Revista Colégio Regina Mundi

Revista do Colégio

Publicação da Rede Santa Paulina de Educação • Ano 7 • Número 7 • Outubro/2015

Regina Mundi

Projeto Caixa-Surpresa

Atividades lúdicas facilitam a compreensão do princípio alfabético

Museu Catavento

Passeio pedagógico leva alunos por uma aventura em nosso planeta

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Sumário

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Editorial

Educação Infantil

Literatura: experiência significativa de aprendizagem Interatividade

tecnologia: Qual o real valor dela na educação?

Entrevista com hugo hoyama

Foco, dedicação e família: pilares do sucesso!

Entrevista com Dra. Roselane Zordan Costela

Enem e o novo paradigma ensino-aprendizagem Ludicidade

O Sítio do Picapau Amarelo e seus Ensinamentos Vida escolar

destaques da escola

Prata da casa

Valores

Família, uma comunidade de cuidado da vida Destaques da Rede Santa Paulina

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Rede Santa Paulina de Educação vem realizando um grande esforço junto às crianças, adolescentes, jovens, famílias e comunidades, nas diferentes unidades educativas. É uma grande aventura poder acompanhar crianças, adolescentes e jovens que, no cotidiano da vida, descobrem e vivenciam valores indispensáveis para a socialização e humanização das relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de partilha, respeito, cooperação e solidariedade.

A descoberta de novas relações possíveis com o planeta, desenvolvendo atitudes de cuidado, valorização e defesa, e o encontro com Deus, numa dimensão de fé, aprofundam a consciência missionária por meio das vivências religiosas e fraternas.

Experiências realizadas com muita criatividade e dinamismo conduzem a descobertas fantásticas no mundo real e na imaginação, e também auxiliam na formação de opiniões a partir de análises e da edificação de saberes diferenciados.

Nessa caminhada, feita em mutirão, a busca por aprofundar conhecimentos ilumina e fortalece uma nova prática, onde a tecnologia se une à busca de sustentabilidade, e a interação e o envolvimento de todos(as) são indispensáveis. Novos conceitos são construídos como resgate de uma sintonia planetária com todos os seres, fortalecendo o sonho e a opção de colaborar com a construção de mais cidadania, justiça e solidariedade.

Que essa leitura possa motivar ainda mais toda a comunidade a viver, com intensidade, o compromisso com o cuidado e a defesa da vida, valores traduzidos na vida e missão de Santa Paulina e assumidos hoje nas Unidades e no coração de toda a comunidade educativa.

Ir. Roseli Amorim

Passatempo

Expediente Revista da Rede Santa Paulina de Educação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição Coordenação Geral Ir. Irene Boff Edição de Texto e Direção de Arte Rafael Felippe

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Coordenadora geral da Congregação das irmãzinhas da imaCulada ConCeição

Projeto Gráfico e Diagramação Maria Inês Ruivo Andrade Jornalista Responsável Rafael Felippe – MTb 52407 Revisão Cristina Peres Comercial Enderson Carvalho David André Rovigo Fabrício Realci Romão Marinês Favretto Simone Teixeira do Prado

Agradecimentos Às diretoras, coordenadoras/es pedagógicas/os e professoras/es, pais, alunos e pessoas amigas, que contribuíram com declarações, artigos e fotos, para esta edição.

Fotos da capa: Arquivo das Escolas da Rede Santa Paulina de Educação

Educandário Imaculada Conceição Rua São Francisco, 148 – Centro 88015-140 Florianópolis-SC www.imaculadanet.com.br

Escola Nossa Senhora Medianeira Av. N. Senhora Medianeira, 415 97060-001 Santa Maria-RS www.escolamedianeira.com.br

Colégio São José Rua Silva, 365 – Centro 88301-310 Itajaí-SC www.saojose.com.br

Escola Nossa Senhora de Fátima Rua Cel. Serafim Pereira, 417 Centro 93220-110 Sapucaia do Sul-RS www.escolafatima.com.br

Colégio Regina Mundi Rua Marquês de Lajes, 1916 Vila das Mercês 04162-002 São Paulo-SP www.colegioreginamundi.com.br

Entre em contato: rafael.felippe@ciic.org.br

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Educação Infantil

Literatura: experiência significativa de aprendizagem

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brincar promove, nas crianças, valiosas aprendizagens por meio de situações que são reais, exploratórias e espontâneas. O lúdico na Educação Infantil é uma forma prazerosa de favorecer o processo de ensino-aprendizagem, possibilitando à criança as mais diversas vivências, experiências e descobertas, ao criar e recriar seus experimentos. “O lúdico privilegia a criatividade e a imaginação, por sua própria ligação com os fundamentos do prazer. Não comporta regras preestabelecidas nem velhos caminhos já trilhados, abre novos caminhos, vislumbrando outros possíveis” (Rubem Alves, 1987).

Nossa escola incentiva, na Educação Infantil, a prática pedagógica centrada no lúdico. Ela acredita que esse modo de ensino-aprendizagem, associado à literatura e a ações pedagógicas que promovam ao educando o despertar da sua curiosidade para novas e diferentes experiências, é fator essencial para contemplar uma educação de qualidade, que valoriza as mais diversas formas do letramento e das dimensões do conhecimento humano.

Com isso, as atividades proporcionadas para essa faixa etária precisam estar “carregadas” de significados. Desse modo, deixar de pensar sobre a experiência e o significado que esse conceito representa no universo infantil seria ignorar a criança nos planos individual e social, sendo que suas vivências perpassam esses dois âmbitos.

O campo de aprendizagens que pode ser explorado pelas crianças no período da Educação Infantil é, sem dúvida, imenso. As diversas situações cotidianas oferecidas no ambiente escolar permitem aos alunos ampliar as possibilidades do aprender a conviver, aprender a brincar, desenvolver atividades em grupo, além de expressar-se e comunicar-se com novas linhagens, ouvindo, recontando e reproduzindo as histórias lidas, os poemas e as conversas do seu cotidiano.

A literatura promove naturalmente o estímulo e a curiosidade dos alunos, ampliando o seu repertório de palavras e possibilitando novos diálogos e interpretações do seu mundo infantil, em que “Um livro é a criança percebe que é na troum brinquedo ca do seu saber com o saber do outro e na exploração de feito com materiais concretos que aconletras. Ler é tecem o seu crescimento, o brincar” seu desenvolvimento e as suas principais aprendizagens. rubem Alves 4

Nesse universo infantil, “um livro é um brinquedo feito com letras. Ler é brincar” (Rubem Alves).

Nessa contextualização, como educadores, estamos entendendo a capacidade de simbolizar como fator social, que é decisivo à caracterização humana. Para a criança, a possibilidade de abertura para novos mundos se dá por meio do brincar, da imaginação, da experimentação e da representação social.

Brincar é uma essência, é o disparador da imaginação nas crianças, promove diferentes caminhos e estratégias de organização e apropriação das inúmeras aprendizagens em que as linguagens simbólicas e as experimentações lúdicas constituem os sujeitos e suas aprendizagens, tornando-os, assim, observadores e pensantes.

Estimulados pelo adulto, aprendem a compreender suas emoções e suas formas de reagir em diferentes situações, além de construir hipóteses sobre o uso da linguagem oral e escrita e o gosto pela leitura, elaborando as suas interpretações de mundo.

A educação da criança pequena envolve de forma simultânea o cuidar e o educar. Dessa forma, a infância é sempre um presente na educação, pois ela nos mostra a expressão para o futuro da humanidade. Por esse viés, visualizamos uma metodologia de ensino em que todos aprendem com todos, de forma lúdica, criativa, integrada e dinâmica, considerando a individualidade e o tempo do aluno na busca do seu conhecimento e na sua contribuição para a transformação da sociedade.

Lucia Wittisoreki Lacerda Ribeiro e Taini Grisa Moreira Professoras da eduCação infanTil nÍvel ii

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Interatividade

FREEIMAgES.CoM

tecnologia: Qual o real valor dela na educação?

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unca antes, na sociedade, o compartilhamento de informações e conhecimento foi difundido em tão ampla escala. Por meio das chamadas TICs – Tecnologias da Informação e Comunicação –, a sociedade vivencia a Era do Conhecimento. Todos os dias, ao acordarmos, somos imersos em informações que nos chegam de diversas maneiras. O aparato tecnológico se faz presente em todos os campos da nossa vida: no trabalho, no lazer e, também, na educação.

Quando aliamos as TICs à educação, ampliamos o acesso aos bens culturais, sociais e políticos, tanto locais como mundiais, e possibilitamos uma abordagem mais ampla da questão, contextualizando as informações adquiridas. Além disso, democratizamos o saber ao tornarmos as aulas mais dinâmicas e interativas, e incentivamos o educando a ir além das barreiras físicas da escola, abrindo as portas a novas descobertas e à produção do seu próprio conhecimento. Essa aliança desperta interesses variados e infinitas possibilidades de aprendizagem.

