vozes de mercado
IRIVKME E GLEZI TEVE GVMEV GMHEHIW mais inteligentes e sustentáveis
Martina Tomé VP Power Systems for Iberia 7GLRIMHIV )PIGXVMG
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Neste momento, não há dúvida de que nos encontramos em plena crise, devido à pandemia de Covid-19; no entanto, na realidade já antes enfrentávamos um futuro preocupante, em que a emergência climática assumia um papel de destaque. Por este motivo, o mundo já estava imerso num processo de transição energética, marcado pelas necessárias exigências das Administrações Públicas a todos os níveis: desde o global, com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU; até ao europeu, com o Acordo de Paris e os múltiplos enquadramentos legislativos locais, entre os quais importa destacar o recente Plano Nacional Energia e Clima (PNEC) 2021-2030. Neste sentido, o segredo do sucesso está nos três D: a digitalização será essencial para otimizar a utilização que fazemos da eletricidade, para fazer mais com menos, alcançar QEMSV I½GMsRGME I ES QIWQS XIQTS QMRMQM^EV EW IQMWW~IW I também para integrar os recursos energéticos descentralizados, que devem contribuir para a descarbonização. Que papel desempenham as cidades neste contexto? Um dos mais importantes, de facto, já que atualmente mais de metade da população mundial vive em ambientes urbanos. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê que em 2050 a população mundial ascenda a 9000 milhões e que 70% deles viva em cidades. Um crescimento sem precedentes que impõe a necessidade de repensar as urbes, o que também se aplica à forma como produzimos e consumimos energia. Isto porque, hoje em dia, as cidades já consomem mais de 75% da
produção mundial de energia e geram 80% das emissões de gases de efeito de estufa globais. Conscientes disto, já são muitas as cidades a envidar esforços para se tornarem inteligentes, aproveitando os progressos das TIC e do Big Data para gerir todos os seus sistemas HI JSVQE YRM½GEHE QEMW I½GE^ I WYWXIRXjZIP
Missão: reduzir as emissões e poupar energia graças à tecnologia Construir cidades mais sustentáveis passa por reduzir as IQMWW~IW I QIPLSVEV E I½GMsRGME IRIVKqXMGE )Q 4SVXYKEP Nj existe um forte compromisso neste sentido, como se pode perceber analisando alguns dos grandes objetivos do PNEC: reduzir as emissões entre -45% e -55% em relação a 2005 I EYQIRXEV IQ E I½GMsRGME IRIVKqXMGE Para além disso, o Governo anunciou em setembro passado um conjunto de incentivos que visa a promoção HI IHMJuGMSW QEMW WYWXIRXjZIMW QIPLSVERHS E WYE I½GMsRcia energética. Este tipo de programas de apoio é muito importante, pois contribui solidamente para a concretização do PNEC 2021-2030, já que os edifícios representam uma grande percentagem do total de energia consumido no país. Assim, no que toca aos edifícios, são muitas as medidas que terão de ser tomadas. Por exemplo, os Sistemas de Gestão de Edifícios (BMS) serão obrigatórios para edifícios com mais de 290 KW, segundo a diretiva europeia 844/2018. Conectando a gestão e o controlo dos distintos sistemas de