Boletim de Conjuntura Econômica CMC - 3º Trimestre/2016

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2016 CMC Conjuntura e Mercados Consultoria

BOLETIM DE CONJUNTURA ECONร MICA

3ยบ TRIMESTRE Julho - Setembro

Ano 1 - nยบ 3 - Outubro/2016


Sumário

Outubro/2016

Apresentação

3

Sumário Executivo

4

Macroeconomia

5

Setorial

7

Regional

9

Valuation

10

CMC


Apresentação

CMC Expediente:

O Boletim de Conjuntura Econômica é uma publicação da Conjuntura e Mercados Consultoria (CMC) que apresenta uma análise conjuntural do último trimestre nas áreas de Macroeconomia, Setorial, Regional e Valuation. Sob diferentes enfoques, o material traz uma análise diferenciada do atual quadro econômico do país, utilizando-se de dados coletados ao longo do último trimestre. Busca-se oferecer à sociedade elementos que contribuam para um maior entendimento do quadro conjuntural da economia, a partir de uma linguagem simples e acessível a qualquer cidadão. Desse modo, o principal objetivo do Boletim de Conjuntura Econômica é trazer um panorama completo da economia brasileira, a fim de contribuir para o conhecimento público. O Boletim de Conjuntura Econõmica pertence ao projeto de extenção Conjuntura e Mercados Consultoria (CMC) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A reprodução do conteúdo publicado neste informativo é permitida desde que citados os nomes dos autores, a fonte Boletim de Conjuntura Econômica CMC e a devida data de publicação.

Boletim de Conjuntura Econômica Conjuntura e Mercados Consultoria Ano 1| Número 3 | Julho - Setembro | Outubro 2016 Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Reitor Prof. Dr. Marcus Vinícius David Vice Reitora Profa. Dra. Girlene Alves da Silva Pró-Reitora de Extensão Profa. Dra. Ana Lívia de Souza Coimbra Faculdade de Economia (UFJF) Diretor Prof. Dr. Lourival Batista de Oliveira Júnior Chefe de Departamento Prof. Dr. Eduardo Gonçalves

Conjuntura e Mercados Consultoria - CMC Orientadora Geral Fernanda Finotti Cordeiro Perobelli Professores Orientadores Admir Antônio Betarelli Jr. Fernanda Finotti Cordeiro Perobelli Fernando Salgueiro Perobelli Wilson Luiz Rotatori Corrêa Apoio Administrativo Lourdes Vieira Pinto da Silva Boletim Macroeconomia Matheus Martinez de Carvalho Boletim Setorial Matheus Lily Serrão Dilon Kamilla Menezes Avelar Apolo Reis Bezerra Boletim Regional Inácio Fernandes Araújo Junior Leandro Venâncio Pereira Joyce Aparecida Guimarães Silva Ramon Goulart Cunha Boletim Valuation Bruno Perry Barbosa Idala Carolina Carvalho Alves Vinícius Farnezi Versiani Edição/Diagramação/Comunicação Pedro Barbosa Capetti Porto

Processos Conjuntura e Mercados Consultoria Proc. 23071.007553/2015-40 Economia nas Escolas Proc. 23071.007554/2015-94 Grupo de Conjuntura Econômica Proc. 23071.007557/2015-28 Endereço para correspondência: Faculdade de Economia - Conjuntura e Mercados Consultoria (CMC) Universidade Federal de Juiz de Fora Rua João Lourenço Kelmer, s/n. Campus Universitário. Bairro São Pedro, Juiz de Fora – MG. BRASIL. CEP 36036330 Telefone: (32) 2102-3552 / (32) 98487-4645 facebook: cmcufjf Email: cmcjr.ufjf@gmail.com Site: cmcjrufjf.wix.com/cmcjr

3| Boletim de Conjuntura Econômica - Conjuntura e Mercados Consultoria | Nº 3 - Outubro 2016


Editorial

CMC

IAEM: Um importante instrumento para tomada de decisões Lourival Batista de Oliveira Jr¹

