dossier sobre recursos endógenos para energia
instalação de aerogeradores nED100 no Porto de Shoreham (Reino Unido) Norvento
Os portos têm os recursos e espaço necessários para integrarem energias renováveis eólicas que permitam reduzir os altos custos da eletricidade, aumentar as economias e reduzir as emissões de carbono. Além disso, dependendo da natureza dos projetos, as tecnologias eólicas para autoconsumo ou geração distribuída podem auxiliá-los na solução de problemas operacionais. Os portos são infraestruturas que prestam serviços a múltiplos consumidores e têm uma elevada demanda energética (pórticos de carregamento, sistemas de refrigeração de contentores frigoríficos, iluminação, entre outros) e, de outro lado, costumam ter um importante potencial para o desenvolvimento de projetos renováveis eólicos uma vez que possuem suficiente espaço físico, escassa rugosidade do terreno, baixo cisalhamento do vento, velocidade do vento constante e escassa turbulência. Os portos podem tornar-se infraestruturas totalmente autossuficientes através de geração renovável e sistemas de armazenamento, e posicionar-se como microrredes: sistemas elétricos de dimensão reduzida em relação à grande rede, que agrega geração e demanda, e que é capaz de operar desligado doutras redes fornecendo energia de qualidade e de forma confiável. Temos um exemplo no Porto de Shoreham (Reino Unido) onde a Norvento instalou 2 aerogeradores nED100 conseguindo aumentar as economias do porto, reduzir as emissões de CO2 e compensar as quedas de tensão. O porto de Shoreham é um porto comercial na costa sul da Inglaterra que oferece serviços para transporte marítimo de curta distância, incluindo embarcações comerciais, de pesca e recreativas. Este ECO porto procura continuamente novas maneiras de melhorar a eficiência e reduzir sua pegada de carbono. A energia renovável desempenha um papel fundamental na estratégia ambiental do porto, o qual instalou painéis solares e também 2 aerogeradores de 100 kW de potência da Norvento, aproveitando o bom recurso eólico do local.
idade das bombas, ocorreram interrupções na rede elétrica local quando elas estavam em operação. Consequentemente, o operador da rede restringiu a operação das bombas a não mais do que 3.
Situação de partida O porto consome uma grande quantidade de energia todos os dias para bombear água desde o mar para a bacia do porto principal a fim de manter o nível da água estável devido às marés. O bombeamento é realizado com 4 bombas de 185 kW cada, com uma partida muito agressiva que afeta ao fator de potência.
Solução e resultados Para aliviar os problemas que afetavam a atividade do porto, 2 aerogeradores Norvento nED100 foram instalados com os seguintes resultados: •O conversor de potência dos aerogeradores nED100 – com suporte para afundamentos de tensão – conseguiu compensar as quedas de tensão causadas pelas bombas, ajudando a manter os níveis dentro dos limites operacionais da rede; o que permite maior flexibilidade ao porto na sua utilização. • S ão gerados 550 MWh/ano. •O porto consome 50% da energia gerada e o restante da energia é descarregado na rede. • Economias de £12 000/ano. • Redução das emissões de carbono em cerca de 600 toneladas ao longo de toda a vida operacional do projeto.
Problemática do porto •A ltos custos de eletricidade: os custos do porto de Shoreham para operar as bombas, que têm um consumo de eletricidade anual de 475 000 kWh, eram de £40 000/ano. • Restricões operacionais: o funcionamento das bombas foi limitado a duas vezes (na maré alta) para minimizar o consumo de eletricidade. Devido à
Este é apenas um exemplo de como a energia eólica distribuída pode ajudar a reduzir os custos elétricos de um porto e melhorar os aspetos ambientais e operacionais. Estas infraestruturas públicas dispõem do recurso e do espaço necessários à integração das energias renováveis e, apesar de alguns portos terem dado os primeiros passos – o de Bilbau, o de Roterdão, o de Hamburgo, o de Valência, para citar algum outro exemplo –, ainda há muito trabalho a fazer nesta área. 27