DOSSIER
revista técnico-profissional
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o electricista RS Portugal - Amidata S.A.
o futuro (e o presente) da iluminação Na sua luta contra a mudança climática, um dos principais objectivos da União Europeia (UE) consiste na redução do seu gasto energético total em 20% para 2020. Uma das principais formas para alcançar esta redução passa pela melhoria da eficiência energética dos dispositivos, produtos e sistemas comercializados e utilizados na região. A iluminação pode chegar a representar até uma quinta parte do consumo eléctrico de um lar. Actualmente existe uma diferença de até 80% no desempenho entre a tecnologia menos eficiente e a mais eficiente. Portanto, a renovação das lâmpadas de uma casa pode significar uma poupança de 10 a 15% na factura de electricidade. Assim através da aplicação de uma norma directiva, a União Europeia comprometeuse a eliminar gradualmente as fontes de luz convencionais que desperdiçam energia. O objectivo final da directiva é eliminar todas as lâmpadas que não possuem uma classificação energética A ou B em 2016 (sendo A a classificação energética mais eficiente e G a classificação menos eficiente). Na primeira fase da implementação dessa directiva serão eliminadas todas as lâmpadas com classificação energética inferior a C até 1 de Setembro de 2012. Isto significou que em 2009 foram proibidas as lâmpadas incandescentes ou halogéneas convencionais de mais de 100 W, em 2010 as de mais de 75 W, em 2011 as de mais de 60 W e em 2012 todas essas lâmpadas serão proibidas, já que o seu nível máximo de classificação energética é E.
Nesta directiva contempla-se que algumas lâmpadas específicas para aplicações especiais, por exemplo as lâmpadas de forno, estarão disponíveis. Graças a esta regulação, espera-se que os cidadãos da UE poupem um total de 40 TWh (aproximadamente a electricidade consumida na Roménia ou o equivalente a 10 centrais eléctricas de 500 MegaWatts) e reduzam as emissões de CO2 em 15 milhões de toneladas anuais. Adicionalmente, essa regulação permitirá injectar de 5.000 a 10.000 milhões de euros na economia da UE. Como resposta à necessidade de encontrar uma alternativa sustentável para substituir as lâmpadas tradicionais, surgiram algumas tecnologias no mercado:
A› Lâmpadas halogéneas convencionais de baixo consumo Muitas lâmpadas halogéneas são de baixo consumo, sendo mais eficientes do que as lâmpadas halogéneas tradicionais alimentadas directamente com tensão de rede (220 V). Esses halogéneos convncionais de baixo consumo (12 V) necessitam de halogéneo na luminária ou integrado na lâmpada. Podem alcançar a classe C de eficiência energética e, neste caso, estarão disponíveis até 2016. Podem durar até 4.000 horas, quer dizer, 4 vezes mais do que as lâmpadas incandescentes normais. B› Lâmpadas halogéneas de gás xénon (C-class) Com um gás xénon no seu interior, estas lâmpadas halogéneas consomem aproximadamente 25% menos energia quando comparadas com a melhor das lâmpadas incandescentes convencionais. Podem alcançar a categoria energética C e estarão disponíveis até 2016. Existem em formato para luminária halogénea tradicional, mas também num formato similar às lâmpadas incandescentes tradicionais para poder atender ao mercado actual de luminárias. Têm uma vida útil de 2.000 horas, o que supõe o dobro de uma lâmpada incandescente tradicional.