robótica
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Exergia João Manuel Responsável pela Unidade de Robótica do Grupo Exergia Tel.: +351 218 931 020 · Fax: +351 218 931 029 exergia@exergia.pt · www.exergia.pt
CASE STUDY
Eu, Robot A ideia de uma máquina ou de um mecanismo que faça algumas das coisas que fazemos não é nova: existem relatos desde a antiguidade grega de mecanismos, aparelhos que se movem sozinhos... que sempre se julgou que seriam mitos, porém em 1901 apareceu nos destroços de um barco grego, em Antikythera, algo que só recentemente se percebeu que era uma espécie de relógio astronómico com uma complexidade e tecnologia que só viria a ser possível no século XIV, este mecanismo foi datado como sendo do século primeiro antes de Cristo... Quem construiu esse mecanismo de alta precisão, com aquele nível de tecnologia, poderia ter construído mecanismos tipo autómatos, algo que só viria a ser conseguido já em pleno século XV/XVI, embora em Itália tenham aparecido alguns autómatos com mecanismos internos de madeira em épocas anteriores.
No século XVI, na cidade de Praga (hoje capital da República Checa), surge a estória de um rabino, o rabino Loew, conhecido pela sua sabedoria e conhecimento científico, que teria criado um ser a partir do barro, para proteger a sua comunidade a que deu o nome de Golem...reza a estória que a experiencia não correu muito bem, tendo o rabino sido obrigado a enterrá-lo sobre uma sinagoga ainda hoje existente nessa cidade.
nome “robota” que, em checo, significa trabalho forçado.
Mais tarde, já no século XX e na mesma cidade, um escritor, Karel Capek, publicou uma novela de ficção científica de nome R.U.R. (Rossum’s Universal Robots) em que aparece pela primeira vez o
A ficção científica, através de livros e filmes, aborda de diversas formas e desde os primórdios, o desenvolvimento de robots humanóides, desde “Metropolis” de Fritz Lang, passando por “Blade Run-
Embora o conceito de robot inclua todos os dispositivos eletrotécnicos ou biomecânicos, capazes de realizar trabalhos de maneira autónoma ou pré-programada... normalmente quando pensamos em robots pensamos em mecanismos de tipo humanóide e são esses que nos interessam agora.
ner” de Ridley Scott, “I Robot” de Steven Spilberg ou o recente “Robot&Frank”...ou ainda nos livros de Isaac Asimov, Arthur C. Clarke...ou mesmo nos Comic Books da Marvel com o personagem “O Visão”. Ou seja, os robots (de tipo humanóide) parecem acompanhar a humanidade desde muito cedo, partilhando as angústias, as paixões, as esperanças e os medos do homem, agora feito Deus criador de uma nova espécie... Hoje estamos muito próximos desse tipo de robots que Fritz Lang e outros imaginaram, alguns deles apresentam-se com capacidades verdadeiramente espantosas: movimentam-se já de uma forma muito semelhante à nossa1, conseguem simular algumas das nossas expressões2, reconhecer as nossas faces ou a nossa voz e estabelecer contacto através de diálogos cada vez mais sofisticados. Em Portugal o desenvolvimento de robots ainda tem um longo caminho a percorrer, mas tem registado progressos muito interessantes. Algumas empresas de engenharia portuguesas começam a aventurar-se na área do desenvolvimento robótico, como é o caso da empresa de engenharia Exergia 1
caso do Asimo da Honda
2
caso do Kibo 2.0