Ensino Superior 2021 by Cláudia Azevedo

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Especial Ensino Superior

Universidade de Aveiro prepara 2261 vagas para novos alunos

Futuro Os alunos que pretendem ingressar no Ensino Superior têm os olhos postos numa data: 2 de Agosto, dia em que serão publicados os resultados dos exames realizados na

1.ª fase

Calendário

2 de Agosto

Publicação dos resultados dos exames realizados na 1.ª fase

6 a 20 de Agosto

1.ª fase de candidatura

ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior de 2021

16 de Setembro

Publicação dos resultados dos exames nacionais realizados na 2.ª fase

27 de Setembro

a 8 de Outubro

2.ª fase de candidatura

ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino

Superior de 2021

21 a 25 de Outubro

3.ª fase de candidatura ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino

Superior de 2021.

Números

55

Cursos abrem vagas na Universidade de Aveiro.

148

Vagas previstas no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro.

146

Vagas previstas na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (UA).

169

Vagas previstas na Escola Superior de Saúde de Aveiro.

90

Vagas previstas na Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologia da Produção de Aveiro-Norte (UA).

Milhares de alunos já pensam na nova fase que se aproxima: a entrada no Ensino Superior, no curso que irá definir a sua vida profissional

Milhares de alunos finalistas do Secundário que terão feito os exames de acesso ao Ensino Superior na época normal, na primeira quinzena do mês, têm os olhos postos numa data: 2 de Agosto. Será neste dia que deverão ser publicados os resultados da primeira fase dos exames e com isso definirem a que curso e instituição querem concorrer.

Uma decisão que irá definir um novo rumo para os próximos anos das suas vidas e até para uma carreira profissional futura. Segue-se um Verão intenso a aguardar pela palavra “colocado” para se iniciar uma nova etapa na vida de cada um.

Quem não conseguiu, tem ainda uma nova oportunidade

FICHA TÉCNICA

Fundador

Adriano Lucas (1925-2011)

Director Adriano Callé Lucas

Director adjunto executivo

Ivan Silva

Textos

Claudia Azevedo

Sandra Simões

numa segunda fase, a decorrer na primeira semana de Setembro. Mais de 150 mil estudantes já prestaram provas na primeira fase, em que se realizaram mais de 245 mil exames nacionais nas várias disciplinas, e destes, mais de 123 mil têm como objectivo a entrada no Ensino Superior.

UA com 55 cursos

A Universidade de Aveiro tem preparadas 2261 vagas para novos alunos, distribuídas por um total de 55 cursos que dão acesso a licenciaturas. As candidaturas através do Concurso Nacional de Acesso são realizadas através de uma plataforma “on-line”,disponibilizada pela Direcção-Geral do

Rosette Marques

Rui Cunha

Alberto Oliveira e Silva

Fotografia

Arquivo e D.R.

Paginação

Isabel Antunes

Ensino Superior. As candidaturas decorrem, a nível nacional, em três fases, podendo ser efectuadas ao abrigo do regime geral de acesso, através dos contingentes geral e especial, ou ao abrigo do regime especial. É importante, nesta fase, verificar todas as formas de acesso ao ensino superior.

Os alunos que se vão candidatar pelo Concurso Nacional de Acesso, podem escolher até seis combinações diferentes de instituições e cursos, indicadas por ordem de preferência.

Fases de candidatura para o ano lectivo 2021-2022:

• 1.ª fase: 6 a 20 de Agosto

• 2.ª fase: 27 de setembro a 8 de Outubro

• 3.ª fase: 21 a 25 de Outubro

Composição de publicidade

Isabel Marques

Coordenador da Publicidade

Ivo Almeida

Gabinete de Acesso ao Ensino Superior

O Gabinete de Acesso ao Ensino Superior da UA é o local onde todas as dúvidas sobre o acesso ao Ensino Superior através do Concurso Nacional podem ser esclarecidas. O gabinete situa-se no Edifício Central da Reitoria (Serviços de Gestão Académica) e está em funcionamento durante o período de candidatura mediante agendamento prévio para atendimento presencial. O agendamento pode ser efectuado através da plataforma disponível para o efeito. Em alternativa, as questões também podem ser colocadas por telefone (234 370 347) ou email: acesso @ua.pt.

Para além do Concurso Nacional de Acesso existem modos alternativos de ingressar na Universidade de Aveiro (UA), que se destinam a candidatos com situações habilitacionais específicas e são válidos apenas para o ano em que se realizam. As vagas disponíveis para cada tipo de concurso são fixadas anualmente pela UA. Estas candidaturas estão a decorrer até 13 de Agosto e o processo de candidatura é feito exclusivamente através de uma plataforma de candidatura “on-line”. Todas as informações sobre o calendário de candidatura e as tipologias de candidatura podem ser consultadas no site dos Serviços de Gestão Académica.

Redacção Av. Dr. Lourenço Peixinho, n.º 15-5.º A | 3800-801 Aveiro. “E-mail”: diarioaveiro@diarioaveiro.pt

TELEFONES Redacção: 234000031|Publicidade Geral: 234000030

FAXES Redacção: 234000032| Publicidade Geral: 234000033

CONCESSIONÁRIO DA EXPLORAÇÃO Diário de Aveiro, Lda com sede na Av. Dr. Lourenço Peixinho,

101

Vagas para Engenharia Mecânica, o curso com mais vagas disponíveis na UA.

20

Número mínimo de vagas nos cursos de licenciatura da UA e há 9 cursos nesta situação.

6

De Agosto, o início da primeira fase de candidatura ao Concurso Nacional.

n.º 15-1.ºG 3800-801 Aveiro, matriculada na Cons. R. Com. de Aveiro sob o n.º1731

Capital Social: 5.000,00 euros Contribuinte: 501547606.

IMPRESSÃO

FIG Indústrias Gráficas SA

Tels.: 239499922 / 239499935 (239499936, após 18h30)

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Especial Ensino Superior

Acesso ao Ensino Superior: as 10 perguntas mais frequentes

Dúvidas Médias, candidaturas, provas de ingresso ou pré-requisitos, saiba como tudo funciona

Conheça as respostas às10 perguntas mais relevantes sobre este processo.

Quem se pode candidatar ao ensino superior?

Alunos que satisfaçam, cumulativamente, as seguintes condições: Tenham aprovação num curso secundário nas condições para prosseguir estudos, ou habilitação legalmente equivalente, tenham realizado as provas de ingresso fixadas para o curso e obtido classificação igual ou superior à classificação mínima exigida, satisfaçam pré-requisitos e tenham obtido uma classificação de candidatura igual ou superior à classificação mí-

nima fixada pela instituição para o curso.

O que são as provas de ingresso?

São um dos requisitos obrigatórios para as instituições de ensino superior seleccionarem os candidatos a determinado curso, através dos exames finais nacionais do Secundário. As provas são fixadas pela instituição, não podendo, regra geral, ser superior a dois. As instituições exigem uma classificação mínima nos exames, fixada num valor igual ou superior a 95 pontos, numa escala de 0 a 200.

O que são os pré-requisitos?

Além das provas de ingresso, podem ser exigidos pré-requisitos de natureza física, funcional ou vocacional para acesso a determinados cursos.

Como é feita a selecção dos alunos a cada curso?

Com base em três critérios: Provas de ingresso, pré-requisitos de natureza eliminatória

e classificação de candidatura.

Como são ordenados os candidatos a cada curso?

Por ordem decrescente de classificação de candidatura, utilizando as seguintes classificações: Classificação final do ensino secundário, com um peso não inferior a 50%, das provas de ingresso, com um peso não inferior a 35% e dos pré-requisitos não superior a 15%.

Como é calculada a classificação de candidatura de acesso?

A través de uma fórmula: Classificação de candidatura = [(Classificação final do Secundário x Peso) + (provas de in-

gresso x Peso) + (pré-requisitos x Peso)].

Quais os prazos de candidatura?

Há 3 fases: de 6 a 20 de Agosto, de 27 de Setembro a 8 de Outubro e 21 a 25 de Outubro.

A quantos cursos se pode concorrer?

A um máximo de seis cursos, indicados por ordem de preferência.

Como se apresenta a candidatura?

Através do sistema de candidatura “on-line”, no portal da Direcção-Geral do Ensino Superior, sendo necessário uma senha de acesso, que é pedida no próprio portal.

O que é a ficha ENES (Exames Nacionais do Ensino Secundário)? Contém informação sobre as provas de ingresso válidas e a conclusão e classificação do Secundário para as várias fases de acesso.

