HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL - ESTUDO DE CASO VILA DIGNIDADE ITAPEVA -SP

SOCIEDADE CULTURAL EDUCACIONAL DE ITAPEVA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA

HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: ESTUDO DE CASO VILA DIGNIDADE – ITAPEVA – SP.

Clislaine Fátima de Oliveira

Itapeva – São Paulo – Brasil 2020

SOCIEDADE CULTURAL EDUCACIONAL DE ITAPEVA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA

HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: ESTUDO DE CASO VILA DIGNIDADE – ITAPEVA – SP.

Clislaine Fátima de Oliveira Prof.º Esp. Willian da Silva

“Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva - FAIT como requisito total, para a obtenção de titulo de Arquiteta e Urbanista”.

Novembro/2020 Itapeva – SP

DEDICATÓRIA

Dedico este Trabalho de Conclusão de Curso a minha família, em especial a minha mãe que foi essencial para a minha formação tanto pessoal, quanto profissional, que sempre me encorajou e incentivou na busca pelo melhor.

Ao meu esposo André pelo companheirismo e otimismo.

Aos meus amigos que sempre apoiaram e contribuíram para o crescimento profissional.

E a minha filha Olívia, no qual veio para somar e contribuir de forma significativa para a finalização deste curso.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por finalizar mais esta etapa.

Ao corpo docente do curso de Arquitetura e Urbanismo, assim como os demais funcionários que sempre estão dispostos a nos dar apoio e auxilio quando precisamos.

E em especial ao Professor Especialista e Orientador Willian da Silva pela sabedoria, determinação, paciência e principalmente ao apoio prestado durante a realização de cada etapa deste trabalho até sua finalização.

EPÍGRAFE

“Arquitetura é antes de mais nada construção. Mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção.”

- Lucio Costa.

RESUMO Este trabalho tem por objetivo analisar a integração do idoso no espaço urbano, uma vez que essa população enfrenta dificuldades no dia-a-dia, como falta de acessibilidade, falta de acesso a lazer de qualidade, segregação espacial, entre outros. Para esta analise foi realizado estudo de caso no Conjunto Habitacional Vila Dignidade, com a finalidade de levantar os pontos positivos e negativos em relação ao morar longe da centralidade urbana, abrangendo uma analise qualitativa a respeito do programa de moradia e seu entorno. Desta forma, a pesquisa de campo mostrou que viver nos limites urbanos ou próximos dele, faz com que o individuo tenha que conviver com infraestruturas urbanas sem qualidade e com a falta de comércios, serviços precários e na maioria das vezes inexistentes. Portanto, foi possível levantar uma solução que pode ser adotada frente aos conjuntos habitacionais destinados a idosos, a produção habitacional na centralidade urbana, em lugares menos periféricos e mais consolidados, pois ainda existem terrenos públicos e até mesmo privados sem uso nas áreas centrais que podem ser utilizados.

Palavras chave: Habitação de Interesse Social; Idosos; Integração; Cidade.

Linha

de

Pesquisa:

Produção

Arquitetônica

–

Infraestrutura

Urbana,

Planejamento

e

Habitação.

ABSTRACT This work aims to analyze the integration of the elderly in the urban space, since this population faces difficulties on a daily basis, such as lack of accessibility, lack of access to quality leisure, spatial segregation, among others. For this analysis, a case study was carried out at the Vila Dignidade Housing Complex, with the purpose of raising the positives and negatives points in relation to living far from the urban centrality, covering a qualitative analysis of the housing program and its surroundings. In this way, field research has shown that living in or near urban boundaries means that the individual has to live with poor urban infrastructure and the lack of trade, precarious services and in the most cases nonexistent. Therefore, it was possible to find a solution that can be adopted in the face of housing estates for the elderly, housing production in urban centrality, in less peripheral and more consolidated places, as there are still public and even private land without use in the central areas

that

can

be

used.

Keywords: Social Interest Housing; Elderly; Integration; City.

Research

line:

Architectural

Production

-

Urban

Infrastructure,

Planning

and

Housing.

LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - CONJUNTO RESIDENCIAL PREF. MENDES DE MORAES (PEDREGULHO) - AFFONSO EDUARDO REIDY, ARQUITETO. ......................................................................................................................17 FIGURA 2 - GRÁFICO DE DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR SEXO, ITAPEVA (SP). .............................25 FIGURA 3 - VILA DIGNIDADE - LEVANTAMENTO INICIAL .....................................................................26 FIGURA 4 - ZONEAMENTO URBANO MUNICÍPIO DE ITAPEVA – SP ......................................................27 FIGURA 5 - PLANTA BAIXA CASAS VILA DIGNIDADE. ........................................................................28 FIGURA 6 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO VILA DIGNIDADE. ......................................................................29 FIGURA 7 - ITAPEVA H (VILA DIGNIDADE – ITAPEVA SP) ..................................................................30 FIGURA 8 - ITAPEVA H – VILA DIGNIDADE ......................................................................................31 FIGURA 9 - ITAPEVA H – VILA DIGNIDADE ......................................................................................32 FIGURA 10 - ZONEAMENTO URBANO – VILA DIGNIDADE ..................................................................33 FIGURA 11 - INFRAESTRUTURA URBANA........................................................................................34 FIGURA 12 - RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS PRÓXIMOS AO CONJUNTO ........................................35 FIGURA 13 - PRAÇA CLARA GOLOB FASCETTI ...............................................................................36 FIGURA 14 - PRAÇA DA E. M. FRANCISCO ROSSI JUNIOR ...............................................................37 FIGURA 15 - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SÃO CAMILO ..................................................................38 FIGURA 16 - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SÃO CAMILO ..................................................................39 FIGURA 17 - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SÃO CAMILO, REINAUGURADA. ..........................................40 FIGURA 18 - QUADRO DE DISTANCIAS DA REDE DE COMÉRCIOS E SERVIÇOS .....................................41 FIGURA 19 - LOCALIZAÇÃO VILA DOS IDOSOS, BAIRRO PARI – SÃO PAULO........................................46 FIGURA 20 - LOCALIZAÇÃO VILA DOS IDOSOS VIA SATÉLITE..............................................................47 FIGURA 21 - VILA DOS IDOSOS E BIBLIOTECA PUBLICA ADELPHA FIGUEIREDO. ..................................48 FIGURA 22 - PLANTA TÉRREA. ......................................................................................................49 FIGURA 23 - SETORIZAÇÃO. ..........................................................................................................50 FIGURA 24 - FLUXOGRAMA. ..........................................................................................................51 FIGURA 25 - PLANTA PAVIMENTO TIPO. .........................................................................................52 FIGURA 26 - PLANTA APARTAMENTO TIPO 01 E FLUXOGRAMA. ........................................................53 FIGURA 27 - PLANTA APARTAMENTO TIPO 02 E FLUXOGRAMA. ........................................................54 FIGURA 28 - CORTES. ..................................................................................................................55 FIGURA 29 - VILA DOS IDOSOS. .....................................................................................................56 FIGURA 30 - TOPOGRAFIA VILA DOS IDOSOS. .................................................................................57 FIGURA 31 - CORTE TRANSVERSAL E LONGITUDINAL. ......................................................................58 FIGURA 32 - GABARITO DE ENTORNO VILA DOS IDOSOS. .................................................................59 FIGURA 33 - PLANTA DE IMPLANTAÇÃO ..........................................................................................62 FIGURA 34 - SETORIZAÇÃO GERAL ................................................................................................63 FIGURA 35 - LAR DE IDOSO PETER ROSEGGER ..............................................................................64 FIGURA 36 - PLANTA TÉRREA .......................................................................................................65 FIGURA 37 - SETORIZAÇÃO PLANTA TÉRREA ..................................................................................66 FIGURA 38 - FLUXOGRAMA ...........................................................................................................66 FIGURA 39 - PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO. ..................................................................................67 FIGURA 40 - SETORIZAÇÃO PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO .............................................................68 FIGURA 41 - FACHADA DA EDIFICAÇÃO ..........................................................................................69 FIGURA 42 – BRISES. ...................................................................................................................70

FIGURA 43 - IMPLANTAÇÃO ........................................................................................................... 72 FIGURA 44 – SETORIZAÇÃO FIGURA 45 – FLUXOGRAMA .................................................................................................................................................. 73 FIGURA 46 - EDIFÍCIOS DE APOIO E RESIDÊNCIAS .......................................................................... 74 FIGURA 47 - SETORIZAÇÃO RESIDÊNCIAS. ..................................................................................... 75 FIGURA 48 - CORTE ..................................................................................................................... 76 FIGURA 49 - FLUXOGRAMA ........................................................................................................... 77 FIGURA 50 - FACHADA PRINCIPAL, LATERAL ESQUERDA E POSTERIOR ............................................ 78 FIGURA 51 - ILUMINAÇÃO NOTURNA .............................................................................................. 80 FIGURA 52 - ILUMINAÇÃO NOTURNA .............................................................................................. 81 FIGURA 53 - DIAGRAMA CONCEITO DE ISOLAÇÃO TÉRMICA (INVERNO/VERÃO). .................................. 82 FIGURA 54 - LOCALIZAÇÃO DA CIDADE NO ESTADO DE SÃO PAULO E LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ............................................................................................................................. 84 FIGURA 55 - LOCALIZAÇÃO DE SERVIÇOS PRÓXIMOS ...................................................................... 85 FIGURA 56 - MAPAS CHEIOS E VAZIOS .......................................................................................... 86 FIGURA 57 - MAPAS GABARITO DE ALTURA DAS EDIFICAÇÕES ........................................................ 87 FIGURA 58 - CORTE PERFIL GABARITO DE ALTURA DAS EDIFICAÇÕES ............................................. 88 FIGURA 59 - CORTE PERFIL GABARITO DE ALTURA DAS EDIFICAÇÕES ............................................. 89 FIGURA 60 - ÁREAS VERDES. ....................................................................................................... 90 FIGURA 61 - FLUXO DE VIAS. ........................................................................................................ 91 FIGURA 62 - CALÇADA E TERRENO................................................................................................ 94 FIGURA 63 - TERRENO. ................................................................................................................ 96 FIGURA 64 - TERRENO. ................................................................................................................ 97 FIGURA 65 - REBAIXAMENTO DE CALÇADA. .................................................................................... 98 FIGURA 66 - MAPA DE VISADAS. ................................................................................................... 99 FIGURA 67 - MAPA TOPOGRÁFICO. ............................................................................................. 102 FIGURA 68 - CORTES AA E BB. .................................................................................................. 103 FIGURA 69 - MODELO ELETRÔNICO. ............................................................................................ 104 FIGURA 70 – IMPLANTAÇÃO E ESQUEMA CONCEITUAL .................................................................. 108 FIGURA 71 - IMPLANTAÇÃO EM PERSPECTIVA............................................................................... 109 FIGURA 72 - CORTE LONGITUDINAL ............................................................................................. 110 FIGURA 73 - CORTE TRANSVERSAL ............................................................................................. 110 FIGURA 74 - PROGRAMA DE NECESSIDADES RESIDÊNCIAS............................................................ 111 FIGURA 75 - PROGRAMA DE NECESSIDADES CENTRO DE APOIO .................................................... 112 FIGURA 76 - FLUXOGRAMA RESIDÊNCIA ...................................................................................... 113 FIGURA 77 - FLUXOGRAMA CENTRO DE APOIO ............................................................................. 113 FIGURA 78 - SETORIZAÇÃO RESIDÊNCIAS .................................................................................... 115 FIGURA 79 - SETORIZAÇÃO CENTRO DE APOIO ............................................................................ 116 FIGURA 80 - PERSPECTIVA RESIDÊNCIA ...................................................................................... 117 FIGURA 81 - PLANTA BAIXA ........................................................................................................ 118 FIGURA 82 - CORTE AA ............................................................................................................. 119 FIGURA 83 - CORTE BB ............................................................................................................. 120 FIGURA 84 - PLANTA DE COBERTURA .......................................................................................... 121

