BOLETIM MENSAL DO CLAM Clube de Astronomia de Maceió Observatório Astronômico Genival Leite Lima - OAGLL Fevereiro, 2016, ano 01, n° 01 O Clube de Astronomia de Maceió - CLAM, fundado em agosto de 2015, reúne estudantes do ensino fundamental e médio, universitários e professores. Está vinculado ao OAGLL, e tem como objetivo aproximar a astronomia dos jovens da comunidade escolar e amadores da Astronomia, através da realização de atividades como palestras, observações em escolas e no Centro de Ciências. O CLAM também têm atividades voltadas para a pesquisa amadora, sob orientação e coordenação do OAGLL.
PLANETAS NO SISTEMA SOLAR, OITO OU NOVE? Por Rôse Meire Dias
Em 2006, Plutão passou a ser considerado Planeta anão, desse modo, temos então 8 planetas compondo nosso sistema Solar, no entanto, pesquisas na área de Astronomia sempre ganham destaque a cada nova descoberta, na ultima semana pesquisadores do Instituto de Tecnologia da California, afirmaram ter evidências da existência de um novo planeta, dando ao nosso sistema o nono planeta, este objeto teria cerca de 10 vezes a massa da Terra e sua órbita cerca de 20 vezes mais distante do Sol do que faz o planeta Netuno. Ressalta-se que o modelo está sendo proposto a partir de cálculos matemáticos e simulações computacionais, o suposto planeta não foi observado, no entanto, evidências sugerem a existência de um astro maior, além da órbita de Plutão. Maiores informações no Link: www.sciencedaily.com/releases/2016/01/160120114539.
O observatório Astronô-mico Genival Leite Lima é um projeto da Secretaria de Educação do Estado de Alagoas que tem como objetivo desenvolver ações de divulgação e ensino da astronomia para a educação básica, bem como, para toda a população. Desde sua inauguração em 2009 o OAGLL desenvolve diversas ações para o ensino e divulgação da astronomia, são observações públicas, exposições, semanas temáticas, cursos e oficinas pra toda a comunidade interessada.
htm# ERATÓSTENES – UM RESGATE HISTÓRICO E PRÁTICO Por Genisson Panta
Eratóstenes foi um cientista grego que viveu no século III a.C. Ele foi diretor da biblioteca de Alexandria. Foi lá que
descobriu que no dia 21 de junho, solstício de verão, ao meio dia, um poço na cidade de Siena estaria com o sol projetado em seu fundo e as varetas e colunas próximas ao poço não projetavam sombra alguma. Sabendo disso, Eratóstenes quis checar se em sua cidade, Alexandria, o mesmo acontecia. Ele descobriu que não. Isso era uma evidência concreta de que a terra era redonda. O ângulo formado pelos raios do sol em Siena era 0º, mas na cidade de Alexandria era de 7,2º. Para realizar o cálculo ele só precisava agora da distância entre Alexandria a Siena. Foi então que ele pediu um bematista (funcionários especializados em medir longas distâncias) ao rei Ptolomeu III.
Este especialista concluiu que a distância era de 5.000 estádios (1 estádio= 157 metros). Por uma simples regra de três ele pôde chegar ao resultado. Se o ângulo formado entre Alexandria e Siena era de 7,2º e a distância era de 5 mil estádios, que equivale a 785 km e sabendo que uma circunferência completa tem 360º, então ele concluiu que a circunferência da Terra tinha 39.250 km (250 mil estádios). Foi um feito incrível. Eratóstenes morreu aos 81 anos, deixando um legado de cientista comprometido e, sobretudo, curioso.
Esquema do experimento de Eratóstenes. Fonte: Cosmos
Todos os anos as escolas do Brasil e do mundo podem se inscrever no Projeto Eratóstenes Brasil. A inscrição é gratuita e pode ser feita pela internet por um professor ou representante dos clubes de astronomia. É uma oportunidade ímpar de pensar, fazer e descobrir. O projeto consiste em fincar uma vareta no solo e fazer a medida da sombra mínima. As medidas são submetidas ao site do projeto e todos recebem um certificado.
TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE Por Mauro Soares
Construído para ter uma vida útil de apenas 15 anos, o HST (Hubble Space
Telescópio Espacial Hubble. Fonte: NASA-ESA
Telescope, ou Telescópio Espacial Hubble) já vem nos surpreendendo há quase 26 anos. O objetivo de ter um observatório fora da atmosfera terrestre é poder enxergar o universo sem interferência da atmosfera. Com isso, na década de 40, o astrofísico Lyman Spitzer (1914-1997) propôs a colocação de telescópios espaciais na órbita da Terra e, na década de 60, a Agência Espacial Norte Americana (NASA) começou a projetar o instrumento que faria a maior revolução na astronomia desde a luneta de Galileu: o Telescópio Espacial. Essa máquina recebeu o nome de Hubble em homenagem ao astrônomo americano Edwin Powell Hubble (1889-1953).
Clube de Astronomia de Maceió- OAGLL- CLAM- Fevereiro de 2015, Maceió-AL