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Conheça as respostas mais procuradas
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Licenciatura em Engenharia Aeroespacial estreia-se em Outubro

Futuro A Licenciatura dará aos estudantes um primeiro nível de especialização no final do curso nas áreas de: projecto de estruturas aeroespaciais, satélites de telecomunicações, sensores e dispositivos, design e manufatura

Projectar, desenhar e construir sondas espaciais que um dia podem estar a caminho de ambientes no espaço, trabalhar na construção de aeronaves ou criar ferramentas que ajudem a descobrir mais sobre o infinito espaço, estas são apenas algumas das aliciantes do novo curso do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Aveiro: Licenciatura em Engenharia Aeroespacial, o segundo do género em todo o país.

A conquista espacial renasceu recentemente com o lançamento de sondas em Marte, na Lua e na exploração de cometas. Também os recentes lançamentos de grandes constelações de satélites para comunicações digitais, para observação da terra e correspondentes alterações climáticas, assim como de detecção de detritos espaciais, espoletaram uma nova corrida aos sistemas aeroespaciais.

Curso prevê abrir 30 vagas Nesse sentido, a Universidade de Aveiro associou diversos departamentos de reconhecida qualidade no ensino da engenharia para criar a licenciatura em Engenharia Aeroespacial, que se iniciará em Outubro e cujos interessados poderão aceder através do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior.

Curso dará uma base sólida nos domínios da mecânica, electrónica e telecomunicações, informática, materiais, física, matemática, e design

Através de uma formação consistente ao nível das ciências da matemática, física, mecânica, materiais, electrónica e informática, o novo curso quer dotar os respectivos diplomados de uma maior flexibilidade

e visão de conjunto sobre a área profissional a que se destina.

O objectivo principal do

curso é oferecer as competências para o projecto estrutural de componentes e artefactos para aplicações aeronáuticas

e aeroespaciais, tais como, por exemplo, sistemas de satélites, instrumentos e estruturas espaciais, equipamentos de con-

trolo, sistemas de propulsão, sistemas de sensores e dispositivos, serviços de telecomunicações, de navegação, meteorológicos ou ambientais. Nesse sentido, o curso possui quatro “minors” que cobrem estas diferentes áreas, nomeadamente “minor” em Satélites de Telecomunicações, “minor” em Sensores e Dispositivos, “minor” em Projecto em Estruturas Aeroespaciais e “minor “em Design e Manufactura. Estes “minors”, em conjunto com as unidades curriculares de Competências Transferíveis, vão permitir uma flexibilização de percursos formativos ajustados aos interesses de cada estudante.

Os responsáveis pelo curso garantem que o nível da formação permitirá um percurso profissional (empresarial, na academia, em centros de investigação ou em empresas de base tecnológica) em qualquer ponto do mundo.

O segundo do género em todo o país

O Professor Robertt Valente, Director do DEM, explica aos alunos interessados: “A nova licenciatura é o resultado de um desafio lançado pela Reitoria da Universidade de Aveiro ao Departamento de Engenharia Mecânica (DEM); ao Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática (DETI); ao Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica (DEMaC); ao Departamento de Física (DFis); e à Escola Superior Aveiro Norte (ESAN); que em conjunto, capitalizando a cultura de proximidade e inovação da Universidade de Aveiro, criaram um curso diferenciador, voltado para o futuro e para as necessidades do sector aeronáutico e aeroespacial. Alinhado com a visão e missão da Agência Espacial Portuguesa e da Agência Espacial Europeia, tendo como referência os

cursos mais respeitados e reconhecidos a nível europeu, a nova Licenciatura assume o desafio e a responsabilidade de contribuir para o posicionamento de Portugal como país de referência na área do projecto para a indústria aeronáutica e aeroespacial, nas suas mais variadas vertentes e áreas de intervenção”.

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Especial Ensino Superior
A nova licenciatura vai decorrer na Escola Superior Aveiro Norte, com um plano de três anos Curso está alinhado com o sonhar com o espaço

Alunos em isolamento com exame na 2.ª fase podem concorrer à 1.ª

COVID-19 Alunos finalistas do Secundário que só conseguirem ir a exame na 2.ª fase por estarem infetados ou em isolamento profilático podem candidatar-se ao Ensino Superior na 1.ª fase

Os alunos finalistas do Ensino Secundário que só conseguirem ir a exame na segunda fase por estarem infectados com COVID-19, ou em isolamento profilático, vão poder candidatar-se à primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior.

O presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES), António Fontaínhas Fernandes, esclareceu à Lusa, recentemente, que se mantêm as regras excepcionais aplicadas no ano lectivo 2019/2020, devido à pandemia de COVID-19. Assim, à semelhança do ano passado, os alunos que estiverem

em confinamento obrigatório por estarem infectados com o novo coronavírus ou em isolamento profilático poderão realizar os exames finais nacionais do ensino secundário só na segunda fase.

Alunos confinados podem realizar exames finais do Secundário na 2.ª fase e usarem essas provas na 1.ª fase do concurso de acesso ao Superior

Alunos não serão prejudicados

No entanto, e ainda que o se-

gundo período de exames já depois de encerrado o primeiro momento para apresentarem as candidaturas ao ensino superior, os finalistas não serão prejudicados, podendo utilizar essas provas na primeira fase do concurso nacional de acesso.

Intervenções cirúrgicas também são válidas Além dos alunos directamente afectados pela pandemia da COVID-19, estas regras aplicam-se também a quem falte à primeira fase dos exames “por terem sido afectados por graves motivos de saúde, designadamente intervenções cirúrgicas”. A primeira fase dos exames nacionais arrancou no dia 2 de Julho, com mais de 150 mil alunos inscritos e mais de 90 mil propostos a provas para aceder ao ensino superior. A segunda fase decorre só em Setembro, entre os dias 1 e 7. O prazo de candidatura à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público decorre entre 7 e 23 de Agosto.

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Superior
Ensino
Mantêm-se as regras excepcionais aplicadas no ano lectivo 2019/2020, devido à pandemia

IEFP aposta num formato de ensino mais versátil e flexível

Formação Profissional Pandemia impôs mudanças e um plano de formação mais dinâmico e ajustável em linha com as tendências globais, sem perder de vista as realidades territoriais específicas

Diário de Aveiro: Depois de quase dois anos de pandemia, como o IEFP se tem adaptado à nova realidade e como tem conseguido dar a resposta necessária em termos de formação profissional?

António Alberto Costa: Optimizando todos os nossos recursos e potencialidades, o que passou pela construção de alternativas e o reforço da participação e da cooperação. As medidas foram tomadas de acordo com o evoluir da situação global relacionada com a pandemia, dado que tivemos sempre em consideração as recomendações da DGS. Na Região Centro, em harmonia com as orientações a nível nacional, desenvolvemos desde logo um plano de intensificação do regime de formação à distância, o que implicou não só a disponibilização de um apoio logístico intenso, mas também o elevado envolvimento dos nossos técnicos e formadores, que demonstraram sempre uma enorme dedicação e versatilidade, desenvolvendo metodologias e conteúdos para um regime de formação com que, em muitos casos, se confrontavam pela primeira vez. Neste ensejo, foi também muito importante a concretização de acções de formação de e-formadores. Estamos agora num contexto ainda mais flexível e versátil, com acções presenciais, à distância e em regime misto.

Que balanço faz das medidas que foram tomadas no sentido de dar continuidade à formação?

No final de 2020, verificámos o aumento do número de abrangidos na formação profissional, controlando, através da introdução de novas metodologias e processos, as implicações da pandemia no regime presencial de formação. Hoje, a nossa flexibilidade e capacidade de reacção aumentou.

Com a pandemia e com a obrigatoriedade do teletrabalho, como é que o IEFP con-

tornou a questão da formação em contexto de trabalho?

Realço que o que se tem verificado neste período foi sobretudo a suspensão ou redução da actividade de muitas empresas, mas não o seu encerramento em número significativo. Em muitos casos, os formandos puderam frequentar a formação em contexto de trabalho, ajustando-se aos planos de contingência de cada uma das empresas. Nos casos em que tal foi impossível, procurou-se e encontrou-se empresas alternativas. Nos casos limite, para não prejudicar a certificação dos formandos, recorreu-se à prática simulada, com o devido enquadramento e tutoria.

Quais são as áreas prioritárias para a região Centro no período de 2021-2022?