9 FIGURA 85 - PERSPECTIVA CENTRO DE APOIO .............................................................................122 FIGURA 86 - PLANTA BAIXA CENTRO DE APOIO ............................................................................123 FIGURA 87 - CORTE AA..............................................................................................................124 FIGURA 88 - CORTE BB..............................................................................................................124 FIGURA 89 - CORTE CC .............................................................................................................125 FIGURA 90 - PLANTA DE COBERTURA ..........................................................................................126 FIGURA 91- TINTA EXTERNA EDIFICAÇÕES ...................................................................................127 FIGURA 92 - PAINEL DE MADEIRA FIGURA 93 COBOGÓ TIJOLO CRU ................................................................................................................128 FIGURA 94 - MASSA CORRIDA FIGURA 95 - TINTA GELO SECO SUVINIL ...........................................................................................................................128 FIGURA 96 - PISO DE MADEIRA FIGURA 97 - PISO CERÂMICO ................................................................................................................................129 FIGURA 98 - PLAFON QUADRADO ................................................................................................130 FIGURA 99 - ARANDELA DOUBLE .................................................................................................131 FIGURA 100 – INTERRUPTORES ..................................................................................................132 FIGURA 101 - TOMADAS .............................................................................................................133

FIGURA 102 – TORNEIRA COZINHA FIGURA 103 TORNEIRA BANHEIROS ............................................................................................................... 134 FIGURA 104 - TORNEIRA TANQUE ............................................................................................... 135 FIGURA 105 - PIA BANHEIRO FIGURA 106 - BACIA SANITÁRIA 136 FIGURA 107 – CHUVEIRO FIGURA 108 BARRAS DE APOIO ..................................................................................................................... 137 FIGURA 109 - TANQUE ............................................................................................................... 138 FIGURA 110 - RESIDÊNCIAS ....................................................................................................... 139 FIGURA 111 - AMBIENTE INTERNO RESIDÊNCIAS .......................................................................... 140 FIGURA 112 - AMBIENTE INTERNO............................................................................................... 141 FIGURA 113 - AMBIENTE INTERNO............................................................................................... 142 FIGURA 114 - AMBIENTE INTERNO ............................................................................................... 143 FIGURA 115 - ESPAÇO VERDE CENTRO DE APOIO ........................................................................ 144 FIGURA 116 - HORTA COMUNITÁRIA ............................................................................................ 145 FIGURA 117 - AMBIENTE INTERNO CENTRO DE APOIO .................................................................. 146

10

Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 11 2. ENVELHECIMENTO POPULACIONAL .............................................................. 13 3. habiTAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL ............................................................... 16 4. HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL PARA IDOSOS .................................... 19 5. METODOLOGIA ................................................................................................. 22 6. ESTUDO DE CASO ITAPEVA H - VILA DIGNIDADE ITAPEVA – SP................ 24 7. REFERENCIAS PROJETUAIS ........................................................................... 43 8. VILA DOS IDOSOS ............................................................................................ 45 9. LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER ............................................................. 61 10. COMPLEXO SOCIAL EM ALCABIDECHE ......................................................... 71 11. aNÁLISES URBANAS ........................................................................................ 83 12. CARACTERIZAÇÃO ........................................................................................... 93 13. MORFOLOGIA ................................................................................................. 101 14. PROJETO ......................................................................................................... 106 15. Considerações Finais ....................................................................................... 147 16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 149 17. ANEXOS ........................................................................................................... 152

11

1.

INTRODUÇÃO

12 para a inserção dessa população nas cidades, onde garanta um envelhecimento ativo e qualidade de vida.

Para atender essa demanda crescente, o país implantou algumas moradias voltadas aos idosos, como no caso da Vila Dignidade, localizada no bairro São Camilo – Itapeva – SP, sendo que este

conjunto

habitacional

fechado

destinado

somente a idosos possui o conceito de moradia assistida, onde além da casa, fornece serviços de assistência social, proteção, acessibilidade, conforto e segurança. Dentro desta realidade, é possível notar

algumas

problemáticas,

tais

como:

a

localização deste conjunto encontra-se distante dos serviços locais encontrados na centralidade urbana de Itapeva, como bancos, hospitais entre outros, sendo por estes motivos que se justifica a escolha do Conjunto Habitacional H- Vila Dignidade para Atualmente

a

população

idosa

vem

estudo de caso neste projeto.

Desta

crescendo de forma significativa, segundo dados da

forma,

este

trabalho

tem

por

Organização Mundial de Saúde (OMS) e segundo a

objetivos específicos levar melhoria da qualidade de

Organização das Nações Unidas (ONU), o número

vida a essa população, dar uso social a um vazio

dessa população chegará a 02 bilhões até 2050,

urbano,

sendo assim, deve-se se pensar nas dificuldades

conseqüentemente a valorização do entorno e por

enfrentadas por esta população no dia-a-dia, como

objetivo geral analisar a integração do idoso no

transporte público, falta de acessibilidade, falta de

espaço urbano e por fim propor projeto de

acesso ao lazer, segregação espacial, entre outras.

reaproveitamento de áreas vazias mais próximas ao

Nessa

centro da cidade.

perspectiva,

é

necessário

que

haja

implementação de políticas públicas adequadas

afastando

a

criminalidade

e

13

2.

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL

14 Segundo a Organização das Nações

populações com 60 anos de idade ou mais e em

deverá aumentar por volta do ano de 2050, sendo

Unidas, o número global de pessoas idosas, com 60

2100, o número de pessoas idosas poderá alcançar

previsto que haverá no Brasil, 73 idosos para cada

ou mais anos de idade, está projetado para

3,1 bilhões (web site ONU).

100 crianças. O estudo divulgou ainda que no ano

aumentar até 2030 em 1,4 bilhão e 2,1 bilhões em

de De acordo com estimativas elaboradas e

2050, quando todas as regiões do mundo, exceto a África, terão quase um quarto ou mais de suas

divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

2050

a

população

aproximadamente

215

brasileira

milhões

de

será

de

habitantes.

Segundo o que diz Camarano e Kanso:

Estatística (IBGE, 2010), o número de idosos Esse tem sido o segmento populacional que mais cresce, embora ainda apresente um contingente pequeno.

A

partir

destes

dados

observa-se

que

a

expectativa de vida dos idosos tem aumentado, devido ao avanço na medicina e tecnologia, tem contribuído para esse crescimento significativo (CARAMANO E KANSO, 2013, p.

134).

O envelhecimento da população é um dos

expectativa de vida não garante ao indivíduo que

psicologia boa, permitindo um envelhecimento ativo,

maiores triunfos da humanidade e também um dos

será

a qualidade de vida será consideravelmente boa.

grandes problemas a serem enfrentados, pelos

incapacidades gerando dependências e exclusão

(PASCHOAL,

governantes

pela

social, entre outras, ocasionando um grande

PASCHOAL, 2007).

sociedade, devido às questões que dizem respeito

problema de envelhecer com qualidade. Por outro

Nesse sentido, de acordo com a web site

à aposentadoria, saúde, socialização e participação

lado, se o indivíduo envelhecer com autonomia e

da Organização Mundial da Saúde (2013) é

social,

independência, gozando de uma saúde física e

considerada qualidade de vida:

entre

políticos,

outros.

planejadores

Porem

o

e

aumento

da

com

qualidade,

devido

a

perdas,

2013

apud.

PASCHOAL,

2000;

A percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2013).

Segundo o Plano Internacional de Ação de

planos

de

ação

internacional

sobre

o

Envelhecimento e Curso de Vida da Organização

Madrid sobre o envelhecimento (Abril, 2002), foi

envelhecimento para promover um envelhecimento

Mundial da Saúde (OMS), no qual diz respeito a

criado um projeto de saúde para desenvolver

saudável e ativo, desenvolvido pela Unidade de

indivíduos, quanto a grupos populacionais. O termo

15 envelhecimento ativo foi adotado pela OMS no final

com a sociedade. Para trabalhar neste sentido é

como boa vida, felicidade e bem estar, com a

do ano de 1990 e baseia-se no reconhecimento dos

necessário remover tudo que representa exclusão e

finalidade de diminuir as desigualdades sociais e

direitos humanos das pessoas idosas e nos

discriminação contra eles.” (Madrid, 2002, p.19).

assim

princípios

de

dignidade,

independência,

assistência

contexto,

podemos

dizer

que

sociais

efetivas

(PASCHOAL, 2013).

Segundo o Estatuto do Idoso (Lei

psicológico e emocional, além de relacionamentos

10.741/03) e a Política Nacional do Idoso (Lei

sociais,

educação,

8.842/94) visam garantir os direitos dos idosos,

Em um dos trechos traduzido para o

habitação, saneamento básico, entre outros. Esse

porém esses direitos nem sempre são respeitados.

português desse plano diz que: “uma sociedade

conceito foi sendo incorporado as políticas sociais,

O

para todas as idades possui metas para dar aos

como indicador de resultados, em adição ou

idosos a oportunidade de continuar contribuindo

substituição a outros de significado parecido, tais

pela

auto-realização

Neste

políticas

engloba o bem estar espiritual, físico, mental,

estabelecidos

e

participação,

estabelecer

Organização

das

Nações

Unidas, colaborando para a qualidade de vida.

como

família

e

amigos,

Estatuto

do

Idoso

Art.

3º

diz

que:

É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (ESTATUTO DO IDOSO, LEI 10.741/03, ART. 3º).

A

partir

podemos

assistenciais voltados aos idosos, que os auxiliam

algumas modalidades de projetos assistenciais

concluir que Lazer, Cultura, Esporte, Oficinas de

nesse envelhecimento saudável ativo as Casas de

voltados aos idosos, dentre eles podemos citar:

Aprendizagem, acesso a Atendimento de Saúde de

Repouso, Centros de Convivência, Instituições de

Centro Dia, Centro de Convivência, Instituição de

qualidade e a Serviços Básicos, entre outros são

Longa Permanência para Idosos e as Habitações

Longa Permanência e Casa Lar (BRASIL, 2001). No

alguns dos modelos que contribuem para um

de Interesse Social assistidas totalmente voltada

entanto, nem todos os idosos são favorecidos, pois

envelhecimento saudável e ativo. A integração do

aos idosos que gozam de boa saúde e são

em

idoso

independentes.

disponibilidade e vagas é reduzido, não atendendo

nessas

desta

informação,

modalidades

auxilia

na

sua

socialização, descartando a exclusão na sociedade.

