to falta e fica por fazer. Mas dentro das limitações que nos são impostas e face à dificuldade em libertar verbas para o efeito, julgamos que, no cômputo geral, temos conseguido resultados muito positivos e dignos de registo. A aposta nas componentes sociais e educativas podem não ser visíveis aos olhos de muitos, mas revela-se crucial no sentido de assegurar a coesão social. Nesta linha realço o papel e o envolvimento da autarquia na construção das acessibilidades ao novo edifício do Hospital de Vila Franca de Xira, cujos encargos para Alenquer serão, no total, cerca de 669 mil euros. Uma infraestrutura que fica mais próxima do que a anterior e que é fundamental para elevar a qualidade dos serviços prestados à nossa população. Isto numa altura em que tantos equipamentos de saúde têm sido encerrados no país. Sublinho igualmente os projetos de apoio à terceira idade, ou simplesmente o apoio às instituições particulares de solidariedade social, bem como os projetos afetos às “Férias em Movimento”, que contaram com a participação de 58 crianças e jovens de várias escolas. Iniciativas destinadas à ocupação saudável dos tempos livres das crianças do município e que constituem um auxílio precioso para os encarregados de educação. Sabemos que Alenquer é um concelho de tradições riquíssimas, fruto dos séculos de história. Neste sentido também podemos encontrar nesta edição o relato da tradição “Cantar os Reis” que, apesar de se registar noutros pontos do país, tem em Alenquer aspetos originais que a diferenciam de outras manifestações semelhantes. Termino desafiando-vos a ler esta publicação e a tomar conhecimento destas e outras iniciativas, e da agenda de eventos do município. Votos de uma boa Páscoa e de esperança num futuro melhor, Jorge Riso Presidente da Câmara Municipal de Alenquer
editorial
Começam a faltar palavras para adjetivar a situação que o país está atravessar. Quando se pensa que a conjuntura não pode piorar, eis que um novo problema ou contingência surge no horizonte. No atual quadro, a gestão autárquica tem vindo a ganhar contornos de um desafio de difícil mensuração. Alguns dos alicerces do poder local têm sido fortemente abalados em virtude de sistemáticas alterações legislativas e de constrangimentos financeiros. Problemas que se adensam com a diminuição exponencial das receitas dos municípios. Em boa verdade, o financiamento municipal, num par de anos, deixou de poder assentar na construção e no imobiliário, setores que, por força das vicissitudes, estão completamente estagnados. Devemos todos assumir a existência de um novo paradigma. A sustentabilidade, eficácia, eficiência e qualidade dos serviços dependem em muito de respostas em tempo útil. Consciente de que coloco o dedo na ferida, defendo que deverá ser feita, o quanto antes, uma adaptação do modelo de financiamento adequado à realidade. Enquanto tal cenário não se concretiza, e numa atitude que vale à câmara de Alenquer uma situação financeira privilegiada face a outros municípios do país, consideramos sensato abdicar de grandes projetos e investimentos. Ao invés, decidimos apostar no capital mais valioso de qualquer organização ou território: as pessoas. E nesse âmbito, os aspetos sociais e educativos continuam no topo da lista de prioridades. Neste mandato decidimos baixar, com sucesso, a dívida do município e, por essa via, dinamizar a economia local, modernizar os serviços, investir cirurgicamente em situações improrrogáveis e fundamentais, bem como alargar ao máximo o apoio às famílias do município. Trata-se de um projeto ambicioso e, enquanto pessoas insatisfeitas que somos, temos consciência de que mui-
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