É com grande entusiasmo que saúdo a criação/implementação do IAEM (Índice de Atividade Econômica Municipal) por parte da CMC que alia produção científica à extensão em nossa unidade. O aludido entusiasmo não é um mero recurso de retórica, mas um real sentimento, na medida em que, a Faculdade de Economia torna letra viva o princípio constitucional da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão na universidade. De fato, a experiência de se criar e produzir com regularidade um indicador econômico da forma como o IAEM está sendo feito é uma rara oportunidade de se observar na prática o princípio em pauta. A experiência é muito interessante: professores-pesquisadores desenvolvendo uma metodologia específica para o entendimento da realidade econômica mineira em um processo de repasse de conhecimentos teóricos-metodológicos-operacionais para os alunos de graduação e pós stricto sensu (com o suporte técnico administrativo muito integrado ao projeto). Destarte, garante-se que a formação de recursos humanos de alto nível seja propiciada aos envolvidos no projeto, assim como, disponibiliza-se à comunidade não acadêmica um importante instrumento para acompanhamento e tomada de decisões econômicas; externalidade positiva desejada e pleiteada pela sociedade mineira. Outro ponto importante é o resgate da tradição desta casa em produzir material para conhecimento regional como o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) dos anos oitenta e o CUB (Custo unitário básico da construção civil) dos anos noventa. Tais produções envolviam professores e discentes engajados em levar dados e informações relevantes para a sociedade, sendo que, a partir destas atividades foram formadas gerações de economistas que hoje estão não só na docência (diversos professores nossos e de outras IES) como atuam no setor público e privado com grande destaque profissional. A última semana de economia talvez tenha sido o melhor atestado de que este tipo de projeto, e o envolvimento dos acadêmicos que ele propicia, trouxe no passado e garante no presente um bem sucedido esforço no sentido de manter a excelência acadêmica. Parabéns! [1] - Diretor da Facudade de Economia/UFJF

4| Boletim de Conjuntura Econômica - Conjuntura e Mercados Consultoria | Nº 3 - Outubro/2016


Macroeconomia

2° tri/14 3° tri/14 4° tri/14 1° tri/15 2° tri/15 3° tri/15 4° tri/15 1° tri/16 2° tri/16

-0,50

-0,68

-1,50

Taxa em %

-2,50 -3,79

-3,50

-4,50 -4,45 -5,50

-5,42 -5,89

-6,50

Fonte: Elaboração própria CMC Jr - IBGE

Gráfico 2 – Índice de preços ao consumidor amplo (IPCA) acumulados em 12 meses 11,00% 10,71% 10,50%

10,00%

9,50%

8,97%

9,28% 9,00% 8,74%

8,50%

8,48%

set/16

ago/16

jul/16

jun/16

mai/16

abr/16

mar/16

fev/16

jan/16

dez/15

out/15

nov/15

8,00%

Fonte: Elaboração própria CMC - Banco Central

Gráfico 3 – Taxa de desocupação (Pnad Contínua) 13,0 11,8 12,0

11,0 Taxa em %

A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo acumulado em 12 meses (gráfico 3), aponta queda no terceiro trimestre. O índice que estava em 8,84% em junho, fechou setembro em 8,48%. A inflação deu uma leve acelerada em agosto (0,44%), mas desacelerou forte em setembro (0,08%), menor taxa nível para setembro desde 1998. A expectativa do Boletim Focus para o IPCA acumulado em 12 meses para 2016 é de 7,04%, fora da meta do Banco Central que para 2016 é de 4,5% ± 2 p.p., e para 2017 é que fique em 5,1%, que ficaria dentro da meta que para 2017 é de 4,5% ± 1,5 p.p.

9,32%

9,49%

set/15

O IBC-Br é utilizado como indicador em número índice para balizar as expectativas no sentido, positivo ou negativo, da variação da série do PIB, porém não pode ser avaliado como indicador exato da intensidade da variação. O mercado já projeta resultados melhores para o PIB da economia brasileira, como pode ser visto no Boletim Focus do Banco Central. Na publicação de 1° de julho de 2016, os analistas projetavam uma queda de 3,35% para 2016 e crescimento de 1% para 2017. Já no Boletim de 7 de outubro, apontam para uma queda de 3,15% em 2016 e crescimento de 1,3% para 2017.

Gráfico 1 – PIB trimestral comparação trimestre igual/ trimestre do ano anterior

Taxa em % a.a.

O terceiro trimestre da economia brasileira traz, por números preliminares, uma melhora do panorama geral. No segundo trimestre, reduziu o ritmo de queda da atividade econômica como já apostavam os números do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O Produto Interno Bruto (PIB) teve queda real de 3,79% em relação ao mesmo período do ano anterior, porém queda menor do que registrado nos três trimestres anteriores (gráfico 1). Os setores agregados da Agropecuária (-3,05%), Indústria (-3,05%) e Serviços (-3,34%) obtiveram queda na atividade semelhantes na comparação dos mesmos períodos. O IBC-Br, já dessazonalizado, de julho aponta leve queda em relação a junho (gráfico 2), 134,36 ante 134,48.

CMC

11,2

10,0

9,0 9,0 8,0 7,9 7,0

Fonte: Elaboração própria CMC - IBGE

Gráfico 4 – Histórico cotação Dólar x Real (Set/15 - Set/16) R$ 4,20

R$ 4,00

R$ 3,80 (1 USD)

R$ 3,40

R$ 3,20

Fonte: Elaboração própria CMC - Reuters

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set-16

ago-16

jul-16

jun-16

mai-16

abr-16

mar-16

fev-16

jan-16

dez-15

nov-15

out-15

set-15

R$ 3,00 jul-15

A forte valorização do Real frente ao Dólar americano (gráfico 4) em 2016 perdeu fôlego no 3° trimestre e a moeda norte-americana passou a operar na casa dos R$3,20, fechando em 30 de setembro a R$3,2456.

