Novas soluções e novas oportunidades: AGEFE analisa panorama do mercado elétrico em portugal

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o electricista Helena Paulino

novas soluções e novas oportunidades

{AGEFE ANALISA PANORAMA DO MERCADO ELÉCTRICO EM PORTUGAL}

A AGEFE – Associação Empresarial dos Sectores Eléctricos, Electrodoméstico, Fotográfico e Electrónico organizou um encontro com os seus associados, no passado dia 14 de Maio em Leiria, onde discutiram o panorama do mercado eléctrico em Portugal. Foram apresentadas soluções para a redução de custos pela Credinformações e Indra, e outras entidades também alertaram para novas oportunidades de negócio como é o caso da Martifer Solar, ADENE e a própria AGEFE. O saldo foi considerado positivo.

Fernando Marta da Credinformações, empresa gestora de bases de dados de informação de crédito financeiro, foi quem abriu o encontro aberto aos associados da AGEFE, apresentando-se como uma boa solução de fornecimento de informação e inteligência para a decisão e gestão de negócios. A sua presença em operações comerciais em 16 países permite-lhe uma facturação anual de cerca de 1,9 mil milhões de dólares. É especialista em informação nos EUA, em soluções financeiras para particulares, em soluções de tecnologia da informação, e em informação comercial na América Latina.

Esta empresa, proposta da AGEFE para evitar os maus pagadores, apresentou-se como honesta, integra, com informação transparente e cumpridora da ética profissional. A actual base de dados da Credinformações está em constante evolução, tendo actualmente 2.000.000 registos de particulares e empresas.

Com o Bureau Multisectorial da Equifax há reciprocidade porque só vê a informação

quem a fornece, há regras que são estabelecidas pelo próprio grupo de trabalho, e não é visualizada a designação da entidade nem o produto que é reportado. Os participantes têm uma actualização na informação em 24H/48H, os membros do grupo têm preços diferentes devido aos descontos, há uma certificação da informação através de mecanismos de amostragem e ainda uma oferta promocional com desconto adicional para os aderentes, num determinado período. O Bureau foi criado com um número mínimo de entidades, tem produtos adicionais como Alertas, Scores, Notifica (Cartas de pré-inserção), permite a partilha de informação Total, e o alargamento a outros sectores. No final da sua comunicação, a Credinformações referiu que deseja criar um Grupo de Trabalho para, entre outros aspectos, definir regras para o Bureau e aplicá-lo de forma a evitar falhas nos pagamentos por parte de alguns clientes.

A IMPORTÂNCIA DAS FACTURAS ELECTRÓNICAS A Indra partiu de uma comunicação sobre a factura electrónica nos mercados digitais, tratando-a como uma oportunidade para reduzir custos, diminuir erros, aumentar a produtividade, e contribuir para um melhor meio ambiente. Jorge Gonçalves, Director da Indra, explicou que a sua empresa é uma multinacional de Tecnologias de Informação (TI), com 29.000 profissionais e vendas de 2.350 milhões de euros. Já possui uma forte presença internacional nos mercados geográficos com elevado potencial de crescimento, tendo mais de 30 filiais em 90 países de referência. Esta multinacional, que também se apresentou neste encontro como uma proposta da AGEFE para o seus associados, encara o intercâmbio e a gestão electrónica documental como um conjunto de serviços, tecnologias e funcionalidades que permitem aumentar a eficiência nos processos de negócio, normalmente suportados em papel. No intercâmbio e gestão electrónica documental oferecem a entrada de documentos (digitalização, captura e indexação, o tratamento massivo de documentação, e ainda documentos electrónicos), a

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incluir valores de referência que facilitem a leitura da informação pelos consumidores e recomendações de melhoria com viabilidade económica.

O âmbito de aplicação da nova regulamentação situa-se nos edifícios residenciais ou pequenos edifícios de serviços sem sistemas de climatização centralizados, e ainda em edifícios de serviços grandes e pequenos com climatização. Os peritos qualificados têm de verificar a aplicação dos requisitos regulamentares, emitem um certificado e indicam medidas de melhoria, e posteriormente aplicam essas mesmas medidas.

