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Luís Reis Neves Departamento de Engenharia da SEW-EURODRIVE Portugal
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Utilização de conversores de frequência no tratamento de água Oxigenador de águas residuais 1. INTRODUÇÃO Se no passado, o motor e o redutor se confundiam com acionamentos, essa abordagem é atualmente bastante limitada. O acionamento deixou de ser o músculo desprovido de inteligência que agia cegamente às ordens de um controlador de nível superior. Os acionamentos emergiram para um nível superior impulsionados pelas exigências da engenharia moderna. Os componentes anteriormente mencionados são complementados com poderosos, compactos e versáteis conversores de frequência (frequentemente também designados por Variadores Eletrónicos de Velocidade), controladores, monitores de segurança e amigáveis interfaces Homem-Máquina. A polivalência requer uma adaptação constante às necessidades de produção e reação imediata à informação provida por outros atuadores e sensores. Como tal, os acionamentos têm que falar entre si e com outros dispositivos criando uma teia de comunicação e sendo, consequentemente, integrados em redes de bus de campo. Por outros termos, os acionamentos são a combinação harmoniosa da mecânica, eletricidade, eletrónica, informática e automação. Ou, numa palavra: mecatrónica. Os controladores de alto nível (normalmente PLC ou PCi) confiam, cada vez mais, o controlo do movimento e ações de automação aos acionamentos, verificando-se uma migração da inteligência, ou seja, descentralização. Cada vez mais os acionamentos são independentes na geração e monitorização do movimento, analisando sinais periféricos, dialogando entre si e com os operadores de forma direta. Ao tradicional controlador de nível superior é dado o papel de supervisor. Do anterior exposto resulta, de forma incontestável, que os acionamentos assumem um papel fulcral no universo da movimentação. Consequentemente,
a sua especificação tem de ser bastante criteriosa não apenas em termos técnicos, mas também em termos económicos. É da análise das várias alternativas que surge uma solução melhorada. As exigências técnicas e o custo do investimento são apenas algumas das variáveis da complexa equação de que resulta o acionamento ideal. Terá que ser feita uma abordagem considerando o ciclo de vida completo, tendo em conta também a instalação, formação, operação, manutenção (sem descorar a manutebilidade) e encaminhamento do produto no seu final de vida.
2. OS CONVERSORES DE FREQUÊNCIA Os conversores de frequência estão fortemente implantados em ambiente industrial. A sua utilização enobrece o uso dos motores, possibilitando o controlo da velocidade, do binário e da posição. Oferecem outras vantagens técnicas
como, por exemplo, suavização de paragens e arranques, adaptação do acionamento à carga, otimização dos ciclos de funcionamento às necessidades de produção, implementação rápida de elevados níveis de proteção, otimização do fator de potência, poupança de energia, entre outros. Podem ser controlados e monitorizados através de entradas e saídas “físicas” ou via bus de campo. São de fácil utilização e possuem sistemas intuitivos de parametrização, programação e diagnóstico, podendo estes ser executados através de consolas ou, frequentemente, por PC, existindo para o efeito suites de aplicações específicas. 2.1. Constituição e princípio de funcionamento de um conversor de frequência Em todos os conversores de frequência é possível identificar inequivocamente duas secções: a secção de potência e a secção de controlo.
Figura 1. Conversores de Frequência MOVITRAC® LTP-B da SEW-EURODRIVE.