A Portaria MPAS/ SEAS n º 73/2001, que

Conforme a Portaria MPAS/ SEAS n º 73,

diz respeito às normas de funcionamento de

de Maio de 2001 são considerados modelos

serviços de atenção ao idoso no Brasil e classifica

algumas

localidades

o

número

de

toda a parcela que necessita desse tipo de assistência.

16

3.

HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

17

Figura 1 - Conjunto Residencial Pref. Mendes de Moraes (Pedregulho) - Affonso Eduardo Reidy, arquiteto.

Por volta de 1930, no período Vargas, houve a intervenção do estado em relação à habitação social, que na época já era um problema. Antes disso a população vivia a partir de casa de alugueis e os conjuntos habitacionais estavam atrelados a iniciativa privada, que por sua vez, não estava conseguindo enfrentar o problema de suprir a demanda por habitações. Em 1931, surgiram os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPS), sendo eles os primeiros responsáveis que investiram na questão habitacional, apesar de sua finalidade ser voltada para proporcionar benefícios a seus conveniados (RUBIN, BOLFE, 2014). O conjunto residencial Prefeito Mendes de Moraes (Pedregulho), localizado no bairro São Cristóvão, no Rio de Janeiro, de Affonso Eduardo Reidy, arquiteto modernista, foi o que mais se destacou entre as obras realizadas pelos IAPS no ano de 1946, a partir da figura 01 podemos ver a dimensão, e a complexidade deste conjunto residencial, no que diz respeito ao local no que foi inserido e a solução arquitetônica. (RUBIN, BOLFE, 2014.

Fonte: Web Site Vivadecora, 2020.

Já em meados dos anos de 1960 e início

habitacionais para abrigar a população assalariada

indústrias da construção civil, com o objetivo de

dos anos de 1980, marcou o Brasil pelo regime

de baixa renda. A Maior parte de conjuntos foram

oferta de emprego (PRADO, 2017).

militar e também pela acelerada expansão das

financiados pelo Banco Nacional da Habitação

Recentemente, com o projeto Minha Casa

áreas urbanas que acarretou no surgimento das

(BNH), atualmente extinto, criado para incentivo as

Minha Vida, criado pelo governo federal, houve uma

periferias das grandes cidades e seus conjuntos

retomada no processo de produção dos conjuntos

18 habitacionais de forma significativa em 2009, sendo

Concluindo que, nesses programas ainda não se da

que o conceito desse projeto se baseia na mesma

tanta

motivação política e econômica do período do BNH

moradores, uma vez que se é pensado na moradia,

(PRADO, 2017). Segundo a web site da Caixa

porém no local onde está sendo inserido o conjunto

Econômica Federal este programa foi criado para

habitacional, fica em ultimo plano, isso é facilmente

suprir a demanda do déficit habitacional, destinado

identificado em todos os conjuntos habitacionais no

as pessoas de baixa renda, que fornecem subsídios

geral

com taxas e juros reduzidos.

centralidades, fato este que leva a muitos a

Porém, no que diz respeito às motivações que impulsionaram as construções habitacionais tanto no período do BNH e o que impulsionam atualmente o PMCMV, não se limitam apenas as questões políticas e econômicas, mas também se relacionam com a pratica da segregação sócio espacial planejado (PRADO, 2017).

Uma

característica

importante

de

se

destacar neste assunto se refere à localização destes conjuntos, que normalmente são em áreas afastadas e resultam na denominada “segregação sócio

espacial

planejado,

fazendo

com

que

indiretamente a população seja levada para as bordas da cidade ou em alguns casos não exatamente levados a essa borda, mas onde há uma certa desarticulação com a malha urbana principal. A razão pela qual isso acontece é o fato de esses conjuntos necessitarem de uma grande parcela de terra para serem construídos e pelo fato do preço da terra ser menor em relação às áreas centrais. (PRADO, 2017).

atenção

que

as

ficam

reais

em

voltarem para o aluguel.

necessidades

lugares

afastados

dos

das

19

4.

HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL PARA IDOSOS

20 No Brasil existem vários programas de

abordagem de procedimentos e mudanças de

sobrevivência. Trata-se de uma modalidade de

Habitações de Interesse Social voltada para idosos,

paradigmas no que se refere à definição de Normas

atendimento, que vem romper com as práticas

porém o estudo empírico focou nos conjuntos

e Padrões de Funcionamento para Serviços e

tutelares

habitacionais do estado de São Paulo. A início foi

Programas de Atenção à Pessoa Idosa. Dentre

fortalecimento

criado 06 (seis) unidades habitacionais, no bairro

esses projetos, existe um que é classificado como

autonomia dos idosos, utilizando sempre que

Água Branca, atualmente conhecido como Vila

objeto de estudo do presente trabalho: a Casa Lar,

possível a rede de serviços local. E ainda segundo

Dignidade ainda no governo de Celso Pitta

que consiste em uma alternativa de atendimento

a portaria, essas habitações são destinadas a

(QUIROGA, 2007).

que proporciona uma melhor convivência do idoso

Idosos independentes, e/ou semi-dependentes com

Segundo a Portaria nº 73/2001, são

com a comunidade, contribuindo para sua maior

habilidades para a vida em grupo e integração na

descritas 09 (nove) modalidades de projetos de

participação, interação e autonomia. O projeto em

comunidade, afastados do convívio familiar sem

assistências habitacionais voltadas ao idoso, onde

si, consiste em uma residência que se volta a

condições financeiras de arcar com o ônus integral

constitui mais uma etapa de regulamentação da

idosos que estão sós ou afastados do convívio

de sua subsistência. A Portaria MPAS/ SEAS n º

Política Nacional do Idoso - Lei 8.842/94e uma nova

familiar

73/2001 possui um trecho, que diz:

e

com

renda

insuficiente

para

sua

e

assistencialistas, da

participação,

visando

o

organização

e

As Casas-lares devem estar localizadas dentro da malha urbana, com facilidade de acesso por transportes coletivos e preferencialmente, próximos à rede de saúde, comércio e demais serviços da vida da cidade (posto médico, hospitais, supermercado, farmácia, padaria, centros culturais, cinemas, etc.), favorecendo a integração do idoso, independente e mesmo dependente, à comunidade do entorno. Portanto, não devem ser pensadas como locais de isolamento, invioláveis ao contato com a vida urbana nem como espaços de uniformização e despersonalização da vida de seus usuários (Portaria MPAS/ SEAS n º 73/2001).

No inicio dos anos 2000 no município de

assumiu a liderança dessa associação, onde

apartamentos no bairro do Cambuci (QUIROGA,

São Paulo começou a surgir o Grupo de Articulação

alcançou novas conquistas como os projetos da Vila

2007). É possível notar o crescente surgimento de

para a Conquista da Moradia definitiva para Idosos

dos Idosos no bairro Pari I e no bairro Vila Mariana.

conjuntos habitacionais voltados para idosos a partir

da Capital (GARMIC), constituído por integrantes

(PFUTZENREUTER, MORETTI, 2007)

de políticas públicas no início dos anos 2000 e com

idosos do programa Casa Lar, os integrantes desse

Em 2004, no governo de Geraldo Alckmin,

o surgimento e incentivo das políticas do governo

grupo eram os idosos do programa Casa Lar. A

foi criado o Projeto Republica Melhor Idade, onde

de Jose Serra e Geraldo Alckmin no ano de 2009 foi

partir de 2002, Olga Luisa Leon de Quiroga,

foi construído um edifício de 11 andares com 66

criado o Programa Vila Dignidade, pela Companhia

21 de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) em parceria com Secretaria de Habitação (SE), a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDS) e dos Municípios Paulistas.

E em 2019, foi assinado o Programa Vida Longa, que é o mesmo Programa Vila Dignidade, só que remodelado trazendo um novo conceito e partido arquitetônico. Na primeira fase do programa, foram contemplados 04 (quatro) municípios, nos quais estão previstos investimentos de 11,3 milhões para viabilizar 96 unidades no total e ainda prevê construções de 50 (cinqüenta) empreendimentos em todo o estado ao longo de quatro anos (Web Site CDHU, 2019).

Conclui-se que estes programas surgiram com intuito de oferecer ao idoso em situação de vulnerabilidade um lugar digno para morar, porém entende-se que o idoso necessita da sua integração no espaço urbano e sua centralidade, para uma forma de envelhecimento saudável ativo e não a promoção de segregação espacial como visto em muitas

realidades

e

em

várias

localidades,

dificultando muitas vezes o acesso a serviços básicos.

22

5.

METODOLOGIA

23 O trabalho foi desenvolvido a partir de etapas descritas logo abaixo.

1ª

Etapa:

Estudos

das

Referencias

moradores

uma

do solo, áreas verdes, que foram obtidas através da

analise qualitativa acerca do conjunto e seu

Prefeitura Municipal de Itapeva, por meio da

entorno.

Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio

Bibliográficas: Onde Envelhecimento

3ª consta

a

o

populacional,

estudo a

sobre

Habitação

o

desse

conjunto,

Etapa:

abrangendo

Pesquisa

de

Referencias

Projetuais:

Ambiente e alguns dados obtidos por meio de pesquisas de campo.

de

Foram analisadas referenciais projetuais

Interesse Social, partindo para os conjuntos sociais

para embasamento de conceituação e projeto

destinados a idosos, para obter embasamento para

arquitetônico e urbanístico.

5ª Etapa: Proposta de projeto: Após conclusão de todas as etapas mencionadas anteriormente, iniciou-se a fase de

o reaproveitamento de locais não utilizados ou

4ª Etapa: Analises Urbana:

elaboração da proposta do projeto baseado nas

subutilizados na centralidade urbana de Itapeva-SP.

Realizou-se estudo do local de projeto por

necessidades

2ª Etapa: Estudo de Caso sobre o Itapeva

meio de mapas, com finalidade de escolha do local

apresentada por meio de uso de croquis a mão livre

para desenvolvimento do projeto. Nesta etapa,

até o desenvolvimento do projeto final, que será

descreve

estruturado

H – Vila Dignidade – Itapeva – SP. Embasado na primeira etapa, onde foram avaliados aspectos positivos e negativos para os

por

meio

das

características

do

zoneamento, gabarito, topografia, uso e ocupação

dos

por

usuários.

plantas,

volumétricas eletrônicas, etc.

A

proposta

cortes,

foi

maquetes

24

6.

ESTUDO DE CASO ITAPEVA H - VILA DIGNIDADE ITAPEVA – SP

25 O intuito do estudo de caso no Itapeva H - Vila Dignidade, em Itapeva, estado de São Paulo, tomou-se como base referencial os pontos positivos para a realização do projeto desse trabalho e também os pontos negativos para melhoria e solução a partir da proposta apresentada.

encontrem em situação de vulnerabilidade social também poderão ser atendidos (web site do CDHU, 2009).