A Delegação Regional do Centro do IEFP preparou, ainda em 2020, o seu plano de formação para 2021, considerando as prioridades definidas a nível nacional, a procura de emprego e o tecido económico, em articulação com um conjunto vasto de parceiros, designadamente Conselhos Consultivos Locais, empresas e associações empresariais, autarquias: um plano necessariamente dinâmico e ajustável, que tem em conta tendências globais, mas também realidades territoriais especificas. Consubstanciamos a aposta no digital, na indústria, designadamente Metalurgia e Metalomecânica, mas também em investimentos que se realizam especificamente num território. Por outro lado, continuamos a desenvolver formação em áreas que na nossa região são sempre relevantes, designadamente Saúde e Apoio Social, Hotelaria e Restauração, Tecnologias de Informação, Comunicação e Electróncia, Materiais, Têxtil e Vestuário, Comércio. Se, como referi anteriormente, o plano é necessa-

de 2020,

riamente dinâmico e versátil, essas caraterísticas acentuamse face à nova realidade em que estamos inseridos. De modo particular, temos de estar muito atentos para articular

cais. Há um quarteto de preocupações que com certeza não vai cessar: população, qualificação, investimento, coesão.

Quais são as metas em termos de qualificação profissional para o próximo período de formação?

Não é possível neste momento quantificar essas metas, mas é possível afirmar que serão mais exigentes e abrangentes. Tal deriva da centralidade das preocupações relacionadas com a elevação do patamar de qualificação da população portuguesa, e que pretende atingir to-

mento de oportunidades para todas as fases de um dado percurso profissional Ocorrendo a possibilidade de ajustamento em algumas medidas, e o aparecimento de outras novas, a oferta não deixará de continuar equilibrada e flexível, das medidas de longa duração, como os cursos de Educação e Formação de Adultos, a Aprendizagem e os Cursos de Especialização Tecnológica, às de curta duração, no âmbito por exemplo das formações modulares “Vida Ativa”, da formação modular para activos empregados ou das Competências Digitais. Sem esquecer, naturalmente, o papel relevante dos Centros Qualifica na educação e formação de adultos.

Que alterações ou que reorganização é possível fazer, tendo em conta a aposta na qualificação decorrente do

Adaptar e inovar são as palavras chave do momento, e o PRR é uma oportunidade para fazer mais, melhor e mais depressa. Em primeiro lugar, apostar nas pessoas, no desenvolvimento de competências dos recursos humanos, utilizando todas as ferramentas que uma organização moderna possa captar e sedimentar. Em paralelo, introduzir mudanças na organização do trabalho, desenvolvendo processos eficientes e aumentando o potencial de cooperação.

Num caso como no outro, necessitamos de ter estruturas capazes. Assim, decorre um ambicioso plano de reequipamento dos Centros de Formação Profissional, bem como melhorias significativas ao nível das instalações.

Com a pandemia, verificou-se uma maior procura dos cursos profissionais do

É cada vez maior a consciência de que a qualificação é o elemento central da empre-

gabilidade e, como já referi, aumentamos o número de abrangidos na formação. Mas é preciso trabalhar melhor o processo de decisão que conduz às escolhas profissionais.

Diz-se que a a grande aposta para esta década é a qualificação das pessoas. Como está o IEFP a preparar-se para enfrentar este desafio?

Não me cabe anunciar a forma como o IEFP se prepara, mas estará seguramente alinhado com orientações gerais que têm vindo a ser emanadas: a construção de uma Europa social justa, inclusiva e plena de oportunidades, a transição verde e digital. Neste último item, têmse registado progressos, visualizando-se designadamente a melhoria no nível básico de competências digitais e uma maior percentagem de licenciados em TIC. Mas, é preciso aumentar o índice de digitalidade da nossa economia e sociedade, e é isso que já estamos a proporcionar, aumentando a oferta nestas áreas, desenvolvendo iniciativas como o UpKills, Jovem Digital + e Empreende Digital+. É também imperativo aproveitar o actual quadro comunitário, o PRR e o futuro quadro comunitário para alterar e melhorar a estrutura de qualificações da população. Como serviço público, o IEFP tem uma especial responsabilidade nos projectos dirigidos aos mais vulneráveis, onde se incluem os que não possuem qualificações ou estão num patamar muito baixo de qualificação. Urge potenciar a sua futura integração/ (re) integração no mercado de trabalho, designadamente em sectores de actividade com carências de trabalhadores detentores das competências necessárias. Neste desígnio, os projectos formativos devem não só ser atraentes para a população activa, mas captarem e integrarem população que se tornou inactiva, nomeadamente na sequência do desencorajamento produzido pelo insucesso na abordagem a empregadores.

08 | Especial Ensino Superior
No final
verificámos o aumento do número de abrangidos na formação profissional

UA abre 372 vagas para Cursos Técnicos Superiores Profissionais

Estágio Abriu a 1.ª fase de candidaturas aos CTeSP da UA, uma formação de dois anos, com estágio integrado, que confere um diploma de nível 5 do Quadro Nacional de Qualificação

Esta formação de dois anos, com estágio integrado, confere um diploma equivalente ao nível 5 do Quadro Nacional de Qualificação. A candidatura, que decorre em duas fases, a primeira até 25 de Agosto e a segunda entre 5 e 8 de Outubro, terá este ano 372 vagas disponíveis para os 14 cursos que vão funcionar nas três Escolas Politécnicas da UA: Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção Aveiro Norte (ESAN), Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) e Instituto Superior de Contabilidade e Administração (ISCA-UA). Este ano o concurso é independente para cada Escola Politécnica.

A ESAN oferece em Oliveira de Azeméis os cursos de Automação, Robótica e Informática Industrial (regime pós-laboral); Desenvolvimento de Software (regime diurno); Gestão de Processos Industriais (regime póslaboral); Projecto de Moldes (regime pós-laboral). O curso Sistemas Mecatrónicos e de Produção (regime pós-laboral) será lecionado em Estarreja (Ciclo Criativo). Em Águeda, a ESTGA terá em funcionamento Instalações Eléctricas e Automação (regime diurno); Manutenção Industrial (regime pós-laboral); Programação de Sistemas de Informação (regime pós-laboral); Redes e Sistemas Informáticos

(regime diurno); e Tecnologia Mecânica (regime pós-laboral).

Por sua vez, em Aveiro, o ISCAUA oferecerá Gestão Aplicada ao Desenvolvimento de Produtos Turísticos (regime diurno); Gestão de Vendas e Marketing (regime pós-laboral); e Informática e Comunicação Organizacional (regime diurno).

Podem candidatar-se aos CTeSP os titulares de um curso de ensino secundário ou de uma habilitação legalmente equivalente, os titulares de um diploma de especialização tecnológica ou de um diploma de técnico superior profissional. Os titulares de grau de ensino superior, que procurem uma requalificação profissional, também poderão candidatarse. O ingresso nos CTeSP da UA encontra-se condicionado à detenção de conhecimentos e aptidões correspondentes ao nível do ensino secundário nas áreas relevantes para o curso, aferidas pela aprovação em disciplinas das áreas consideradas indispensáveis à frequência do CTeSP a que se candidata.

| 09 Especial Ensino Superior
Candidatura decorre por duas fases: a primeira até 25 de Agosto e a segunda de 5 a 8 de Outubro

Diplomados da ESTGA acedem rapidamente ao mercado de trabalho

Prática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, um dos polos da Universidade de Aveiro, prepara-se para um novo ano lectivo com seis licenciaturas, três mestrados e seis cursos técnicos superiores profissionais

Implantada no centro de Águeda desde 1997, este centro de ensino superior propõe uma oferta formativa que visa responder às necessidades de públicos com interesses diversificados e que se concretiza em cursos técnicos superiores profissionais, cursos de licenciatura e de mestrado. No sentido de aumentar o seu contributo, como um dos vetores de desenvolvimento da região, para além da oferta formativa, a ESTGA promove uma estreita cooperação com a sociedade, encorajando e estabelecendo relações activas e fortes com as empresas e outras entidades, por forma a dar corpo à sua

missão: “preparar técnicos para o exercício de profissões qualificadas em áreas tecnológicas, administrativas e de gestão, e contribuir para a sua formação global; promover a difusão da cultura, da ciência e da tecnologia; e contribuir para o desenvolvimento da região em que se insere”, explica a escola, que pretende “ser reconhecida pelos alunos, empregadores e sociedade em geral como uma escola politécnica de referência a nível nacional, com um modelo pedagógico inovador, com profissionais motivados e altamente qualificados, aberta ao exterior e potenciadora da qualidade e empreendedorismo”.

