Dossier: instrumentação e automação do processo

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ArmazÊm Automåtico – capacidade, performance, custo Eng.º Luís Reis Neves

Conservação de energia Carl-Fredrik Lindberg, Naveen Bhuthani, Kevin Starr, Robert Horton

HĂŠlder Silva Diretor-Geral da Fluidotronica

UREËWLFD

Com a evolução da indĂşstria temos assistido nas Ăşltimas dĂŠcadas, e em particular nos Ăşltimos anos, Ă criação de soluçþes que visam incrementos de produtividade, qualidade e ďŹ abilidade dos processos produtivos. Para aumentar a sua competitividade e qualidade, na maioria dos setores de atividade, as empresas procuram depender cada vez menos do erro humano, bem como de toda a ineďŹ ciĂŞncia que lhe estĂĄ subjacente. As soluçþes tĂŞm passado sobretudo pelo recurso a processos automĂĄticos, sejam eles produtivos ou de controlo, que tenham a menor inuĂŞncia possĂ­vel da intervenção humana. O desenvolvimento tecnolĂłgico tem contribuĂ­do, em larga escala, para este fenĂłmeno com o surgimento de soluçþes cada vez mais rĂĄpidas, eďŹ cientes e ďŹ ĂĄveis. Atualmente ĂŠ possĂ­vel encontrar processos produtivos em que a presença humana estĂĄ, sobretudo, ligada a funçþes auxiliares, pois grande parte da produção ĂŠ garantida atravĂŠs de soluçþes robotizadas, que garantem elevados nĂ­veis de eďŹ ciĂŞncia e qualidade. Obviamente, nunca se chegarĂĄ ao extremo da “automatização completaâ€? das fĂĄbricas, pois a intervenção humana serĂĄ sempre necessĂĄria. Mas a verdade ĂŠ que se conseguem hoje em dia, recorrendo Ă tecnologia disponĂ­vel, soluçþes que permitem Ă s empresas produzir mais, com menores custos e com nĂ­veis de qualidade superiores. É por estas razĂľes que se fala cada vez com maior intensidade em Investigação e Desenvolvimento, atravĂŠs da qual as empresas de cariz tecnolĂłgico buscam novas soluçþes, recorrendo a poderosas ferramentas de projeto

e simulação, mas tambĂŠm a prototipagem. Estas atividades tĂŞm um peso cada vez maior no dia-a-dia das empresas a atuar neste setor, pois sĂł desta forma ĂŠ que podem apresentar ao mercado soluçþes que lhes sejam interessantes. Em muitos casos, as soluçþes e sistemas que desenvolvem sĂŁo Ăşnicos, protĂłtipos em si mesmos, o que obriga a um esforço e a um investimento muito grande nestas ĂĄreas. Mas sĂł assim ĂŠ que as empresas consumidoras destas soluçþes tĂŞm podido evoluir, aumentando a sua competitividade e garantindo a sustentabilidade futura. Por terem especiďŹ cidades consoante o setor de atividade para os quais sĂŁo desenvolvidos, estes processos acabam por estar presentes em diversos setores, como a indĂşstria automĂłvel, alimentar, do calçado, das madeiras, dos plĂĄsticos, entre muitas outras. As empresas sĂł podem ser competitivas se forem rentĂĄveis e se produzirem com elevados Ă­ndices de qualidade. A instrumentação e a automação trazem Ă indĂşstria respostas a estas duas necessidades. Costumamos dizer, que se determinado processo de automação eliminar um operador numa determinada tarefa, o ganho que a empresa tem com essa alteração, vai permitir a criação de riqueza, gerando habitualmente mais dois lugares. A automação dĂĄ tambĂŠm resposta Ă s necessidades e preocupaçþes ergonĂłmicas, que sĂŁo cada vez mais prementes e que trazem melhor qualidade de vida aos locais de trabalho. Todos os esforços envidados na ĂĄrea da automação industrial tĂŞm como foco o incremento da satisfação do homem em geral, seja ele na qualidade de beneďŹ ciĂĄrio dessa automação, na Ăłtica do trabalhador (porque vĂŞ as suas tarefas

suavizadas), seja na Ăłtica do utilizador, que pode usufruir de produtos cada vez com maior qualidade e tecnologia incorporadas, a preços mais competitivos. Obviamente, o interface deverĂĄ ser gradualmente mais intuitivo e ĂŠ isso mesmo que se tem vindo a veriďŹ car. Apesar da complexidade crescente dos sistemas de automação desenvolvidos, a necessidade de recorrer a tĂŠcnicos altamente especializados para os manobrar ĂŠ cada vez menor. Isto demonstra que existe a preocupação por parte de quem desenvolve estas soluçþes, de encontrar interfaces cada vez mais amigĂĄveis e intuitivas. A eďŹ ciĂŞncia energĂŠtica ĂŠ tambĂŠm fundamental e transversal, nĂŁo sĂł Ă automação ou Ă indĂşstria, mas a todas as ĂĄreas sociais e de negĂłcio. Estamos em constante e rĂĄpida evolução do mundo e da forma de viver. Os nĂ­veis de exigĂŞncia crescem constantemente e os recursos ao invĂŠs de se expandirem tendem a reduzir. Isto signiďŹ ca que rentabilizar ĂŠ palavra de ordem na atualidade, no que Ă energia diz respeito. No entanto, esta jĂĄ nĂŁo ĂŠ uma preocupação futura, ĂŠ atual, pois todos os fabricantes de equipamentos jĂĄ tĂŞm em consideração estes fatores no desenvolvimento dos seus produtos. Em suma, podemos dizer que a automação e a instrumentação trazem Ă s empresas e Ă indĂşstria em geral uma maior qualidade, quer no ambiente/condiçþes de trabalho quer nos produtos que se fabricam, assim como na rentabilidade das operaçþes. Tudo isto se traduz noutro tipo de qualidade bem mais importante: a da vida de todos, ora seja no papel de trabalhadores ora de utilizadores, o resultado ĂŠ sempre o mesmo: uma maior satisfação e qualidade de vida.


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