reportagem
“Caminhamos todos no mesmo sentido” Esta foi a principal ideia que ficou no ar depois de mais uma edição do PLC. Seja através na diminuição da pegada ecológica, da eletrificação, da digitalização ou da eficiência energética, o futuro está nas mãos de todos e todos vão ser chamados a participar. por Sara Lopes
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A 17.ª edição do PLC decorreu no último dia de junho. Talvez tenha sido por coincidência, talvez não. A verdade é uma: o evento, que foi realizado na data que marca o meio do ano, fez com que os cerca de 150 participantes olhassem para o futuro, relembrando o passado e pensando no presente. O local escolhido foi a ventosa cidade da Figueira da Foz, com eólicas em pano de fundo, abrindo caminho para as conversas que seriam tidas durante o dia. Lá, a Rittal, a EPLAN e a Phoenix Contact juntaram-se para falar sobre sustentabilidade e segurança em projetos industriais. Depois de recebidos com as palavras de boas-vindas das 3 empresas, os participantes do PLC foram apresentados a “Uma sociedade totalmente eletrificada”. “Uma sociedade totalmente eletrificada é aquilo que vai permitir dar respostas às necessidades que enfrentamos”, começou por dizer Michel Batista, Diretor Geral da subsidiária portuguesa da Phoenix Contact. Daí, traçou um retrato já conhecido por todos: a dependência do petróleo, as crises políticas, as alterações climáticas e o aumento da procura da energia. “É imperativo reduzir as emissões de CO2”, reforçou, apresentando a energia limpa como a alternativa certa para a crescente procura energética. Apesar das energias renováveis serem frequentemente indicadas como o caminho a seguir, Michel Batista lembrou que um dos grandes entraves dessa opção reside no armazenamento da energia produzida em baterias de lítio, altamente poluentes. “Até 2045, a procura energética vai aumentar 30%, mas a procura por
energia fóssil vai acabar. Como vamos colmatar esta diferença?”, desafiou Michel Batista. Depois das energias renováveis e do hidrogénio (que é facilmente armazenado) serem apresentados como soluções, uma voz na plateia do auditório, quase cheio, atirou “energia nuclear” para o ar. Contudo, a resposta certa estava muito longe dessa realidade. Segundo o Diretor Geral da Phoenix Contact, a peça fundamental para combater a crescente procura de energia vai ser a eficiência energética: “tudo que seja Smart”, disse. É precisamente neste espaço que entra o papel das empresas presentes no PLC. “Hoje em dia vivem-se oportunidades tremendas. Todos são chamados a intervir e a participar”, afirmou, mencionando o investimento atual que se vive não só em Portugal, com o PNEC 2030, como um pouco por todo o mundo, como um incentivo para o trabalho que tem de ser feito. Para Michel Batista, “caminhamos para a sustentabilidade através dos recursos naturais e através da utilização de energia limpa” e a digitalização é uma facilitadora desta mudança, abrindo o caminho para a EPLAN que falou sobre “Sustentabilidade e segurança na plataforma EPLAN CLOUD”. “O que é a sustentabilidade?”, começou por perguntar David Santos. O consultor da EPLAN apresentou várias definições, mas simplificou dizendo que não é mais do que manter algo durante muito tempo, sem que isso perda qualidade. “A nossa ideia é que através da sustentabilidade podemos desenvolver a sociedade, sem comprometermos o futuro”, afirmou. Consciente de que todas as ações do dia-a-dia deixam marcas, David Santos confrontou a