A famosa Geração Z, conhecida como nativos digitais, já nasceu plugada, incorporando com facilidade as tecnologias atuais. Para eles, é natural curtir, compartilhar, dividir arquivos, fazer download, baixar músicas, criar um avatar. E esse é o grande fascínio que a tecnologia desperta, pois transforma a maneira como realizamos as nossas tarefas rotineiras – seja de trabalho, seja de aula.

Mas essa influência não se restringe somente ao educando. Ela vai além, chegando à sala do professor e complementando o planejamento e a construção da aula. Atualmente, as aulas são mescladas com o mundo virtual. Devido a centenas, para não dizer milhares, de informações recebidas por dia, as crianças e os adolescentes tornaram-se mais questionadores a respeito daquilo que é ensinado.

Mas como tornar a sala de aula mais interessante aos olhos dos educandos? A resposta está na inclusão de vídeos, jogos, animações, infográficos, uma série de aparatos educacionais que estimulam o educando no processo de aprendizagem.

Outro ponto importante a ser destacado é a interdisciplinaridade envolvida, pois podemos reunir diversas disciplinas e trabalhá-las de forma mais contextualizada e lúdica. Um bom exemplo é a utilização de jogos on-line que exigem do educando o desenvolvimento de concentração, percepção visual, conhecimento, ao mesmo tempo que tornam o aprendizado mais vivencial, divertido e conectado com a realidade atual.

Mas os recursos não param por aí. Os ambientes virtuais de ensino e aprendizagem (AVEA) aproximam educadores e educandos de debates que vão além da sala de aula,

instigando-os a ultrapassar a barreira física da escola. E por que não citar os mundos virtuais, onde podemos recriar cidades e, dessa forma, ensinar questões cívicas e de comportamento em sociedade?

A Internet é um mundo sem fronteiras. Os recursos tecnológicos devem servir como extensões do professor, agregar valor ao seu trabalho e facilitar a conexão da sala de aula com o mundo exterior.

Então, por que não utilizar todos esses recursos na educação? Visto que os educandos adoram interagir com a tecnologia, por que não aproveitar essa oportunidade e usá-la a nosso favor? O desafio a ser enfrentado é a conscientização de todos – educadores, educandos e pais – de que a Internet pode sim ser uma plataforma educacional.

Precisamos ter em mente que se faz necessário acompanhar o ritmo dessa nova geração, para que a escola não se torne um local desinteressante e ultrapassado.

Dessa forma, a educação segue seus fundamentos: transmitir conhecimentos e preparar o educando para um mundo no qual a tecnologia não só é necessária, mas também essencial.

Adriana Gaspar Professora de informÁTiCa REVISTA DA REDE SANTA PAULINA

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Entrevista com hugo hoyama

Foco, dedicação e família: pilares do sucesso!

O mesa-tenista Hugo Hoyama esteve no encerramento da XII Olimpíada Intercolegial do Colégio Regina Mundi, onde contou sobre sua carreira o que um jovem que deseja seguir a carreira de atleta, como você, deve fazer?

Hugo Hoyama: Uma vez que você encontrar algo de que realmente goste, independentemente do tempo que leve, e decidir seguir uma carreira, seja de atleta ou outra, aí sim o foco e a visão em alcançar seus objetivos se ampliam e a dedicação, a vontade e a confiança abrem as portas para um futuro de grande sucesso. O importante é gostar e estar consciente, pois você estará pronto para enfrentar os vários obstáculos que surgem durante a vida. o principal medo de um atleta Para mim, são três: 1) A principal preocupação seria se machucar e nunca mais poder seguir a carreira de atleta; 2) A outra seria não perder o foco e o controle contra os adversários, pois, se você perde um pouco a concentração durante o jogo, a chance de ser derrotado é imediata. Isso acontece em outros esportes, seja individual seja em equipe; 3) Por último, perder a humildade durante o período de sua fama ou sucesso, que pode acabar em um segundo com tudo que foi conquistado.

Desafios a serem vencidos No momento da minha carreira em que começaram a surgir resultados positivos, surgiram também maiores compromissos, longas horas de treinamento e muitas viagens nacionais e internacionais. O pior era ficar longe da família e dos amigos. E, é lógico, evitar sempre me machucar e tentar estar sempre em forma.

Vitórias que mais marcaram Felizmente conquistei muitos títulos, mas considero a mais marcante a vitória sobre Jorgen Persson, um sueco que era favorito à medalha nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 96, e a mais especial foi a conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, quando meu pai estava presente na arquibancada! Assim que terminou o jogo, comemorei com meus companheiros de equipe e logo depois fui correndo dar um abraço nele, subindo o alambrado! Além de todas as conquistas, nos momentos em que eu conseguia me classificar e ganhar a vaga para 6

as principais competições, como Olimpíadas, Pan-Americanos, ver o sorriso dos meus pais para mim não tinha preço, era muito especial!

Sonhos para o futuro Espero, como técnico da Seleção Feminina, poder alcançar o mesmo sucesso que tive nesta longa jornada. E lógico que, com o Instituto Hugo Hoyama, quero promover e fomentar este esporte olímpico, criando oportunidades aos futuros praticantes. É também uma ferramenta muito importante para promoção e inclusão social, orientação educacional da criança e do adolescente e suas famílias em situação de vulnerabilidade social. o que falta para os atletas brasileiros?

No Brasil temos atletas com um grande potencial, de alto nível e com muito talento. Seria necessário valorizar e dar mais apoio, não só financeiro, mas organizar e planejar, com estruturas melhores e com profissionais adequados que possam dar melhores condições aos atletas. Um atleta bom não surge de repente, ele precisa ser preparado em todos os aspectos. E ter incentivo!

A importância da família e do seu apoio, na sua vida Mas nada teria sentido se não fosse pelo apoio dos meus pais e principalmente dos meus avós, que vieram para o Brasil lutando por uma vida melhor e sempre preservando as suas raízes e valores, a humildade, o sacrifício, o amor e muito carinho. E isso levo para o dia a dia, para a vida, numa forma de que a vida nos traz surpresas positivas e negativas, mas se você tem uma coisa preciosa, que é a família, todo dia é maravilhoso. E falo de coração que, após uma longa jornada e experiências com oportunidades, conquistas e realizações, sinto uma imensa gratidão pelas pessoas que me apoiaram e acreditaram em mim durante todos estes anos.

A minha retribuição é a dedicação a este novo desafio a que aqui estou e acredito que, com “competência”, possa contribuir para uma boa causa àqueles que necessitam e merecem uma oportunidade para a vida, que surgiu para mim.

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Entrevista com Dra. Roselane Zordan Costela

Enem e o novo paradigma ensino-aprendizagem Você pesquisa o Enem desde a sua primeira edição, em 1998. o que mudou ao longo desses anos?

Em 1998 o Enem era formado por 63 questões interdisciplinares, sem divisão por componente curricular ou área do conhecimento, mais a redação, realizada num único turno.

Desde 2009 o exame conta com 180 questões mais a redação, divididas por área do conhecimento, 45 questões para cada área, realizada em dois turnos. Com o passar do tempo percebemos que a estrutura do exame passou a contar com mais conteúdos, mas não perdeu a essência na cobrança de habilidades e competências.

Como são organizadas as questões do Enem?

São questões que primam pelo desenvolvimento de habilidades e competências. São textualizadas e, muitas vezes, apresentam mais de um texto. Na raiz de cada questão geralmente está posto o conteúdo trabalhado em sala de aula. O aluno precisa, assim, interpretá-lo e aplicá-lo em situações cotidianas. São organizadas por área do conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Artes, Educação Física e Línguas Adicionais); Matemática e suas Tecnologias (Matemática); Ciências Humanas e suas Tecnologias (Geografia, História, Sociologia e Filosofia); e Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Física, Química e Biologia). Além dessas questões objetivas, há a redação, uma prova que cobra a competência da escrita argumentativa e a criação de uma proposta de ação. Esta prova está pautada em cinco competências avaliativas.

Esta organização traz alguma novidade para o processo de ensino-aprendizagem?

O ensino por habilidades e competências é uma novidade desde a implementação do Enem. O ensino não poderá estar pautado somente no conteúdo, os alunos precisam desenvolver a criticidade, a reflexão e a aplicabilidade de conceitos. O produto maior para este olhar não é o conteúdo em si, mas o que o aluno poderá fazer com este conteúdo. o que é a Teoria de Resposta ao Item e como ela se aplica ao Enem? É a forma como o Enem é corrigido. É balizada em três pressupostos: o número de questões acertadas que se transformam numa pontuação; a diferença de pontuação entre as questões, divididas em três níveis: mais fáceis valem menos, mais difíceis valem mais, e médias valem a média entre as difíceis e as fáceis; e o sistema antichute: no momento em que o sistema percebe que o aluno chutou, acertando questões mais difíceis e errando questões mais fáceis de mesma competência, a questão acertada é anulada.

