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Os sistemas de controlo seguros surgiram como o desejo de integrar a automação segura através de programação. Os sistemas iniciais estavam focados claramente no processamento de funções de segurança, tendo evoluído em características e funções, mesmo em termos de descentralização com a utilização das comunicações seguras. Numa linguagem simples, a tecnologia de controlo seguro significa: fazer a função de controlo segura!
Nuno Guedes PILZ Industrieelektronik, S.L. Tel. + 351 229 407 594 Fax. + 351 229 407 595 n.guedes@pilz.pt www.pilz.pt
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Sistemas de Controlo Seguros
ENQUADRAMENTO Nos primórdios da tecnologia de controlo, o foco no sistema de controlo era a função e, por consequência, a imagem do processo. Contactores e relés activavam as máquinas e instalações fabris. Onde havia dispositivos para desligar, ou dispositivos para proteger as pessoas, o actuador era simplesmente desligado da fonte de alimentação quando necessário. No entanto, as pessoas gradualmente se aperceberam que este tipo de sistema de protecção se podia tornar inoperacional no caso de um erro: a função de protecção não seria mais garantida. Como resultado, as pessoas começaram a considerar as opções para salvaguardar este tipo de separação de funções. Circuitos especiais de relés, como a combinação de 3 contactores, foi um dos primeiros desenlaces destas considerações. Esta combinação de dispositivos levou, por fim, ao desenvolvimento do primeiro relé de segurança. Os relés de segurança, por consequência, são dispositivos que geralmente implementam funções de segurança. No caso de um perigo a função dessa função de segurança é usar medidas apropriadas para reduzir o risco para um nível aceitável. Estas funções podem ser funções como paragem de emergência, monitorização de portas, ou até, a monitorização de velocidade zero num conversor de frequência. Os relés de segurança monitorizam uma função específica; interligando-se com outros relés de segurança, garantem total monitorização de uma máquina, ou instalação. O primeiro sistema de controlo seguro veio por fim com
o desejo de ligar funções flexíveis através de programação.
INTRODUÇÃO Como já foi referido os sistemas de controlo seguros surgiram como o desejo de integrar a automação segura através de programação, de uma forma similar à forma como é feita com os autómatos programáveis standard. Não é surpresa então, que os sistemas de controlo seguros estejam a seguir o exemplo dos autómatos programáveis standard. Os sistemas centralizados apareceram primeiro, seguidos pelos sistemas descentralizados em conjunção com os sistemas de comunicação seguros. A programação seguiu a mesma fórmula, excepto que o conjunto de instruções foi drasticamente reduzido desde o início a apenas algumas linguagens, como IL (Lista de Instruções), ou LD (Ladder). Estas medidas foram tomadas por razões de segurança, pela opinião de que limitando as opções de programação se minimizaria os erros ao gerar o programa. Os sistemas iniciais estavam focados claramente no processamento de funções de segurança. No entanto, mesmo no início, era possível o sistema de controlo seguro para automação standard, na prática esta aplicação encontrou um uso muito limitado. Pondo de parte as características de segurança, há pouco a distinguir entre os sistemas de controlo seguros dos sistemas de controlo standard em termos das suas funções actuais. Essencialmente um sistema de controlo seguro consiste em dois sistemas de controlo que processam o programa da aplicação em paralelo, usam a mesma imagem das entradas e saídas do processo e se sincronizam continuamente. Parece muito simples, mas o detalhe é bastante complexo: comparações cruzadas, teste do nível das entradas/saídas, estabelecer um resultado comum e válido, entre outros, são tudo processos multi-camada, que ilustram a complexidade interna desses sistemas. Ultimamente, claramente que o utilizador não se apercebe dessa complexidade; com a excepção de algumas caracte-
rísticas específicas, como a utilização de sinais de teste para detectar curto-circuitos entre contactos, os sistemas modernos comportam-se da mesma maneira que outros sistemas de controlo. Estrutura de um sistema de controlo seguro: Dois canais separados; Estrutura diversitária usando hardware diferente; As entradas e saídas são constantemente testadas; Os dados de utilizador são constantemente comparados; Funções de monitorização de tensão e tempos; Desconexão segura no caso de um erro/perigo.
Figura 1.
INTEGRAÇÃO COM O AMBIENTE DA AUTOMAÇÃO Os tempos de ciclos estão a tornar-se cada vez mais pequenos, enquanto a produtividade e as exigências aos sistemas de controlo de máquinas e instalações está a aumentar. Adicionalmente aos requisitos técnicos de controlo, a necessidade de informação tendo em conta o processo e dados da máquina estão constantemente a crescer. Como resultado, as tecnologias de comunicação do mundo do escritório estão cada vez mais a deixar a sua marca na tecnologia de controlo. Como consequência dessa tendência, por exemplo, está o crescimento