Regimes de neutro e protecção: contra contactos indirectos e defeitos à terra - parte 1

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ABB, S.A.

regimes de neutro e protecção {CONTRA CONTACTOS INDIRECTOS E DEFEITOS À TERRA - PARTE 1}

O objectivo deste artigo técnico é fornecer ao leitor as informações necessárias sobre os principais aspectos normativos em matéria de protecção contra defeitos à terra e contacto indirecto, esclarecento os problemas mais relevantes e encontrando soluções caixa moldada ABB Sace.

1› PROTECÇÃO CONTRA CONTACTO INDIRECTO EM SISTEMAS TT Um defeito à terra num sistema de neutro à Terra origina o circuito representado na Figura 1.

IK

L1

tura base da legislação portuguesa, RTIEBT DL 226/2005, portaria N.º 949-A/2006, os dispositivos de protecção devem ser coordenados com o dispositivo de ligação à terra, de forma a cortar rapidamente a alimentação se a tensão de contacto atinge valores prejudiciais para o corpo humano. Valores estabelecidos em norma, conforme IEC/TR 60479. Antes de descrever estas recomendações, é útil saber os diferentes tipos de circuitos descritos na referida norma de referência;

L2 L3 N

;

ArTu

SACE

ArTu

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SACE

L SACE

ArTu

Distribution circuit

RB

RA IK

Figura 1

A corrente de defeito flui através dum enrolamento secundário do transformador, da linha condutora, da resistência de defeito, do condutor de protecção, e da resistência do eléctrodo de terra (R A , do utilizador da instalação e RB , do neutro).

De acordo com as recomendações da IEC 60364-4, norma da estru-

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Final circuit

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PROTECÇÕES DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS 97

onde o neutro não é distribuído Z’s b

U0 2·Ia

onde: U0 é a corrente nominal entre o condutor da linha e o condutor neutro; U é a corrente nominal entre condutores da linha; Zs é a impedância de defeito que compreende o condutor da linha e o condutor de protecção do circuito; Z’s é a impedância de defeito que compreende o condutor neutro e o condutor de protecção do circuito; Ia é a corrente que permite o funcionamento do dispositivo de protecção dentro dos tempos normativos para sistemas TN. A norma sugere uma não distribuição do condutor neutro nos sistemas IT. Uma das razões é a dificuldade real em cumprir com a condição prevista na impedância dos duplos defeitos do ciclo Z’s.

Note-se que, na presença de um condutor de neutro distribuído, a impedância deve ser 58% mais pequena do que a impedância Zs, o que é verificado num evento de duplo defeito entre as fases; desta forma, torna-se evidente que existe uma grande dificuldade na coordenação com o dispositivo de corte automático, o qual deve oferecer protecção contra os contactos indirectos.

Além disso, em instalações industriais é muito complexo porque a presença da distribuição neutro isolado pode envolver o risco duma ligação acidental em algum ponto da terra, eliminando as vantagens oferecidas por sistemas IT.

Conclusões: Em suma, no que diz respeito aos sistemas IT, a norma: › não requer um corte automática da alimentação dos circuitos quando ocorre um defeito; › fornece um corte automático da alimentação do circuito se ocorre um segundo defeito, quando o primeiro não é extinto, ao aplicar receitas análogas tanto para sistemas TT ou TN, dependendo do tipo de ligação à terra das partes do circuito exposto; › requer uma monitorização do isolamento à terra na rede, através de CPI, de modo que a ocorrência de algum defeito é assinalado.