DIVULgAção

Dra. Roselane Zordan Costela, professora da Universidade Federal do Rio grande do Sul

Como se pode pensar um currículo por competências, habilidades e valores?

Para mim é o verdadeiro currículo. Os professores precisam pensar os conteúdos significando-os. Para que servem os conteúdos se não para transformar a forma de pensamento dos alunos, para torná-los melhores, mais críticos, autônomos, comprometidos com a cidadania e, principalmente, mais inteligentes e reflexivos? Os colégios devem oportunizar ao professor momentos de reflexão sobre o que, como, para quê e para quem se ensina. A escola deve voltar-se para os alunos de forma articulada. Não devemos compartimentar as escolas por segmentos e deixar os professores reféns destes segmentos. As coordenações e gestões precisam compreender estes processos de aprendizagem para auxiliar os professores na construção de seus trabalhos cotidianos com os alunos.

Qual a missão da escola, dos pais e dos alunos na educação?

A escola é o lugar das tensões prazerosas da aprendizagem, é o lugar do desenvolvimento da cidadania, do ensinar e do aprender. Na escola é que acontecem as transformações e as reflexões. A partir da escola construímos e reconstruímos cidadãos. As relações que ocorrem na escola são significativas e marcantes. As famílias educam ensinando aos filhos o estranhamento diante das injustiças, a desnaturalização dos fatos e discutindo acontecimentos de forma ética. A família ensina valores e cobra estes valores em situações em que a escola não pode interferir. Alunos são alunos, capazes de aprender e se emocionar com a aprendizagem, tudo depende da forma como são ensinados e educados. Todo aluno é passível de ser educado, na família, prestando atenção nos exemplos e ouvindo os pais, e na escola, participando ativamente das propostas e desempenhando o papel de educando.

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Ludicidade

O Sítio do Picapau Amarelo e seus Ensinamentos

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gAbRIELE C. UFLACkER

m abril, a turma do Diversificado da usava para caçar passarinhos, Escola Medianeira teve bons motivos o que nos dias de hoje é crime. A turma para comemorar, pois durante o mês ainda teve oportunidade de confeccionar o inteirinho eles trabalharam a obra de Monpersonagem Visconde de Sabugosa com sateiro Lobato, autor de renome e responsável bugos de milho. Fizeram desenhos sobre o pelas peripécias do Saci-Pererê e da boneca tema e criaram suas próprias historinhas com de pano Emília. outros personagens de Monteiro Lobato, como a Na culinária, as professoras Vera Rosane bruxa Cuca, o Curupira, Tio Barnabé, Rabicó e muiSoares e Gabriele C. Uflacker ensinaram a turma tos outros. Na hora do conto, em dias de chuva, a a fazer os famosos bolinhos de chuva da Tia Anastágurizada se divertia assistindo a um episódio do Sítio cia e bolo de fubá. Durante as brincadeiras, a turma voldo Picapau Amarelo. tou ao passado, pulando amarelinha, ouvindo histórias e As professoras Vera e Gabriele não mediram esforços. pulando corda. Também participaram de jogos de palaCom o tema escolhido, “O Sítio do Picapau Amarelo e vras em sala de aula. Foi apresentado a eles o estilingue, seus Ensinamentos”, elas puderam expandir o trabaobjeto usado pelo personagem lho tanto dentro da sala de aula Pedrinho, primo da menina do como externamente, na fazendiPuderam expandir nariz arrebitado, Narizinho, e neto nha, encerrando com um piquede Dona Benta, proprietária do Sínique no gramado do Santuário o trabalho tanto tio, onde tudo acontece. Na ocada Medianeira. Foram exploradentro da sala de aula, sião, cada aluno manuseou o esdos, por exemplo, que tipos de tilingue e aprendeu que ele é um animais vivem no Sítio e qual a como externamente, brinquedo considerado perigoso, sua importância; tipos de alimenna fazendinha, e por isso tem sua venda proibitação e o que é saudável; a imda. Antigamente a molecada o portância da água na lavoura, na encerrando com um criação de gado, aves, equinos, ovinos, suínos, entre outros. piquenique no gramado A turma do Diversificado B também colocou a mão na massa e partiu para a plantação. Eles fizeram seu próprio canteiro, no qual plantaram verduras e temperos para serem usados nas aulas de culinária, às sextas-feiras.

Foi um mês bastante proveitoso, divertido e criativo. Como ápice, no dia 30 de abril aconteceu a festa de encerramento, com lanche coletivo e a presença inconfundível de alguns personagens do Sítio, como Tia Anastácia, Cuca, Visconde e, como não poderia deixar de ser, a danada da Emília, que veio e em dose tripla.

Vera Rosane Soares – Professora Gabriele C. Uflacker – auxiliar de Turma

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Vida escolar

O que cabe na mala

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om base na leitura do livro “Cabe na mala”, de Ana Maria Machado, eventualmente realizamos a visita de “uma mala” às classes, com o intuito de estimular a reflexão, por meio da experiência sensorial, sobre o que pode caber em uma mala que está no meio da sala. Inicia­se o questionamento: 1) O que cabe na mala? 2) Ela está pesada? 3) Ela está cheia? 4) Para onde se vai com uma mala? 5) Quem a leva? 6) Qual é a sua cor? 7) É grande? É pequena?

Por meio dos ques­ tionamentos possíveis, o mediador aguça a curiosida­ de das crianças sobre o que realmen­ te cabe ou não naquela mala. Ao abri­la, as crianças constatam que seu interior está repleto de LIVROS! As conclusões das indagações fluem e cada um faz suas escolhas livremente através do manuseio, da leitura e do compartilhamento dos títulos.

Na visita seguinte, o conteúdo da mala se apresenta de outra maneira: livros distintos têm outra textura, estão envoltos em tecidos coloridos. Surge, aí, a provocação de como desfazer os nós. Através dos desenlaces, novas sensações impulsionam a fantasia. A sala de aula se transforma, surgem palácios, casas, florestas, nascem personagens, príncipes, princesas, lobos... É quando cada criança expressa seu repertório particular. O que se vislumbra é uma comunidade leitora em elaboração, que transpõe as barreiras das decodificações. Cada criança se faz lei­ tor, narrador, coautor, personagem, cenário.

Quanto à mala, poderia ter sido só um objeto incomum na sala de aula, mas a nossa recebeu a colaboração abençoada de Fátima Marquês, que, com suas mãos de fada, enriqueceu ainda mais o projeto, transformando­a em uma mala especial.

Solange Oliveira – BIBlIotecárIa Paula Calderon – Professora do Nível I Diana Marques e Juliana Medeiros – Professoras do MaterNal III

Guardiões da água uma gotinha que foi colada em sua camiseta, a fim de voltarem para casa e difundirem na família a ideia de que todos têm responsabilidade so­ bre a água; c) Banho de chuva imaginário: cada criança esco­ lheu um colega da classe e, ao som do “pau de chuva” (instru­ mento musical que reproduz o som da chuva), realizou um passeio imaginário protegido por um guarda­chuva.

Desse modo, os conceitos de conscientização, mobilida­ de, responsabilidade e reutili­ zação foram construídos e vi­ venciados por todos.

JAQUELINE E mAIRA

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om o objetivo de tornar as crianças conscientes da crise hídrica que atinge o Estado de São Pau­ lo, durante o mês de março as professoras das tur­ mas do Nível I desenvolveram várias ações visando estimular as crianças a serem multiplica­ doras da importância do não desperdício de água.

Nas visitas semanais à bi­ blioteca, as crianças ouviram as histórias: A água; A lenda da Vitória; A ponte e Pedro e Tina.

Após as narrativas, foram re­ alizadas as dinâmicas: a) Apre­ sentação do globo terrestre, quando cada um expressou seu desejo de que a água não acabe no planeta; b) Guardião da água: cada criança recebeu

Milena Yagui Numa e Jaqueline Oliveira – Professoras do INfaNtIl Solange Oliveira BIBlIotecárIa

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Vida escolar

RA SIL FoToS: Débo

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Projeto “Caixa-surpresa”

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aprendizagem da leitura e da escrita é construí­ da durante o uso funcional, relevante e signifi­ cativo da língua. Essa apren­ dizagem acontece falando, ouvindo, O aluno precisa observando etc.

