Eficiência energética no tratamento de águas residuais

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ção de 25% dos consumos em 5 anos (2008-2012) num payback estimado de 10 anos (claramente justificável num horizonte de concessões a 40 ou 50 anos) ou a Holanda com um objetivo de redução de 2% ao ano até um máximo de 15%. Para Portugal e apenas analisando o setor público, a estimativa é de uma redução dos custos operacionais em 15%. Pedro Santos Gestor de Produto Ambiente na F.Fonseca. F.Fonseca, S.A. Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910 ffonseca@ffonseca.com · www.ffonseca.com /FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda

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Eficiência energética no tratamento de águas residuais

1. INTRODUÇÃO O tratamento de águas residuais pode ser definido como a recolha de águas residuais domésticas, urbanas e industriais e o seu encaminhamento para Estações de Tratamento de Águas Residuais e/ou Industriais (ETAR e ETARI). Estas infraestruturas devem possibilitar um tratamento eficiente por forma a garantir a despoluição destes efluentes antes da sua devolução ao meio recetor, não comprometendo os seus usos, nem gerando impactos negativos na saúde pública e nos ecossistemas. Os efeitos positivos inerentes ao funcionamento de Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETARs) são evidentes e incontestáveis. Contudo, a construção e exploração destas infraestruturas, assim como todas as que lhes estão associadas, podem originar impactos negativos no ambiente que devem ser considerados desde a fase de conceção do projeto. Assiste-se, atualmente, a uma exigência crescente nos requisitos de qualidade das descargas de efluentes urbanos no meio hídrico recetor e, em paralelo, a uma maior pressão no sentido do aumento da eficiência na operação de ETAR, no que diz respeito ao consumo energético e de outros recursos. Nos últimos anos verificou-se uma preocupação crescente a nível internacional na otimização dos processos relacionados com o mercado das águas, como mostram os exemplos da Dinamarca, com um objetivo de redu-

2. NOVAS ESTRATÉGIAS DE CONTROLO A redução da fatura energética passará certamente pela utilização de energias renováveis (inclusive o aproveitamento do biogás) e aplicação de melhores conceitos de engenharia na remodelação das infraestruturas existentes e nos novos projetos. É um facto que a maior fatia do consumo de energia deste mercado advém do funcionamento das infraestruturas, nomeadamente Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e Estações Elevatórias (EE), pelo que o primeiro

passo será a implementação de novas metodologias de controlo que permitam por si só uma redução dos custos operacionais. Neste âmbito identificam-se diferentes abordagens de controlo operacional: A abordagem convencional › Decisões de controlo normalmente baseadas em variáveis de nível; › Estrutura de decisões conservativa; › O funcionamento das estações de tratamento ou de bombagem tende a ser dependente dos picos de consumo e não do consumo diário. A abordagem dinâmica › Decisões de controlo baseadas nas previsões de consumo utilizando o princípio básico da repetição das curvas de consumo; › Controlo adaptativo baseado na tendência de consumo. As potencialidades do controlo dinâmico são facilmente inumeráveis: operação

Figura 1. Sistemas de controlo dinâmico de nova geração, local ou remoto e funções de otimização energética.


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