Porque existem movimentos dinâmicos em máquinas industriais (1.ª parte)

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Porque existem movimentos dinâmicos em måquinas industriais

M

(1.a Parte) Este artigo aborda um problema complicado que tem atormentado

de grandes esforços para alinhar de forma precisa os veios rotativos das måquinas e o seu movimento dinâmico (demonstrado sobretudo pela dilatação tÊrmica nas caixas das måquinas) as måquinas continuam a funcionar em condiçþes pouco favoråveis de alinhamento.

neares quando as måquinas estão sob condiçþes normais de funcionamento. O alinhamento adequado do eixo não Total Indicator Reading (TIR) do acoplamento nem dos veios, mas antes pelos próprios centros de rotação dos veios que são apoiados nos rolamentos da måquina.

Eng.º Luís Marques Saraiva Eurotecnologia – Måquinas e Equipamentos Industriais, Lda. info@eurotecnologia.pt

DOSSIER › Gestão de Energia Aplicada a Motores ElÊtricos

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Antes de abordar as tolerâncias de alinhamento

devemos

mencionar

que existem, atualmente, dois tipos de desalinhamento, Angular e Radial. Vamos considerar cada um deles separadamente. Desalinhamento Radial (por vezes referido como Desalinhamento Paralelo) Ê a distância entre os centros de cada eixo de rotação medida no plano de transmissão de energia, a partir

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da unidade de acionamento para a unidade de motor. Isto ĂŠ tipicamente medido no centro de acoplamento. As unidades para esta medida sĂŁo os mm. Desalinhamento Angular (por vezes Repare nesta imagem. Parecem mĂĄ-

ca? As bases sĂŁo idĂŞnticas como foram

referido como “gapâ€? ou “faceâ€?) ĂŠ, atu-

quinas iguais no camiĂŁo, nĂŁo parecem?

todas as ligaçþes, tubagem, etc. Isto

almente, a diferença na inclinação de

Na verdade, sĂŁo mesmo mĂĄquinas

aponta para a necessidade de medir a

um veio, normalmente da mĂĄquina

iguais. Elas atĂŠ possuem nĂşmeros de

posição real do mecanismo. Os cålculos

móvel, em comparação com a inclina-

sĂŠrie consecutivos. Foram instaladas

da dilatação anterior são um bom pon-

ção do veio numa outra måquina, ge-

ao mesmo tempo, ao lado uma da ou-

to de partida mas nĂŁo deve ser a Ăşnica

ralmente uma mĂĄquina estacionĂĄria.

tra, e desempenham as mesmas fun-

tentativa feita.

As unidades desta medição são com-

çþes (fornecimento de ar quente para

paråveis às mediçþes da inclinação de

a secção de secagem num processo

Este artigo irĂĄ abordar alguns funda-

um telhado, Subir/Descer. Neste caso,

produtivo).

mentos do alinhamento de precisĂŁo,

a subida ĂŠ medida em mm e o desvio

tal como a metodologia adequada para

(distância ao longo do eixo) Ê medido

Estes ventiladores aquecem em funcio-

calcular a dilatação tÊrmica. De seguida

em mm, portanto, as unidades para o

namento, por isso os cĂĄlculos sĂŁo fei-

irĂĄ ser debatida e demonstrada a im-

Desalinhamento Angular sĂŁo mm/mm.

tos para determinar a sua posição em

portância das mediçþes em campo das

A distância para o desvio Ê, frequente-

funcionamento (jĂĄ que a caixa do ven-

posiçþes atuais em linha.

mente, estabelecido como 100 mm e o

tilador e os suportes dilatam assim que

Desalinhamento Angular ĂŠ, assim, indi-

as mĂĄquinas comecem a funcionar). O

cado em mm/100 mm.

que foi descoberto ĂŠ que dois ventila-

ALGUMAS NOÇÕES Bà SICAS

dores idĂŞnticos nĂŁo funcionam de for-

O que ĂŠ o alinhamento dos veios?

Como jĂĄ referido, existem duas con-

ma idêntica? Houve uma diferença de

Alinhamento do veio ĂŠ o posiciona-

diçþes distintas de alinhamento que

quase 0,5 mm no seu alinhamento. Por

mento dos centros de rotação de dois

requerem correção. TambÊm existem

que razão hå uma diferença tão dråsti-

ou mais veios, que deverĂŁo ser coli-

dois planos de desalinhamento, o Pla-


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