FORMAÇÃO
revista técnico-profissional
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o electricista Hilário Dias Nogueira (Eng.º) com o patrocínio de IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.
formação
{ARTIGO TÉCNICO FORMATIVO Nº. 15 - 2.ª PARTE}
Neste número apresentamos a segunda parte de uma revisão sobre a Protecção para garantir Segurança com a principal dedicação às Ligações Equipotenciais. (continuação da última edição)
547 - Condutores de equipotencialidade Nota: Os elementos condutores que não sejam susceptíveis de propagar um potencial exterior, como é o caso, por exemplo, dos aros de portas metálicas, das grelhas de ventilação e dos corrimãos metálicos das escadas podem não ser ligados ás ligações equipotenciais. A ligação das armaduras do betão armado pode ser realizada, apenas, no anel das fundações do edifício (estabelecido nas condições indicadas na secção 542.2.1.1), quando efectuada durante a construção do edifício.
547.1.1 – Condutor de equipotencialidade principal O condutor de equipotencialidade principal deve ter uma secção não inferior a metade da secção do condutor de protecção de maior secção existente na instalação, com o mínimo de 6 mm², podendo, contudo esse valor ser limitado a 25 mm², se de cobre, ou a uma secção equivalente, se de outro metal. Nota: Para as ligações equipotenciais principais veja-se também a secção 413.1.2.1.
Nota: A ligação equipotencial suplementar não é o único meio de realizar as condições de protecção (por exemplo, no esquema TN, pode ser necessária a utilização de dispositivos diferenciais).
413.1.3 Esquema TN 413.1.3.1 Todas as massas da instalação devem ser ligadas ao ponto da Alimentação ligado à terra, próximo do transformador ou do gerador da alimentação da instalação, por meio de condutores de protecção. O ponto de alimentação ligado à terra é, em regra, o ponto neutro. Se não existir um neutro ou se este não estiver acessível, deve ser ligado à terra um condutor de fase, não podendo, em caso algum, este condutor ser utilizado como condutor PEN (15). 413.1.6-(14) - A utilização de ligações equipotenciais suplementares não dispensa a necessidade de corte da alimentação por outros motivos, tais como, a protecção contra incêndio, as solicitações térmicas dos materiais, entre outros.
Nos edifícios que se desenvolvam na horizontal, em que as canalizações metálicas podem penetrar em pontos relativamente afastados uns dos outros, como é o caso das naves das fábricas, é admissível fazer diversas ligações equipotenciais principais nas proximidades dos pontos de penetração das diferentes canalizações no edifício. Nos edifícios em que uma canalização metálica penetre no interior num ponto muito afastado do quadro geral da instalação, se essa canalização for ligada localmente a um condutor de protecção, não é necessário ligá-la à ligação equipotencial principal, sendo, nesse caso, aquela ligação considerada como sendo uma ligação equipotencial suplementar (veja-se
413.1.2.2).
413.1.3.1-(15) - Recomenda-se que o condutor de protecção seja ligado à terra no maior número de pontos possível, de forma a garantir que o seu potencial permaneça, em caso de defeito, tão próximo quanto possível do da terra. Em grandes edifícios, tais como os de grande altura, não é possível, por razões práticas, fazer ligações à terra adicionais dos condutores de protecção. Contudo, as ligações equipotenciais têm, nestes casos, uma função similar. Pela mesma razão, recomenda-se a ligação dos condutores de protecção à terra no ponto em que penetram no edifício. Nota:
413.1.2.2 - Ligação equipotencial suplementar Se as condições de protecção indicadas na secção 413.1.1.1 não puderem ser verificadas numa instalação ou numa parte da instalação, deve-se fazer uma ligação local designada por ligação equipotencial suplementar (413.1.6) (14).
A ligação das massas ao condutor neutro depende do esquema utilizado:
a) No esquema TN-C (em que um mesmo condutor desempenha as funções de condutor neutro e de condutor de protecção), a ligação das massas ao condutor PEN deve ser feita