Plano de Ação Vitória Sustentável

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Preparação

A preparação da ICES em uma cidade brasileira começa com o processo de seleção e o convite formal do BID e da CAIXA para participação na Iniciativa. Após a oficialização do interesse da cidade em integrar a ICES - que é feita a partir do envio de uma correspondência que oficializa a adesão - é realizada a designação oficial de um coordenador-geral e de coordenadores para cada uma das três dimensões, dando-se início à Fase 0 da metodologia, que tem quatro objetivos principais: (i) constituir a equipe técnica que conduzirá o processo; (ii) dialogar com os atores dos diversos setores da cidade para obter uma visão geral inicial dos desafios mais críticos enfrentados; (iii) identificar os principais atores envolvidos e (iv) iniciar a compilação de estudos gerais sobre a cidade e outras informações relevantes que estejam disponíveis. No caso da ICES Vitória, a Fase 0 envolveu também a seleção e contratação do Instituto Pólis para a aplicação da Iniciativa na cidade com os recursos disponibilizados pelo Fundo Socioambiental da CAIXA.

Fase 1

Análise e Diagnóstico

Esta fase tem como objetivo principal identificar as áreas críticas que afetam a sustentabilidade da cidade. Para isso, realiza-se uma avaliação multissetorial e territorial rápida de um conjunto de indicadores quantitativos e qualitativos. Os indicadores são complementados com um diagnóstico mais abrangente sobre diferentes temas, realizada por um grupo de especialistas, acompanhado pela prefeitura, BID e CAIXA. No caso de Vitória, o diagnóstico envolveu o levantamento de 117 indicadores agrupados em 23 áreas temáticas. Uma vez completado o levantamento, os valores obtidos são comparados com os parâmetros propostos pelo BID para a América Latina e Caribe. Como resultado dessa comparação, cada indicador é classificado de acordo com um sistema de semáforos: (I) verde: a cidade mostra bom desempenho; (II) amarelo: o desempenho da cidade poderia melhorar; e (III) vermelho: a situação da cidade é crítica e é necessário atuar. A partir desse exercício de “semaforização” de indicadores, são analisados em conjunto os resultados do processo por tema, assim como aspectos qualitativos não refletidos diretamente pela avaliação dos indicadores. Ao final, determina-se a cor de consenso entre as diferentes instituições envolvidas para cada um dos 23 temas ou setores. A metodologia ICES também propõe, de forma a complementar a análise da cidade, um diagnóstico territorial, onde várias informações são analisadas mais detalhadamente por zonas da cidade, raios censitários, unidades administrativas ou outro tipo de divisão territorial. O objetivo dessa análise é identificar zonas críticas na cidade, nas quais os indicadores coletados demonstram um desempenho abaixo da média e que concentram vários problemas identificados.

Fase 2

Priorização

Nesta fase, busca-se estabelecer a ordem de prioridade dos temas críticos para a sustentabilidade da cidade, identificados na fase anterior. Todos os temas e setores da ICES são priorizados a partir da aplicação de quatro filtros: (I) opinião pública (a importância do tema para a sociedade local); (II) econômico: análise multicritério (relaciona as áreas temáticas da ICES com os subfiltros relacionados a dados secundários obtidos para o PIB, emprego e competitividade do município); (III) ambiental/mudança do clima (vulnerabilidade à mudança do clima, níveis de emissão de gases de efeito estufa e potencial de mitigação das emissões em cada tema); e (IV) técnico/valoração de especialistas (análise multicritério entre todas as áreas da ICES). Como resultado, obtém-se uma lista de temas ou áreas de intervenção prioritárias para a sustentabilidade da cidade. A análise realizada durante a Fase 2 envolve a equipe técnica do BID, da CAIXA, da prefeitura, entidades parceiras e de outros atores chave da cidade.

apresentação

Fase 0

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