Antes de tudo devemos entender qual é a faixa etária existente na cidade de Itapeva, São Paulo. De acordo com o gráfico de distribuição da

O programa Vila Dignidade foi implantado em 2009 através do Decreto

população por sexo, Itapeva – SP, (IBGE, 2010), podemos observar a faixa

nº. 54.285, de 29 de abril de 2009, com nova redação dada pelo Decreto

etária da população de Itapeva, no levantamento feito no ano de 2010, onde os

Estadual nº. 56.448/2010, em uma parceria entre a SH, a CDHU, a SEDS e as

idosos com idade de 60 ou mais, totalizavam 9.088 pessoas, exatamente 4.285

Prefeituras dos Municípios Paulistas, para oferecer moradia gratuita a idosos de

homens e 4.803 mulheres. E como sabemos, de acordo com a ONU este numero

baixa renda e independentes de sua família, com intuito de promover a

dobra a cada ano que passa.

integração social e evitar outras formas de assistência social, como o asilo (web

Figura 2 - Gráfico de distribuição da população por sexo, Itapeva (SP).

site CDHU, 2009).

Nessa perspectiva, a Secretaria da Habitação destina e repassa os recursos a CDHU e faz o acompanhamento técnico e financeiro. A CDHU é responsável pelos projetos e execução das obras e em alguns casos ainda doa para a Prefeitura o terreno com o projeto executado. A SEADS fica a cargo de aprovar e assessorar tecnicamente o projeto e avalia e monitora o processo de gestão social municipal. Já as Prefeituras têm o papel de aprovar a legislação e os projetos junto aos órgãos competentes, elaborar projeto social conforme modelo estabelecido, realizar gestão social dos núcleos da vila e criar ou reativar o Conselho Municipal do Idoso e também identificar e selecionar os idosos. Para a escolha dos idosos que irão residir no conjunto existem alguns critérios a ser considerados para a inclusão do idoso, sendo eles: ter 60 anos ou mais, serem independentes para a realização das tarefas diárias, possuírem renda mensal de até dois salários mínimos, não possuir vínculos familiares sólidos ou ser sós, morar há pelo menos dois anos no município e ainda, casais de idosos que se

Fonte: web site IBGE, 2010.

26

A escolha pelo estudo de caso no Itapeva H (Vila Dignidade em Itapeva) - SP vai muito além do projeto arquitetônico também está voltado a analise critica acerca do entorno e sua relação com a centralidade urbana, de como ele está inserido no contexto urbano, visto que se trata de um conjunto habitacional voltado a idosos.

O conjunto habitacional Itapeva H do Programa Vila Dignidade foi inaugurado em Itapeva – SP em 13 de fevereiro de 2011e está localizado no bairro São Camilo, como visto na figura 3.

Figura 3 - Vila Dignidade - Levantamento Inicial

Fonte: web site Google, 2020, adaptado pela autora, 2020.

27

Figura 4 - Zoneamento Urbano município de Itapeva – SP

Como mostra a imagem a seguir, ele esta situado numa área que é considerada pelo zoneamento urbano do município de Itapeva como ZR3 (Zona Residencial 03), que correspondente às áreas com menores restrições de parcelamento, com uso predominantemente residencial, com padrão de ocupação de habitação coletiva de densidade média a alta, esta próximo a um ZEIS (Zona Especial de Interesse Social), que se refere a uma zona destinada para a ocupação com empreendimentos habitacionais com características sociais e vinculados com entidades públicas que tratam da questão habitacional. E por fim de uma ZR2 (Zona Residencial 02) e uma ZR4 (zona Residencial 04), que correspondem às áreas com menores restrições ambientais e de ocupação e que apresentam vazios urbanos

e

glebas

subutilizadas

e

áreas

de conjuntos

habitacionais construídos por cooperativas ou companhias habitacionais e que tem legislação de ocupação definidas na sua implantação, respectivamente.

Fonte: Prefeitura Municipal de Itapeva, 2020, adaptado pela autora 2020.

28 Figura 5 - Planta Baixa Casas Vila Dignidade.

Seu projeto conta com um programa que consiste na construção de 24 unidades horizontais, um centro de convivência e uma área de lazer, obedecendo aos parâmetros do

Desenho

Universal

e

atendendo

a

normas

de

acessibilidade, gerando segurança e conforto aos moradores (web site CDHU, 2009). Porém em Itapeva são 18 casas e um salão de convivência.

A partir da figura 5, é possível observar a tipologia das

residências,

que

são

padronizadas

e

possuem

aproximadamente de 39 m² de área construída, possuindo em seu programa de necessidades uma sala integrada com cozinha, um dormitório, banheiro, área de serviço e uma área externa nos fundos que pode ser utilizada como jardim ou horta, dependendo do gosto do morador.

Fonte: Web Site CDHU, 2011, adaptado pela autora, 2020.

29 Já a área comum possui projeto paisagístico, que pode ser utilizado para atividades de lazer. Existem itens de segurança e acessibilidades fazem parte do projeto, como barras de apoio, pias e louças sanitárias em altura adequada, portas e corredores mais largos, interruptores em altura ideais, rampas e pisos antiderrapantes, entre outros. Também possui um salão que pode ser usado para festas, reuniões, cursos, etc.

A partir de a imagem a seguir, dará inicio aos pontos observados em relação ao entorno do conjunto no estudo de campo realizado. De inicio a figura 6 nos mostra a relação do conjunto e a centralidade urbana que fica a cerca de 3,8 km de distancia do centro da cidade.

Figura 6 - Mapa de Localização Vila Dignidade.

Fonte: Web Site Google Maps, 2020, adaptado pela autora, 2020.

30 Já na figura 7, observamos que ao fundo do conjunto habitacional, a malha urbana acaba naquele ponto, pois não há edificações próximas dando a sensação de fim da cidade.

Figura 7 - Itapeva H (Vila Dignidade – Itapeva SP)

Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Social, 2011.

31 A Vila Dignidade – Itapeva H, esta construído próximo da borda do tecido urbano, dentro da mancha urbana, tendo próximo uma área não urbanizada e por mais que não esteja situada exatamente na borda urbana, a presença do espaço não urbanizado situado ao sul deste conjunto, e existir a presença do mato alto rua não pavimentada, cria a sensação de estar na margem de um local não urbano, assim como é possível observar nas imagens a seguir.

Figura 8 - Itapeva H – Vila Dignidade

Fonte: Autora, 2020.

32

Figura 9 - Itapeva H – Vila Dignidade

Fonte: Autora, 2020.

33

Figura 10 - Zoneamento Urbano – Vila Dignidade

A cena observada nas figuras anteriores nos remete a pensar que por mais que não exista nada edificado ao sul do conjunto, trazendo essa sensação de estar no limite do fim da cidade, não quer dizer que ali, daqui alguns anos não será construído algo, e deixará de ser o fim da cidade e se conectara ao restante dela.

O espaço vazio do outro lado do conjunto na Rua Higino Marques reforça o sentido cidade versus campo, com suas características visíveis como a rua sem pavimentação, o mato e a cerca que separa o espaço, o que configura maioria dos conjuntos habitacionais sejam eles voltados especialmente a idosos ou ao publico em geral, construídos nos limiares das cidades (PRADO, 2017, p. 240).

Fonte: Prefeitura Municipal de Itapeva 2007, adaptado pela autora 2020.

Contudo, estar a apenas 3,8 km de distância do centro da cidade, como mencionado anteriormente, em alguns aspectos não lhe tira a característica de isolamento urbano, por motivos que foram descritos. Na visita inicial, também foi observada a questão da infraestrutura urbana, que é boa, se considerada pela Rua Reinaldo Jacob, no qual fica o acesso de entrada do Conjunto Habitacional, porém pela Rua Higino Marques, não possui pavimentação, nem calçamento, nem

34 drenagem de água pluvial e também a questão de alguns lotes no entorno não haverem capina, sendo observado mato alto, o que deixa os moradores sujeitos a infestação de roedores e demais animais, como é possível ser observado nas imagens seguintes.

Figura 11 - Infraestrutura Urbana

MURO VILA DIGNIDADE

Fonte: Autora, 2020.

35

Também, foi observada a questão de resíduos sólidos domésticos jogados próximo do conjunto, onde também contribui para o aparecimento de insetos, roedores, entre outros, causando uma questão de problema ambiental aos moradores do conjunto, como mostra a imagem a seguir.

Figura 12 - Resíduos Sólidos Domésticos próximos ao conjunto

RESÍDUOS SÓLIDOS DESCARTADOS

Fonte: Autora, 2020.

36 Existe também a falta de equipamentos públicos comunitários de lazer e esporte, por mais que existam praças próximas, como a Praça Clara Golob Fascetti e a Praça da E. M. Francisco Rossi Junior e uma área de lazer dentro do conjunto, não significam que contenham a qualidade necessária, pois se deve levar em consideração a qualidade do serviço fornecido. Essa realidade está apresentada nas figuras 13 e 14.

Figura 13 - Praça Clara Golob Fascetti

Fonte: Autora, 2020.

37

Figura 14 - Praça da E. M. Francisco Rossi Junior

PONTO DE ÔNIBUS

Fonte: Autora, 2020.

Em relação ao transporte publico, há apenas uma linha e os intervalos variam em torno de uma hora entre uma viajem e outra e existem pontos de ônibus próximos, como visto na figura anterior.

38 A situação do conjunto também dá aos moradores um acesso bom aos comércios locais existentes, porém os deixa distante de comércios centrais de porte maior, sendo em torno de mais de 1 km. Nesse raio de 1 km citado está situada, por exemplo, a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Morada do Sol, onde os moradores se deslocavam para serem atendidos, pois de acordo com as figuras 15 e 16, pode-se ver que a UBS São Camilo não estava finalizada, começou a ser reformada em 2017 e o prazo para termino previsto seria em 2019, o que até então não havia ocorrido.

Figura 15 - Unidade Básica de Saúde São Camilo

Fonte: Autora, 2020.

39

Figura 16 - Unidade Básica de Saúde São Camilo

Fonte: Autora, 2020.

Porém, durante a pandemia a Prefeitura Municipal de Itapeva, retomou a reforma e após o término, por meio da Secretaria Municipal de Saúde na data de 24 de junho reinaugurou a UBS São Camilo, como visto na figura 17, logo abaixo.

Vale ressaltar que o referido estudo de caso, foi realizado no inicio do ano de 2020, ou seja, antes do inicio da pandemia, no qual a Prefeitura retomou a reforma a UBS São Camilo.

40

Figura 17 - Unidade Básica de Saúde São Camilo, reinaugurada.

Fonte: Prefeitura Municipal de Itapeva, 2020.

Esse acontecimento foi um grande ponto positivo para os moradores, principalmente para os idosos que residem no Conjunto Habitacional H - Vila Dignidade, porém a Unidade Básica de Saúde São Camilo não oferece atendimento como exames referentes à especialidade, tendo que os moradores terem que se deslocar ate o centro para exames e consultas com especialistas.

41

Para alguns urbanistas como Clarence Arthur Perry a distancia entre 800m e 1200m é o limite para a configuração da chamada unidade de vizinhança. Essa distancia é baseada nos percursos a pé máximos realizados por uma pessoa num pequeno espaço de tempo (PRADO, 2017, p. 263). Desta forma, foi considerada a distância maior que 1 km, longe para eles se deslocarem a pé.

