Infraestruturas Inteligentes: o Papel das TIs e da Automatização
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As cidades mais antigas, nomeadamente na Europa precisam de modernizar-se. As tecnologias de Informação (TIs) e a automatização podem ajudar a explorar todo o potencial das infraestruturas urbanas existentes ao mesmo tempo que contribuem, para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
A cada semana o número de pessoas a viver em centros urbanos cresce cerca de 1 milhão de pessoas. As cidades são motores de crescimento, de criação de emprego e de geração de valor ao mesmo tempo que são também responsáveis por cerca de 80% do produto económico global, por 70% das emissões de gases com efeito de estufa e por 2/3 do consumo de energia a nível mundial. O investimento em infraestruturas é, por isso, de extrema importância e a tecnologia vai desempenhar um papel fundamental no aumento da eficiência. Em algumas partes do mundo o crescente urbanismo e o aparecimento de cidades de grandes dimensões colocam grandes desafios ao desenvolvimento de infraestruturas. Nas cidades europeias mais antigas, as infraestruturas históricas precisam de ser modernizadas e adaptadas de forma a manterem a sua competitividade e atratividade. O desafio é trans-
formar as cidades em lugares melhores através de tecnologias sustentáveis. Lisboa, por exemplo, é uma das cidades mais antigas da Europa, e um exemplo na modernização assente em projetos com forte componente de software TIs. São diversos os projetos que demonstram de que forma a tecnologia tem vindo a ser colocada ao serviço da qualidade de vida das pessoas e da eficiência das empresas. Por exemplo, a Siemens conta com diversas referências implementadas em Lisboa que estão a contribuir para a modernização e inteligência das infraestruturas que servem a cidade e a ajudar os clientes a obter níveis de eficiência mais elevados. Na área da mobilidade, por exemplo, com o Sistema de Controlo de Acessos assente em bilhética sem contacto implementado pela CP através do qual os serviços urbanos da CP em Lisboa se juntaram ao sistema de bilhética integrado (vendas e validações)
partilhado por todos os operadores da Área Metropolitana de Lisboa. Trata-se de um “sistema sem contacto” que permitiu a substituição dos títulos de transporte individuais de diversos modos de transporte (metro, elétrico, comboio, autocarro, ferry) por cartões inteligentes sem contacto válidos para todos os modos de transporte. Ao entrar nas estações os passageiros devem validar o cartão no leitor integrado no canal de acesso. Os dados do cartão são acedidos por meio de tecnologia RFID. A tecnologia de bilhética eletrónica implementada neste projeto incluiu canais de acesso, um sistema de software totalmente integrado além de um conjunto de sistemas complementares, tais como painéis de informação aos passageiros, intercomunicadores VoIP (pontos de ajuda), videovigilância, automatização e controlo das estações (telecomando, rotinas de emergência, entre outros), rede de dados e fornecimento ininterrupto de energia. A empresa de consultoria International Data Corporation reconheceu este projeto de bilhética inteligente, tanto pela sua natureza inovadora, como pelo impacto que teve na organização. Com este projeto a CP melhorou a segurança dos passageiros, a bordo e nas estações: ao criar uma rede fechada o operador garante que apenas passageiros com título de transporte válido entrem nas estações; garante receita: a melhoria do controlo de acessos provou ser a melhor e mais eficaz solução para combater a fraude; promove uma melhoria do acesso ao transporte público: com um único cartão inteligente (eTicket) para pagar uma viagem contínua, utilizando diferentes modos de transporte e operadores. A Energia é outro dos setores em que a automatização e o software são fundamentais para a fiabilidade e qualidade de serviço. A REN – Rede Eléctrica Nacional