Para que isto possa ocorrer, o perito tem de acompanhar a fase do projecto, a construção e a utilização do edifício. Fátima Alpalhão explicou que de uma forma directa e simples, o certificado identifica o imóvel e o PQ, a etiqueta de desempenho energético, as emissões de CO2 do edifício, a desagregação das necessidades de energia como o aquecimento, arrefecimento e águas quentes e as necessidades de energia.

Fernando Oliveira apresentou uma comunicação que antecipa o futuro, “Portugal Eficiência 2015”, através de um Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética. Para que este plano funcione é muito importante o novo regulamento SGCIE – Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia que representa um instrumento para novas oportunidades de negócio no sector industrial. O SGCIE será aplicado nas instalações consumidoras intensivas de energia com consumo igual anual ou superior a 500 tep/ ano, mas também podem aparecer empresas que tenham um consumo energético inferior a este valor. No entanto, as instalações de cogeração juridicamente autónomas, as empresas de transporte e empresas com frotas próprias consumidoras intensivas de energia, os edifícios abrangidos pelos DL N.º 78/2006, 79/2006 e 80/2006, excepto quando integrados na área de uma instalação industrial consumidora intensiva, e ainda as instalações CIE sujeitas ao PNALE. No SGCIE tem de haver primeiramente um registo online no Portal SGCIE, onde se procede a um registo das instalações, um

registo transitório das instalações RGCE e ainda um reconhecimento de técnicos e entidades. Posteriormente realiza-se uma auditoria energética e procede-se a uma definição no plano de racionalização dos Consumos de Energia (PREn). Há então uma entrega online do Plano para aprovação, e quando este for aprovado converte-se em Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia. No final, há uma entrega online de Relatórios de Execução e Progresso (REP) bi-anuais, e aplicação de penalidades quando as metas não forem cumpridas e as medidas não forem implementadas. As auditorias energéticas, os planos de racionalização e os relatórios de execução e progresso dos planos podem ser executados por Técnicos ou Entidades credenciadas pela DGEG. Relembrou que tem de existir uma interactividade com o Portal do SGCIE, onde podem registar as instalações, proceder a auditorias e planos, relatórios de progresso e registos técnicos e entidades.

Também ali pode encontrar informação sobre incentivos e penalidades, uma bolsa de técnicos e entidades, validação para DGEG de Planos e Relatórios de Progresso, e mais informação. Revelou ainda que haviam 422 novas instalações registadas no SGCIE até ao dia 30 de Abril deste ano, num total de 740 registos, oriundos marioritariamente da alimentação, cerâmica e vidro, têxtil e borracha, e plásticos.

No final, Fernando Oliveira apresentou as vantagens do SGCIE para as empresas associadas da AGEFE em termos de oportunidade de negócio: há uma revitalização do mercado das auditorias energéticas e não só, e por isso, estima-se que as empresas abrangidas pelo SGCIE sejam cerca de 2500-3000, maioritariamente PME’s. As empresas abrangidas pelo SGCIE estão sujeitas a penalidades se as metas dos indicadores de eficiência energética não forem atingidas até ao final do último ano desses planos. Estes resultados dependem das medidas recomendadas e da sua implementação, o que obriga a um trabalho sério de quem tem de fazer as auditorias e as recomendações dadas, obviamente suportado também por uma oferta devida das soluções tecnológicas. As audi-

torias energéticas a que estão obrigadas as empresas com instalações abrangidas pelo SGCIE permitem identificar as medidas de economia de energia, que podem abranger diversas áreas como accionamentos de força motriz, sistemas de ar comprimido, sistemas de bombagem, sistemas de ventilação, sistemas frigoríficos, iluminação, redes de distribuição eléctrica, sistemas de controlo, equipamentos de processo, entre outros.

Assim surge um grande mercado para os fornecedores desses equipamentos e sistemas ao nível das novas soluções eficientes energicamente e/ou para a optimização das tecnologias existentes. Neste momento, só para as instalações registadas há uma enorme procura de consultores para a realização das auditorias e dos PREn’s, e por isso também haverá uma enorme procura de soluções tecnológicas eficientes.

No final do encontro, o do ISCTE Pedro Dionísio, apresentou o estudo sobre a evolução do mercado eléctrico do ano 2008 em Portugal. Concluiu que, no geral, foi um ano positivo para os associados da AGEFE.

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