Com o Projeto “Caixa­surpresa” encontrar objetos desenvolvemos atividades com o in­ ou guloseimas que tuito de facilitar a compreensão do princípio alfabético. A criança começa comecem com a letra a compreender as regras que organi­ que está dentro da mos que a criança participe de uma discussão oral com desenvoltura, le­ zam o sistema de escrita. Essas ativi­ caixa-surpresa. vantando e confirmando hipóteses e dades que envolvem aprendizagens Pode ser um ou fazendo perguntas coerentes. da alfabetização e do letramento fa­ A segunda etapa do projeto é rea­ zem com que os alunos reflitam sobre vários objetos lizada em sala de aula, com a escrita a escrita. espontânea, o desenho do objeto e a O projeto tem duração de 26 sema­ confecção de uma lista de palavras que começam com nas (a quantidade de letras do nosso alfabeto) e com ele a mesma letra que estava dentro da caixa. Enquanto os pretendemos que a criança identifique a função das le­ alunos escrevem, o professor circula pela sala, observan­ tras nas atividades; produza trabalhos de arte e culinária; do como desenvolvem a tarefa e oferecendo ajuda sem­ utilize a linguagem do desenho; perceba o valor posicio­ pre que necessário. Em alguns momentos a atividade nal das letras nas palavras; o número de letras, letra ini­ é realizada em duplas, e os alunos montam as palavras cial, letra final; identifique o próprio nome e o nome dos com as letras móveis. Cabe ao professor mediar o pro­ colegas; pratique a escrita espontânea com base no co­ cesso. Os alunos corrigem, acrescentam ou tiram letras. nhecimento de que dispõe no momento das atividades; Com o desenvolvimento do projeto, os alunos apre­ identifique todas as letras do alfabeto; estabeleça rela­ sentam avanços significativos em sua aprendizagem. ção entre letras e sons; identifique a variedade e a quan­ Segundo Edilaine Cristina de Oliveira, mãe do aluno tidade de letras em uma palavra; identifique os fonemas Gabriel de Oliveira, “esse projeto fez com que a família numa série de palavras; compare palavras que iniciam e o aluno, devido à troca de ideias, se sentissem mais ou terminam com um mesmo fonema; socialização. próximos e envolvidos com a escolha do objeto da letra Toda segunda­feira, seguindo a ordem alfabética, sorteada, de modo a propiciar um aprendizado diverti­ uma criança leva para casa a caixa­surpresa com uma le­ do, através do resultado obtido pelo envolvimento da tra dentro. A caixa deve ser devolvida na sexta­feira. classe, toda a família ficou feliz... Os benefícios do projeto Em casa, juntamente com a família, a criança abre a são visíveis no aprendizado da colaboração, socialização caixa e então tem início uma deliciosa atividade. O aluno e interação em grupo, além do conhecimento direto de precisa encontrar objetos ou guloseimas que comecem diversas palavras correspondentes à letra sorteada”. com a letra que está dentro da caixa­surpresa. Pode ser É gratificante ver a alegria de aprender e as descober­ um ou vários objetos. tas feitas por nossos alunos.

Na escola, a atividade tem início com uma roda de conversa em que os alunos tentam descobrir a letra e o objeto que está dentro da caixa. Com isso, pretende­

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Catharina Apparecida D. V. da Silva e Paula Pinheiro Lisboa Professoras do Nível II a e B

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cAThARINA APPAREcIDA D. V. DA SILVA

Vida escolar

Museu Catavento Passeio pedagógico: uma aventura em nosso planeta

O 1º ano B conhecendo mais sobre o sistema solar e o universo

PRIScILA SANTIAgo cALSAVARA gARcIA S.

Animação dos alunos do 1º ano C ao conhecerem alguns meios de transporte antigos, como a locomotiva

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meios de transporte antigos, alguns do século XIX, expostos ao ar livre. Observamos também uma concha acústica onde cochi­ chávamos e a outra pessoa, a 30 metros de distância, na outra concha, conseguia nos ouvir. Em seguida vimos uma esfera de várias toneladas que conseguíamos rodar, pois ela fica em cima da água e represen­ Turma do 1º ano A concentrada dentro ta a quantidade de do submarino. Aventura no fundo do mar, água presente em pesquisa sobre os animais marinhos e fenômenos naturais nosso planeta.

Ao entrarmos, fi­ zemos uma viagem ao fundo do mar no Submarino, em que tivemos a oportuni­ dade de participar de atividades lúdi­ cas e observar a vida marinha de diferen­ tes regiões do nosso planeta. Os alunos se envolveram tanto nesta atividade, que, às vezes, acreditavam estar em um submarino de verdade. “Apren­ di muitas coisas novas. Adorei a parte do Submarino, foi muito legal e divertido. As paredes ficavam geladas e tremiam!”, disse Thiago Henrique dos Santos, aluno do 1º ano C. A próxima visita foi à seção da Vida, em que observamos e participamos de atividades relacionadas à origem da vida e sua evolução, a vida marinha (peixes e conchas diversas) e os cantos de diferentes pássaros da fauna brasileira.

A última seção explorada foi a do Universo, em que pudemos tocar um meteorito de verdade e aprender muito sobre conste­ lações, galáxias, estrelas, fazendo uma viagem desde o espaço sideral até a Terra, de uma forma prazerosa e interessante. “Gos­ tei muito de ver aquele Sol gigante. Ele é uma estrela enorme que aquece nosso planeta, e lá tinha ele bem grande e os pla­ netas que aprendemos!”, comentou Tiago Batista Labate, aluno do 1º ano A. Este passeio teve um grande significado para os alunos, que se envolveram com entusiasmo nas atividades propostas. Cada seção visitada era explorada com bastante alegria e curiosidade. cLARIcE mARIA DE cARVALho

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o dia 12 de maio, os alunos dos 1os anos A, B e C participaram de um passeio pedagógico ao Museu Catavento, localizado na Praça Cívica Ulisses Guimarães, S/N, no bairro do Brás, na cidade de São Paulo. O objetivo desse passeio foi promover e in­ centivar nos alunos, por meio de atividades culturais e de instalações interativas do local visitado, o aprendiza­ do e o interesse por ciências.

O Catavento é um grande e magnífico espaço cultural e educacional que apresenta ao público, especialmen­ te jovem, a ciência e os problemas sociais de um modo atraente e participativo. As instalações do museu estão divididas em quatro seções: “Universo”, que trata do espaço sideral à Terra; “Vida”, do primeiro ser vivo até o homem; “Engenho”, sobre as criações do homem dentro da ciência; e “Sociedade”, que mostra os problemas da convivência organizada do homem.

Todas as exposições foram feitas por renomados es­ pecialistas e por cenógrafos destacados. Elas apresen­ tam, com grande efeito e beleza, de maneira simples e interessante, temas dessas quatro áreas do saber.

Durante o trajeto do colégio ao Catavento, os alunos tiveram a oportunidade de observar a paisagem da ci­ dade de São Paulo, suas construções, trânsito, e rios que cortam a cidade, que, infelizmente, estão poluídos. Foi um trajeto divertido e instrutivo.

Ao chegarmos ao Museu Catavento, ainda na parte externa, tivemos contato com um Douglas DC­3, avião da década de 1940, uma locomotiva e muitos outros

Priscila Santiago, Clarice Carvalho e Catharina da Silva Professoras do 1º aNo REVISTA DA REDE SANTA PAULINA

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Vida escolar

Terrário – Miniatura do Mundo

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turma do 2º ano iniciou os estudos em Ciências descobrindo o principal meio de pesquisa utili­ zado pelos cientistas: a observação.

Eles conheceram um grande cientista que resolveu sair pelo mundo realizando “descobertas” através da observação: Charles Darwin. Ele era um cientista natura­ lista que demonstrou seu interesse pela natureza desde criança, quando fazia coleções de objetos e vestígios en­ contrados na natureza. Aos 22 anos, foi convidado a fa­ zer uma viagem científica ao redor do mundo que durou 5 anos. Nela, Darwin encontrou e pôde classificar vários minerais, plantas, animais e fósseis, e anotou tudo que observava em um diário.

A partir daí, após estudar e investigar o que podemos encontrar na natureza, recolher vestígios dela, observar esses vestígios em laboratório, foi proposta a nossos alu­ nos a montagem de um terrário. O objetivo era observar o que acontece na natureza, mas em um “minijardim”, pois ele imita um ambiente natural.

Foram coletados insetos do ambiente da escola (hor­ ta e jardins), terra, mudas de plantas trazidas pelas pro­ fessoras e outros materiais.

As crianças realizaram a montagem no mês de abril, no espaço da horta e do jardim do colégio. Após a mon­ tagem, fizeram observações do que foi ocorrendo com o

terrário, desde o fenômeno da chuva artificial, detalhes e hábitos do tatu­bola, da minhoca, do caracol, da joani­ nha, do bicho­pau, do vaga­lume, do grilo e do gafanho­ to, que também foram vistos em textos em sala de aula, até o desenvolvimento das plantas no terrário.

