Graus de protecção: selecção de equipamentos em função das condições de serviço e das influências ex

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ARTIGO TÉCNICO

revista técnico-profissional

o electricista

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Lúcia Miranda e Marta Maltez QUITÉRIOS

graus de protecção {SELECÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM FUNÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SERVIÇO E DAS INFLUÊNCIAS EXTERNAS }

Conhecido o ambiente a que vai estar sujeito determinado equipamento, facilmente conseguimos saber quais os graus de protecção mínimos que devem estar assegurados para que possamos ter uma boa instalação. Diariamente, todos estamos sujeitos a agressões externas, muitas delas derivadas da época do ano em que nos encontramos. Possivelmente não nos protegemos o suficiente e o nosso organismo começa a dar sinais de alguma fragilidade. À semelhança do que se passa com o nosso organismo, também os materiais e as estruturas de protecção devem ser as adequadas às influências externas a que podem estar sujeitas. Numa instalação eléctrica deve ter-se em conta a selecção dos equipamentos em função das condições de serviço e das influências externas. Nas situações em que o ambiente não é o ideal e que pode introduzir riscos maiores ou menores à segurança das pessoas e ao desempenho dos componentes da instalação, devemos cumprir com os graus de protecção indicados e as influências externas a que a instalação estará sujeita. Nas Regras Técnicas (RTIEBT) cada condição de influência externa é designada por um código constituído sempre por um grupo de duas letras maiúsculas e um algarismo. A primeira letra designa a categoria geral das influências externas, sendo que: A – Ambiente; B – Utilização; C – Construção dos Edifícios. A segunda letra designa a natureza da influência externa e o algarismo caracteriza a classe de cada uma das influências.

Conhecido o ambiente a que vai estar sujeito determinado equipamento, facilmente conseguimos saber quais os graus de protecção mínimos... Os Índices de protecção são especificados no RTIEBT na Secção 321 – Codificação das Influências Externas e Secção 512 – Selecção dos equipamentos em função das condições de serviço e das influências externas – ver Tabela 1.

contra a penetração de corpos sólidos e líquidos. É caracterizado por dois algarismos relativos às influências externas onde o equipamento será instalado. O código IK é caracterizado por um grupo de algarismos (00 a 10) e corresponde à protecção contra impactos mecânicos.

A Norma Europeia EN 60529 – “Degrees of protection provided by enclosures (IP Code)” define os graus de protecção para os invólucros e a Norma EN 50102 – “Degrees of protection provided by enclosures for electrical equipament against external mechanical impacts (IK Code)” define os graus de protecção contra impactos mecânicos para invólucros. Ambas as normas estão directamente relacionadas com as Regras Técnicas. Assim facilmente consegue-se saber qual o grau de protecção indicado para uma determinada instalação. Os códigos de protecção IP e IK indicam o grau de protecção dos invólucros para equipamento eléctrico, e ambos são seguidos de dois algarismos que de acordo com as normas mencionadas têm significados distintos. O código IP indica o grau de protecção

Os fabricantes de invólucros e equipamentos eléctricos são responsáveis por colocar no mercado produtos que cumpram com as normas em vigor. A verificação dos graus de protecção, contra corpos sólidos e líquidos, e impactos mecânicos deve ser realizada aos


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