Figura 18 - Quadro de Distancias da rede de comércios e Serviços

Itapeva H (Vila Dignidade)

Comércio de Comércio de Assistência pequeno médio a grande Social porte porte

Centro de Templo Saúde Religioso

220 m

1 km

2,2 Km a 3,6 Km 1,2 Km

Próximo do Conjunto: de 0 m a 1 km

65 m

Distante do Conjunto: A partir de 1 km

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Conforme apresenta o quadro anterior, existem alguns comércios e serviços bem próximos do conjunto, porém os demais já são considerados “longe” para percorrer a pé, a ponto de concluirmos que a idéia desse bairro onde o conjunto está situado, não se tornar numa centralidade local dominante no presente momento.

Ressaltando, que por mais que o conjunto habitacional Itapeva H – Vila Dignidade seja uma moradia assistida, ou seja, que receba profissionais de saúde, entre outros, não podemos esquecer de que se trata de um conjunto voltado a idosos independentes, diferente do asilo e seu objetivo é promover a inclusão social e o envelhecimento ativo de qualidade e não a segregação.

A pesquisa de campo mostrou que viver nos limites urbanos ou próximos dele, faz com que o individuo tenha que conviver com infraestruturas urbanas sem qualidade e a falta de comércios e serviços precários e/ou muitas vezes inexistentes.

Portanto, a partir da analise critica e diagnostico do entorno, foi pensada em uma solução que pode ser adotada frente aos conjuntos habitacionais destinados a idosos dos quais serão levados em consideração os pontos positivos e negativos para o desenvolvimento do projeto.

42

43

7.

REFERENCIAS PROJETUAIS

44

Foram selecionadas 03 (três) referencias projetuais para auxiliar na concepção e execução do projeto desse trabalho, sendo um nacional e dois internacionais. O primeiro selecionado foi a Vila dos Idosos em Pari na cidade/estado de São Paulo, o segundo Lar de Idosos Peter Rosegger, localizado em Graz, na Áustria e por último, o Complexo Social em Alcabideche, Alcabideche, em Portugal.

45

8.

VILA DOS IDOSOS

46 A vila dos idosos, esta localizada na cidade de São Paulo, região sudeste do país, exatamente na Avenida Carlos de Campos, n. 840 – Pari- São Paulo. Ela foi projetada pelo grupo VIGLIECCA E ASSOCIADOS e seu período de inicio e finalização da construção foram entre os anos 2003 - 2007.

Figura 19 - Localização Vila dos Idosos, bairro Pari – São Paulo.

Fonte: Web Site Google Maps 2020, adaptado pela autora 2020.

47 O projeto integra o programa Morar no Centro, com iniciativa da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB), sendo seu publico alvo os idosos. Ele corresponde às das reivindicações do Grupo de Articulação para Conquista de Moradia dos Idosos da Capital (GARMIC), fundado em 2001, que atua em parceria com o Conselho Municipal do Idoso. A idéia de construir um conjunto habitacional para idosos existe desde 1999, mas só em 2003 o terreno para a construção do condomínio foi colocado à disposição (web site VIGLIECCA E ASSOCIADOS).

Como dito anteriormente o conjunto está localizado no Bairro Pari, e este integrado a Biblioteca Pública Adelpha Figueiredo, próximo do centro da cidade como ilustra o mapa a seguir, com excelente acessibilidade às diversas linhas do transporte público. Ainda segundo o escritório, o objetivo do projeto é promover a maior quantidade e variedade de contatos de vizinhança dentro do conjunto, e entre eles e a cidade (web site VIGLIECCA E ASSOCIADOS).

Figura 20 - Localização Vila dos Idosos via satélite.

Fonte: web site Google Maps 2020, adaptado pela autora 2020.

48 O programa de necessidades consiste em 145 unidades, sendo 57 apartamentos de um dormitório com 42m² e 88 mono-ambientes com 30m², três salas para TV e jogos, quatro salas de uso múltiplo, salão comunitário com cozinha e sanitários, quadra de bocha, área verde, espelho d’água e horta comunitária. Distribuídos em quatro pavimentos, com duas caixas de circulações verticais com escadas e elevadores, possui 25% das unidades já adaptadas a portadores de deficiências físicas na parte térrea, e as outras facilmente adaptáveis, caso fosse necessário, totalizando uma área construída de 8.290 m², dentro de uma área de intervenção de 7.270 m² (web site VIGLIECCA E ASSOCIADOS).

Figura 21 - Vila dos Idosos e Biblioteca Publica Adelpha Figueiredo.

Fonte: web site Vigliecca e Associados, adaptado pelo autora 2020.

49

As circulações horizontais estão dispostas como espaços coletivos de encontro assim como os bancos frente às portas dos apartamentos que adquirem uma dimensão de focos de interação coletiva, salas localizadas nos quatro andares do prédio funcionam como estares e salas de TV, salões comuns localizados nas Avenidas Carlos de Campos e Pedroso da Silveira promoverão diferentes tipos de contatos com o bairro, comerciais, culturais e sociais e uma horta comunitária atenderá também as estratégias alternativas de sobrevivência dos moradores.

Figura 22 - Planta Térrea.

Fonte: web site Vigliecca e Associados, adaptado pela autora, 2020.

50

A imagem a seguir consiste em estudo de setorização, classificadas em publico, semi- publico e privado, onde o que está em vermelho (privado), diz respeito aos apartamentos dos moradores, em laranja (semi-publico), são as área externas do conjunto, salão comunitário e horta comunitária e por fim em amarelo (público), são a Biblioteca Publica Adelpha Figueiredo, os estacionamentos e as salas comerciais.

Figura 23 - Setorização.

Fonte: web site Vigliecca e Associados, adaptado pela autora, 2020.

51

A figura 24 apresenta um fluxograma referente ao conjunto onde mostra as ĂĄreas que sĂŁo classificadas como publicas (amarelo), onde qualquer pessoa pode ter acesso, semi-privado (laranja), onde algumas pessoas como visitantes podem ter acesso e privado (vermelho), onde somente moradores e funcionĂĄrios podem acessar.

Figura 24 - Fluxograma.

Fonte: web site Vigliecca e Associados, adaptado pela autora, 2020.

52

Na próxima imagem, temos a planta do pavimento tipo, onde apresenta o estudo de percurso do sol em relação à implantação do conjunto, a direção dos ventos predominantes que são oriundos do leste. Também apresenta como funcionam as circulações horizontais (roxo) e verticais (rosa), neste ultimo a partir de escadas e um elevador.

Figura 25 - Planta Pavimento Tipo.

Fonte: web site Vigliecca e Associados, adaptado pela autora 2020.

53

Na figura 26, temos a setorização e fluxograma referente aos apartamentos, onde a cozinha e lavanderia estão classificadas como publico (amarelo), isso em função do morador estar recebendo alguma visita, já o banheiro em semi – publico (laranja), partindo para o privado (vermelho), onde se encontra o quarto e a sala integrada.

Figura 26 - Planta Apartamento Tipo 01 e Fluxograma.

Fonte: web site Vigliecca e Associados, adaptado pela autora, 2020.

54 Jå na figura 27, segue o mesmo conceito da anterior, porÊm com algumas diferenças, pois neste caso a planta tipo do apartamento muda, sendo sala de TV, cozinha e lavanderia classificadas como publico (amarelo), corredor e banheiro semi- publico (laranja) e quarto privado (vermelho).

Figura 27 - Planta Apartamento Tipo 02 e Fluxograma.

Fonte: web site Vigliecca e Associados, adaptado pela autora 2020.

55 Na imagem a seguir, temos o corte da edificação, onde o que esta em azul, representa a caixa d’água, o que esta em rosa, circulação vertical, que se dá por meio de escadas e elevadores, já o que esta em laranja (térreo), é a área voltada para a área de convivência dos moradores, os demais pavimentos 1, 2 e 3 (vermelho), são as áreas destinadas aos moradores, onde se encontra os apartamentos.

Figura 28 - Cortes.

Fonte: web site Vigliecca e Associados, adaptado pela autora, 2020.

56

A abertura das janelas em fita de um bloco voltado para o corredor de circulação e de outro bloco voltadas para a face externa proporciona a ventilação natural cruzada, trazendo mais conforto térmico, como mostra a figura 29.

Figura 29 - Vila dos Idosos.

Fonte: web site Vigliecca e Associados, adaptado pela autora, 2020.

57

Em relação às condições econômicas dos moradores, e as limitações orçamentárias, entendeu-se que os materiais a utilizar deveriam ser padronizados, porem de alta durabilidade e escassa necessidade de manutenção. O projeto estabelece a simplificação dos acabamentos, com laje aparente, eliminando os revestimentos das paredes e pisos (web site VIGLIECCA E ASSOCIADOS).

Nas imagens a seguir, podemos observar como se dão as curvas de nível em relação ao terreno e seu gabarito de entorno, onde foi analisado que a edificação fica numa área praticamente plana, sem a incidência de um declive ou aclive acentuado.

Figura 30 - Topografia Vila dos Idosos.

Fonte: web site Cadmapper, adaptado pela autora, 2020.

58

Figura 31 - Corte transversal e longitudinal.

Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

59

Já em relação ao gabarito de entorno observa-se que a há muita arborização, o que contribui na questão de qualidade ambiental, a altura dos prédios analisados não destoam dos demais a sua volta e por fim a Vila dos Idosos e a Biblioteca Adelpha Figueiredo chamam a atenção pelo partido arquitetônico, devido ao desenho diferenciado das demais edificações do entorno.

Figura 32 - Gabarito de entorno Vila dos Idosos.

Fonte: web site Cadmapper, 2020, adaptado pela autora, 2020.

60 No projeto existem pontos que foram analisados e classificados como positivo, em relação a sua volumetria, projeto arquitetônico, principalmente sua integração com a biblioteca e comércios, ou seja, integração com seu entorno.

Anos de luta dos idosos pela moradia própria, junto com entidades, garantiu que a Vila dos Idosos fosse inaugurada em 2007, com o intuito de promover a integração com a cidade e seu entorno, e também promover moradia ao invés do asilamento. Esse projeto que é tido como modelo de política publica bem sucedida, traz uma forma de valorizar quem há muitos anos já contribuiu com a sociedade, e precisa de uma retribuição mesmo que mínima por tantos anos contribuídos.

61

9.

LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER

62

O segundo referencial projetual, esta localizado em Graz, na Áustria e foi projetado por Dietger Wissounig Architekten no ano de 2014. O edifício consiste em dois pavimentos, o térreo e o pavimento superior possuindo forma modular com cortes assimétricos que dividem a casa em oito habitações, sendo quatro em cada pavimento, agrupados em torno de um pátio central, tendo dois jardins particulares, onde um serve de horta comunitária e átrios internos compõem o pavimento superior, que ajudam na ventilação e iluminação natural e por fim o lar de idosos possui integração com o parque publico planejado pela cidade de Graz, conforme mostra a imagem a seguir. (web site Dietger Wissounig Architekten).

