Disjuntores automáticos: tudo o que gostaria de saber sobre disjuntores automáticos de baixa tensão

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DOSSIER

revista técnico-profissional

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disjuntores automáticos

{TUDO O QUE GOSTARIA DE SABER SOBRE DISJUNTORES AUTOMÁTICOS DE BAIXA TENSÃO}

Quem há já algum tempo trabalha num determinado ambiente, adopta uma linguagem própria, de fácil compreensão para aqueles adjacentes a esse meio. Esta regra é também aplicável a quem trabalha em indústrias que projectam e fabricam disjuntores automáticos. Este breve artigo propõe ilustrar os disjuntores automáticos. O DISJUNTORES AUTOMÁTICO E AS SOBRECORRENTES A função principal dos disjuntores automáticos é a de detectar a presença de sobrecorrentes, assim como também eliminá-las antes que estas provoquem danos irreversíveis na instalação e/ou pessoas. Por sobrecorrentes entende-se qualquer corrente de valor superior à suportada pelos cabos utilizados na instalação. Existem dois tipos de sobrecorrentes: sobrecarga e curto-circuito.

mesmo, tanto com correntes normais como na presença de correntes de sobrecarga. De facto, a potência que aquece o cabo é constante e proporcional ao quadrado da corrente, de maneira que à medida que a diferença da temperatura entre o cabo e o ambiente aumenta, esta potência vai sendo cedida ao ambiente sob forma de calor. Assim, a temperatura vai aumentando cada vez menos até atingir a temperatura de regime, a qual toda a potência é transferida para o ambiente e a temperatura do cabo permanece constante.

A SOBREGARGA A sobrecarga ocorre quando a potência absorvida é superior à prevista. Deste modo a corrente ultrapassa a suportada pelos cabos, e portanto, é necessário intervir. De qualquer forma trata-se de correntes que não ultrapassam mais de 10 vezes as suportadas pelos cabos. O fenómeno é lento e as protecções podem não ser instantâneas. Desta forma pode-se deduzir, que a sobrecarga pode ocorrer também na ausência de uma verdadeira falha na instalação.

Figura 1 . Determinação da curva de tempo/corrente para cabos

A figura acima apresenta um diagrama onde se observa uma recta horizontal que representa a temperatura máxima suportada pelo cabo. A partir deste diagrama é possível traçar em baixo uma curva tempo-corrente que indique, para cada valor de corrente, o tempo correspondente no qual se alcança a temperatura máxima aceitável. A sobrecarga é um fenómeno "diabático". Ou seja, ocorre libertação de calor para o exterior. O gráfico da figura 1 mostra, para os valores de correntes crescentes, o comportamento da temperatura no cabo, ao longo do tempo. Pode-se observar que o comportamento da temperatura é o

Para facilitar a leitura, gira-se a curva que obtivemos, e obtém-se a curva de limitação da corrente, em função do tempo para um determinado cabo. Note-se que para espaços de tempo reduzidos o cabo pode suportar correntes superiores à sua capacidade em regime permanente.


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