O ingresso na ESTGA significa escolher um percurso de desenvolvimento pessoal e profissional que se concretiza através do ensino centrado no aluno. Ao centrar a prática pedagógica no aluno, a ESTGA zela pela formação de pessoas e profissionais cuja dinâmica, empreendedorismo, capacidade de adaptação à mudança se tornam parte integrante da qualidade dos serviços prestados pelas diferentes entidades empregadoras dos seus alunos. A análise da inserção profissional mostra que, em regra, os diplomados da ESTGA acedem rapidamente ao mercado de trabalho.

Oferta

Licenciaturas

• Electrónica e Mecânica Industrial

• Tecnologias da Informação

• Gestão Comercial

• Gestão de Qualidade

• Gestão Pública

• Secretariado e Comunicação Empresarial

Mestrados

• Gestão Comercial

• Gestão de Qualidade

Total

• Informática Aplicada

10 |
Especial Ensino Superior
Além de licenciaturas e mestrados tem ainda seis cursos técnicos

UA leva ao Norte do distrito a aposta no ensino tecnológico

Saber Preparar os alunos para lidarem com as mutações tecnológicas emergentes é um dos objectivos da Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção de Aveiro – Norte

O programa de oferta de ensino e formação tecnológica e profissional que a Universidade de Aveiro tem vindo a delinear para o norte do distrito , através da Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção de Aveiro –Norte, aposta no desenvolvimento sócio-cultural das populações e reforço das potencialidades do tecido produtivo da região. O objectivo deste Programa de Formação Pós-Secundária é promover a concertação de estratégias de oferta formativa entre diferentes agentes do sistema de ensino e formação, construindo uma teia de cooperação interinstitucional, envolvendo as es-

colas (Secundárias, Profissionais e Tecnológicas), Centros de Formação, Centros Tecnológicos e outros agentes dos sistemas de ensino, formação e inovação. Com esta iniciativa é também intenção da UA combater o abandono precoce do ensino, promover a formação contínua e a requalificação profissional, preparar o público alvo para lidar com as mutações tecnológicas e organizacionais emergentes e, ainda, robustecer o tecido económico e administrativo.

A intervenção da Universidade de Aveiro na área do PósSecundário articula-se com as diversas escolas de natureza

politécnica integradas na Universidade de Aveiro (ESTGA, ISCA-UA e ESSUA) e incide especialmente na promoção da criação, creditação e funcionamento de Cursos de Especialização Tecnológica (CETs), fruto de um exercício de identificação de necessidades formativas que envolveram um leque variado de empresas e suas associações, câmaras municipais e demais parceiros locais do sistema de ensino e formação. A Universidade de Aveiro e os seus parceiros, nos diferentes concelhos da sua Rede de Unidades de Formação Especializada, identificaram necessidades prioritárias de formação, a nível de quadros intermédios, nas áreas das novas tecnologias da informação e da comunicação, design de calçado e marroquinaria, metalurgia e metalomecânica. É, também, intenção da Universidade de Aveiro e dos seus parceiros locais neste Programa, diligenciar no sentido de implementar Cursos de Actualização e Especialização de Quadros Empresariais (CAEs).

| 11 Especial Ensino Superior
Como novidade para o próximo ano lectivo a ESAN propõe a Licenciatura Engenharia Aeroespacial

ISVOUGA quer impulsionar a região Entre Douro e Vouga

Santa Maria da Feira O Instituto Superior Entre Douro e Vouga oferece cinco licenciaturas, um mestrado, dois cursos técnicos superiores e profissionais e três pós-graduações

Tendo a Fundação Terras de Santa Maria da Feira como entidade titular do ISVOUGA, a Fundação é composta por um conselho de fundadores, um conselho de administração, um conselho fiscal e uma direcção executiva, e integra, para além da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, personalidades do meio académico e um conjunto de prestigiadas empresas da região.

O instituto, através dos cursos de licenciatura que disponibiliza, nas áreas das ciências empresariais, ciências da comunicação, ciências jurídicas e tecnologias, propõe-se criar e reforçar competências susceptí-

veis de impulsionar o desenvolvimento económico e social do país e, em particular, da região de Entre Douro e Vouga, em que se insere.

Consciente da centralidade que assume o processo da aprendizagem ao longo da vida, o ISVOUGA assume-se, crescentemente, como um pólo de qualificação de distintos públicos, designadamente através de

ofertas renovadas de formação contínua. As propostas de apoio e de enriquecimento curricular, obedecem a objectivos definidos com base na prioridade atribuída ao combate ao insucesso escolar e à promoção de currículos versáteis e diferenciadores para os estudantes, corroborando e complementando-se, assim, a constante preocupação com a integração e mobilidade profissional dos diplomados. A investigação e a prestação de relevantes serviços à comunidade são outras das suas atribuições mais determinantes, garante de inovação e utilidade social de toda a sua actividade.

Oferta formativa

No que respeita à oferta formativa, o ISVOUGA tem cinco licenciaturas: Contabilidade, Engenharia de Produção Industrial, Gestão de Empresas, Marketing, Publicidade e Relações Públicas e ainda Solicitadoria.

Tem ainda um mestrado em Gestão de Empresas, dois cursos técnicos superiores profissionais: Criação e Gestão de Negócios e Gestão de Turismo, e ainda três pós-graduações: Marketing Digital e e-Commerce, Política e Gestão Autárquica XXI e Recursos Humanos e Relações Laborais.

12 | Especial Ensino Superior
Instituto é dirigido pela Mestre Adelina da Conceição Sá Portela 1.ª fase das candidaturas começa a 2 de Agosto e termina a 31

Universidade de Aveiro é vice-líder nacional no ‘ranking’ das mais novas

Jovem UA está na vice-liderança nacional de um total de oito instituições analisadas em Portugal no THE Young University Ranking

Investigação, foi uma das áreas avaliadas para o ‘ranking’

A UA ocupa assim a segunda posição nacional e a 165.ª posição mundial em 475 Instituições de Ensino Superior (IES) que presentemente entram no THE Young University Ranking. De salientar o aumento de 14,73 por cento (de 414 para 475) no número de instituições avaliadas a nível mundial, desde a edição anterior do ‘ranking’ em 2020 e no qual a UA tinha ficado na posição “151200”. O ‘ranking’ inclui agora IES de 68 países.

Alunos, docentes, investigadores, responsáveis de IES e empresas percebem as diferentes missões, potencialidades e sucessos das IES

Resultados resultam

da análise de cinco áreas

A avaliação assenta nos resultados alcançados pelas IES em 13 indicadores agrupados em cinco áreas: qualidade do ensino (‘teaching’); investigação (‘research’); citações de publicações científicas (‘citations’); projecção internacional

(‘international outlook’); relação com a indústria (‘industry income’).

A liderança mundial do ‘ranking’ foi agora atribuída à Nanyang Technological University (Singapura) e a europeia à Paris Sciences et Lettres – PSL Research University Paris (França). Em Portugal, a Universidade Nova de Lisboa renova a liderança que já tinha na edição de 2020 deste ‘ranking’.

Ferramenta importante para futuros alunos A Times Higher Education (THE) é uma consultora no sector do Ensino Superior, sediada em Londres, que edita ainda uma revista sobre a mesma temática.

O objectivo do THE Young University Ranking é avaliar o desempenho das IES no contexto global e fornecer um recurso para que os interessados, como alunos ou futuros alunos e suas famílias, docentes, investigadores, responsáveis de IES, governos e empresas, compreendam as diferentes missões, potencialidades e sucessos das IES.

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Mais Capaz. Mais Feliz

E tomando por verdadeira esta leitura, afirmar-se-á ainda que, atendendo ao tempo que vivemos, e apesar da aparente melhoria de vida das populações, a tendência é para acentuar ainda mais este fosso entre escola pública, universal e assistencialista; e escola privada, elitista e seletiva, reforçando a reprodução social em cada um dos grupos.

Depois, colocar na escola tudo o que tem de ser colocado para aprender mais e melhor –seja o currículo obrigatório formal, seja o currículo complementar –, num contexto cultural próprio, controlado, promotor de bem-estar, sem ter de ir buscar fora o que se pode e deve ter dentro da própria escola.

Por fim, escolher e ter parceiros na escola, como se escolhem e se têm os amigos. Os amigos ajudam-nos a ser mais capazes, e ajudamnos a ajudar quem aprende para mudar o mundo – os nossos alunos, futuros cidadãos promotores de um mundo melhor.

