Schneider Electric: um novo paradigma na eletricidade: 5 megatendências disruptivas para a rede e co

Page 1

O setor da eletricidade está a preparar-se para a disrupção, à medida que a corrida para cumprir os objetivos de neutralidade carbónica se intensifica e, subsequentemente, as indústrias sentem mais pressão para adotar a eletrificação como solução para substituir os combustíveis fósseis.

As redes elétricas – consideradas a “espinha dor sal da transição energética” – são forçadas a adaptar-se de acordo com as megatendências que estão agora a moldar o setor da eletricidade.

Este artigo analisa, então, o contexto atual –em que o controlo está cada vez mais do lado dos prosumers – e como a rede terá de evoluir.

As megatendências que estão a moldar o futuro das redes e o papel da digitalização

1. Integração de REDs

As ligações de Recursos Energéticos Distribuídos (REDs) à rede estão a aumentar rapidamente. A Agência Internacional de Energia

estima que entre 2017-2020 foram adicionados 179 GW de energia solar distribuída, enquanto o stock de veículos elétricos (VE) triplicou para mais de 11 milhões. Para além disso, espera-se que a expansão dos REDs continue a aumentar, devido à queda dos preços das economias de escala.

À medida que esta integração aumenta, é essencial perceber que pode permitir a flexibilidade da rede e ser um impulsionador decisivo da mudança para uma economia de prosumers (em que as pessoas são, ao mesmo tempo, produtoras e consumidoras de energia). As baterias, incluindo as dos veículos elétricos, são recursos flexíveis. O emparelhamento de baterias domésticas permite aos consumidores maximizar a energia renovável de baixo custo

que é gerada por um painel solar. Tais capacidades fazem com que o armazenamento de baterias faça parte integrante do número crescente de projetos de centrais elétricas virtuais. Ao mesmo tempo, estamos a assistir também a um aumento de edifícios eficientes que interagem com a rede e integram uma gama de REDs para otimizar a produção e o consumo conjuntos de energia ( ‘prosumption’ , em inglês) dos edifícios.

Os sistemas elétricos requerem sistemas de gestão mais sofisticados para administrar adequadamente a complexidade acrescida desta maior penetração dos REDs. Para enfrentar estes desafios, as empresas de distribuição estão agora a digitalizar o seu sistema de gestão de redes, implementando soluções como ADMS e DERMS. O nosso EcoStruxure DERMS (um DERMS completo), por exemplo, oferece uma solução que permite capacidades críticas como a monitorização e estimativa do estado atual e futuro dos REDS, a modelização e previsão da atividade em tempo real, e ainda a otimização da gestão e do controlo, o que pode ajudar a reduzir os custos operacionais.

2. Novos modelos de receitas

As operadoras de distribuição têm de cumprir regulamentos locais e regionais. Os reguladores de energia controlam as suas despesas, analisam o seu desempenho face aos objetivos traçados e ajustam o seu nível de remuneração. Apesar de muitas empresas de serviços públicos ainda serem controladas por uma regulamentação cos t plus tradicional e sem riscos, cada vez mais são desafiadas por normas inovadoras, assentes em elementos como incentivos de acordo com o desempenho e a equalização TOTEX (CAPEX + OPEX) na despesa permitida.

94 informação técnico-comercial
um novo paradigma na eletricidade: 5 megatendências disruptivas para a rede e como esta deve evoluir

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.