CILAD Notícias Nº 6 - Versión em Português -

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NOVEMBRO 2014 | Nº 6

CILAD

desde 1948

A cem anos da Primeira guerra mundial: Ecos na Dermatologia e o CILAD Transcorreu um século da eclosão da primeira grande conflagração do século XX. Dez milhões de mortos, a queda de impérios, a modificação do mapa geopolítico mundial e a introdução de novas tecnologias, gravitaram em todas as esferas da atividade humana. Nossa especialidade não foi alheia ao conflito, que truncou ilusões de colegas anônimos, como dos perpetuados em epônimos de entidades, testes diagnósticos e sinais. O dermatologista norte-americano John Templeton Bowen adiou para sempre a sua viagem à França, onde dissertaria sobre o tumor epidérmico por ele descrito. O jovem médico Arnault Tzanck deixou nesses anos a dermatologia do Hospital São Luis de Paris para trabalhar nas ambulâncias militares. Ali fez suas primeiras experiências com a transfusão sanguínea e a hematologia. Anos mais tarde, adaptaria a experiência sanguínea a vesículas e bolhas. O dermatologista turco Hulusi Behçet foi transladado ao Hospital Militar do Edirne, cidade fronteiriça do Império Turco com as nações balcânicas então inimigas. O professor Pyotr Vasilyewich Nikolsky abandonou a Cadeira de Dermatologia de Varsóvia, obrigado pela invasão das tropas alemãs do kaiser. Continuaria estudando os pênfigos na sua Rússia natal. O investigador William Dubreuilh interrompeu seu interesse pela melanose e o câncer cutâneo em Burdeos, para incursionar na cirurgia reparadora das feridas produzidas pelas novas armas. Identificou com sagacidade as dermatoses auto -infringidas pelos soldados para evitar a morte nas trincheiras.

No plano institucional, os Congressos Mundiais de Dermatologia vinham sendo celebrados regularmente desde 1889. Suas sedes foram sucessivamente Paris, Viena, Londres, novamente Paris, Berlim, Nova Iorque e Roma. Mas em 1914 - citando o professor espanhol Enrique Sáinz de Aja “chegou o primeiro de Agosto, começo da primeira guerra europeia, e todos os nossos projetos foram por água abaixo. Eis aqui o porquê de nossa inatividade internacional relativa no melhor de nossa vida”. Depois de algumas tentativas efêmeras de reatar as atividades na década de trinta, a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e a Segunda guerra mundial (1939-1945) prolongaram a inércia acadêmica. Foi então que um conjunto de hansenólogos hispano-luso falantes, que tinha identificado os grupos e pólos da hanseníase –citando o professor mexicano Fernando Latapí- “começou a cultivar a ideia de que se os impérios atuais fazem as grandes guerras e preparam outras ao terminá -las, por que os espanhóis, os portugueses e os latino-americanos não continuam trabalhando?”... Assim nasceu o CILAD em 1948 - em palavras de Sáinz de Aja- como “cabeça do movimento progressista da especialidade depois da guerra”. O Primeiro Congresso do CILAD, em 1950, antecipou-se à retomada dos Congressos Mundiais. Valha o exemplo que como convidado estrangeiro o Prof. Tzanck encontrou ali ocasião de comunicar o citodiagnóstico. Hoje, os herdeiros de todos esses pioneiros continuam seu trabalho sem pausa.

25 a 29

outubro 2016

CONTEÚDOS 2

Editorial

3

Artigos

4

Entrevista Magistral

6

Artigo

Dante Chinchilla

HOMEOPATIA. CIÊNCIA OU PSEUDOCIÊNCIA? ELEIÇÕES: SEDE CILAD 2018 PROF. DR. JUAN M. HONEYMAN SOCIEDADE EQUATORIANA DE DERMATOLOGIA PERLAS DERMATOLÓGICAS

7

CALENDÁRIO DE EVENTOS RELATÓRIO DE ATIVIDADE CILAD COMUNITÁRIA NO PANAMÁ


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