DIÁRIO DE BORDO JOÃO OLIVEIRA
O espírito do
ALASKA
por João Oliveira Diretor de Operações da Volvo Cars Brasil
M
ais importante que acumular quilômetros, cidades e países, temos a oportunidade de nos desfazermos da nossa individualidade e, muito mais experimentando que somente vendo, crescermos como ser humano. Imbuídos desse espírito de experimentar a diversidade e evoluir com ela, minha esposa Juliana e eu procuramos sempre embarcar em jornadas
que nos ajudem a retornar para casa cheios de reflexões na bagagem. Foi assim que, em uma delas, tivemos a felicidade de conhecer o Alaska. Comprado da Rússia pelos Estados Unidos em 1867 por 7,2 milhões de dólares – 4,74 dólares por quilômetro quadrado – o quadragésimo nono estado americano continua até hoje despertando, devido a seus extremos, a imaginação de todos. Rico em fauna, flora, paisagens exuberantes, culinária excepcional e atividades culturais, o Alaska é um destino que certamente deve ser experimentado pelos brasileiros.
Viajamos de uma das formas mais tradicionais de se conhecer o Alaska: um cruzeiro marítimo de duas semanas entre Seattle e Anchorage. Ketchikan é famosa pelas florestas temperadas úmidas onde habita o impressionante urso negro, que pode chegar a mais de 2 metros e 350 quilos. Em uma trilha pelas florestas tivemos a sorte de encontrar alguns filhotes com a mãe, incluindo um muito curioso nos observando do alto de uma árvore. Continuando a busca por animais, pudemos encontrar nos mares de Juneau – capital do estado – as enormes
“Viajar! Perder países! Ser outro constantemente, Por a alma não ter raízes De viver de ver somente!” A primeira estrofe do poema “Viajar! Perder países”, do grande poeta português Fernando Pessoa, representa um belo conselho sobre como aproveitar bem uma viagem.