Aeducação não superior em Portugal – escolaridade obrigatória – é hoje determinada pela hegemonia do ensino público. Sucessivamente, pela mão de diferentes governos e/ou de diferentes políticas, a escola pública tem imposto modelos de ensino-aprendizagem com os quais quer acompanhar o que de melhor se teoriza e pratica a nível nacional e internacional.

Apesar do esforço considerável – legislativo e financeiro – por parte de quem define e implementa as políticas públicas de educação, a verdade é que nos parece que existe, cada vez mais, o alargar do fosso entre a escola pública, tendencialmente gratuita assistencialista e promotora de uma educação que nivela por baixo, com níveis de insucesso (iliteracia escolar e funcional) elevados; e a escola privada, que é paga, selecionadora dos seus públicos e, com isso, promove a formação de grupos com elevado sucesso académico.

Neste sentido, e numa frase simples (sem querer ser simplista), dir-se-á que em Portugal a escola pública e privada, cada uma na sua lógica e condição, são promotoras da reprodução social.

Por outro lado, e se considerarmos que ainda assim muitas famílias e/ou encarregados de educação com possibilidades económico-financeiras, optam por colocar os seus educandos na escola pública, percebe-se duas coisas: uma, é o facto de serem alunos com bons resultados escolares – e por isso são facilmente aceites pela escola e facilmente se adaptam (resiliência q.b.); outra, é o facto de reforçarem as suas aprendizagens/resultados através de explicações externas.

Neste contexto, uma escola privada como o IDL-Instituto Duarte de Lemos, localizado em Águeda, só faz sentido existir se se posicionar de modo diferente no contexto das escolas privadas, ocupando um lugar que ainda não está ocupado por nenhuma outra.

Em primeiro lugar, propiciar às famílias e/ou encarregados de educação um ensino-aprendizagem que respeite e promova a diferença de cada uma jovem-pessoa. A diferença é feitio, não é defeito. E com isto, personalizar de tal modo o ensino-aprendizagem, que fará de cada jovem aprendente uma pessoa satisfeita, motivada, feliz.

Depois também, usar as tecnologias e tudo o que de inovador possa ajudar no sucesso que cada um quer ter. Porque a tecnologia é amiga do sucesso dos jovens aprendentes, só tendo medo dela (ou não a saiba usar) quem não for bem educado para ela.

Depois ainda, ter presente que se educa jovens pessoas para uma escala que não nos está perto. E que, ao nivelar por cima o potencial diferente de cada um, devemos preparar para o primeiro mundo que nos é mais próximo: a nossa Europa.

E ter ainda presente que hoje, numa escola como o IDL, educam-se todos para o prosseguimento de estudos. Por isso, só tem de ser feito o trabalho devido, trazendo em devido tempo à escola o ensino superior que melhor se ajusta à motivação e ao engenho/talento de cada aprendente. E o ‘devido tempo’, significa fazer uma caminhada, lado a lado, de modo dedicado e assertivo, desde o berço, mas sobretudo a partir do 10.º ano de escolaridade; para que ao terminar o 12.º ano, o Cidadão IDL esteja capacitado para o prosseguimento de estudos no lugar onde vai continuar a ser feliz.

Como é que tudo isto se faz? – é deveras trabalhoso, mas para a cultura de educar do IDL é fácil de levar por diante: potenciar ao máximo a inteligência múltipla de cada Estudante-Cidadão IDL, promovendo o talento próprio de cada um.

Esta Escola IDL, pretende assim, sem elitismos, formar elites (s.f., ‘qualidade excecional / o que há de melhor numa sociedade’ = o que trabalha, o que conhece, o que é competente) para o nosso tempo, sabendo que o futuro é agora.

* Administradora do Colégio Instituto Duarte de Lemos

Este artigo foi escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico

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Cláudia Garcia de Matos *
O IDL só faz sentido existir se se posicionar de forma diferente no contexto das escolas privadas
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Escolas profissionais preparam-se para uma maior especialização tecnológica

Desafio A Associação Nacional de Escolas Profissionais, consciente dos grandes desafios que o ensino profissional enfrenta, está já a preparar-se para modernizar e melhorar a imagem das escolas profissionais de modo a formar quadros intermédios que sejam socialmente reconhecidos

Diário de Aveiro: Em 30 anos de ensino profissional, ainda não se chegou às metas preconizadas de ter 50% dos jovens nessa modalidade de ensino. O que tem falhado e o que é preciso fazer para acelerar esse caminho?

José Luís Presa: Efectivamente, em termos de metas, estamos num patamar muito baixo quando comparados com os restantes países da Europa e da OCDE. A meta dos 50% dos alunos em percursos qualificantes que vem desde a Iniciativa “Novas Oportunidades”parece estar cada vez está mais distante. Em termos nacionais, de acordo com os dados da DGEEC/ INFOESCOLAS temos apenas 43% dos alunos, na idade própria, em percursos qualificantes. Verifica-se que em muitas CIM e municípios essas percentagens são ainda mais baixas o que importaria analisar devidamente e adoptar medidas com vista a reverter essas situações.

Outro problema que ainda se coloca prende-se com «a representação social de menos valia associada aos cursos profissionais». Como é que este estigma se tem combatido?

Julgo que o problema da representação social dos cursos profissionais não é transversal a toda a população. Conhecemos todos muitos jovens e muitas famílias que bem sabem que a opção pela frequência dos cursos profissionais confere melhores condições de sucesso aos jovens. O que amiudadas vezes acontece é que os alunos são orientados para cursos cientifico-humanísticos porque esse é o interesse da escola que frequentam e não dos alunos. Os jovens e as famílias deveriam ser bem informados e orientados pelos Serviços de Orientação Vocacional, mas isso muitas vezes não acontece. Os cursos profissionais são cursos de banda larga, com abordagens de natureza sócio-cultural,

científica e técnica e são os que melhor preparam para a entrada no mundo do trabalho e também para o ensino superior. Efectivamente há estigmas a vencer, mas importaria que fossem as escolas básicas as primeiras a fazer esse trabalho e a contribuir para a felicidade e para o sucesso dos alunos, pois os alunos que sejam encaminhados para um curso que gostem, são alunos com sucesso garantido.

Por outro lado, associado a este estigma está também a questão dos baixos salários, generalizados na maioria das empresas, para os jovens que concluem os cursos profissionais e entram no mercado de trabalho. Como é que se pode esbater essa situação?

A questão dos baixos salários está associada à ideia de muitos empresários de que é muito bom ter mão-de-obra barata e, por isso, procuram recrutar pessoal pouco escolarizado e subqualificado. Está provado que os maiores custos para as empresas advêm da falta de qualidade do trabalho que desenvolvem. A utilização de mão -de-obra qualificada representa qualidade e satisfação dos clientes. Pelo contrário, fazer mal feito, e ter que fazer e refazer duas ou três vezes a mesma coisa, é que sai caro. Por isso é que em todos os países desenvolvidos as empresas procuram mão-de- obra qualificada pois sabem que, se o fizerem, embora pagando mais, terão melhores resultados financeiros e serão empresas de sucesso.

Apesar destes contratempos, que balanço faz do ensino profissional nestes 30 anos?

O balanço só pode ser positivo. Entre 1974 e a revisão da Lei de Bases do Sistema Educativo em 1985 praticamente não houve ensino profissional pois apostou-se no ensino unificado.

Desde a criação das Escolas Profissionais, em 1989, os números foram sempre crescendo, o sistema de educação e formação foi dando melhores respostas às necessidades do tecido económico e social e Portugal passou a dispor de um modelo de formação muito avançado com planos curriculares muito equilibrados com as componentes socioculturais, científicas e técnicas que conferem equivalência escolar e qualificação profissional, sendo avaliado muito positivamente e invejado por muitos países. Acresce que o Ministério da Educação, fruto da boa avaliação que se faz dos cursos profissionais, generalizou este modelo nas escolas secundárias públicas e pena é que, muitas delas, não cuidem tão bem esta resposta educativa e formativa

Aproxima-se agora um novo quadro financeiro, com o PRR. Em que medida as escolas profissionais e o ensino profissional podem beneficiar desses apoios e que projectos existem para que as escolas profissionais possam ser actores envolvidos na transição digital que se anuncia?

