2 | Editorial
Ver ou não ver, eis a questão?
Cláudia Guedes da Costa Diretora
Caríssimo leitor, O ser humano tem cinco sentidos e a visão é a única que permite ver o mundo criando imagens fantásticas na memória, tornando-se determinante na relação do indivíduo com o espaço envolvente. Das suas aferências derivam muitas operações complexas desde a sobrevivência à execução de tarefas claramente especializadas e elaboradas. As transformações morfológicas e fisiológicas associadas ao envelhecimento são inevitáveis. A visão acompanha esta degenerescência criando novos paradigmas visuais. A incidência das alterações normais e patológicas do sistema visual irão paulatinamente avolumar-se, condicionando a qualidade de vida com consequências a nível pessoal, familiar, profissional e ainda acarreta enormes custos sociais e económicos. Grande parte da perda visual não chega a ser diagnosticada e, portanto, não recebe tratamento, somando e agravando outras incapacidades funcionais, favorecendo a depressão, o isolamento social, aumentando as comorbilidades e as disfunções previamente presentes: »» perda de interesse por uma atividade anteriormente agradável, por exemplo, a leitura, um importante instrumento de inclusão social e de combate à solidão; »» intoxicações alimentares e mesmo envenenamentos pela dificuldade na leitura de rótulos e dos prazos de validade dos medicamentos; »» dificuldade no excesso de luminosidade; »» instabilidade nas passagens para ambientes mais escuros ou mais claros; »» dificuldade na identificação de letras pequenas; »» acidentes no interior e exterior porque não percebem desníveis e não visualizam degraus; »» dificuldade com a confluência de corredores; »» desorientação em ambientes com uniformidade de cores, bem como com excesso de padrão; »» dificuldade em seguir pistas sensoriais pouco ou escassamente identificadas como números ou letras nas portas; »» quedas e atropelamentos.
FICHA TÉCNICA DIGNUS 03 4.º trimestre 2019 DIRETORA Cláudia Guedes da Costa · claudia.dignus@gmail.com CONSELHO EDITORIAL Ana Araújo, Ana Isabel Martins, Ana Monteiro, António Palha, Carlos Wehdorn, Cláudia Moura, Elisa Serôdio, Filipa Menezes, Helena Costa, Horácio Firmino, Ilda Gois, Janinéri Cordeiro, Joana Monteiro, Joana Sousa, José Manuel Silva, José Reis, José Canas da Silva, Luís Jacob, Madalena Pinto, Manuel Viana, Márcio Vara, Margarida G. Resende, Ricardo Pocinho, Sandra Penêda Patrício, Sérgio Ferreira CORPO EDITORIAL Diretor Executivo: Júlio Almeida T. +351 225 899 626 · julio.almeida@dignus.pt Marketing: André Manuel Mendes · geral@dignus.pt Redação: Helena Paulino,T. +351 220 933 964 · redacao@dignus.pt DESIGN E WEBDESIGN Ana Pereira · a.pereira@cie-comunicacao.pt · T. +351 225 934 633 ASSINATURAS T. +351 220 104 872 · info@booki.pt · www.booki.pt COLABORAÇÃO REDATORIAL Susana Arranhado, Isabel Baião, Manuela Pacheco, Luís Jacob, Mónica Teixeira, Ana Soares, Catarina Teixeira, Adriano António Pinto de Sousa, Assunção Nogueira, Zaida Azeredo, José Guilherme Monteiro, Maria João Menéres, Lilianne Duarte, José Salgado-Borges, Filipe Esteves, Pedro Coelho, Sandra Prazeres, Helena Costa, Gabriela Martins, Cristiana Carvalho, Esmeralda Martins, Elisa Serôdio, Cristiana Pinto, Inês Varejão Sousa, Luísa Pimentel, Sara Mónico Lopes, Cezarina Maurício e Sandra Silva. PROPRIEDADE, REDAÇÃO E EDIÇÃO CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.® Empresa jornalística Reg. n.º 223992 NIPC: 509 870 104 Grupo Publindústria Praça da Corujeira, 38, Apartado 3825, 4300-144 Porto T. +351 225 899 626/8 geral@cie-comunicacao.pt · www.cie-comunicacao.pt CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Júlio António Martins de Almeida (gerente) DETENTORES DE CAPITAL SOCIAL Júlio António Martins de Almeida (40%) António da Silva Malheiro (30%) Publindústria – Produção de Comunicação, Lda. (30%)
“Para preservar a saúde ocular, as pessoas devem ter acompanhamento médico regular, de preferência anualmente (...)”
Desde Hipócrates até à atualidade que a evolução do conhecimento na área da oftalmologia e a preocupação com a prevenção, tal como com um diagnóstico cada vez mais precoce, potenciam com o propósito de assegurar às pessoas um melhor funcionamento visual. A visão deve ser acautelada desde o nascimento, exortar a sua prevenção e tratar quando necessário. O aperfeiçoamento tecnológico em cooperação com a literacia visual permitem a prevenção e o tratamento de doenças anteriormente classificadas como incuráveis. Para preservar a saúde ocular, as pessoas devem ter acompanhamento médico regular, de preferência anualmente, ou em períodos mais curtos, caso haja prescrição para tal. No que respeita ao panorama da saúde da visão em Portugal, existem diferentes medidas para globalmente aumentar a assistência à população. Espero que veja com bons olhos este terceiro número dedicado às Doenças Oculares relacionadas com a Idade.
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