R$ 3,60

ago-15

O mercado de trabalho ainda não mostra sinais de forte reação, havendo aumento da taxa de desocupação medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) realizada pelo IBGE. O nível de desocupação fechou agosto em 11,8% ou 12,024 milhões de pessoas que procuraram emprego e não conseguiram, contra 11,3% ou 11,586 milhões de pessoas em junho. Um leve sinal de melhora é visto no rendimento médio real dos trabalhadores que teve alta de 0,75% em julho e 0,35% em agosto ficando em R$2011,00, mas 1,76% abaixo do registrado em agosto de 2015 (R$2047,00).


Macroeconomia

A situação fiscal do Governo Central ainda pressiona a economia. As contas do Governo acumulam em 2016 um resultado primário negativo em R$71,42 bilhões (1,14% do PIB) e deve alcançar segundo as previsões do próprio governo R$170,5 bilhões (2,73% do PIB), levando em conta a projeção de um PIB nominal para 2016 de R$6,25 trilhões. A dívida do Governo Central chegou a 70,1% do PIB em agosto e deve alcançar a 73,4% pelas previsões do governo. Por outro lado o custo médio da dívida vem caindo segundo dados fornecidos pelo Tesouro Nacional. O custo médio da dívida pública federal acumulado em 12 meses que estava em 16,4% ao ano em janeiro, em março passou para 14,19% a.a. e atingiu 13,33% a.a. em julho.

R$ 21.000 R$ 19.000 Em milhões de reais (R$)

Entretanto importações começam a reagir, no terceiro trimestre totalizaram R$36,6 bilhões. Na comparação trimestre/trimestre igual ano anterior, o terceiro trimestre de 2016 registrou uma queda de 13,19% se comparado com o mesmo período de 2015, no segundo semestre a variação havia sido de -21,38% e no primeiro trimestre de -33,41%. Na comparação mês/mês igual ano anterior, agosto chegou registrar aumento nas exportações se comparado a agosto de 2015 em 0,4%, porém julho registrou -27,22% e setembro -9,2%.

Gráfico 5 – Balança Comercial Brasileira (Mai/15 - Set/16)

R$ 17.000 R$ 15.000

Exportação Importação

R$ 13.000 R$ 11.000 R$ 9.000

Fonte: Elaboração própria CMC - Banco Central

Gráfico 6 – Resultado primário do Governo Central 3,0 R$93.036 mi R$86.086 mi 2,0

R$75.291 mi

1,0 Em % do PIB

O câmbio ainda impulsiona as exportações brasileiras, a balança comercial brasileira continua a obter saldos positivos (gráfico 5), obtendo saldo positivo no trimestre em R$12,5 bilhões e acumulado no ano em R$36,2 bilhões. As exportações somaram no terceiro trimestre de 2016 R$49,1 bilhões, em comparação com o terceiro trimestre de 2015 houve uma pequena queda de 2,1%.

CMC

0,0 2011

2012

2013

2014

2015

JanAgo*

- R$20.472 mi -1,0

- R$55.712 mi

2016*

- R$71.419 mi

-2,0

- R$170.500 mi

-3,0

Fonte: Elaboração própria CMC - Banco Central *Utilizando a projeção do PIB para 2016 do Governo Federal

Gráfico 7 – Razão dívida bruta Governo Central/PIB 71,0

70,1 70,0

68,8

69,0 Em taxa (%)

67,7

68,0 67,0

68,7

67,4

66,0 65,0 64,0

64,1

Fonte: Elaboração própria CMC - Banco Central

O ajuste fiscal que começa a ser implementado pelo Governo Federal com o teto para os gastos públicos vem trazendo otimismo sobre o futuro da economia brasileira, se aprovado pelo Legislativo, pode reverter os efeitos do aumento da taxa básica de juros americana. Outros temas importantes ainda devem ser incluídos no ajuste econômico, como a reforma previdenciária, e o plano de privatizações e incentivo de investimento privado em infraestrutura que devem aliviar os cofres do governo e expandir as receitas.

6| Boletim de Conjuntura Econômica - Conjuntura e Mercados Consultoria | Nº 3 - Outubro 2016

ago-16

jul-16

jun-16

mai-16

abr-16

mar-16

jan-16

fev-16

dez-15

nov-15

set-15

out-15

63,0

ago-15

A queda na inflação deve abrir espaço para cortes na taxa básica de juros Selic, que permanece em 14,25% a.a. desde julho de 2015, e deve impulsionar a economia. A expectativa de mercado no Boletim Focus para o final de 2016 é de 13,75% a.a e para 2017 é que fique em 11% a.a. O cronograma do corte da taxa de juros ainda é dúvida, pois impactos da economia internacional pedem cautela. Com sinais cada vez mais claros de um possível aumento na taxa básica de juros norte-americana, uma valorização do dólar poderia trazer novas pressões inflacionárias e fuga de capitais de mercados emergentes, como o Brasil.