Figura 33 - Planta de implantação

Fonte: web site Archdaily 2014, adaptada pela autora 2020.

63

A figura 34 apresenta a setorização da área externa do lar de idosos, onde o que está classificado em vermelho (privado) são os átrios internos da edificação, o jardim particular e a horta, o que esta em laranja (semi-publico), representa o pátio de serviço e por fim o que esta em amarelo (publico), são o espelho d’água, o parque, jardim perene e o jardim sensorial, respectivamente.

Figura 34 - Setorização geral

Fonte: web site Archdaily 2014, adaptada pela autora 2020.

64

Figura 35 - Lar de Idoso Peter Rosegger

Na próxima imagem, podemos observar que a edificação consiste em térreo e pavimento superior, destacando sua forma modular e uso de bastante vidro que auxilia na ventilação e luz natural.

Fonte: web site Archdaily 2014, adaptado pela autora 2020.

65 A unidade habitacional possui 96 (noventa e seis) dormitórios para idosos e mais 08 (oito) para enfermeiros, cozinha e uma área de jantar para 13 residentes e um enfermeiro. Existem grandes varandas e galerias, assim como uma variedade de caminhos e vistas ao longo da casa. Os dormitórios variam levemente em relação à sua localização e a direção que estão orientados, já os quartos de enfermagem estão localizados no centro de cada pavimento, garantindo poucos passos de cada residente, como mostra a figura a seguir. (web site Dietger Wissounig Architekten).

Figura 36 - Planta Térrea

Fonte: web site Archdaily 2014, adaptada pela autora, 2020.

66 As imagens a seguir mostram os estudos de setorização, bem como um fluxograma que correspondem às edificações, na figura 37, foram classificados como privado (vermelho), destinado somente ao acesso dos residentes e funcionários os dormitórios, em semi-publico (laranja), as circulações, os refeitórios, varandas e por fim os públicos (amarelo), o pátio de entrada do lar de idosos.

Figura 37 - Setorização Planta Térrea Figura 38 - Fluxograma

Acesso Principal

Pátio de Entrada

Varanda

Acesso Secundário

Acesso Terciário

Horta

Pátio de Serviço

W.C Funcionários

Dorm.

Funcionários

Lavanderia

Refeitórios Depósito Dormitórios

W.C

Sala de Terapia

Fonte: elaborado pela autora, 2020.

Fonte: web site Archdaily, 2014, adaptada pela autora, 2020.

67 Nas próximas imagens 39 e 40, respectivamente, temos a planta baixa do primeiro pavimento seguida do seu estudo de setorização, onde consiste no mesmo conceito do primeiro pavimento, uma vez que se trata de uma edificação modular padronizada, portanto ela tem o seguimento igual ao do térreo, onde o que esta classificado como privado (vermelho), se trata dos dormitórios dos residentes e dos funcionários, w.c e horta, seguido do semi–publico (laranja), onde estão os refeitórios, varandas, lavanderia pátio de serviços, sala de terapia e por ultimo o publico (amarelo) que consiste apenas no pátio de entrada.

Figura 39 - Planta Primeiro Pavimento.

Fonte: web site Archdaily 2014, adaptada pela autora 2020.

68 Figura 40 - Setorização Planta Primeiro Pavimento

Fonte: web site Archdaily 2014, adaptada pela autora, 2020.

69

Em relação aos materiais empregados, os dois pavimentos mais altos do edifício são inteiramente feitos com estruturas de madeira, exceto a escala principal, foram feito usos de madeira laminada cruzada nas paredes e no teto para formarem a estrutura portante, nota-se também pelas imagens a seguir o uso de vidro, brises, pergolados, que auxiliam na entrada de luz natural, como visto nas figuras 41 e 42.

Figura 41 - Fachada da Edificação

Fonte: web site Archdaily, 2014, adaptada pela autora 2020.

70 Figura 42 – Brises.

Fonte: web site Archdaily 2014, adaptada pela autora 2020.

Este segundo projeto analisado trouxe outros pontos positivos, como materiais empregados, iluminação, ventilação, volumetria. E o fato de ser criado para gerar uma atmosfera familiar pensando no residente, isso pode ser observado no programa de necessidades, em que notamos que existem refeitórios, varandas, em cada pavimento espalhados pela edificação não obrigando o residente se reunir em um só lugar, horta e jardim particular, alem da integração com o parque publico da cidade, trazendo a sensação de liberdade.

71

10.

COMPLEXO SOCIAL EM ALCABIDECHE

72

O terceiro referencial Projetual a ser analisado fica em Alcabideche – Portugal e foi projetado pelos arquitetos Guedes Cruz Arquitectos no ano de 2012 e possui 10.000m² de construção dentro de uma 9956 m². O Complexo de Alcabideche é um equipamento promovido pela Fundação Social do Quadro Bancário que pretende ajudar a preencher um espaço no sistema de apoio à terceira idade (web site Guedes Cruz Arquitectos).

Figura 43 - Implantação

Fonte: web site Archdaily 2015, adaptada pela autora 2020.

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Nas figuras 44 e 45, temos o estudo de setorização e fluxograma do projeto analisado, onde a área das residências são classificadas em privado (vermelho), o centro de apoio como semi - publico (laranja) e o acesso principal como publico (amarelo).

Figura 44 – Setorização

Figura 45 – Fluxograma

Acesso Principal

Pátio de Entrada

Centro de Apoio

Residências

Áreas de lazer / horta/ piscina

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Fonte: web site Archdaily 2015, adaptada pela autora 2020

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Neste projeto foi criada uma malha regular com modulação de 7,5m que suporta uma estrutura construída de 52 casas modulares padronizadas e um edifício de apoio, onde os espaços exteriores de ruas praças e jardins se constituem como o prolongamento da própria casa, como visto na figura 46.

Figura 46 - Edifícios de Apoio e Residências

Fonte: web site Archdaily 2015, adaptada pela autora 2020.

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As imagens a seguir apresentam estudo de setorização e fluxograma referente às residências, onde a sala e cozinha são classificadas como semi-publico (laranja), e quarto e banheiro como privado (vermelho), caso o residente receber receba uma visita.

Figura 47 - Setorização Residências.

Fonte: web site Archdaily 2015, adaptada pela autora 2020.

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Figura 48 - Corte

Fonte: web site Archdaily 2105, adaptada pela autora 2020.

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Figura 49 - Fluxograma Área Externa

Sala/ Cozinha

Quarto

W.C

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Nas próximas imagens, podemos observar a partir dos estudos realizados que o complexo possui a existência de rampas, circulações largas e acessíveis, respeitando cada residente e suas limitações.

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Figura 50 - Fachada Principal, Lateral Esquerda e Posterior

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Fonte: web site Archdaily 2105, adaptada pela autora 2020.

80 Um ponto interessante é que a cobertura das unidades habitacionais tem outras funções, como no caso de uma urgência os idosos podem ativar um dispositivo de alarme que alerta a central de segurança localizada no edifício central e a luz da cobertura alteram-se, fazendo com que a caixa branca passa a cor vermelha, como visto na figura 51. Os volumes das residências, assim como do centro de apoio servem durante o dia como proteção do sol para os idosos. Uma característica que vale ser ressaltada, é que além de oferecer proteção contra os raios solares às coberturas do volumes captam a energia solar e a noite ilumina o local de forma sutil, sem que haja a necessidade de postes de iluminação, a figura 51 representa o conceito de funcionamento da iluminação noturna.

Figura 51 - Iluminação Noturna

Fonte: web site Archdaily 2015.

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Figura 52 - Iluminação Noturna

Fonte: web site Archdaily 2015.

Por fim o equilíbrio ambiental no interior das residências deve-se às capacidades de reflexão da caixa branca da cobertura e à eficiência térmica da almofada de ar, criada entre esta e a área habitável contida na base de concreto aparente, como vista na imagem a seguir.

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Figura 53 - Diagrama conceito de isolação térmica (inverno/verão).

Fonte: web site Archdaily 2015.

A intenção desse projeto foi reconstruir um estilo de vida mediterrâneo em que o lado externo fizesse parte do prolongamento da residência, ou seja, trazer uma integração do lado externo com o interno. Todas as referencias projetuais estudadas tem em comum a promoção da integração do idoso ao espaço externo, de forma a valorizar o envelhecimento ativo e saudável.

Após analisar as três referencias, conclui-se que apesar de ser voltada a idosos, cada uma possui características diferentes uma das outras, como localidade, programas de necessidades, materiais e estruturas, sendo que com essas informações foi possível observar a solução tomada por cada arquiteto, em relação ao terreno, programas que atendessem aos idosos com qualidade e trouxe clareza para o início do processo criativo de projeto. Portanto, os aspectos incorporados no projeto serão referenciais de disposição de mobiliário, acessibilidade, circulação, acessos, cores, atividades de cada ambiente, padronização.

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11. ANÁLISES URBANAS

84 A área de intervenção escolhida está situada na cidade de Itapeva interior do estado de São Paulo e o terreno fica no Bairro Parque Residencial Itapeva, considerada pelo zoneamento urbano como ZR1 (zona residencial 01), que corresponde à área exclusivamente residencial, com padrão de ocupação unifamiliar de baixa densidade, com padrões de uso e ocupação definidos na aprovação do loteamento. Estando mais próxima da área central da cidade e dos serviços oferecido, cerca de 20 minutos percorrendo o trajeto a pé, como mostra a figura 54.

Figura 54 - Localização da cidade no estado de São Paulo e localização da área de intervenção

Fonte: web site Google Maps, 2020, adaptada pela autora 2020.

85 Na figura 55, ressalta os serviços da área de saúde, lazer e bancários, que ficam próximos da área escolhida para intervenção, e como mencionado anteriormente o tempo máximo para percorrer a pé fica cerca de 20 minutos, um dos motivos que justifica a escolha desses terrenos ociosos, além da sua dimensão e quantidade para suprir o projeto a ser executado.

Figura 55 - Localização de Serviços Próximos

Fonte: web site Google Maps, 2020, adaptada pela autora 2020.

Para analisar o entorno da área de intervenção foi considerado um raio de 500 (quinhentos) metros, onde se pode entender sobre os usos, limites, entre outros sobre o local de projeto.

86 Figura 56 - Mapas Cheios e Vazios

O bairro apresenta uma densidade habitacional considerável, pois se trata de um bairro consolidado e antigo, apesar de ainda haver vazios urbanos em sua localidade já nos bairros próximos a densidade habitacional é bem maior. Todos os terrenos da área de estudo são edificados, exceto a área escolhida para a intervenção e a área verde como mostra o mapa a seguir.

Fonte: web site Prefeitura Municipal de Itapeva 2019, adaptada pela autora 2020.

87 Figura 57 - Mapas Gabarito de Altura das Edificações

O entorno é composto por edificações de casas térreas e de até 02 (dois) pavimentos, havendo muito poucas edificações de até 03 (três) pavimentos ou mais, conforme mapa a seguir.

Fonte: web site Prefeitura Municipal de Itapeva 2019, adaptada pela autora 2020

88 Figura 58 - Corte Perfil Gabarito de Altura das Edificaçþes

Fonte: Elaborado pela autora 2020.

