Palissy Galvani: equipamentos para zonas de risco EX

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ARTIGO TÉCNICO-COMERCIAL

o electricista

revista técnico-profissional

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Palissy Galvani, Electricidade, S.A.

PALISSY GALVANI

{EQUIPAMENTOS PARA ZONAS DE RISCO EX}

O que distingue uma construção anti-deflagrante de uma segurança aumentada? Quando num ambiente existem, potencialmente, gases, vapores ou poeiras inflamáveis que podem causar uma explosão, as zonas envolventes são consideradas áreas de risco e os equipamentos aí utilizados têm de ser adequados ao seu grau de perigosidade. Existem as directivas ATEX e várias normas para controlar e normalizar, quer a utilização desses espaços como a própria construção dos equipamentos, marcandoos conforme as suas características e níveis de segurança. Falaremos aqui do exemplo das fichas e tomadas, equipamento corrente nas instalações, mas um bom exemplo das razões e implicações das construções Ex-d e Ex-e, e como se pode chegar a uma Ex-de.

MODO DE PROTECÇÃO PARA FICHAS E TOMADAS As fichas e tomadas descontactoras (com possibilidade de corte em carga) são constituídas por duas partes distintas que requerem a implementação de dois modos de protecção também distintos: 1. A zona que inclui os contactos usados para ligar e cortar a corrente e onde os arcos ou faíscas ocorrem normalmente quando a ficha é inserida ou retirada.

Esta zona requer uma câmara anti-deflagrante tipo “d” que permita conter o arco, resistir a uma sobrepressão causada por uma explosão interna e eliminar a chama desta explosão de forma a que não se propague à atmosfera circundante; 2. As zonas onde não há arcos nem faíscas, onde os condutores são ligados aos terminais da ficha ou da tomada. Nestas zonas utiliza-se o modo de protecção de segurança aumentada “e”, para evitar qualquer tipo de falha. Fichas e tomadas sem poder de corte em carga utilizam unicamente o modo de protecção “e” de segurança aumentada. São equipadas com um dispositivo de encravamento manual e etiquetas de aviso para evitar qualquer acidente numa eventual desconexão feita em carga. Estão mais sujeitas a erros humanos por distracção ou negligência.

interstícios perfeitamente dimensionados em comprimento e espessura, de forma a extinguir a chama, que não pode atingir o exterior da câmara. Estes interstícios de segurança, dimensionados de forma experimental, também chamados caminhos de chama, são definidos conforme o tipo de substância explosiva no ambiente e o volume interno do espaço.

Figura 1

CORPO ANTI-DEFLAGRANTE “D” A câmara que contém os contactos usados para ligar e cortar o circuito tem de constituir um corpo anti-deflagrante, resistindo aos efeitos de uma possível explosão interna por arco ou faísca. A norma IEC 60079-1 define as características desta câmara antideflagrante “d” exigindo que: › Resista à pressão de uma explosão; › Permita o escape da pressão através de

Figura 2

Na Figura 2 mostra-se o interior da câmara e os contactos de uma ficha e tomada Maréchal DXN1, mostrando os vários caminhos de chama a vermelho. Estes permitem a extinção da chama e o escape dos gases queimados, no caso de haver uma explosão por ignição de um arco.


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