Setorial As últimas informações estatísticas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sinalizam que o comércio varejista, a indústria e os serviços no Brasil ainda apresentam sinais de retração ou lenta recuperação em algumas de suas atividades econômicas. Isso se deve a um mal momento conjuntural vivido principalmente pelas fontes que demandam do mercado que, mesmo beneficiadas com uma pequena retração da inflação (que até então permanece alta), convivem com uma taxa de desemprego altíssima e queda renda real constante. Todos esses fatores combinados formam um ambiente suscetível à aumento da inadimplência, culminando em ofertas de crédito mais caras. De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC), em agosto, ocorreu a oitava elevação do ano das taxas de juros para contração de crédito e vigésima terceira elevação seguida a partir de sua série histórica. A taxa média de juros destinadas a pessoas físicas está em 158,61% a.a.; e para pessoas jurídicas a taxa média de juros é cotada a 75,72% a.a. (Gráfico 8)

CMC Tabela 1 – Volume Mensal do Comércio MÊS/MÊS ANTERIOR (1) Taxa de Variação (%)

Atividades

Acumulado Taxa de Variação (%)

AGO/JUL -0,6 -2 0,8 0,6 0 -2,1

AGO 16/15 -5,5 -10 -2,2 -1,7 -10,4 -9,3

NO ANO -6,6 -9,9 -3 -2,9 -11,4 -13,6

4.1- Móveis

-

-14,6

-12,8

-16,2

4.2 - Eletrodomésticos

-

-6,9

-14

-14,4

COMÉRCIO VAREJISTA 1- Combustíveis e lubrificantes 2- Hiper, supermercados, bebidas e fumo 2.1- Super e hipermercados 3- Tecidos, vestuário e calçados 4- Móveis e eletrodomésticos

12 MESES -6,7 -10,1 -3 -3 -11,5 -15

5- Artigos farmacêuticos, med e de perfumaria

-2,8

-3,8

-0,7

-0,2

6- Livros, jornais. Revistas e papelaria 7- Equipamentos e material para escritório 8- Outros arts. de uso pessoal e doméstico COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO 9- Veículos e motos, partes e peças 10- Material de consumo

-2,1 -5 -1,2 -0,2 -4,8 1,8

-15,1 -9 -10,8 -0,5 -13,1 -7

-16,8 -15,1 -12 -9,4 -14,7 -12,2

-16 -14,8 -10,2 -10,3 -17,7 -12,9

Fonte: Elaboração própria CMC Jr - (PMC)IBGE

Gráfico 8 – Evolução da Taxa de Juros Pessoa Física e Jurídica (% a.a) 160 158,61 140

Mediante o cenário de leve crescimento entre fevereiro a julho deste ano, o nível de atividade industrial sofreu um recuo em agosto (-3,8%). Dados da Sondagem Industrial apontam que a capacidade ociosa continua muito elevada, com um terço do parque industrial parado. Além do comportamento desfavorável da demanda interna na economia brasileira, a valorização cambial sobre as vendas externas parece ter prejudicado a desova dos estoques. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNI), o longo período de excesso de estoques nos dois primeiros trimestres do ano, a ociosidade e os altos custos de obtenção de crédito ainda dificultam as condições para retomada dos negócios.

131,10

120

100 102,59 80

75,72 60 62,33

set/16

jul/16

ago/16

jun/16

abr/16

mai/16

mar/16

jan/16

fev/16

dez/15

nov/15

set/15

Pessoa Física

out/15

jul/15

ago/15

jun/15

abr/15

mai/15

mar/15

jan/15

fev/15

dez/14

nov/14

set/14

49,89

out/14

40

Pessoa Jurídica

Fonte: Elaboração própria CMC - Anefac

Gráfico 9 – Índice de Confiança do Consumidor e Índice de Confiança dos Empresários Industriais 110

110

100

100

Fonte: Elaboração própria CMC Jr - IBGE

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ICEI

set-16

jul-16

ago-16

jun-16

abr-16

mai-16

mar-16

fev-16

jan-16

dez-15

nov-15

set-15

ICC

out-15

ago-15

jul-15

jun-15

mai-15

30

fev-15

40

30

abr-15

50

40

mar-15

60

50

jan-15

70

60

dez-14

80

70

out-14

90

80

nov-14

90

set-14

Em pontos

Segundo os dados de agosto deste ano da Pesquisa Mensal do Comércio (PME – IBGE) (Gráfico 9), o índice de volume de vendas do comércio varejista apresentou variações negativas, tanto no acumulado em 12 meses (-6,7%) quanto nos 6 primeiros meses deste ano (-6,6%). Especialmente na comparação do acumulado de 12 meses, as únicas atividades comerciais que menos sofreram se concentraram em “Artigos farmacêuticos” (-0,2%) e “Supermercados” (-0,2%); e os mais negativos: “Móveis e eletrodomésticos” (-15%) e “Livros, jornais, revistas e papelaria” (-16%). (Tabela 1). Uma vez que o comércio varejista é o mais sensível e responde relativamente mais rápido às oscilações de demanda das famílias na economia, a retração no seu nível de atividade denota que a recuperação econômica do país pode não ocorrer neste ano. Estudos sobre o “humor” dos consumidores, como o elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), sinalizam nessa direção. Em uma escala de 0 a 200, em que abaixo de 100 pontos indica pessimismo e acima otimismo, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC – IBRE/FGV)) apresentou no mês de setembro 80,6 pontos. Ainda que indique que o consumidor ainda esteja pouco confiante, esse número é o maior desde janeiro de 2015 (Gráfico 9 – linha laranja).