O PRR contempla várias componentes sendo que, uma delas, é dirigida às escolas públicas e privadas que promovem cursos profissionais. Os projectos visam a especialização tecnológica de muitas áreas de formação, abarcando 365 projectos em áreas como a indústria, informática, o digital e multimédia e as energias renováveis. As escolas profissionais, sob a orientação da ANESPO, estão já a fazer o trabalho de casa reunindo-se em rede e apontando os equipamentos mais avançados com os quais pretendem dotar as suas escolas. Espera-se que a tutela tenha em conta esse trabalho de diagnóstico prospectivo que está em curso e que apoie os bons projectos que estamos a construir.

Considera que a oferta formativa em termos de cursos profissionais responde às necessidades do mercado? O mercado precisa muito mais mão-de-obra qualificada do que a que dispõe presentemente e a prova disso é que há empresas de vários sectores de actividade que, insistentemente, contactam as nossas escolas à procura dos quadros intermédios de que necessitam e, normalmente, não os encontram. Para haver uma correspondência mais aproximada às necessidades ter-se-ia que, imperativamente, duplicar os actuais níveis de oferta de cursos profissionais.Infelizmente a maior parte dos alunos são encaminhados para cursos que não preparam para o mundo do trabalho. Mais grave ainda é que, não tendo sido encaminhados para cursos de dupla certificação, muitos deles não concluem qualquer curso superior e, depois, vão procurar

de uma forma geral, muitos professores entraram na carreira por volta dos anos 90, quando as escolas profissionais foram criadas em grande número, e se nessa altura tinham entre 20 a 25 anos de idade, e agora têm pela frente, ainda mais de dez anos de actividade. Isto significa que já se manifestam algumas dificuldades de recrutamento e, nos próximos dez anos, haverá uma razia nos quadros das escolas e a necessidade de novos recursos humanos. O problema está sinalizado e esperamos que as Universidades e Politécnicos, nos próximos anos, cuidem de assegurar os recursos necessários Pode explicar os objectivos da campanha “Escolas Profissionais de Portugal”?

A marca Escolas Profissionais de Portugal é propriedade da ANESPO e é mais um instrumento de informação e de comunicação ao serviço das es-

partido dos meios de comunicação televisivos (SIC, TVI, RTP, RTP Madeira, RTP Açores e CMTV) e dos meios digitais, designadamente, instagram, facebook, youtube e tiktok. Com esta campanha pretende-se, igualmente, dar maior visibilidade às escolas aderentes e divulgar e valorizar muitas histórias de sucesso de ex-alunos.

Neste período de pandemia e no que se seguirá de póspandemia, que desafios se apresentam ao ensino profissional?

A Direcção da ANESPO mantém em funcionamento um Grupo de Trabalho para cuidar das problemáticas com as quais as escolas se confrontam face à crise pandémica provocada pelo COVID-19. O objectivo do Grupo de Trabalho é reflectir sobre a situação sabendo-se que não há soluções perfeitas, tipo “pronto-a-vestir” e que as decisões têm que ser adaptadas às circunstâncias e veicular algumas orientações em face do conhecimento que decorre das práticas e das orientações da tutela. No futuro próximo a preocupação das escolas tem que ser, também, no domínio da recuperação de conhecimentos e de aprendizagens essenciais num contexto algo complexo em que há alunos que já terminaram os percursos educativos e formativos e podem querer melhorar notas e há alunos que ainda estão nas Escolas e que têm que ser integrados em processos de recuperação de saberes ao longo do tempo que ainda resta para cumprir o calendário escolar. Em face deste quadro admite-se que muitos alunos queiram voltar à escola para melhorar os desempenhos e as escolas estarão abertas a acolhe-los. Sabemos que estão desenhados por parte do Ministério da Educação programas nesse sentido e as escolas profissionais, tendo apoios específicos, saberão cuidar bem dos seus alunos.

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Acupunctura e Osteopatia são “estrelas” na ESSN

Oliveira de Azeméis AEscola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa oferece três licenciaturas, um mestrado e uma especialização em enfermagem

A Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa (ESSNorteCVP) é uma Instituição de Ensino Superior Politécnico não integrada, cuja Entidade Instituidora é a Cruz Vermelha Portuguesa. O seu projecto educativo orienta-se para uma formação humana e cívica, para a realização profissional, pela integração sociocultural, pela formação: personalizada e integral; realização profissional; integração sociocultural;formação inicial e pelo desenvolvimento profissional; aprendizagem ao longo da Vida; formação científico-tecnológica e formação cultural, artística e desportiva, tendo como referência, os princípios da Cruz Vermelha, o Direito Humanitário Internacional e a Convenção de Genebra e protocolos adicionais, bem como a promoção de políticas de saúde e bem-estar que contribuam para um contexto académico salutogénico.

Também a formalização de protocolos de cooperação com entidades na área do ensino superior, educação, saúde e ou-

tras entidades representantes da comunidade, nacionais e estrangeiras, na disponibilização de formação e na mobilidade de estudantes e de docentes, se constituem como estratégias de desenvolvimento e promoção da melhoria contínua da qualidade de ensino.

Valorizar a parte prática

Neste momento, a sua oferta ao nível de licenciaturas tem três opções: Acupunctura, osteopatia e enfermagem. A criação do ciclo de estudos em Acupunctura tem por objectivo formar acupunctores que respondam às necessidades do indivíduo e comunidade e que demonstrem competências para um desempenho profissional seguro e de qualidade, regulamentado pela portaria 17C/2015, de 5 de junho e pela Organização Mundial de Saúde. “Pretende-se que os estudantes adquiram competências nas ciências fundamentais, ciências e técnicas clínicas, princípios e prática de acupunctura e nos domínios da comunicação, investigação, ética e deontologia

e legislação aplicável”, explica a direcção.

O curso de Osteopatia visa formar osteopatas com uma forte componente prática baseada na evidência científica, na tomada de decisão, na avaliação, no diagnóstico e na selecção de abordagens terapêuticas, assentes num processo de desenvolvimento pessoal e profissional contínuo.

A terceira licenciatura é Enfermagem e, também esta com a duração de quatro anos curriculares, quer preparar profissionais multifacetados que estejam prontos para integrar o mercado de trabalho, prestando e gerindo cuidados de enfermagem gerais à pessoa ao longo do ciclo vital, à família, aos grupos e comunidades, aos três níveis de prevenção em saúde (primária, secundária e terciária). Soma-se, ainda, o mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica, em regime pós-laboral e com a duração de três semestres, e ainda a Pós-Licenciaturas de Especialização em Enfermagem, com seis opções de especialidade disponíveis.

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Esta escola localiza-se em Oliveira de Azeméis e pertence à Cruz Vermelha Portuguesa

ISCA-UA avança para o próximo ano lectivo com olhos postos no futuro

Aveiro O Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro vai alargar o leque de mestrados. Em Setembro já será possível optar pelo mestrado em Marketing e Comunicação Digital

“Ao longo de mais de quatro décadas de existência, o ISCAUA foi consolidando o seu caminho no que respeita a três vertentes essenciais do Ensino Superior: Ensino, Investigação e Cooperação. Deste modo, conseguiu atingir a missão da Instituição, sustentando uma posição de notoriedade e dinamismo no mercado”.

É assim que a actual directora do Instituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro, Elisabete Simões Vieira, deixa a sua mensagem de boas-vindas a quem estiver a pensar optar pelo ISCA-UA para prosseguir com os seus estudos no Ensino

Superior, ou fazer alguma especialização.

Na vertente Ensino , o ISCAUA oferece Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), Licenciaturas e Mestrados, “assentando nas áreas ‘core’ de contabilidade, finanças e marketing, embora ofereça cursos noutras áreas, como turismo, e informática e comunicação organizacional, consequência da adaptação da oferta formativa às exigências do mercado”, esclarece. A qualificação do corpo docente e o envolvimento crescente com empresas e outras instituições, “permite-nos formar profissionais com competências capazes de

responder aos objectivos do mercado de trabalho”, reforça.

Novo mestrado

O Mestrado em Marketing e

Comunicação Digital, que entra em funcionamento no próximo ano lectivo, visa capacitar profissionais cuja actividade se desenvolve, ou venha a desen-

volver, na área do marketing e comunicação digital, para que estes possam contribuir para o sucesso das presenças na Internet de marcas e organizações através da atracção, satisfação e fidelização dos seus públicos digitais. Pretende-se também desenvolver competências transversais tais como o trabalho em equipa, a autonomia, a resolução de problemas e a tomada de decisão, para uma melhor adaptação a um ambiente em constante mudança. O curso quer fomentar o desenvolvimento de competências de pesquisa, investigação, análise crítica, e aplicação prática de conhecimentos teóricos, promovendo o desenvolvimento de projectos e de competências de comunicação de natureza profissional e científica.

