NOTA TÉCNICA
nuclear ou combustíveis fósseis? Não vou aqui, desta vez, enveredar pela defesa ou oposição à solução nuclear na produção de energia eléctrica em larga escala. Da utilização de combustíveis fósseis, também já quase tudo foi referido, desde os aspectos relativos à sustentabilidade das gerações seguintes aos que se referem à libertação de gases de efeito de estufa, entre outros. Após o desastre nuclear que os sismos provocaram no Japão levantaram-se as vozes dos opositores ao nuclear e dos defensores das energias renováveis. Dos combustíveis fósseis ninguém falou! Porquê? Na Alemanha, as manifestações anti-nuclear logo “acordaram”. Mesmo na Finlândia, onde uma nova central nuclear está já em início de laboração, as vozes anti-nuclear também se fizeram sentir. Entretanto o governo Alemão logo estabeleceu que as centrais nucleares deveriam ser todas encerradas até 2022. E nos outros países onde a energia nuclear é parte importante da produção de energia? Destacam-se a Suécia, Áustria, França, Bélgica, Itália, Espanha, entre outros. Será que também pensam em encerrar as centrais nucleares? Um problema se coloca com esta decisão: o que fazer às toneladas de urânio enriquecido não consumido? Sabe-se que as reservas são de valor elevado. Sem o nuclear como prover as redes da necessária energia? Sabe-se que a taxa de penetração de energias renováveis numa rede eléctrica nunca se aproximará dos 100% devido à necessidade de uma reserva de carga suficientemente volante que possa suprimir as “basófias” das energias renováveis, nomeadamente a eólica, cujo vento por vezes “pára de soprar” pura e simplesmente retirando da rede potências elevadas. Em Portugal aponta-se como limite de potência Eólica má-
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Josué Morais Director Técnico
xima a instalar para cerca de 7.000/7.500 MW e para o Fotovoltaico entre 1.000 e 1.500 MW. Em matéria de energias renováveis resta-nos a energia hídrica que se encontra já bastante explorada e dificilmente crescerá, excepto em Portugal onde ainda temos muitos recursos hídricos inexplorados. Neste contexto, como suprir as necessidades energéticas se forem encerradas as centrais nucleares nos países onde as mesmas existem? Com o abandono da construção de centrais a carvão ou a derivados do petróleo, devido aos impactos ambientais e aos custos de produção, têm sido instaladas na Europa dezenas de centrais de ciclo combinado, com grupos geradores accionados por turbinas a gás combinadas com turbinas a vapor, utilizando como combustível o gás natural. Em Portugal temos os exemplos das Centrais da Tapada do Outeiro, Carregado, Figueira da Foz e Abrantes. Sem estas centrais térmicas a gás e as centrais de Sines e Abrantes a carvão, não teríamos auto-suficiência na satisfação dos nossos consumos de electricidade, principalmente no Verão. Este panorama seria diferente se possuíssemos energia nuclear, reduzindo a dependência dos combustíveis fósseis, gás e carvão. Nalguns países a dependência situa-se precisamente ao nível do nuclear e menos ao nível dos combustíveis fósseis. E então na Alemanha? Encerrando as centrais nucleares como vão suprir as suas necessidades de energia eléctrica? Vão também recorrer a mais turbinas a gás? Perante tudo isto, parece pertinente a questão: Nuclear ou combustíveis fósseis?
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