Valorizar, reutilizar e reciclar na ANREEE

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R E P O R TA G E M Helena Paulino ANREEE – Associação Nacional para o Registo de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos Tel.: +351 707 027 027 · Fax.: +351 213 158 218 geral@anreee.pt · www.anreee.pt

VALORIZAR, REUTILIZAR E RECICLAR NA ANREEE A ANREEE (Associação Nacional para o Registo de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos) apresentou o resultado da sua actividade de registo de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (EEE), marcado pela entrada no mercado nacional de mais de 77 milhões de unidades de EEE e pela superação dos objectivos legais de recolha e reciclagem. No início de um novo ano também foi apresentado um novo Presidente para a ANREEE: João Reis.

O Vice-Presidente Executivo da AENMM (Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas), João Reis, é o novo presidente da ANREEE. Licenciado em Direito e com uma pós-gradução em Direito Europeu, João Reis acumula desde 2008 o cargo que mantém na AENMM com o cargo de administrador do Centro Nacional de Embalagem. O novo presidente da ANREEE é especialista no acompanhamento e estudo da indústria metalúrgica e electromecânica. No seu percurso profissional, João Reis já coordenou inúmeros estudos de análise e desenvolvimento sectorial em vários países africanos, com destaque para Angola, Moçambique e Cabo Verde. Durante 4 anos, entre 2006 e 2010, foi ainda administrador do CEDINTEC (Centro para o Desenvolvimento e Inovação Tecnológicos).

Tal como aconteceu no ano de 2009, os equipamentos de informática e telecomunicações, computadores e telefones, foram o tipo de EEE mais registado, ultrapassando a marca dos 31% do total de registos efectuados, seguidos dos equipamentos de iluminação. Mas apesar destas categorias terem sido as que mais cresceram em unidades, o grande crescimento relativamente a 2009 ocorreu nos brinquedos e no equipamento de desporto e lazer que, juntos, somaram 6.471.870 novas unidades registadas, contabilizando um aumento de 52%. Por exemplo, nesta categoria incluem-se as consolas de videojogos, os jogos de vídeo ou as máquinas de ginásio. Mas, por outro lado, a categoria que sofreu uma maior queda em 2010 é a referente aos equipamentos de consumo como os aparelhos de TV e rádio, as câmaras e os gravadores de vídeo ou os instrumentos musicais. Neste caso foram registados em Portugal menos 7% de unidades do que em 2010, somando mais de 7 milhões de novas unidades registadas.

Figura 1 · Rui Cabral, Director Executivo da ANREE.

OBJECTIVOS LEGAIS DE RECOLHA E RECICLAGEM SUPERADOS Durante o ano de 2010, a ANREEE registou a colocação no mercado nacional de 77.552.249 unidades de EEE, o que corresponde a um aumento de 6% face às novas unidades de EEE registadas em 2009. Estes equipamentos correspondem à colocação no mercado nacional de mais de 165 mil toneladas de EEE, com distribuição geográfica concentrada nas regiões de Lisboa, Porto, Aveiro e Braga. A maioria dos EEE registados são importados (74%), mas também 18% são de fabrico local e ainda uma pequena parcela de marca própria (7%). No que diz respeito à contribuição individual das empresas que registaram os EEE no mercado nacional ao longo de 2010, verifica-se que 55% colocaram menos de 1.500 EEE, ao passo que 33% das empresas colocaram entre 1.500 e 61.500 EEE, e apenas 10% colocaram uma fasquia maior, situada acima dos 61 mil. Todos estes dados confirmam a tendência de crescimento no número de EEE colocados no mercado, e por outro lado, verifica-se uma ligeira tendência de decréscimo do seu peso total actual.

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Figura 2 · Novo Presidente da ANREE, João Reis, foi apresentado.

Com estes resultados, a ANREEE conclui que os objectivos de recolha de REEE previstos na Lei apontam para os 4 kg por habitante/ano, um valor que em 2010, com os dados consolidados apresentados pelas duas entidades gestoras a actuar no sector (AMB3E e ERP Portugal) apontam para uma recolha em média de 4,6 kg de resíduos por habitante. Ou seja, Portugal satisfez e superou as metas de recolha para reciclagem de EEE. Em relação ao tratamento adequado a garantir após a recolha dos REEE, Portugal regista também indicadores muito positivos relativamente aos objectivos legais apontados para as taxas de valorização, reutilização e reciclagem claramente ultrapassados, com destaque para a reutilização e reciclagem dos equipamentos de iluminação que registam uma taxa de reciclagem de 96%.


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