Mestrado em Competitividade e Desenvolvimento de Negócios

Omestrado em Competitividade e Desenvolvimento de Negócios é o primeiro mestrado profissionalizante da Universidade de Aveiro (UA) e um dos primeiros a nível nacional, resultando do envolvimento de um conjunto de empresas e associações empresariais da região. A nova formação será ministrada a partir do ano lectivo 2022-2023 pelo Instituto Superior de Contabilidade eAdministração da UA(ISCA-UA) e representa “uma solução de formação totalmente inovadora que vai contribuir para o desenvolvimento de competências relacionadas com as ciências empresariais”.

“Trata-se de uma solução de formação superior diferenciadora e orientada para a necessidade dos profissionais e das empresas da região de Aveiro, que reforça a actual oferta formativa da UA ao nível do segundo ciclo”, adianta a instituição, que viu o curso ser acreditado pela Agência de Avaliação

e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). O novo mestrado profissionalizante será assente em “temas fundamentais relacionados com gestão, competitividade, marketing, internacionalização e desenvolvimento dos negócios”. “São abrangidas tanto as ferramentas conceituadas e internacionalmente reconhecidas como as novas tendências, estimulando a aprendiza-

gem contínua, a iniciativa e a autonomia dos estudantes. O mestrado contempla quatro unidades curriculares obrigatórias (Comércio e Economia Digital; Marketing Internacional, Estratégia e Competitividade; Empreendedorismo Internacional e Desenvolvimento dos Negócios; e Projecto Empresarial), podendo os alunos escolher duas unidades curriculares.

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ISCA-UA tem dois cursos de especialização: Contabilidade e Auditoria e Contabilidade e Fiscalidade Mestrado vai abrir com 25 vagas

Escola Superior de Saúde aposta num ensino ajustado à realidade

Indivíduo ESSUA está a preparar-se para entrar num novo ano lectivo mantendo o equilíbrio entre as componentes académica e prática, e integrada num plano global da Universidade de Aveiro para a área da saúde

Integrada na Universidade de Aveiro, a Escola Superior de Saúde de Aveiro ministra os cursos de formação inicial de Enfermagem, Fisioterapia, Terapia da Fala, Radiologia, oferecendo e colaborando em formação pós-graduada ao nível do 2.º ciclo e participando em formação de 3.º ciclo.

“Os nossos cursos têm sido dos mais procurados pelos alunos nos concursos de acesso ao Ensino Superior, dando-nos a área de pós graduação a possibilidade de formar e actualizar profissionais de saúde com novos conhecimentos e competências e de promover a inovação e investigação”, explica

a escola, avançando ainda que graças ao edifício onde está instalada, “possuímos condições privilegiadas, de ensino, investigação e prestação de cuidados diferenciada colocando como filosofia subjacente à organização de toda a actividade da ESSUA a centralidade no doente”.

Tendo como director o professor Rui Jorge Dias Costa, os desafios de saúde que a sociedade enfrenta “são complexos e estão associados a múltiplos factores: como sejam o envelhecimento da população, as alterações constantes do meio ambiente e a sua diversidade, as políticas nacionais e inter-

nacionais para a saúde, os diferentes caminhos e direcções tomadas pela investigação básica e clínica (tantas vezes determinadas por factores financeiros) e uma globalização que permite uma mobilidade de pessoas e bens impensável noutras eras”, justifica a escola.

Além das licenciaturas, a escola oferece mestrados: Enfermagem de Saúde Familiar, Fisioterapia, Tecnologias da Imagem Médica e Terapia da Fala, que visa o aprofundamento de competências de avaliação e intervenção com crianças e adultos com perturbações da fala, linguagem, comunicação e deglutição.

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É nesta escola que funciona o Centro de Saúde Universitário, para toda a comunidade académica

Marque no calendário: entre o dia 16 e 23 de Agosto é o período em que podem começar a ser pedidos os 'vouchers' para acesso aos manuais escolares gratuitos.

A 16 de Agosto todos os alunos que não mudam de ciclo de estudos podem fazer o pedido, enquanto a partir de dia 23 arrancam os pedidos para os alunos que no próximo ano lectivo começam um novo ciclo. De acordo com a plataforma MEGA - Manuais Escolares Gratuitos, este é o calendário previsto:

16 de Agosto

• 1.º ciclo: 2.º, 3.º e 4.º anos;

• 2.º Ciclo: 6.º ano;

• 3.º Ciclo: 8.º e 9.º anos;

• Secundário: 11.º e 12.º anos

23 de Agosto

• 1.º Ciclo: 1.º ano;

• 2.º Ciclo: 5.º ano;

• 3.º Ciclo: 7.º ano;

• Secundário: 10.º ano Neste momento ainda decorre o processo de recolha de manuais escolares referente ao ano lectivo 2020/2021, que só deve estar concluído no final do mês. No final de cada ano,

Sever do Vouga vai ter curso superior na área do turismo

ISCIA Ensino Animação Turística e do Património Cultural e Natural será o primeiro curso com carácter universitário ministrado no concelho

os alunos têm sempre de devolver à escola os manuais escolares que foram entregues”, excepção feita apenas para os alunos do 1.º ciclo.

O encarregado de educação deve inscrever-se na plataforma MEGA ou descarregar a app Edu Rede Escolar. Assim, tem acesso a toda a informação do aluno e pode solicitar os 'vouchers', que são emitidos aleatoriamente e que tanto podem atribuir livros reutilizados como novos. O ano lectivo 2021/2022 arranca entre 14 e 17 de Setembro.

Mestrado em Comunicação e Tecnologias Web

Mestrado quer responder às exigências do mercado

O Mestrado em Comunicação e Tecnologias Web surge no Departamento de Comunicação e Arte (DeCA) da Universidade de Aveiro (UA) para dar resposta às necessidades de formação de profissionais qualificados na conceptualização, desenvolvimento e avaliação de soluções de comunicação suportadas por tecnologias

Web. A segunda fase de candidaturas decorre até 4 de Agosto. Os formados em Comunicação e Tecnologias Web adquirem, simultaneamente, capacidades para investigar e propor soluções de futuro, suportadas por estas tecnologias, em dispositivos actuais ou que venham a emergir.

Ao MCTW podem candida-

tar-se os licenciados, ou possuidores de equivalente legal, em Ciências e Tecnologias da Comunicação, Multimédia ou Informática, ou outros candidatos que demonstrem ter competências consolidadas ao nível das tecnologias Web. Estas competências podem ser demonstradas com, pelo menos, um dos seguintes elementos: nove ECTS realizados na área do desenvolvimento Web; 30 horas de formação profissional na área do desenvolvimento Web, devidamente comprovadas ou experiência profissional demonstrada através de portefólio.

A nova oferta formativa do DeCA/UA, a partir do ano lectivo 2021/2022, e no que diz respeito à oferta formativa de Segundo Ciclo, completa-se com o Mestrado em Comunicação Audiovisual para Novos Média e o Mestrado em Desenvolvimento de Jogos Digitais.

O Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Animação Turística e do Património Cultural e Natural vai passar a ser ministrado em Sever do Vouga, já a partir do próximo ano lectivo, anunciou a Câmara local, que, para o efeito, celebrou recentemente um protocolo com o Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA), de Aveiro, e com a Escola Profissional de Aveiro (EPA).

Esta formação terá a duração de dois anos lectivos (quatro semestres, sendo o último de formação em contexto de trabalho/estágio) e será a primeira com carácter universitário (de nível V) a ministrar no concelho do interior do distrito de Aveiro. As candidaturas já se encontram abertas e podem ser feitas através do site do ISCIA (em www.iscia.edu.pt), instituição a quem caberá assegurar a coordenação pedagógica do curso e a disponibilidade dos meios pedagógicos e de apoio curricular necessários ao seu funcionamento.

A Câmara Municipal de Sever do Vouga, por sua vez, as-

sume a responsabilidade de proporcionar apoio geral e organizativo à realização do curso, de promover a sua divulgação junto da comunidade e da região, assim como dar apoio aos alunos deslocados, sobretudo estrangeiros, proporcionando as melhores condições para a sua integração na comunidade severense.

Quanto à EPA, irá disponibilizar as instalações necessárias ao funcionamento da formação no seu pólo de Sever do Vouga, situado no Edifício Vougapark.

