Por: Helena Paulino e Ricardo Sá e Silva
Há uma década, a WEG implementava-se em Portugal com a primeira unidade industrial europeia e uma nova filial à qual denominaram WEGeuro. Dez anos depois, Armindo Teixeira, Gerente de Marketing e Expedições, contou à revista “robótica” o segredo do sucesso destes anos em território nacional: crescimento de referência e uma postura muito transparente perante o mercado e os clientes.
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ENTREVISTA
“queremos valorizar as pessoas que construíram este caminho de 10 anos” Armindo Teixeira, Gerente de Marketing e Expedições da WEGeuro
revista “robótica” (rr): A WEGeuro comemora em 2012 dez anos de presença em Portugal. Como decorreu este percurso? Armindo Teixeira (AT): Foi um percurso de afirmação com muito trabalho e empenhamento que se tem traduzido em resultados positivos no nosso crescimento. Como facto bastante relevante basta observar que iniciamos a nossa atividade em Portugal em 2002 com 154 colaboradores e neste momento somos aproximadamente 350. Ao longo dos anos temos vindo a construir uma maior notoriedade, expressão e presença, não só no mercado português mas também no mercado internacional.
rr: Foi complicada a entrada da WEG em Portugal há dez anos, ou já era uma marca conhecida? AT: A marca já era conhecida em Portugal. Aliás, devo dizer que a WEG já existia
em Portugal antes de formalmente se constituir como uma unidade industrial. Este passo não foi complicado e foi dado de forma natural dada a experiência da equipa que integrou esta unidade em termos de conhecimento de produto e mercado. Sendo a WEG uma empresa sedeada no sul do Brasil, e com um programa de internacionalização desde meados da década de 80, no nosso caso, em Portugal, houve a necessidade de dispor de uma plataforma industrial para sustentar o forte crescimento Europeu que se vinha a observar desde o início da década de 90. Aqui surge o papel da WEGeuro com o início da atividade industrial da WEG em Portugal para, nesta fase inicial, a partir da estrutura produtiva da Maia, dar a cobertura ao Mercado Nacional e o apoio ao mercado europeu, através da rede de filiais WEG existentes em termos de suporte comercial, técnico e industrial e atender execuções especiais então requeridas pelo mercado.
rr: Irão comemorar esta década de alguma forma especial? AT: O anúncio ao mercado dos nossos 10 anos é uma mais-valia e temos vindo a agradecer ao mesmo todo o nosso percurso de parceria e confiança e até amizade que nos tem dedicado. Comemorámos no mês de maio a nível interno, com todos os nossos colaboradores, querendo reconhecer e valorizar as pessoas que
construíram este caminho de 10 anos, com muito trabalho e dedicação, e que irão com certeza continuar neste trajeto nos próximos anos.
“programas de melhoria contínua com a participação de todos os colaboradores” rr: Como é a relação da WEGeuro com a casa-mãe, a WEG do Brasil? AT: Sendo a WEGeuro uma unidade industrial plenamente integrada na rede industrial mundial da WEG com a nossa sede em Santa Catarina, no Brasil, mantemos uma relação estreita a nível institucional e até cultural, guiando-se a WEGeuro pelos mesmos valores, missão e objetivos da WEG. Além disso há, obviamente, uma relação operacional, visto que a gestão é feita de forma integrada e participativa, transversalmente nos vários departamentos (como por exemplo ao nível das engenharias, produção, logística, e outros), criando uma relação sinérgica e proveitosa para o Grupo. Não existe qualquer entrave nem qualquer dificuldade de comunicação, até porque a WEG tem outras filiais espalhadas pelo mundo inteiro e não poderia funcionar de outra forma por uma questão de consolidação do grupo. Sentimos que, apesar da distância física, a administração da casamãe está aqui mesmo ao nosso lado, tamanha é a proximidade com a mesma.
rr: Isso faz com que as pessoas que trabalham na WEG vistam de facto a camisola da empresa? AT: Sim, sem qualquer dúvida. Os objetivos são sempre claramente explicitados e divulgados aos colaboradores, por isso,