Schneider Electric Portugal Business Industry
Os desafios que as indústrias de processo enfrentam atualmente têm sido multiplicados pelo estado volátil da economia global, obrigando a uma adaptação quase diária dos processos face às necessidades dos mercados. Estes factos associados a uma crescente pressão sobre as empresas para se tornarem cada vez mais sustentáveis e energeticamente eficientes, aumentaram a procura por sistemas de controlo e fizeram com que estes sejam hoje utilizados muito para além das simples funções de regulação.
sitivos que controlam os processos em tempo real, responsáveis pela gestão de operações. Estas barreiras podem ter impacto quer na produtividade e oportunidades de negócio, quer nos custos de manutenção e ainda impedir a realização de uma correta estratégia operacional.
O incremento da velocidade e flexibilidade dos processos industriais deu origem ao ambiente mais competitivo da história, criando a necessidade constante de dar resposta à concorrência, respeitando as exigências do mercado, e maximizando a gestão energética, com o objetivo de aumentar a sustentabilidade e impulsionar a inovação. Em simultâneo, o aumento da variedade de produtos, levou à criação de maiores exigências sobre os próprios processos.
Inicialmente as soluções industriais eram desenvolvidas com base em redes de comunicação privadas – equipamentos pertencentes a cada fornecedor comunicavam através de redes e protocolos personalizados.
robótica
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DOSSIER . MECATRÓNICA
A importância da informação em tempo real nos desafios da automação industrial moderna
CONTROLO DE PROCESSO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE MÃOS DADAS No passado, potência e controlo eram dois mundos distintos. No entanto, as empresas compreenderam que para otimizar os seus processos e reduzir os custos operacionais, necessitariam de implementar estratégias onde ambas estivessem incluídas. Combinar a informação vinda das duas áreas num único sistema, disponibilizando uma única interface para todos os processos e necessidades energéticas, passou a ser uma prioridade. São várias as medidas e serviços que as empresas podem utilizar para controlar, medir e gerir os seus custos. Por exemplo, ao disponibilizar no sistema de supervisão geral (SCADA) os dados de todas as fontes de energia, tais como, água, gás, eletricidade e vapor, e combinando esta informação com os outros dados relativos à produção, é possível ter uma visão global de todo o processo e identificar áreas onde possam ser efetuadas melhorias:
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Identificar e reduzir a ocorrência de sobrecargas; Implementar estratégias dinâmicas de gestão energética no acionamento de cargas; Reduzir as penalizações associadas ao fator de potência; Maximizar o aproveitamento das infraestruturas existentes e evitar despesas onde não são necessários melhoramentos; Realização de manutenção preventiva e pró-ativa de forma a prolongar a vida útil dos equipamentos.
Com um processo de controlo otimizado e com as capacidades de monitorização adequadas, é possível assegurar um produto final de alta qualidade, através de um sistema energeticamente eficiente.
MELHOR COMUNICAÇÃO, DECISÕES ACERTADAS Continuam a existir dificuldades na comunicação entre a gestão de energia e os sistemas industriais, software e dispo-
Contudo, a partir da última década observou-se uma crescente preocupação, por parte dos integradores de sistemas de automação, em criar ferramentas que possibilitem uma comunicação transparente para todos os níveis do processo. Alguns requisitos de funcionamento em rede, tais como, a velocidade de comunicação, compatibilidade e ligação dinâmica de dispositivos têm vindo a crescer. O primeiro grande passo para responder a estas exigências do mundo industrial foi, provavelmente, a adoção de redes baseadas no protocolo Ethernet, compostas por hardware,