QUESTÃO 1 A invenção do alfabeto Dois arqueólogos norte-americanos descobriram os traços mais antigos do primeiro alfabeto utilizado pelo homem no Egito, mais precisamente na estrada que desce do norte em direção à cidade real de Luxor, passando a oeste do rio Nilo, num despenhadeiro do deserto meridional. Nesse local havia, há 4 mil anos, um trajeto frequentado por mercadores, pastores e soldados mercenários. Ao menos dois deles quiseram mostrar aos futuros viajantes que haviam passado por lá, e somaram à notícia uma evocação aos deuses para que os protegessem ao longo daquela estrada perigosa. No entanto, diferentemente de outros viajantes que haviam registrado preces parecidas sobre a delicada parede calcária daquele vale, nossos dois heróis entalharam seus grafites usando as letras do primeiro sistema alfabético de que se tem notícia. A extraordinária descoberta confirma uma teoria já aceita por grande parte dos pesquisadores: que os alfabetos utilizados para escrever os principais idiomas do mundo tiveram uma única origem. (Revista Planeta, jan. 2009, n. 436. p. 36-38. Adaptado.)
Considere as seguintes informações presentes nesse texto: I. Confirma-se a teoria da origem única dos alfabetos. II. Dois viajantes entalham uma mensagem. III. Dois arqueólogos fazem uma descoberta.
Qual a ordem de apresentação dessas informações no texto? A) I, II, III. B) II, I, III. C) II, III, I. D) III, II, I.
QUESTÃO 2 Incivilizados inimigos da cidade Enquanto BH se moderniza durante o dia para oferecer estrutura arejada e menos angustiante, os vândalos e agentes da poluição visual a atacam na calada da noite. (Estado de Minas. Gerais. 11/06/2010.) Esse texto exibe, em sua estrutura, A) comparação de ações, comprovada pelos verbos ”oferecer” e “atacar”. B) consequência de fatos, presente na expressão “vândalos e agentes da poluição visual”. C) negação de atitudes, reforçada, no título, pelos vocábulos “incivilizados” e “inimigos”. D) oposição de ideias, marcada pelas palavras: “dia/noite”; “estrutura arejada/poluição visual”. QUESTÃO 3 O trecho é um comentário sobre o filme “ Alice no país das maravilhas”: Alice no país das maravilhas, com seus climas incômodos e suas imagens que parecem tender à distorção, não poderia ser assinado por qualquer outro artista, é irmão de obras como Edward mãos de tesoura ou A lenda de Sleepy Hollow. Infelizmente, os fãs de Tim Burton com olhar mais crítico vão descobrir que se trata de um irmão menor. O diretor faz concessões às necessidades de dar retorno ao orçamento estratosférico de seu filme, o que torna Alice sua obra mais bem comportada: se as imagens se deixam distorcer, articulam-se de maneira formal, tentando conter toda a agressividade no interior delas, sem que se permita em momento algum que a articulação se torne agressiva com o espectador. (AVELLAR, M. C. Estado de Minas, 23/04/2010. Coluna Cinema.)
O comentário crítico sobre Alice no país das maravilhas centra-se na argumentação de que a A) agressividade é incompatível com o caráter infantil da história adaptada. B) distorção das cenas traz efeitos negativos aos filmes de Tim Burton. C) formalidade da articulação das imagens faz desse um filme menor do diretor. D) quantia exorbitante, gasta na produção, em nada afeta a qualidade do filme. QUESTÃO 4 Observe a linguagem empregada no texto. Quem não se comunica... Havia no Rio de Janeiro nos anos de 1920 um gramático famoso. Uma vez, esse gramático foi passar férias em um hotel-fazenda de Teresópolis. Lá, um dia, resolveu dar um passeio a cavalo pelos terrenos da fazenda. Por segurança, ia acompanhado de um cavalariço montado em um burrico. Pelas tantas, o cavalo do gramático disparou. O cavalariço foi atrás em seu burrico, gritando: ‘Doutor, puxe a rédea! Doutor, puxe a rédea!’ Nada aconteceu, até que o cavalo saltou um valado e jogou o gramático numa moita de urtiga. Finalmente o cavalariço o alcançou, levantou-o e ajudou-o a se livrar de uns espinhos que se grudaram nele. Doutor, por que o senhor não puxou a rédea? Eu vinha gritando atrás, ‘doutor, puxe a rédea, doutor, puxe a rédea!’ O gramático, já senhor de si, perguntou: ‘E o que é puxar a rédea?’ ‘É fazer isso, ó’, e fez o gesto explicativo. ‘Ah! Dissesses sofreia o corcel, eu teria entendido.’ (VEIGA, J. J. O Almanach de Piumhy. RJ: Record, 1988. Adaptado.)
A forma verbal “dissesses” utilizada pelo gramático, na última frase do texto, foi A) importante para o contexto em que ocorre o diálogo. B) inadequada à situação comunicativa do texto. C) indispensável para a linguagem coloquial. D) necessária para o entendimento do texto. QUESTÃO 5 Exame de colesterol deve ser feito a partir dos 20 anos Um estudo recente salienta a importância de jovens, a partir dos 20 anos, realizarem exames preventivos – em especial, o que mede o nível de colesterol no sangue. Menos da metade dos homens e mulheres nessa faixa etária fazem o exame com a frequência necessária, apontou levantamento publicado em um jornal internacional de Medicina que analisou 2.587 pacientes de 20 a 45 anos,entre 1999 e 2006 Segundo a médica Elena V., principal autora da pesquisa e integrante da divisão de doença cardíaca dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, o principal objetivo do alerta é identificar altos índices do chamado colesterol ruim, prejudicial ao coração. Ela reforça que doenças cardíacas são crônicas e danificam os vasos sanguíneos mesmo dos mais jovens. “Vemos isso até em crianças de dez anos”, enfatiza. “E também temos evidências de que, se começarmos a intervir precocemente, é muito mais fácil reverter o processo do que quando se é mais velho e o paciente já tem placas e as veias estão bloqueadas.” (http://veja.abril.com.br.04/08/10. Adaptado.) Uma das razões apontadas pelo texto sobre a necessidade de se realizar exames de colesterol em jovens é a A) ausência de conhecimento entre os jovens das formas de prevenção das doenças cardíacas. B) evidência de que os mais jovens consomem mais alimentos ricos em gorduras e colesterol. C) possibilidade maior de reverter o processo de danificação dos vasos sanguíneos nos jovens. D) resistência das pessoas mais velhas em realizar a prevenção das doenças cardíacas.