Os alunos se envolveram com o projeto desde a co­ leta de materiais até a observação diária do minijardim para descobrir o que aconteceria com os animais e as plantas daquele ambiente. Alguns ainda observavam a escola nos períodos em que estavam nas áreas externas e traziam insetos para compor o terrário.

Com esta atividade, eles demonstraram responsabi­ lidade com o ambiente e descobriram a importância da preservação da natureza e de tudo que encontramos nela, ressaltando a sobrevivência da humanidade e a ga­ rantia das gerações futuras. fIGUeIra, Mara. Darwin e a Volta pelo Beagle. disponível em: http: //chc.cienciahoje.uol.com.br/darwin-e-a-volta-ao-mundo-pelo-beagle/ acesso em jun 2015.

Adriana Marchetti e Thais Costa

Professoras do 2º aNo do fUNdaMeNtal

Zooparque Itatiba

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o dia 15 de maio, os alunos dos 3os anos A e B, do En­ sino Fundamental I, visitaram o Zooparque Itatiba, localizado no Sítio Paraíso das Aves, em Itatiba/SP. O parque possui 500 mil m² de área verde, belas paisagens e tri­ lhas que reproduzem ao máximo o habitat natural das espécies cativas, priorizando a qualidade de vida e o bem­estar animal.

Chegando lá, os alunos tiveram contato direto com a nature­ za, vivenciando conteúdos trabalhados na disciplina de Ciências e ilustrando o tema explorado em sala de aula. Giullia Cucatti Andre, 8 anos, adorou o lugar: “Achei legal porque conhecemos mais sobre os animais, passamos a mão neles e tivemos infor­ mações sobre várias espécies que tem no Zooparque”.

Ao organizar esta saída, as professoras e a equipe planejaram a busca do conhecimento por meio das habilidades, competên­ cias e valores dos educandos.

Esta aprendizagem fora do ambiente escolar foi tão impor­ tante, que os educandos transmitiram às suas famílias a expe­ riência. É o que podemos conferir no relato de Patrícia Passos Gonçalves, mãe da aluna Lorena Gonçalves Palácio, do 3º ano 12

A: “Considero muito positiva a escolha do Zoo­ parque, por permitir o contato com a natureza e os animais, com os quais as crianças da cidade grande nem sempre estão acostumadas. Além disso, a aprendizagem flui naturalmente em um lugar que pro­ picia entender, diante de exemplos vivos, os tipos de animais, por exemplo, e sua classificação. Biologia e Ci­ ências se transformam em diversão!”.

Renata Melo e Karina Versollato Professoras do 3º aNo

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Estudando a fotossíntese

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e forma investigativa, o planejamento e o de­ senvolvimento das aulas de Ciências têm con­ tribuído para as novas descobertas e o apri­ moramento da aprendizagem de nossos educandos.

Podemos citar, como exemplo, o experimento realizado sobre a fotossíntese.

Inicialmente, nós, professoras, levantamos questões como: sabemos que as plantas são seres vivos e, por­ tanto, precisam se alimentar para viver e se desenvolver.

Mas como elas fazem isso? Do que elas se alimentam?

O que precisam fazer para se alimentar? E, assim, outras questões são apresentadas instigando a curiosidade e a vontade de aprender.

Para respondermos a esse cardápio de questões in­ vestigativas, retomamos o conhecimento prévio trazido pelos alunos, ou seja, partimos do conhecimento que eles já possuem de estudos anteriores. Em relação a esse assunto, a fotossíntese, os alunos já trazem consigo conhecimentos sobre o ciclo da água e sobre a germi­ nação, bem como sobre os fatores necessários para que haja a germinação e a produção de glicose.

Como esse estudo envolvia a fotossíntese, tivemos como um dos objetivos verificar o pigmento verde exis­ tente nas folhas (a clorofila). Associamos, então, o expe­ rimento da extração da clorofila.

Algumas propostas são realizadas em grupo. No caso da extração da clorofila, foi solicitado previamente a cada aluno que trouxesse uma folha de um vegetal com qualquer pigmentação (folhas coloridas). Em pequenos grupos, eles depositaram as folhas em um almofariz. Uti­ lizaram, também, um pistilo e um pouco de álcool. Fric­ cionaram as folhas, fazendo com que liberassem o pig­ mento verde. Um experimento simples, mas suficiente para despertar o encantamento e a admiração dos alu­ nos ao verem o álcool adquirir a coloração verde.

Novamente em sala, as hipóteses são retomadas e re­ pensadas, dando espaço para o registro das conclusões.

Só então o conteúdo é novamente abordado, seguido pelas explicações referentes à construção das novas aprendizagens. Reconhecer o processo da fotossíntese e identificar os elementos necessários para que a planta produza seu próprio alimento, depois dos experimentos e observações realizadas, deixam de ser um desafio e se tornam um saber adquirido.

Mônica Ramos e Rosângela Martins Professoras do fUNdaMeNtal I

O prazer da leitura

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ara o ano de 2015, apresentou­se como propos­ ta para os 5os anos o incentivo à leitura, tendo como possibilidade histórias que permitam ao leitor viajar, encontrar suas dúvidas, enfrentar seus me­ dos, divertir­se, desbravar o mundo.

Como tudo isso foi aplicado? Por meio do Projeto “Ciranda”, os alunos criaram intimidade com os livros,

tiveram oportunidade de tocá­los, manipulá­los, trocá­ ­los, apropriando­se das histórias, passando a identificar no livro não apenas um simples objeto de decoração na estante de casa ou do quarto.

Os livros selecionados apresentam diferentes gêne­ ros textuais: narrações, diários, poesias, contos popula­ res, teatro. A Ciranda faz parte da rotina dos alunos e é complementada com uma visita semanal à biblioteca.

A bibliotecária Solange os orientou, preparou cenários, promoveu encontros com autores, e os alunos vivencia­ ram momentos significativos com a leitura.

Dentre tantos textos lidos, fotografamos momentos vividos com textos teatrais de Shakespeare, adaptados por Barbara Kindermann, como “Romeu e Julieta”, “Muito barulho por nada” e “Sonho de uma noite de verão”.

Lilian Massaki e Simone Moretti – Prof. do fUNdaMeNtal I Solange Oliveira – BIBlIotecárIa REVISTA DA REDE SANTA PAULINA

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Recreação no intervalo

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vida passa por algumas fases, e existem mo­ mentos que são marcantes, desde quando es­ tamos dando os primeiros passos até quando assumimos o compromisso de ser responsáveis por uma família, ter postura firme, saber escutar, entender os li­ mites das pessoas e, um dos princípios básicos do ser humano, ser educados.

Esse é um ponto que trabalhamos em nossa recrea­ ção durante os intervalos. Quando a criança comete uma infração leve, ou mesmo quando uma penalidade mais grave ocorre, paramos a atividade e o pedido de descul­ pas acontece, sempre com um abraço em quem sofreu a falta ou foi prejudicado de certa forma.

Essas experiências acontecem diariamente e são in­ troduzidas na prática dos esportes, sendo alguns deles

novos para os alunos, como o atletismo e o mais dese­ jado hoje por boa parte dos meninos, o rugby, esporte em que o contato físico é constante, fazendo entender que os limites, o respeito e o espírito coletivo devem ser colocados à frente de qualquer objetivo pessoal. É gratificante ver crianças praticando esporte, enten­ dendo que ser parceiros uns dos outros é importante para toda a vida, deixando qualquer tipo de mágoa para trás, pois esse ato não faz parte só do jogo durante a re­ creação, mas sim da vida.

Fábio Barbosa Lopes estaGIárIo

Pensar sem fronteiras

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filosofar tem se configurado como uma ação significativa, positiva e crescente no Colégio Regina Mundi. Promover um espaço para troca de conhecimento que proporcione crescimento e outros olhares sobre questões do cotidiano é uma dinâmica vi­ vida nas aulas de Filosofia. Essa conquista só acontece graças ao empenho de alunos que deram significado às discussões sobre os temas propostos nas aulas – e que não ficaram nas paredes do colégio!

Esse “Pensar sem fronteiras” vem acontecendo desde 2014, quando os alunos do 7º ano participaram do IV Seminário de Filosofia da Faculdade de Comunicação e Filosofia PAULUS (FAPCOM), que teve como tema “Filo­ sofia, Tecnologia e Educação: diálogos entre o SER e o SABER no mundo contemporâneo”. No simpósio, apre­ sentaram com liberdade, propriedade e desenvoltura o tema proposto a partir da leitura e discussão do vídeo “Vida Maria” com a produção de um telejornal.

Com o mesmo empenho, para a realização da IV Olim­ píada de Filosofia do Estado de São Paulo, esse trabalho foi ampliado, pois os alunos do 8º ano do Ensino Funda­ mental e os alunos do Ensino Médio (estes últimos sob a orientação do prof. Pablo) discutiram na PUC­SP “qual o caminho para a reconstrução de nós mesmos?”, por meio de painéis e mediando um caloroso debate.