Setorial O índice de confiança do empresariado, elaborado pela CNI, fornece um termômetro de como será o desempenho industrial nos meses subsequentes. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), cujo indicador varia de 0 a 100, em que abaixo de 50 pontos indica pessimismo e acima otimismo, apresentou em setembro 53,7 pontos, maior marca desde dezembro de 2013. (Gráfico 2 – azul). Enquanto isso, o setor de serviços, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS – IBGE), registrou em agosto uma variação de -5% no volume de serviços prestados no acumulado de 12 meses e de -4,7% no acumulado nos primeiros oito meses do ano comparado ao mesmo período do ano passado. Contrastado a agosto/2015, o setor variou em -3,9%. Seguindo a comparação temporal (mês/igual mês ano anterior), o mesmo mês mostrou-se diferente dos últimos analisados, trazendo em si atividades que voltaram a crescer ou praticamente estáveis, como “Outros Serviços Prestados às Famílias” (excluindo alojamento e alimentação) (+3,5%); “Serviços de Tecnologia da Informação” (+3,1%) e “Serviços Administrativos e Complementares” (-0,3%). (Tabela 2).

CMC Tabela 2 – Volume Mensal de Serviços MÊS/MÊS ANTERIOR Acumulado Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)

Atividades

AGO/JUL AGO 16/15 NO ANO 12 MESES Atividades Brasil 1 Serviços prestados às famílias 1.1 Serviços de alojamento e alimentação 1.2 Outros serviços prestados às famílias 2 Serviços de informação e comunicação 2.1 Serviços de TIC 2.1.1 Telecomunicações 2.1.2 Serviços de Tecnologia da Informação 2.2 Serviços audiovisuais 3 Serviços profissionais e administrativos 3.1 Serviços técnico-profissionais 3.2 Serviços administrativos e complementares 4 Transportes, serviços auxiliares ao transporte 4.1 Transporte terrestre 4.2 Transporte aquaviário 4.3 Transporte aéreo 4.4 Serviços auxiliares ao transporte 5 Outros serviços

-0,4 1 0,9 0,6 0,5 -0,2 1,2 -0,1 0,7 0,5 2,4 -0,7 -0,8 -1,4 7,1 -0,1 -0,4 -0,9

-3,9 -4,1 -5,4 3,5 -0,2 0,6 -0,2 3,1 -5,2 -3,7 -13,6 -0,3 -9 -8,7 -9,2 -17,1 -6,3 -0,3

-4,7 -4,1 -4,5 -1,6 -2,8 -2,5 -3,1 -0,3 -4,9 -6 -10,4 -4,6 -6,7 -9,8 -2,8 2 -4,3 -3

-5 -4,9 -5,1 -3,8 -2,5 -2,4 -3,2 0,7 -3,8 -6,6 -10,7 -5,2 -6,8 -10,8 3,3 4,9 -4,5 -5,7

Fonte: Elaboração própria CMC - PMS (IBGE)

Gráfico 10 – Densidade dos Serviços de Telecomunicações 22

21,5 21,8

Assinantes/100 hab.

17

13,4 12

9,2

1… 7 4,3

6,4

2,5 2 2006

2007

2008

2009

2010

Telefonia Fixa

2011

2012

TV por Assinatura

2013

2014

2015

2016

Banda Larga

Fonte: Elaboração própria CMC - Telebras

Gráfico 11 – Densidade do Serviço de Telefonia Móvel 140 130 123

120 Assinantes/100 hab.

O setor de transportes e logística é um dos itens que compõe o setor de serviços. O volume de negócios do setor diminuiu em torno de 9,0% no mês de agosto deste ano. A atividade de transporte aéreo chama atenção com a expressiva retração de 17,1% para o mês, apesar de um saldo positivo para o acumulado no ano +2%. Essa variação pode ser explicada pela queda em 27,5 mil toneladas -2,26% em agosto desse ano, quando comparado com o ano de 2015. No acumulado de janeiro a agosto desse ano, em relação ao ano passado, a queda no nível de atividade foi de 8,68%, representando um volume menor em 204,6 mil toneladas transportadas. Ademais, segundo a Agência Nacional Aviação Civil (ANAC), a demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros exibiu uma variação negativa de 6,1% em agosto, comparado com agosto de 2015. Nos oito primeiros meses de 2016, a demanda registrou uma desaceleração de aproximadamente 6,57% frente ao ano de 2015.