Preparar técnicos

O CTeSP em Animação Turística e do Património Cultural e Natural visa preparar técnicos profissionalmente qualificados para conceber, planear, coordenar, gerir, implementar e dinamizar eventos turísticos e actividades de animação, garantindo o respeito pelos públicos--alvo, a legislação em vigor, a sustentabilidade, as normas de qualidade e segurança, a preservação do meio ambiente, a inclusão e a acessibilidade, estimulando o espírito

empreendedor e inovador dos estudantes, explicam os dinamizadores.

“Esta nova oferta formativa pretende igualmente constituir-se como um activo importante na prossecução dos objectivos da estratégia nacional de turismo, assumindo-se ainda como uma proposta diferenciadora, na medida em que confere aos alunos e futuros profissionais do sector, de forma coerente, prática e integrada, um leque alargado de conhecimentos científicos e técnicos, introduzindo temáticas como a sustentabilidade e a acessibilidade no turismo, a inovação, a internacionalização ou a qualidade e certificação”, acrescentam as entidades envolvidas.

Empresas turísticas

Os novos diplomados estarão habilitados a desempenhar funções em empresas de animação turística, marítimo-turísticas ou outras ligadas ao sector do turismo, nomeadamente hotéis, restaurantes e empresas de organização de eventos.

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O curso vai decorrer no edifício Vougapark, em Sever do Vouga
Já há datas para requerer os ‘vouchers’ dos manuais escolares
‘Vouchers’ podem ser solicitados a partir de 16 de Agosto

Socorro e Protecção Civil são apostas fortes do ISCIA

Formação Instituto S. de Ciências da Informação e da Administração abre vagas para duas licenciaturas, três mestrados e oito CTeSP’s

O Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA), constituído em 1989, é um estabelecimento de ensino superior do subsistema politécnico e do subsistema privado, não integrado. Com um novo corpo directivo presidido pelo professor especialista Eduardo da Silva Martins, este estabelecimento de ensino localizado em Aveiro oferece duas licenciaturas: Protecção Civil e Psicopedagogia e três mestrados:

CTeSP em Protecção Civil e Socorro teve o parecer positivo da Escola Nacional de Bombeiros

Gestão de Emergência e Socorro, Higiene e Segurança Ocupacionais e, por fim, Segurança, Defesa e Resolução de Conflitos.

No que respeita aos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), são oito as opções que o ISCIA proporciona: Acompanhamento de Crianças

e Jovens, Animação Turística e do Património Cultural e Natural, Comunicação Digital, Gestão de Unidades Desportivas e de Lazer, Gestão de Alojamentos Turísticos, Psicogerontologia, Proteção Civil e Socorro e ainda Transportes e Logística. Os CTeSP são cursos de dois anos e aliam as componentes de formação geral e científica, às componentes técnicas e em contexto de trabalho. Todos os cursos contemplam estágios que são assegurados pelas empresas e instituições que, entretanto, se associaram ao ISCIA na acreditação destes cursos. O CTeSP em Protecção Civil e Socorro mereceu o parecer positivo da entidade máxima na formação de bombeiros/as, a Escola Nacional de Bombeiros (ENB), e fundamenta-se na elevada empregabilidade da área. Já o CTeSP em Gestão de Unidades Desportivas e de Lazer é uma oferta única no distrito de Aveiro, podendo servir de complemento aos alunos que completem o nível 4 do Quadro Europeu de Qualificações para a Aprendizagem ao Longo da Vida.

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CTeSP Protecção Civil e Socorro tem elevada empregabilidade

Gente quase educada

Jorge de Almeida

Castro

Administrador da Escola Profissional de Aveiro

OCarlos é um rapaz com quinze anos, que frequentou este ano, pela terceira vez, o oitavo ano de escolaridade. É o filho do meio de

AVEIRO (SEDE):

• Técnico/a de Organização de Eventos

• Técnico/a de Comunicação - Marketing, Relações-Públicas e Publicidade

• Animador/a Sociocultural

• Técnico/a de Ação Educativa

• Técnico/a de Auxiliar de Farmácia

Sever do Vouga (polo):

• Técnico/a de Manutenção IndustrialVariante de Eletromecânica

• Técnico/a de Eletrónica, Automação e Comando

• Técnico/a de Eletrónica e Telecomunicações

• Técnico/a de Reparação e Pintura de Carroçarias

• Técnico/a Instalador/a de Sistemas

Térmicos de Energias Renováveis

um casal que andou na escola até à quarta classe e que pouco mais sabe do que ler e escrever. Têm o seu sustento no ordenado baixo que cada um recebe na fábrica de ferragens onde trabalham, a que juntam as poupanças conseguidas com as coisitas que amanham na horta ao lado de casa.

Estes pais raramente se deslocaram à escola, apenas lá foram para tratar de assuntos relacionados com a atribuição dos subsídios que muito os tem ajudado a ter as suas coisinhas, como dizem.

O Carlos tem muitas dificuldades em concentrar-se no trabalho que os professores pedem à turma. Muitas vezes não presta atenção ao que lhe é dito e tem muitas dificuldades em realizar o sem número de tarefas escolares que lhe são pedidas para casa. Não é um aluno perturbador, sendo até bastante solícito e respeitador dos colegas, dos professores e de todos aqueles com quem convive na escola. E entusiasma-se muito por sentir-se útil, como quando colabora com o professor de educação física na arrumação do ginásio e dos materiais e equipamentos utilizados. Surpreende pela diferença em relação aos seus colegas ditos indisciplinados.

Sobre o Carlos, os professores escreveram no final do ano que tem particular dificuldade na leitura e na escrita. No cálculo e na matemática tem sobretudo dificuldades na realização dos problemas, nos quais diz não conseguir concentrar-se. Ao longo do ano recebeu os apoios pos-

síveis na escola. A maior parte das vezes, mais apoios do mesmo: aulas e mais aulas de apoio ao estudo com os mesmos professores que, mecanicamente, em conselhos de turma, descrevem os pormenores do insucesso do Carlos.

Esta é uma parte da história escolar do repetente Carlos que este ano se verá obrigado a mudar de escola, porque a sua diretora de turma lhe sugeriu uma escola diferente.

O Filipe é um outro jovem. Tem também dezasseis anos e frequentou este ano, também pela terceira vez, o oitavo ano de escolaridade.

Nascido no seio de uma família pobre e instável, em que o pai, alcoólico, não foi capaz de ajudar a mãe a educar os cinco filhos do casal, o Filipe foi adotado aos três anos de idade por uma família abastada duma terra vizinha.

Integrado numa família sem quaisquer necessidades financeiras, cedo o Filipe revelou grande habilidade para as áreas práticas, ajudando o pai e a mãe adotivos nas lidas da casa e no comércio que sustentava as larguezas da família. Integrou-se perfeitamente na sua nova família e interagia bem com os outros três filhos da família, um deles precisamente a sua idade. Até aos 12 anos de idade, percorreu a escolaridade do 1º e 2º ciclos e nada de anormal revelou em termos de aprendizagem. O facto de ter repetido por duas vezes o oitavo ano de escolaridade não se deve a quaisquer dificuldades na aprendizagem. Neste capítulo todos os professores referem que o Filipe tem capacidades

normais. Nalgumas áreas, até acima da média. O problema – dizem os professores –, é a desmotivação e o desinteresse em aprender, em andar na escola.

A desatenção é permanente, as provocações a colegas e professores são constantes. Nos últimos dois anos os desacatos (e por vezes a violência) têm sido tantos que os conselhos disciplinares na escola sucederam-se, as suspensões repetiram-se e as expulsões foram inevitáveis.

A família tem pedido ajuda dentro e fora da escola. De ambas as partes todos dizem pouco ou nada mais poder fazer. A Escola afirmou no final do ano ter já desistido, que não aguentava mais. Os professores, em conselho de turma, foram unânimes em encaminhá-lo para uma escola que dizem ser especial para especiais.

Muito provavelmente, o Carlos e o Filipe estarão no próximo ano juntos na mesma nova escola que alguns chamam de especial.

Estas duas histórias de vida e de insucessos são diferentes nas causas. Mas só nas causas, já que os efeitos foram os mesmos: ambos fugiram da escola que lhe deram.

A questão é afinal a mesma de sempre: os alunos não aprendem como a escola os ensina; a escola não ensina como os alunos conseguem aprender.

Sim. Gente quase educada.

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

22 | Especial Ensino Superior
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