Sistema de diagnóstico para caldeiras e fornalhas Utilizando CFD e redes neuronais (2.ªParte)

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Sistema de diagnĂłstico para caldeiras e fornalhas Utilizando CFD e redes neuronais

M 113

(2.a Parte)

Hugo Calisto1 e Nelson Martins2 1 hcalisto@ua.pt, 2 nmartins@ua.pt Departamento de Engenharia Mecânica – Universidade de Aveiro, Portugal

ARTIGO CIENTĂ?FICO

!

"

4. IMPLEMENTAĂ‡ĂƒO DE REDES NEURONAIS

metros de diagnĂłstico usados como

qual os conjuntos de dados sĂŁo envia-

vetores de de rede e os valores-

dos apĂłs devidamente processados no

Uma vez obtidos via CFD os padrĂľes de

. Um

Excel, como ilustrado na Figura 5.

distribuição de variåveis de diagnósti-

dos problemas passĂ­veis de ocorrer no

co, estes foram processados de modo

processo de treino ĂŠ usualmente desig-

O conjunto de teste pode ser utiliza-

a elaborar um sistema de diagnĂłstico

nado por . Este sobreajuste

do na avaliação comparativa tanto de

recorrendo a ANN ( -

pode ocorrer para um dado nĂşmero de

diversas arquiteturas e parâmetros de

tworks

iteraçþes a partir do qual a rede passa

rede distintos (essencialmente em ter-

com a expetativa inicial destas Ăşltimas

a estar demasiado “especializada� no

mos de número de camadas, funçþes

garantirem um desempenho adequado

reconhecimento dos padrĂľes com que

de ativação e algoritmos de treino),

mesmo sob as suas formas mais simples

foi treinada e perde consequentemen-

bem como do desempenho de cada

e usuais disponĂ­veis na prĂłpria

te qualquer capacidade de generali-

rede em particular, nomeadamente

do MATLABÂŽ. Isto tanto em termos de

zação, sendo incapaz de reconhecer

atravÊs do cålculo de correlaçþes entre

arquitetura de sistema, usando redes

! " # $

os vetores de da rede treinada e

com em mĂşltiplas camadas,

sido utilizados no processo de treino.

os valores-objetivo.

diz respeito, concretamente os algorit-

Este problema pode ser contornado

O sistema de diagnĂłstico ĂŠ suposto

mos padrĂŁo [7, 8].

atravÊs da implementação de uma

reconhecer padrĂľes correspondentes

8

como no que aos algoritmos de treino

metodologia dita de .

a sujamento e fugas ocorrendo em 24

-

Enquanto o conjunto de treino ĂŠ utili-

superfĂ­cies de controlo localizadas em

mulaçþes CFD foram exportados para

zado de modo usual, o algoritmo utili-

trĂŞs nĂ­veis designados A, B e C dividi-

Excel, onde foram processados e as-

za o conjunto de validação de modo a

dos em oito setores angulares, como

sociados ao caso particular a que se

comparar o erro global da rede obtido

ilustrado na Figura 1. Um parâmetro

referem, em termos de normalidade

utilizando os conjuntos de treino e va-

de sujamento e outro de fuga sĂŁo cal-

ou anormalidade da situação. Este pro-

lidação, parando o processo de treino

culados para cada superfĂ­cie, sob a for-

cesso inclui nomeadamente uma nor-

quando a diferença entre os erros ex-

*! R e r

malização dos valores para o intervalo

& '

acima referidas, sendo dada fenĂłmeno

[-1,1], a sua colocação em ordem alea-

ĂŠ assim interrompido antes da ocor-

simulado com trĂŞs nĂ­veis sucessivos de

tĂłria (de modo a eliminar enviesamen-

rĂŞncia de , em vez de atingir

severidade.

tos associados Ă ordem de apresenta-

o número måximo de iteraçþes ou o

ção dos valores) e uma separação em

valor-objetivo de erro. Como referido

Vårias opçþes foram consideradas em

trĂŞs subconjuntos de dados distintos,

anteriormente este processo recorre

termos de arquitetura de rede, utilizan-

designados conjunto de treino, valida-

Ă prĂłpria do MATLABÂŽ, para a

do em qualquer dos casos redes com

ção e teste e contendo tipicamente 60, 30 e 10% do número total de conjuntos de dados [9, 10]. O motivo para esta divisão Ê intrínseco ao processo de treino, em que os conjuntos de dados são apresentados sequencialmente à rede neuronal, que de modo a representar da forma mais adequada as relaçþes entre os parâ-

Figura 5. Fluxo de dados.


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sua implementação simultânea Ê ainda relativamente recente, tendo mostrado ser promissora no desenvolvimento de sistemas de diagnóstico, tanto desde a fase de desenvolvimento do sistema a que se destinam como na ausência de dados relativos a sistemas jå existentes. A sua interação paralela, por oposição a uma forma sequencial, permite otimizar os resultados de cada ferramenta numa sÊrie de passos diversas relativamente tanto à caldeira como ao respetivo sistema de diagnóstico, ainda antes de ser atingida a fase de protótipo, permitem otimizar o desempenho do sistema acabado enquanto diminuem os custos de desenvolvimento e manutenção. ciam os processos de desenvolvimento tanto do equipamento tÊrmico propriamente dito como dos respetivos sistemas de diagnóstico e controlo, reduzindo tempos e custos de desenvolvimento, enquanto se otimiza o desempenho do sistema integrado.

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M

18 de Outubro 2012


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