20,7

122,7

110 100 90 80 70

No setor de telecomunicações, as prestadoras de serviços investiram R$ 10,8 bilhões para a expansão, modernização e melhoria da qualidade de serviços. Esse valor corresponde a 2,1% da Formação Bruta do Capital Fixo e a 0,36% do PIB dos primeiros seis meses do ano. Atualmente o setor emprega (incluindo Call-Center) 492,6 milhões de pessoas, número que diminuiu ao mesmo patamar do final de 2012. A crise econômica e mudanças de hábitos dos consumidores também influenciaram os números do setor. No final do primeiro semestre, os serviços do setor eram prestados para 342,4 milhões de assinantes, uma queda de 8,4% em relação aos 373,7 milhões no final do primeiro semestre de 2015. Esses 342,2 milhões são clientes dos seguintes serviços (crescimento em relação ao final do primeiro semestre de 2015): 42,7 milhões de Telefonia Fixa (-3,8%); 253,4 milhões de Telefonia Celular (-10,3%); 18,9 milhões de TV por Assinatura (-3,7%); e 26,1 milhões de assinantes de Banda Larga Fica (4,7%). O único serviço a apresentar aumentos constantes de densidade para cada 100 habitantes é Banda Larga Fixa (Gráfico 10 e 11)

60

53,3

50 2006

2007

2008

2009

Fonte: Elaboração própria CMC - Telebras

8| Boletim de Conjuntura Econômica - Conjuntura e Mercados Consultoria | Nº 3 - Outubro 2016

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016


Regional

CMC Figura 1 – IAEM para os municípios de Minas Gerais Julho de 2016

O Índice de Atividade Econômica Municipal (IAEM) para Minas Gerais, em julho de 2016, é representado na Figura 1. No Percentil 25% estão os 213 municípios com menor nível de atividade econômica, enquanto no Percentil 100% seguem os 43 municípios com maior nível de atividade econômica no estado. As principais economias mineiras, em termos de atividade econômica do mês de julho de 2016, estão localizadas na região Metropolitana de Belo Horizonte, no Sul/Sudoeste de Minas e no Triângulo Mineiro. De forma contrária, as mesorregiões que concentraram as economias com menor nível de atividade econômica no período foram Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Norte de Minas.

Fonte: Elaboração própria CMC - Boletim IAEM

Juiz de Fora ocupa uma posição de destaque no estado de Minas Gerais, especificamente a sétima colocação. Contudo, a partir do IAEM é possível notar a fraqueza econômica da Zona da Mata. Isto é, percebe-se nitidamente uma maior fragmentação da rede de municípios na Zona da Mata, quando se leva em conta as demais mesorregiões (por exemplo, Triângulo/Alto Paranaíba e Sul/Sudeste de Minas Gerais). Na Tabela 3 tem-se a distribuição da atividade econômica em Minas Gerais, por mesorregião do estado e percentil do IAEM. Observa-se que, embora o Triângulo Mineiro/Alto Paraíba possua menos da metade dos municípios da Zona da Mata (66 e 144, respectivamente), sete dos seus munícipios fazem parte do Percentil 100%, à saber: Uberlândia, Uberaba, Araxá, Araguari, Patos de Minas, Patrocínio, Ituiutaba. Por outro lado, Juiz de Fora é o único dentre os 144 representantes da Zona da Mata, pertencente ao grupo dos 43 municípios com maior nível de atividade econômica no estado. De forma similar à Zona da Mata, o Noroeste de Minas tem um município presente no Percentil 100%: Paracatu. Contudo, o Noroeste de Minas é composto por apenas 19 municípios mineiros.

Tabela 3 – Distribuição espacial do IAEM nas mesorregiões de Minas Gerais – Julho de 2016 Mesorregião

25% 4 27 12 8 4 10 22 33 10 25 8 50 213

Noroeste de Minas Norte de Minas Jequitinhonha Vale do Mucuri Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba Central Mineira Metropolitana de Beo Horizonte Vale do Rio Doce Oeste de Minas Sul/Sudoeste de Minas Campo das Vertentes Zona da Mata Total

50% 2 24 17 6 11 6 19 35 6 30 14 43 213

Percentil 75% 7 20 13 6 14 7 22 23 12 51 8 30 213

95% 5 16 9 3 30 7 26 7 13 32 5 18 171

100% 1 2 0 0 7 0 16 4 3 8 1 1 43

Total 19 89 51 23 66 30 105 102 44 146 36 142 853

Fonte: Elaboração própria CMC - Boletim IAEM

Gráfico 12 – Decomposição do IAEM para Juiz de Fora – julho de 2016 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0