“Eu me senti importante, no sentido de apresentar um trabalho sério e interessante, ao discutirmos ‘crenças limitantes’, pois expressou a realização de um grupo que, ao mesmo tempo, estava representando nosso colégio.

A liberdade e o apoio dos professores foram fundamen­ tais para que eu – e todo o meu grupo – apresentásse­ mos, mesmo com um pouco de nervosismo, nosso tra­ balho”, comenta Camilla Nucci, aluna do 8º EF em 2014.

Todo esse envolvimento teve como fruto a Semana de Filosofia do colégio, que será realizada em outubro, e a participação na V Olimpíada de Filosofia do Estado de São Paulo, que ocorrerá na Universidade Católica de Santos/SP. Pensar é uma ação que deve acontecer sem nenhum tipo de fronteira, seja uma limitação para a reflexão, seja reservando­a às paredes da sala de aula. Nossos alunos apresentam­se como diferenciais para uma sociedade.

Para além da reflexão, buscam uma prática consciente, tornando­se multiplicadores.

Antonio Vicente Rodrigues Silva Professor de eNsINo relIGIoso e fIlosofIa

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Visita à Bovespa

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Colégio Regina Mundi desenvolve um projeto de Educação Financeira no Ensino Fundamen­ tal II, em que os alunos têm a oportunidade de receber conhecimentos básicos para o seu planejamen­ to financeiro. Como parte desse projeto, os alunos do 8º e do 9º anos, em 27 de fevereiro, fizeram uma visita à Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo – BM&FBOVESPA. O objetivo dessa visita foi proporcionar aos alunos uma experiência prática, orientações de edu­ cação financeira e levá­los a aprender como funciona o mercado de ações.

A BM&FBOVESPA é uma companhia que administra mercados organizados de títulos, valores mobiliários e contratos derivativos, além de prestar serviços de regis­ tro, compensação e liquidação, atuando, principalmen­ te, como contraparte central garantidora da liquidação financeira das operações realizadas em seus ambientes.

Ela também conta com um modelo de negócio diver­ sificado e integrado, oferecendo sistema de custódia completo. As negociações são cursadas em meio exclu­ sivamente eletrônico. A Bolsa possibilita a seus clientes a realização de operações destinadas à compra e à venda de ações, arbitragem de preços entre mercados e/ou ati­ vos, diversificação e alocação de investimentos e alavan­ cagem de posições.

Durante a visita, nossos alunos puderam assistir a ví­ deos, participar de palestra e presenciar uma simulação de negociação de ações nos dias atuais. Durante a pales­

tra, os alunos participaram bastante, fazendo várias perguntas, e receberam orientações pertinentes à sua faixa etária.

Além da visita à BM&FBOVESPA, os alunos fizeram um peque­ no tour pelo centro de São Paulo, visitando o Pátio do Colégio, o Mosteiro de São Bento, e subiram também no edifício Altino Arantes (prédio do Banespa).

Sentimos muito interesse por parte dos alunos e acreditamos que esta saída pedagógica tenha contribuído para a formação e o preparo para a vida deles. “O passeio foi bem legal. Gostei de conhecer a BOVESPA e aprender como devemos aplicar e guar­ dar nosso dinheiro para que, no futuro, tenhamos lucros com isso e também para não ficarmos endividados com os emprésti­ mos”, disse a aluna Letícia Pedroso.

“Gostei de tudo lá. Os prédios, a arquitetura etc. Achei mui­ to interessante a explicação que nos deram sobre como mexer com ações. Aprendi muito e fiquei muito interessado, até pedi para meu pai comprar ações! Realmente foi um passeio que va­ leu a pena”, comentou o aluno Vitor Menezes Garcia.

Elaine Spisso Barrella e Laura Maria Runau Martins Professoras de MateMátIca

Orientação Vocacional

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olhar do Colégio Regina Mundi para a Orien­ tação Vocacional está para além da escolha do curso de ensino superior ou da universidade que o aluno vai cursar. A Orientação Vocacional apresen­ ta o mercado de trabalho aos alunos, ajuda­os a refletir sobre sua personalidade e sua área de interesse, mas, em primeiro lugar, cultivamos e formamos um aluno que fará a diferença no mundo. O que distingue os profissio­ nais é a competência atrelada às relações interpessoais, aos valores e ao respeito com o próximo.

A partir do 9º ano convidamos os alunos a participa­ rem da Feira de Profissões, com pesquisas e produções de vídeos que enriquecem o evento. É realizada pelos alunos, que, com a orientação dos professores, condu­ zem as entrevistas e fazem o levantamento de cursos e universidades.

A 1ª série do Ensino Médio realiza um teste de per­ sonalidade para refletir sobre a afinidade entre desejos profissionais, habilidades e limites. Nos encontros con­

versamos sobre adolescer, a construção da escolha e como se preparar para a profissão/área pretendida.

Na 2ª série, a conversa leva em consideração o teste realizado no ano anterior, mas o foco é a área de interesse. A discussão transita entre o interesse e a condição atual do mercado de tra­ balho, com novas profissões e exigências.

Já a 3ª série realiza a Carta para o Futuro, um projeto para cin­ co anos. Nessa carta o aluno é motivado a escrever sobre sua vida, relatar eventos do cotidiano, e deve escrever seus objeti­ vos e metas com previsão para cinco anos. Realizamos a abertu­ ra da carta no colégio, num caloroso encontro da turma. Nesse dia, ao ler a carta, o aluno tem a oportunidade de avaliar o que foi possível concretizar, o que esqueceu, o que mudou etc.

Nesse encontro podemos avaliar o profissional que ajuda­ mos a formar e refletimos juntos sobre a diferença que cada um está fazendo no seu ambiente de trabalho.

Soraya A. M. A. Bido orIeNtadora edUcacIoNal/2015 REVISTA DA REDE SANTA PAULINA

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Khan Academy: um projeto inspirado no PPPP

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s alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II até a 3ª série do Ensino Médio estão uti­ lizando a plataforma Khan Academy para auxiliá­los no aprendizado da matemática.

A Khan Academy é uma platafor­ ma adaptativa inteiramente grátis que tem como pilares o respeito pelo ritmo do aluno e a possibilidade de interação e questionamento, além de permitir que aprendam com os pares. É adaptativa, pois consegue perceber as dificuldades individuais e trabalhar com elas. Também possui um caráter de gameficação, ou seja, ao mesmo tempo que os alunos resolvem exercí­ cios e assistem a videoaulas, também participam de um game ganhando pontos e medalhas virtuais.

Tudo começou com Salman Khan, com suas videoau­ las que fizeram sucesso inesperado no YouTube e culmi­ naram no desenvolvimento de uma plataforma que foi traduzida para o português e hoje tem mais de 2,5 mi­ lhões de usuários só no Brasil.

De acordo com nosso Projeto Político Pedagógico Pastoral (PPPP), “o mundo da geração Z é tecnológico e virtual. Para eles, é impossível imaginar um mundo sem internet, telefones celulares, computadores, iPods, videogames com gráficos exuberantes, televisores e ví­ deos em alta definição e cada vez mais novidades neste ramo. Sua vida é regada a muita informação, pois tudo que acontece é noticiado em tempo real e, muitas ve­ zes, esse volume imenso acaba se tornando obsoleto em pouco tempo. Atualmente ocupando as classes de ensino fundamental e médio, a geração Z acabou com o reinado das aulas expositivas. Já não basta intercalar conteúdo e exercícios para atrair a atenção dos jovens, a tecnologia é a principal aliada dos professores”.

As características da plataforma são coerentes com as propostas do PPPP, como o respeito pelas diferenças e o desenvolvimento de um educando sujeito de sua apren­ dizagem: proativo, criativo e empreendedor.

Assim, verifica­se que é uma ferramenta tecnológica facilitadora da construção do conhecimento, de acordo com as necessidades do aluno no mundo atual.

Este projeto começou no Colégio Regina Mundi em 2014, após eu ser escolhida pela Fundação Lemann 16

para passar por treinamento e me tornar embaixadora da Khan Acade­ my, e continuou sendo desenvolvido até hoje.

No começo, os alunos foram orien­ tados a navegar pela plataforma a fim de se familiarizarem com ela. Esses primeiros acessos ocorreram na es­ cola, através dos computadores do laboratório de informática, e na sala de aula, pelos celulares, uma vez que ela pode ser acessada em PCs, note­ books, tablets e celulares. Em segui­ da, fui direcionando cada um para alguns conteúdos específicos. Essa ferramenta fornece os dados indivi­ duais sobre tudo o que o aluno reali­ zou e as dificuldades que apresentou, o que permite intervenções mais es­ pecíficas. Hoje, muitos alunos conse­ guem minimizar dificuldades e muitas vezes saná­las no seu ritmo e no seu tempo e ainda de forma lúdica, como num game.

