a imaginação e a autonomia. Dentro do contexto da cultura maker, que busca um aprendizado que privilegia o fazer, o construir e o significar, os estudantes serão estimulados a desenvolver a habilidade de inovação por meio da exploração de três perfis: o maker, o designer e o empreendedor. “O perfil maker pressupõe explorar tecnologias e criações, buscando entender como funciona o mundo ao seu redor. Já o designer vai lidar com sistemas complexos e propor soluções para ajudar as pessoas. Por fim, o empreendedor testa rapidamente as suas ideias para corrigir erros e aprender a melhor forma de concretizar suas criações. O encorajamento à perseverança, à comunicação, ao trabalho em equipe e à colaboração, que somado à experimentação, às diversas possibilidades de caminhos e à compreensão dos erros, torna-se marca do processo criativo nas dinâmicas maker”, explicou a coordenadora dos Anos Finais, Rafaella Perrone.


Jantar Baile da ABE 1858

Banda: Blue Jeans

(antiga On the Rocks)


Nós acreditamos em uma educação para o mundo. Porque tudo que a gente cria, cria o mundo de volta.

CADA UM DO SEU JEITO. HOJE.


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