A decomposição do IAEM para Juiz de Fora é representada no Gráfico 12. Em julho de 2016, o município sofreu perda na Abertura Externa (IAE), bem como queda de arrecadação (IAM). No que diz respeito as perdas de comércio, a principal razão foi a diminuição das importações de produto minerais (queda de 60,37%) em comparação ao mês anterior. Em relação ao IAM, o principal motivo para a queda foi a redução na arrecadação do ICMS agrícola e nos repasses de IPVA (queda de 54, 44% e 21,04% quando comparada a junho de 2016, respectivamente). De outro modo, houve uma melhoria sutil na movimentação bancária (IAB), assim como no saldo de empregos de Juiz de Fora, em julho de 2016. Em parte, o resultado positivo pode ser explicado pelo aumento dos depósitos à vista por parte do Governo (21,54%) e pelo maior saldo de empregos na atividade agrícola da cidade.

1,0 0,0 out

jan

mai

ago

nov

mar

jun

set

dez

abr

jul

out

jan

mai

-1,0 -2,0

Arrecadação

Bancário

Fonte: Elaboração própria CMC - Boletim IAEM

Vale destacar que o IAEM é fruto de um trabalho desenvolvido pela CMC no âmbito da Faculdade de Economia da UFJF. Mensalmente os dados de atividade econômica são divulgados para os 853 municípios de Minas Gerais. A metodologia de elaboração do IAEM e os resultados para os demais munícipios podem ser consultados no endereço eletrônico da CMC.

9| Boletim de Conjuntura Econômica - Conjuntura e Mercados Consultoria | Nº 3 - Outubro 2016

Abertura

Emprego

ago

nov


Valuation O terceiro trimestre de 2016 marcou uma nova fase na política brasileira, com a definição de Michel Temer na presidência do país. Tal fato mexeu positivamente com as expectativas dos investidores. Elementos favoráveis, tais como a desaceleração da inflação no período e o desejo de se conter os gastos públicos, refletiram no desempenho do índice Ibovespa, que, entre 01/07 e 10/10, saiu de 52.233 para 61.668, uma variação positiva de 18,06%.

CMC Gráfico 13 – Multiplus e Smiles R$ 60 55 50 45 40 35 30

Neste contexto de otimismo, algumas ações se destacaram. A Multiplus (MPLU3) e sua concorrente Smiles (SMLE3) valorizaram-se 28,37% e 11,68% respectivamente. As empresas operam com programas de milhagem. Um fator que contribuiu para a valorização dos papéis foi a estabilidade do dólar em cerca de R$ 3,20 durante o terceiro trimestre. De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), Roberto Medeiro, “os pontos ou milhas são contados com o valor da fatura em real dividido pelo câmbio. Com o câmbio a R$ 4, gerava-se menos pontos". A Multiplus ainda fechou importantes parcerias. A mais recente delas, firmada em agosto com a corretora de seguros Pontus, tem apresentado desempenho superior ao que se esperava. Já a Smiles está reformulando seu programa de milhas para conceder mais benefícios aos seus usuários a partir de 2017.

Muliplus

Smiles

Fonte: Elaboração própria CMC

Gráfico 14 – TOTVS , Cia Hering e CVC Brasil R$ 36 31 26 21 16 11 6 1

HGTX3

TOTS3

CVCB3

Fonte: Elaboração própria CMC

Outra empresa a se destacar no período foi a Cia Hering, que atua no setor têxtil varejista, com valorização de 26,82% entre 01/07 e 10/10. No período, a empresa reportou lucro líquido de R$ 61,7 milhões, uma melhora de 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, e pagou em dividendos 2,73% do lucro líquido por ação nos últimos 12 meses. Seus resultados são beneficiados pela expectativa de redução da taxa de juros (Selic) e da inflação medida pelo IPCA, que trazem de volta o apetite do consumidor. Uma empresa que não apresentou grande valorização (1,97%) no mercado de ações neste trimestre, mas que chama atenção por sua gestão eficiente, é a TOTVS (TOTS3). A TOTVS está em constante aperfeiçoamento de suas operações, investindo grande parte de seus recursos em inovação. No dia 18 de julho, a empresa foi eleita pelo jornal Valor Econômico como a mais inovadora do setor de TI no Brasil, com investimentos em pesquisa e desenvolvimento realizados nos últimos cinco anos que superaram a quantia de um bilhão de reais e a criação de dois laboratórios de pesquisa, sendo um deles no Vale do Silício, nos Estados Unidos. É empresa líder de mercado na América Latina e está presente em 41 países, reportando uma receita líquida de mais de R$ 2 bilhões.

