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Estando já em preparação adiantada o próximo Congresso Nacional de Manutenção organizado pela A.P.M.I., torna-se importante refletir sobre os grandes temas da atualidade e que afetam a atividade da Manutenção. A economia europeia, e nomeadamente a economia nacional, dão sinais de começar a despertar de uma longa letargia, em que à crise financeira se associaram muitas hesitações quanto ao nosso futuro coletivo enquanto europeus. Algumas destas questões que nos foram colocadas continuam a representar desafios para um futuro próximo e que podem abalar o otimismo atual. Não sabemos como vão acabar as negociações para o Brexit, a inserção de muitos imigrantes e refugiados para a Europa continua demonstradamente a ser muito difícil, a crise dos défices dos estados do Sul da Europa não dá sinais de melhorar, o problema emergente da Península da Coreia que poderá abalar todo o mundo, e poderíamos a continuar
editorial
a enumerar uma série de situações políticas ou económicas que nos podem vir a afetar direta ou indiretamente. Por outro lado, está a emergir aos olhos de todos uma evolução das tecnologias de apoio às nossas atividades com a aplicação de novos conceitos de produção que têm naturalmente implicações na Manutenção. A digitalização dos meios de
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produção, e sobretudo do seu controlo, implicam a adaptação de novas formas de atuação da Manutenção num contexto organizacional mais alargado. Indústria 4.0,
Luís Andrade Ferreira
Machine learning, Cyber-physical systems, Suply-chains 4.0, entre outros, obrigam
Diretor
a uma intervenção diferente sobre os equipamentos, com a aplicação de novos conhecimento e práticas. Num cenário destes só organizações, empresas ou organismos estatais bem estruturados são capazes a resistir com uma resiliência elevada a todas as alterações possíveis deste mundo em que vivemos. Naturalmente, a Manutenção aparece como uma atividade estruturante das organizações e deve ser encarada seriamente como tal. Como sabemos, nem sempre, para não dizer quase sempre, não é essa a abordagem dos nossos gestores de topo, que apesar de terem já evoluído na abordagem que fazem da Manutenção, continuam a considerá-la como mera atividade de suporte às organizações. Cabe-nos refletir sobre estes temas e apresentar as nossas propostas de intervenção. Naturalmente o local ideal para o fazer será o próximo Congresso Nacional de Manutenção, onde esperámos por vós e pela vossa participação ativa na discussão destes e doutros temas de relevo para a Manutenção!
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