89 Figura 59 - Corte Perfil Gabarito de Altura das Edificações

Como já visto o bairro localiza-se numa zona residencial 01 que determina apenas a construções residenciais, com padrão de ocupação unifamiliar de baixa densidade, e podemos constatar pelo mapa a seguir que o entorno é constituído por edificações residenciais, havendo áreas de comércios e serviços em um pequeno numero, sendo estes educacionais, de saúde, alimentícios, o que confirma que o projeto não terá impacto negativo na vizinhança pelo fato de ser um conjunto habitacional destinados a idosos, mesmo em seu período de execução, pois os trabalhos serão efetuados no horário comercial.

As quadras escolhidas para a intervenção tratam-se de quadras privados, estando próximas de uma área verde, que de certa forma destaca-se como um ponto positivo.

Fonte: web site Prefeitura Municipal de Itapeva 2019, adaptada pela autora 2020.

90 Figura 60 - Áreas Verdes.

Nota-se no mapa a seguir que há existência de vegetação alta por toda a extensão do rio, sendo definida como uma área de preservação, as demais áreas são constituídas por forração rasteira e gramas, assim como nas quadras de intervenção, ao lado delas, na mesma quadra sem interrupção há uma área demarcada por uma linha, pois existe uma plantação recente de arvores para preservação, o que futuramente trará para os moradores do conjunto sombreamento e ventilação natural.

Fonte: web site Prefeitura Municipal de Itapeva 2019, adaptada pela autora 2020.

91 Figura 61 - Fluxo de Vias.

O mapa a seguir consiste no levantamento do fluxo viário do entorno estudado, onde foi classificado em Via Arterial (Fluxo Intenso), Via Coletora (Fluxo Moderado) e Via Local (Fluxo Baixo).

As vias arteriais são classificadas desta maneira por receberem o maior numero de fluxo durante o dia, já as vias coletoras têm a função de distribuir o transito e já as vias locais são as menos movimentadas.

A Rua Higino Rodrigues Garcia, por exemplo, é classificada como via arterial, pois possui um fluxo maior de veículos, por justamente ser uma das vias principais que interligam e fazem a transição de outras áreas do município, seu horário de maior movimento observado no decorrer dos estudos são nos horários de pico entre os horários de 12:00 h as 13:00 e 18:00 as 19:00, em que a população sai para almoço e volta para casa.

RUA HIGINO RODRIGUES GARCIA

Fonte: web site Prefeitura Municipal de Itapeva, adaptada pela autora, 2020.

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Desta forma, conclui-se que a partir desses estudos e levantamentos foi possível identificar os pontos significativos para inicio do projeto, foi observado que se trata de um entorno já consolidado, com moradores antigos que vivem em torno de 30 anos ou mais, sendo um bairro que possui maior numero de edificações residenciais, tendo em seu entorno próximo serviço e comércios locais, praças e próximo do centro da cidade e lugares de lazer cerca de 20 minutos de um trajeto percorrido a pé.

93

12.

CARACTERIZAÇÃO

94 O terreno está localizado próximo de uma área verde, como dito anteriormente, possui calçamento, e como apresenta declive, possui bocas de lobo espalhadas no decorrer das áreas para facilitar o escoamento de água de chuva, além da drenagem natural oferecida pela área verde próxima e calçada verde que também auxilia na drenagem da água, como mostra a imagem a seguir.

Figura 62 - Calçada e Terreno.

Fonte: Autora 2020.

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Na figura 63, podemos enxergar ao fundo o restante da cidade, diferente do que é visto no estudo de caso realizado no conjunto habitacional H – Vila Dignidade, podendo ser visto a Santa Casa de Misericórdia.

Também podemos observar a existência de postes de iluminação, que passam por este loteamento, onde o fornecimento da energia elétrica é feita pela empresa ELEKTRO, também há a existência de abastecimento de água e esgoto fornecidos pela empresa SABESP, as coletas de lixo são feitas de forma intermitente durante a semana (segunda- ferira, quarta-feira e sexta-feira) pela Prefeitura Municipal de Itapeva .

96 Figura 63 - Terreno.

Fonte: Autora 2020.

97 Também é possível identificar nas figuras 64 e 65 que possui calçada verde, passeio de concreto e bocas de lobo para auxilio de escoamento de água, já na figura tal observa-se a existência do rebaixamento de calçada, que facilita ao usuário com mobilidade reduzida seu uso.

Figura 64 - Terreno.

Fonte: Autora 2020.

98 Figura 65 - Rebaixamento de calรงada.

Fonte: Autora 2020.

99 No mapa de visadas a seguir é possível analisar as edificações e espaços próximos do entorno dos terrenos, classificados como destaque, dentro do raio de 500 metros da área de estudo, sendo elas a Praça Memorial dos Tropeiros, a Mata do Carmo (sala Verde), espaço de visitação de área verde preservada na centralidade urbana do município, a Praça Pedro Merege, todos em um bom estado de conservação e este ultimo tendo espaços de praticas esportivas, integração com demais moradores do entorno.

Figura 66 - Mapa de Visadas.

Fonte: web site Prefeitura Municipal de Itapeva, adaptada pela autora, 2020.

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Concluindo, os terrenos possuem características positivas para desenvolvimento do trabalho, além do que foi analisado num raio de 500 metros que possui próximo dos terrenos, também á um pouco mais de 600 metros, encontra-se a Praça de Eventos Zico Campolim, lugar destinado a praticas esportivas e contemplação, o Parque Linear Mario Covas que possui pista de caminhada e espaços verdes.

101

13.

MORFOLOGIA

102 A seguir o mapa topogrรกfico do terreno, assim como o corte, mostram no sentido de oeste para leste as declividades dos terrenos e os perfis naturais do terreno, onde podemos observar uma declividade de entorno de 5 metros da ponta inicial da primeira quadra ate o fim da ponta final da ultima quadra.

Figura 67 - Mapa Topogrรกfico.

Fonte: web site Prefeitura Municipal de Itapeva, 2019, adaptada pela autora 2020.

103 Figura 68 - Cortes AA e BB.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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E por fim temos o modelo eletrônico da área de estudo, para facilitar no entendimento do entorno, observamos as volumetrias das edificações, vegetação e declividade existentes. Como apresentado, o entorno possui um gabarito de altura baixa em sua maioria e uma grande massa arbórea onde é destinado a área de preservação.

Figura 69 - Modelo Eletrônico.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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Com base nesses levantamentos e dados colhidos o projeto foi inserido numa área em que em muitos aspectos é considerada de melhor qualidade em relação ao estudo de caso realizado no conjunto habitacional H – Vila Dignidade.

106

14.

PROJETO

107 14.1. IMPLANTAÇÃO A figura 70 apresenta a implantação e esquema conceitual onde mostra a intenção de caminhos para pedestres, o local para a implantação do ponto de ônibus, também a implantação das residências e do centro de apoio, assim como um espaço aberto na frente do centro de apoio e a o fundo uma horta comunitária. Também apresenta os ventos predominantes vindo do lado leste.

A proposta de projeto do conjunto habitacional voltado a idosos, juntamente com um centro de apoio integrado situado no bairro Parque Residencial Itapeva, surge a partir de problemáticas encontradas no estudo de caso realizado a cerca conjunto habitacional Itapeva H – Vila Dignidade e seu entorno. A partir disso, o projeto prevê uso de vazio urbano próximo ao centro da cidade, melhoria no padrão arquitetônico das residências, assim como melhoria na qualidade de vida dos moradores, onde o conceito é conexão com a cidade. A idéia de um centro de apoio é ter um espaço para que os moradores possam ter um espaço para realização de atividades em conjunto com a comunidade os integrando. Desta forma a proposta de projeto foi feita a partir do referencial teórico e projetuais estudados e apresentados neste trabalho, a fim de chegar no resultado final.

A partir do conceito levou ao partido arquitetônico das residências e do centro de apoio, no qual edificações são térreas, modulares e padronizadas. As residências em especifico leva como diretriz o aumento da área construída como melhoria na qualidade de vida dessa população, uma vez que em especifico possuam mobilidade reduzida e necessitem de espaços maiores para locomoção facilitada. A criação do centro de apoio e a implementação de uma horta comunitária traz como diretrizes um planejamento de atividades para que essa população tenha conexão e integração com outras pessoas.

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Figura 70 – Implantação e Esquema Conceitual

Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

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A figura 71 mostra a implantação em perspectiva das residências, assim como o centro de apoio nas quadras, onde é possível observar que as quadras foram trabalhadas com recorte no lado debaixo de cada terreno para a implantação das edificações, neste sentido foram utilizados muros de arrimo para contenção dos taludes.

Figura 71 - Implantação em Perspectiva

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

As figuras 72 e 73 o corte transversal e longitudinal, que elucidam melhor como foi trabalhado o terreno em questão para implantação das edificações.

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Figura 72 - Corte Longitudinal

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Figura 73 - Corte Transversal

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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As quadras 1, 2, 3 e 4, no sentido da seta vermelha indicativa na figura 71 possuem respectivamente as medidas de 11.620,41m², 11.388,87 m², 13.472,49² e 15.154,43 m², dentro dessas areas foram desmembrados os lotes que acomodam as residências com área de 325, 00 m², onde cada lote possui 13,00 metros de frente e 25,00 metros de comprimento, totalizando 26 residências na primeira quadra, 30 residências na segunda quadra, 32 na terceira quadra, somando um total de 88 residências e na quarta quadra o centro de apoio.

O projeto traz um caráter de integração, visto na implantação (figura 70), devido à implantação do centro de apoio e a horta comunitária, encontrados nas referencias projetuais Vila dos Idosos no Bairro Pari – São Paulo, onde possui a integração com a biblioteca publica Adelpha Figueiredo, no Lar de Idosos em Peter Rosseger – Áustria, que possui integração com o parque Publico e por ultimo o Complexo Social em Alcabideche Portugal, que possui um centro de apoio aos idosos.

14.2. SETORIZAÇÃO Após definido conceito, partido arquitetônico e implantação das edificações no terreno foi pensado no programa de necessidades para o projeto das residências e do centro de apoio, como mostra as figuras 74 e 75.

Figura 74 - Programa de Necessidades Residências

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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Figura 75 - Programa de Necessidades Centro de Apoio

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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E juntamente com o programa de necessidade foi elaborado os fluxogramas para distribuição do ambiente interno das residências e do centro de apoio, como mostra a figura 76 e 77 e melhor observado nas figura 78 e 79 que diz respeito a setorização do ambiente interno das edificações.

Figura 76 - Fluxograma Residência

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Figura 77 - Fluxograma Centro de Apoio

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Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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Figura 78 - Setorização Residências

Fonte: Elaborado pela Autora, 2020.

116 Como mencionado anteriormente à figura anterior trata-se da setorização dos ambientes das residências, onde foram classificados como ambientes publico a semi-publico, tratam –se de ambientes que uma visita tem acesso, já os quartos foram classificados como privados sendo mais restritos aos moradores, também podemos observar a disposição dos ambientes, no qual foi criado ambientes espaçosos para os moradores e uma circulação fluida.