Gráfico 15 – Oi e PDG Realty R$ 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0

PDGR3

OIBR4

Fonte: Elaboração própria CMC

Gráfico 16 – Rentabilidade NTN-B Principal % (a.a) 6,60% 6,40% 6,20% 6,00% 5,80% 5,60% 5,40%

Vencimento 2019 Fonte: Elaboração própria CMC

10| Boletim de Conjuntura Econômica - Conjuntura e Mercados Consultoria | Nº 3 - Outubro 2016

Vencimento 2024

Vencimento 2035

05/10/2016

29/09/2016

23/09/2016

19/09/2016

13/09/2016

06/09/2016

31/08/2016

25/08/2016

18/08/2016

12/08/2016

08/08/2016

02/08/2016

27/07/2016

21/07/2016

15/07/2016

11/07/2016

05/07/2016

29/06/2016

23/06/2016

17/06/2016

13/06/2016

07/06/2016

01/06/2016

5,20%

Outra empresa de destaque, em termos de valorização neste terceiro trimestre, é a Oi. A valorização de sua ação preferencial (OIBR4) chegou a 112,59% e a da ordinária (OIBR3) em 75,23%. Após seu pedido de recuperação judicial, várias empresas vêm mostrando interesse nos ativos da Oi. A Vivo informa ter interesse na infraestrutura do Rio de Janeiro e espectros de celular.


Valuation A CVC Brasil (CVCB3) também apresentou queda no período, explicada pelo fim das Olimpíadas e pelo cenário político, que diminuiu a demanda por viagens.

CMC Gráfico 17 – Multiplus e Smiles R$ 60 55 50

Como destaques negativos, a PDG Realty concluiu a venda de sua participação de 58,1% na Centers Real, o que permitiu um corte de R$ 214 milhões no seu endividamento líquido. No dia 28/09, o jornal O Estado de São Paulo noticiou que a empresa deve pedir recuperação judicial até o fim do ano, fato negado pela empresa. Em meio a especulações, as ações da PDG (PDGR3) caíram 0,38% no período.

45 40 35 30

Muliplus

Smiles

Fonte: Elaboração própria CMC

Saindo do mercado de ações, uma opção viável ao investidor com perfil conservador são os títulos em renda fixa, beneficiados pelo cenário esperado de queda nos juros futuros. Segundo o último balanço do Tesouro Direto, divulgado em julho pelo Tesouro Nacional, os títulos públicos indexados ao IPCA foram os mais demandados pelos investidores, correspondendo a uma participação de 59,7% nas vendas. A expectativa de queda nos juros já se reflete nas rentabilidades. A NTN-B Principal (IPCA) com vencimento em 2019 apresentou uma queda se for comparada a cotação de 10 outubro (5,87% a.a.) com sua cotação máxima registrada nos últimos 4 meses, ocorrida em 1º de junho (6,28% a.a.). As NTN-B com vencimento para 2024 e 2035 também indicam decrescimento de 6,06% e 9,60% nos rendimentos. Dentre as NTN-B com pagamento de juros semestrais, o título com vencimento em 2017 destaca-se com o menor decréscimo de rentabilidade nos últimos meses: 1,99%, enquanto os títulos com vencimentos em 2045 e 2050 apresentam decréscimo de 9,83% e 9,89% respectivamente. Além dos títulos públicos, as Letras de Crédito do Agronegócio e Imobiliárias (LCIs e LCAs) também são investimentos atrativos, com algumas instituições financeiras chegando a pagar de 70% a 90% do CDI ao ano nesses investimentos, que são isentos de imposto de renda e conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito para aplicações até R$ 250.000 por CPF. Outro investimento em renda fixa que vem ganhando espaço são os Recibos de Depósitos Bancários (RDBs) que, em algumas instituições, chegam a pagar até 116% da taxa DI. Maiores informações podem ser encontradas no site Poupa Brasil.

Gráfico 18 – TOTVS , Cia Hering e CVC Brasil R$ 36 31 26 21 16 11 6 1

HGTX3

TOTS3

CVCB3

Fonte: Elaboração própria CMC

Gráfico 19 – Oi e PDG Realty R$ 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0

PDGR3

OIBR4

Fonte: Elaboração própria CMC

Gráfico 20 – Rentabilidade NTN-B Principal % (a.a) 6,60% 6,40% 6,20% 6,00% 5,80% 5,60% 5,40%

Vencimento 2019 Fonte: Elaboração própria CMC

11| Boletim de Conjuntura Econômica - Conjuntura e Mercados Consultoria | Nº 3 - Outubro 2016

Vencimento 2024

Vencimento 2035

05/10/2016

29/09/2016

23/09/2016

19/09/2016

13/09/2016

06/09/2016

31/08/2016

25/08/2016

18/08/2016

12/08/2016

08/08/2016

02/08/2016

27/07/2016

21/07/2016

15/07/2016

11/07/2016

05/07/2016

29/06/2016

23/06/2016

17/06/2016

13/06/2016

07/06/2016

5,20% 01/06/2016

Para aqueles que desejam atuar no mercado financeiro com alta volatilidade e liquidez, há ainda a opção de investimento no mercado de contratos futuros. No Brasil, esse mercado movimenta entre 70 e 200 bilhões de reais diariamente, não sendo preciso pagar o valor total dos contratos que são negociados para negociar. No próximo Boletim, falaremos mais sobre o assunto. Aguardem!


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