A Importância da capacitação

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Espaço Associação Coração Amarelo | 5

A Importância da capacitação Capacitar! Formar! Informar! Passar conselhos! Rever e avaliar atuações!

Sandra Mourinha Presidente da Direção da Delegação de Lisboa

Todas estas ações ou sinónimos servem para um propósito: potenciar o desenvolvimento humano, ou seja, das competências que cada um de nós já possui ou que vem adquirindo ao longo da vida e que sendo melhoradas poderão melhor servir o propósito para o qual sejam dirigidas. Na vida pessoal, familiar, profissional e social enquanto atores e interventores sociais. Na Associação Coração Amarelo – Delegação de Lisboa há muito que assumimos a responsabilidade de proporcionar aos voluntários as oportunidades de adquirirem ou reverem conhecimentos que, no âmbito da sua atuação, possam contribuir para uma maisvalia na resposta proporcionada, mas também para que conheçam os limites da respetiva atuação. Desde logo, remontando ao ano de 2005, a Associação Coração Amarelo candidatou-se ao então denominado Programa de Apoio Integrado a Idosos (PAII), financiado pelo Centro Distrital da Segurança Social de Lisboa (CDSS) e fundos europeus e, por um período de 3 anos, implementou um conjunto de várias iniciativas de formação dirigidas a voluntários, tendo apresentado níveis de execução acima dos 96%. As iniciativas subdividiam-se em diferentes níveis - do inicial ao avançado, passando por encontros temáticos. E desde logo a diferença fez-se sentir no seio da atuação dos voluntários, pois, para além de terem um caráter obrigatório, o entusiasmo e os resultados recolhidos através de instrumentos de avaliação de satisfação permitiram-nos validar que a importância destas iniciativas constituía uma mais-valia para a atuação dos voluntários, que nessa altura não dispunham de enquadramento técnico. É então em 2009 qua o já aqui citado CDSS de Lisboa valida uma proposta apresentada pela Associação, no sentido de poder ter um reconhecimento da resposta de voluntariado dirigida à população idosa com enquadramento de uma equipa técnica.

É entendimento da Associação que faria sentido dispor de um conjunto de profissionais da área das ciências sociais que coordenasse a intervenção dos voluntários - cidadãos que por várias motivações desejam dedicar algum do seu tempo livre em prol de alguém mais velho e que se encontre numa situação de solidão ou isolamento social. E assim se tem mantido o acordo atípico celebrado com a Segurança Social e que valida, para além do acompanhamento à população idosa, a possibilidade de recrutar, selecionar, enquadrar, acompanhar e avaliar o desempenho de voluntários para além do trabalho dirigido à pessoa idosa. Há cerca de quatro anos criou-se a figura de Gestor de Voluntariado na equipa técnica, tendo ficado entregue essa missão à área da Psicologia. Desde há dois anos que se implementou um projeto de capacitação denominado Ciclo de Encontros Temáticos, capaz de se ajustar às diferentes necessidades de revalidação de competências dos voluntários, uma vez que ocorre numa periodicidade bimestral, em horário pós laboral, de livre participação mas com indicação de inscrição e subordinado a temas que os voluntários vão comunicando à gestora de voluntariado como sendo os mais difíceis de lidar. Tentamos proporcionar também a oportunidade de se confrontarem com momentos em que colocam em causa as dúvidas que encontram no caminho que percorrem enquanto coadjuvantes de uma intervenção social que é mista, ou seja, o voluntário atua no âmbito social e o técnico na vertente profissional. A sexualidade na pessoa idosa. O testamento vital. A emocionalidade no voluntariado. … Os temas são tratados e apresentados por reconhecidos especialistas nas respetivas matérias que graciosamente se associam à nossa organização e nos fazem crescer. A vontade de ir mais além implica-nos e avaliamos o nosso trabalho frequentemente, sendo que da última avaliação do CEV realizada os resultados – patentes nos gráficos abaixo – nos renovam o ânimo para, presencialmente ou numa versão à distância, prosseguirmos neste caminho.


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