Já a figura a seguir traz a setorização do centro de apoio, onde segue o mesmo conceito da setorização das residências, em vermelho classificado como privado, são mais restritos aos funcionários os ambientes de depósito, administração, banheiro de funcionários, a despensa e a cozinha, já a sala de informática, sala multiuso e a sala de leitura e biblioteca, são de caráter semi- publico e a área de convívio, alimentação, recepção e sanitários, são classificados como publico. A planta do centro de apoio destaca-se por espaços grandes, que permitem uma fluidez e flexibilidade em seu uso, o espaço destacado em amarelo (publico) foi criado não somente para os residentes, mas também com a intenção de receber visitantes para socialização.

Figura 79 - Setorização Centro de Apoio

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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14.3. CROQUIS INICIAIS Após a elaboração do esquema conceitual, a definição do programa de necessidades e o fluxograma, iniciaram-se os croquis da residência e do centro de apoio a partir da setorização dos ambientes. nessa etapa foi possível definir sistema construtivo e materiais a serem aplicados no acabamento interno e externo e a metragem quadrada das edificações, onde a residência possui 92,82m².

Figura 80 - Perspectiva Residência

Fonte: elaborado pela autora, 2020.

Na figura anterior vimos alguns materiais a serem aplicados no acabamento externo, tais como um painel de madeira, que auxilia no conforto térmico, devido ao sistema de fachada ventilada, uso de portas de correr e janela ampla, para auxiliar na iluminação e ventilação natural, foi projetada uma extensão da laje pra que auxilie na entrada de luz solar dentro da edificação, também foi definido o sistema construtivo, que consiste na execução em sistema de alvenaria.

118 Na figura 81(planta baixa), 82 (corte AA) e 83 (corte BB), alem de apresentar a disposição dos ambientes e alguns materiais internos de acabamento como piso, podemos ver também a disposição das vigas que recebem as cargas vindas da laje e distribuem para os pilares que em seguida distribuem para a fundação.

Figura 81 - Planta Baixa

Fonte: elaborado pela autora, 2020.

119

Figura 82 - Corte AA

Fonte: elaborado pela autora, 2020.

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Figura 83 - Corte BB

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

121

Por ultimo temos o croqui da planta de cobertura (figura 84), no qual é projetada em laje impermeabilizada com inclinação de 1%, assim como a torre da caixa d’água.

Figura 84 - Planta de Cobertura

Fonte: elaborado pela autora, 2020.

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A partir da figura 85 são apresentados os croquis do centro de apoio, onde sua área construída possui 739,00 m², consistindo em um pavimento térreo, fazendo uso de varias aberturas para entrada de luz e ventilação naturais, o sistema construtivo, que também é feito de alvenaria seguindo o sistema de construção das residências e planta baixa espaçosa.

Figura 85 - Perspectiva Centro de Apoio

Fonte: elaborada pela autora, 2020.

Na figura 86, temos a planta baixa do centro de apoio, onde pode-se observar a paginação de piso a disposição dos ambientes internos, seguindo para os cortes figuras 87, 88 e 89, onde também são vistos os elementos construtivos, como laje, vigas, pilares e fundação.

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Figura 86 - Planta Baixa Centro de Apoio

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

124 No corte AA é visto o corte que passa pelos sanitários femininos e masculinos, onde foram colocadas barras de apoio nas paredes para usuário portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida, assim como todas as dimensões foram projetadas para atender essa população, com base na NBR 9050/2020.

Figura 87 - Corte AA

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Figura 88 - Corte BB

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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Figura 89 - Corte CC

Elaborado pela autora, 2020.

Na figura a seguir temos a planta de cobertura, onde sua execução consiste em laje impermeabilizada com inclinação de 1%, assim como a torre da caixa d’água. Tanto as residências, quando o centro de apoio, possuem platibandas com altura de 0.80 cm, podendo ser vistos todos os detalhes nas plantas técnicas em anexo ao final do trabalho.

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Figura 90 - Planta de Cobertura

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

14.4. MATERIAIS Após a finalização dos croquis foram passadas as informações para o software AutoCAD 2017 e para o Sketchup 2017, no qual foram obtidas as informações técnicas e visualizações em 3D dos materiais escolhidos e aplicados.

O sistema construtivo das edificações foi realizado todo em alvenaria e concreto armado. As fundações tipo radier, possuem espessura de 0,15 cm e impermeabilizadas de forma que evitem possíveis infiltrações, os pilares e vigas possuem espessura de 0,15 cm e 0,20 com respectivamente, sendo executados em concreto armado, as paredes externas e internas foram executadas de blocos cerâmicos, assentados com argamassa de cimento e areia e possuem 0,15 cm de espessura, a cobertura foi executada de laje pré fabricada de concreto na espessura de 0,15 cm.

127 Os acabamentos externos receberão chapisco, emboço e reboco após pintura para as residências e o centro de apoio foram usadas tintas da paleta de cores cimento queimado, dia de chuva da Suvinil, como mostra a figura a seguir.

Figura 91- Tinta Externa Edificações

Fonte: Web Site Suvinil, 2020.

Na elevação frontal da residência foi executado um painel em madeira e na elevação posterior executada uma parede de cobogós de tijolo cru, como mostra as figuras 92 e 93.

128 Figura 92 - Painel de Madeira

Fonte: Web Site Google, 2020.

Figura 93 - Cobogó Tijolo Cru

Fonte: Web Site Leroy Merlin, 2020.

Os acabamentos internos foram executados com chapisco, emboço e reboco e camada de massa corrida da marca Suvinil para amenizar possíveis imperfeições, depois foram executadas as pinturas internas dos ambientes com a tinta gelo também da marca Suvinil, como mostra as figuras 94 e 95.

Figura 94 - Massa Corrida

Fonte: Web Site Suvinil, 2020.

Figura 95 - Tinta Gelo Seco Suvinil

Fonte: Web Site Suvinil, 2020.

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Para a residência foram escolhidos dois tipos de piso para área secas o piso de madeira laminada antiderrapante eucafloor e para areas molhadas o piso cerâmico natural plus acetinado retificado 61x61cm bege Royal, o centro de apoio também foi todo trabalhado com o piso cerâmico natural plus.

Figura 96 - Piso de Madeira

Fonte: Web Site Leroy Merlin, 2020.

Figura 97 - Piso Cerâmico

Fonte: Web Site Leroy Merlin, 2020.

Os forros foram executados em gesso tabicado com dimensão de 0.03 cm e com recorte para cortineiro com 12 cm em todas as edificações, já os pontos elétricos foram usados luminárias tipo plafon quadrado, arandela double, os interruptores são do tipo simples modelo Fame da Blanc de 10 A, as tomadas são de dois plugues da marca Tramontina também de 10 A , como mostram as figuras a seguir.

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Figura 98 - Plafon Quadrado

Fonte: Web Site Mercado Livre, 2020.

131

Figura 99 - Arandela Double

Fonte: Web Site mercado Livre, 2020.

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Figura 100 – Interruptores

Fonte: Web Site Mercado Livre, 2020.

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Figura 101 - Tomadas

Fonte: Web Site Mercado Livre, 2020.

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Os pontos hidráulicos que foram executados nos ambientes das edificações são apresentados a partir da figura 102. Na cozinha foram utilizadas torneiras da marca Tramontina, instaladas a 1 metro de altura em relação ao piso, nos banheiros as torneiras são do tipo mono da marca Tramontina, as torneiras da lavanderia são cromadas com arejador.

Figura 102 – Torneira Cozinha

Fonte: Web Site Mercado Livre, 2020.

Figura 103 - Torneira Banheiros

Fonte: Web Site Mercado Livre, 2020.

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Figura 104 - Torneira Tanque

Fonte: Web Site Mercado Livre, 2020.

As pias dos banheiros são da marca Deca na cor branca, possuindo colunas e do tipo oval, as bacias sanitárias são com caixa acoplada também da marca Deca cor branca, os chuveiros são da marca Lorenzetti Bella Ducha, as barras de apoio são da marca Metalcromo e por fim o tanque da área de serviço no modelo com coluna de cerâmica na cor gelo da marca Deca, conforme mostra imagens a seguir.

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Figura 105 - Pia Banheiro

Fonte: Web Site Mercado Livre, 2020.

Figura 106 - Bacia Sanitรกria

Fonte: Web Site Mercado Livre, 2020.

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Figura 107 – Chuveiro

Fonte: Web Site Mercado Livre, 2020.

Figura 108 - Barras de Apoio

Fonte: Web Site Mercado Livre, 2020.

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Figura 109 - Tanque

Fonte: Web Site Mercado Livre, 2020.

Já em relação às esquadrias utilizadas nas edificações, tratam-se de janelas em PVC de correr com vidro da marca Claris, outras são modelo Maxi-ar da mesma marca, as portas externas também são da mesma marca em PVC de correr com vidro, já as portas internas são de madeira de abrir, onde receberam acabamento em pintura e por fim a porta da entrada secundaria do centro de apoio é no material de alumínio.

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Figura 110 - ResidĂŞncias

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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Figura 111 - Ambiente Interno ResidĂŞncias

141 Figura 112 - Ambiente Interno

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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Figura 113 - Ambiente Interno

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

143 Figura 114 - Ambiente interno

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

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Figura 115 - Espaรงo Verde Centro de Apoio

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

145

Figura 116 - Horta Comunitรกria

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

146

Figura 117 - Ambiente Interno Centro de Apoio

Fonte; Elaborado pela autora, 2020.

147

15.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

148

A partir dos estudos, analises e diagnóstico foi possível chegar a uma solução frente às construções de conjuntos habitacionais destinados a idosos, no qual configura a produção habitacional na centralidade urbana, em lugares menos periféricos e mais consolidados, oferecendo um novo sentido ao lugar e as pessoas que vão ali residir. O foco principal do trabalho foi à integração da cidade/comunidade a essa população, através da criação de um centro de apoio, juntamente com uma horta comunitária as dando oportunidade de troca de experiências com vários grupos de pessoas de idades diferentes.

Com a proposta de projeto pode-se alcançar a melhoria na qualidade de vida dessas pessoas, tanto física quanto psicológica, pois alem de oferecer a conexão com a cidade, traz também uma proposta de melhoria em relação ao padrão arquitetônico das residências, oferecendo uma moradia mais adequada com ambientes mais espaçosos, ventilados e iluminados, uma vez que na maioria dos casos, essa população possui mobilidade reduzida, são portadores de necessidades especiais, e oferecendo uma moradia com mais conforto, localizada num ponto mais central da a esse grupo de pessoas que durante uma vida inteira contribuíram com a sociedade a chance de se reconectarem ao espaço urbano ao qual pertencem.

149

16.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

150

ESPECIALIDOSOS: SP TEM PROGRAMA DE CASAS POPULARES PARA IDOSOS, 2009 – DISPONÍVEL <HTTP://WWW.SAOPAULO.SP.GOV.BR/ULTIMASNOTICIAS/ESPECIAL-IDOSOS-SP-TEM-PROGRAMA-DE-CASAS-POPULARES-PARA-IDOSOS/> ACESSO EM 24/03/2020;

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17. ANEXOS

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2

0 1

7 4

01/ 07

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