“A Khan Academy é uma ferramenta de aprendiza­ gem muito boa e de fácil uso. Ela me ajudou a desco­ brir minhas dificuldades e, devido a todos os recursos que ela disponibiliza (vídeos, exercícios etc.), me ajudou também a superá­las”, afirma Vitória Abruzzeze do Nasci­ mento, aluna do Ensino Médio.

Elaine Spisso Barrella Professora de MateMátIca eMBaIxadora da KhaN acadeMy No BrasIl

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Prata da casa /achievesacoma

Histórias de quem soube fazer suas escolhas, trilhar seus próprios caminhos, mas não esqueceu suas bases RIC

ULE

JÁ

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ShAIANE LIMbERgER CoRRÊA “Minha primeira fase escolar foi na Escola Medianeira, onde estudei da pré-escola às séries finais do ensino fundamental. durante esse tempo, participei de diferentes grupos que a escola oferecia, como ginástica rítmica, ballet, equipe de handebol, teatro e grupo de jovens. sou formada em educação física pela ufsm e hoje faço especialização e mestrado na área. a escola medianeira me proporcionou crescer em aspectos físicos, cognitivos e espirituais. é uma escola sempre disposta a ajudar os alunos, tanto por meio dos professores, como da equipe diretiva e dos funcionários. Hoje estou muito feliz, estou de volta à Escola, como professora, retribuindo toda a confiança que depositaram em mim quando estive lá.” graduada em educação física pela ufsm. aluna da especialização em educação física escolar pela ufsm. mestranda em educação física pela ufsm.

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CLAUDIo LANgE MoREIRA ACHIEVE LANGUAGES, a super-rede com da Educação Infantil à 8ª série.

Natural de Joinville/SC, formado em Direito, Claudio estudou no EICa qualidade do final OXFORD UNIVERSITY PRESS. Trabalha no sindicato das escolas Particulares de santa Catarina (sinePe/sC) e também atua como CoordeHá séculos defendendo o melhor ensino UNIDADE SACOMÃ 11 2969.0344 de idiomas pelo mundo. nador de normas e legislação do Conselho estadual de educação (Cee/sC).

Av. Padre Arlindo Vieira, 327 Sacomã “o colégio educandário imaculada Conceição foi fundamental para minha formação. Professores, equipe O inglês que o mundo fala. VOCÊ FALA. sacoma@achievelanguages.com.br pedagógica e administrativa extremamente competentes, determinantes para que constituísse uma base sólida de conhecimento. O colégio sempre estimulou o exercício pleno da cidadania e da atuação profissional, tudo permeado por princípios humanitários e cristãos. a passagem pelo Colégio fez toda a diferença em minha vida!”

Fátima

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MARIALVA ALMEIDA goNçALVES “uma das melhores épocas da minha vida passei na escola nossa senhora de fátima. estudei no fátima dos 5 aos 14 anos, e foram dias que vão ficar marcados em minha memória para sempre.

Ela não era apenas uma escola para mim, era como se fosse minha segunda casa. Foi lá que fiz amigos que permanecem até hoje e recebi ensinamentos que serviram de base para minha formação. a educação recebida durante os quase 10 anos que passei na instituição foi fundamental para que eu seguisse buscando meu aperfeiçoamento pessoal e profissional. hoje sou farmacêutica-Bioquímica. atuo como Bioquímica no laboratório Central da irmandade santa Casa de Porto alegre e como farmacêutica na Pharmacia alquimia, em sapucaia do sul.”

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regina mundi FELIPE AYDAR “meus avós moravam ao lado do Colégio, inclusive ajudaram em sua construção. foi lá também que minha mãe estudou e, depois, trabalhou como psicóloga durante muitos anos. fui aluno do Colégio da terceira série ao terceiro colegial. Trago comigo muitas memórias de todos esses anos de estudos, boas amizades e apoio dos professores, funcionários e das irmãzinhas. atualmente, sou médico neurologista, trabalho e leciono na faculdade de medicina do aBC, onde me formei.”

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Valores

Família, uma comunidade de cuidado da vida Sua participação efetiva na formação ética e profissional dos seus filhos

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onsideremos de início que a família é um santuário da vida! Nela reside toda construção valorativa da existência de qualquer indivíduo que em seu desenvolvimento traz consigo os moldes de uma formação moral, ética, social e espiritual. O que está em jogo quando analisamos a família como uma comunidade de cuidados é a defesa da vida como dom de Deus.

Por trás do amor que nos une como família, existe um Deus que nos chama para sermos pais e mães, incumbindo-nos da responsabilidade, tão difícil e tão bonita, de gerar e educar os filhos e filhas que Ele mesmo nos confiou. É nesse contexto que a paternidade e a maternidade se constroem e são exercidas por meio de uma aliança sacramental com Alguém que nos sustenta com sua graça.

Na condição de pais, não podemos perder de vista em nenhum momento nossa responsabilidade direta na formação ética e profissional de nosso filho, mesmo entendendo que os caminhos por ele traçados a partir de suas experiências de vida, seja na família, seja na sociedade, seja na escola, contribuirão para a formatação de projetos de vida que venham resultar em seu futuro profissional. Somos nós pais os responsáveis por zelar por esse crescimento. Cuidar dele para fazê-lo amadurecer e dar frutos e não transferir a responsabilidade da forma18

ção cultural, ética, moral e religiosa, que deve acompanhar nosso filho pelos anos que advirão.

Nem sempre conseguimos o ponto de equilíbrio nesse processo, pois precisamos contar com nossas fraquezas e vacilações humanas, mas devemos sempre estar confiantes no amor misericordioso e incondicional que nos sustenta, mesmo quando não somos fiéis no cumprimento de nossos deveres como pais e cônjuges. Tenhamos a certeza de que a presença e a ação de Deus em todos os momentos bons e maus têm seu alicerce e cerne psicológico, como diz Winnicott (1971), no amor que ainda bebês recebemos de nossos pais, em especial da mãe que nos acalentou em seu seio.

Ao construirmos a ideia de que cabe à família o cuidado da vida e de que a relação de dependência da criança é intensa, passamos a entender, como Winnicott (1971), que a criança nasce indefesa. É um ser desintegrado, que percebe de maneira desorganizada os diferentes estímulos provenientes do exterior. E a tarefa da mãe é oferecer um suporte adequado para que as condições inatas alcancem um desenvolvimento sadio.

Apesar de a família contemporânea se ver assediada por inúmeros processos negativos que a impactam e promovem efeitos nocivos a essa comunidade que cuida da vida, é necessário unirmos esforços juntamente com

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PIXAbAY.CoM

a Escola como forma de superar tais lacunas abertas no truiu a sua casa sobre a rocha em comparação com o que processo de formação da criança. a edificou sobre a areia. Quando vieram as tempestades Mais do que em outros tempos, os cuidados e as e sopraram os ventos, a casa do primeiro resistiu a tudo. preocupações com a família têm tomado conta de inúA do outro, no entanto, ruiu de todo. meras Instituições, das quais cito a Igreja católica munA pergunta que podemos fazer é a seguinte: que tipo dial, que está discutindo a crise profunda que abala a de casa, que tipo de moradia, que tipo de lar, que tipo família. O Papa Francisco, já em 2013, deu prioridade de convivência, que tipo de diálogo, que tipo de afeto pastoral ao enfrentamento desta crise e convocou toda estamos construindo com os nossos filhos? a Igreja para discuti-la consideA pergunta que a escola pode rando objetivamente os perigos, se fazer é: que tipo de formaVamos construir os mas reanimando a força que a fação, que tipo de cuidado, que mília mantém como depositária tipo de atendimento, que tipo alicerces de uma família principal do que a torna, autenmétodo de ensino, que tipo de cuidadora da vida sobre ticamente, uma comunidade cuiacolhimento estamos dando aos dadora, sempre confiante no que nossos alunos para que recebam alicerces de rocha firme Deus nela plantou desde o início uma formação equilibrada para o ou vamos edificar os como célula da vida. desenvolvimento de seu projeto Em torno desse contexto, vem componentes formativos de Evida? acontecendo um sínodo mundial então? Vamos construir os para nossos filhos para discutir todos os aspectos alicerces de uma família cuidapsicopedagógicos, sociais, polídora da vida sobre alicerces de sobre a areia? ticos, legais, existenciais e espirirocha firme ou vamos edificar os tuais da vida em família no mundo componentes formativos para de hoje. No cerne dessas discussões está presente a ideia nossos filhos sobre a areia? de que se criem famílias cuidadoras e defensoras da vida.

Lembremo-nos de que temos corresponsabilidaE é aí, no âmago dos impasses e conflitos da realidade, de participativa na vida de nossos filhos e alunos. Não que uma Escola cristã deve repousar suas preocupações, podemos perdê-los de vista, mas tampouco cercá-los a que envolvem o delicado equilíbrio exigido para amaponto de anestesiarmos suas buscas de serem capazes durecimento de uma família que seja capaz de educar. de superar os obstáculos que a vida vai lhes oferecer.

Não podemos ser ingênuos a ponto de deixar de Nossa missão de cuidar e zelar pela vida está na mesreconhecer que vivemos tempos perigosos para o que ma proporção da garantia das condições psicoafetivas temos de mais precioso. Por isso, a cada dia se fortalenecessárias ao nosso filho, para que cresça em sabedoce a convicção de que família e escola devem caminhar ria, em fé e em inteligência, capaz de poder tomar decijuntas na construção de valores para a vida, que propisões firmes, com responsabilidade e dignidade. ciem aos filhos a condição de corresponder a todos os elementos que constituem o processo de formação ética Prof. MSc. Célio Alves de Oliveira e profissional.

Professor universiTÁrio nos Cursos de direiTo, mediCina e Há uma parábola de Jesus que bem podemos aplicar PsiCologia. mesTre em direiTo e mesTre em anTroPologia. à família. É aquela em que ele fala do homem que consmemBro da esCola de Pais do Brasil

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Destaques da Rede Santa Paulina

Iniciativas e conquistas que marcaram as nossas escolas ARQUIVo ESCoLINhA DE FUTSAL MEDIANEIRA

EIC

7ª Olimpíada Brasileira de História

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Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), promovida pela Universidade de Campinas (Unicamp), está em sua sétima edição e, como já é tradição no EIC, nossos estudantes também se fizeram representar neste fantástico evento.

O EIC conquistou o primeiro lugar no Estado durante as etapas classificatórias e, na final, conquistou o terceiro lugar na classificação nacional, sendo a quinta vez que participamos das finais presenciais. As equipes são formadas por até três estudantes e um professor orientador. Das 10 mil equipes inscritas, somente 302 participaram da final em Campinas/SP. Alan Carlos Ghedini MARIA EDUARDA kLANN bAPTISToTI

Professor de hisTória

SãO JOSé

Colégio abre as portas para intercambistas

E

ste ano recebemos mais uma intercambista. Diretamente da Cidade do México, Mariana Castillo Vargas, 18 anos, veio para o Brasil aprender a nossa língua, e o Colégio São José abriu as portas para recebê-la e acolhê-la.

Mariana ficará conosco durante um ano, e poderemos trocar experiências com ela, apresentar-lhe nossa cultura e, é claro, partilhar de bons momentos no Colégio São José. É muito bom tê-la conosco, Mariana!

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mEdIAnEIrA

Um vice com sabor de campeão

U

m esporte genuinamente brasileiro, uma das modalidades esportivas que mais cresce no Brasil e no mundo, o futsal também marca presença nas conquistas das atividades da Escolinha de Futsal Medianeira.

A categoria sub-7 de nossa Escolinha sagrou-se vice-campeã do 1º Torneio de Integração do Clube Dores.

Nosso time jogou quatro jogos, ganhando três e perdendo apenas um, justamente na final! Nada que tirasse a felicidade da gurizada que, em três jogos, mostrou um ótimo futebol, com duas goleadas em grandes jogos, perdendo apenas a final para o time da casa, o “Dores”. O Torneio aconteceu na manhã de sábado do dia 11 de abril, no Ginásio do Clube Dores. A comissão técnica da equipe Medianeira é formada pelos professores Rafael Klein, Rodrigo Valter e Rodrigo Dahmer, que vêm trabalhando com esse time há mais de um ano. Nessa copa pudemos ver que o grupo vem crescendo com o futebol competitivo.

Os professores agradeceram o apoio dos pais, que torceram e vibraram muito. Emocionado, o professor Rafael Klein disse: “É fundamental fazer-se presentes. Incentivar é alavancar a um futuro promissor”, explicando que das arquibancadas veio o principal incentivo, dos pais e familiares.

Rachel Duarte de Giacomo comentou sobre a participação da equipe no 1º Torneio de Integração do Clube Dores: “Foi um dia lúdico, muito feliz para os familiares e amigos da Escola Medianeira e dos nossos meninos jogadores. Os jogos foram de excelente qualidade. Parabéns aos professores pelo trabalho desenvolvido! Parabéns aos nossos queridíssimos pequenos grandes atletas!”.

Ricardo Bellagamba Franco auxiliar adminisTraTivo e markeTing

REVISTA DA REDE SANTA PAULINA

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Encontros de Vivência

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á acontece na Rede Santa Paulina, por meio da Pastoral Escolar, há alguns anos, o Encontro de Vivência, com a finalidade de trabalhar espiritualidade, valores e atitudes de forma ecumênica, procurando sempre manter o diálogo inter-religioso. Os valores, temas e objetivos são pensados de acordo com a faixa etária. Esses encontros são de partilha, diálogo, reflexão, oração e meditação sobre um tema importante para a vida e a formação humana, em que nossa referência maior é sempre a Palavra de Deus. Os ensinamentos de Jesus de Nazaré aos discípulos, ao povo e às multidões e os temas trabalhados precisam ter início, meio e fim, e devem ser apresentados com objetividade, ser de fácil compreensão, discutidos.

No mês de maio, o tema foi “Pérolas que a mamãe sempre diz”, e o desafio era estimular a criança a se lembrar de algumas “pérolas” que a mamãe diz, como conselhos ou dicas. Em seguida, anotamos o que os alunos foram falando e, no final, construímos uma flor. Reforçamos que as mães são verdadeiras pérolas em nossa vida. Concluímos que herdamos do Povo de Deus a maior de todas as “pérolas”, a Palavra de Deus. Nesse Livro, nós temos a demonstração do grande amor de Deus por nós. Esta é uma “pérola” sagrada. Foi uma experiência muito gratificante! E recebemos de uma das mães um depoimento emocionante: “Gostaria de compartilhar um momento muito feliz em minha vida. Minha filha resolveu fazer uma surpresa e colo-

car, no meio da agenda escolar, um cartão com uma pérola de enfeite, contendo a frase: ‘Mamãe, você me deu a vida, você me ensinou a amar a vida, você é uma pérola muito especial. Te amo muito. Larissa’. Quando abri a agenda e encontrei o cartão, fiquei muito emocionada, mas a maior surpresa foi quando perguntei sobre a pérola que estava enfeitando o cartão e a resposta foi simples e direta, como sempre: ‘Sabia, mamãe, que a pérola é uma coisa muito preciosa? E você também é muito preciosa pra mim’. Não pude conter as lágrimas. Em seguida, ela me deu um beijo e um abraço bem forte e demorado. Nem que eu viva cem anos, jamais esquecerei aquele momento! A verdade é que somos apenas conchas, guardando e protegendo a mais preciosa das pérolas: nossos filhos.” Mensagem de Katerine Clemente, mãe da aluna Larissa Clemente Rueda, do 1º ano.

Pedrina Morales de Castro Coordenadora de ação evangelizadora e PasToral do Colégio regina mundi

FátImA

Crianças que evangelizam crianças ADELMo SANToS

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Celebração de um ano de evangelização Acolhida de novos evangelizadores

FRANCISCo

grupo da Infância e Adolescência Missionária (IAM) comemorou, no mês de maio, um ano de atuação aqui na escola. Atualmente, o grupo reúne cerca de 25 alunos do 3º ao 5º ano que se encontram semanalmente. Este projeto faz parte das Pontifícias Obras Missionárias (POM) e tem como objetivo desenvolver o espírito missionário nos participantes por meio de ações solidárias. Tudo que é arrecadado é depositado na conta da POM, que, por sua vez, mantém mais de 3 mil projetos assistenciais pelo mundo.

Os encontros da IAM seguem a seguinte metodologia: Realidade Missionária, Espiritualidade, Compromisso e Vida de Grupo. A cada semana vivenciamos um eixo. Assim, iniciamos com a pesquisa sobre a realidade das crianças e adolescentes dos cinco continentes e refletimos sobre as informações a partir da Palavra de Deus. O compromisso é expresso pelas doações ao cofrinho e por outros gestos solidários. Por fim, celebramos as conquistas grupais.

O grupo caminha animado, acolhendo novos membros sem perder o foco no cultivo da espiritualidade, concretizando, desse modo, a prática do bem e a assimilação de valores como solidariedade, protagonismo infantil e responsabilidade social.

Ir. Antônia Resende – Coordenadora da iam Adelmo Santos – Coordenador de PasToral / Jessica Moura – assessora da iam REVISTA DA REDE SANTA PAULINA

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Passatempo

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Solução

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Caça-palavras

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