Foundation Fieldbus: exemplo de aplicação - 2.ª parte

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Foundation Fieldbus: exemplo de aplicação

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Vítor Viegas 1, 2, J. M. Dias Pereira 1, 2 Instituto PolitÊcnico de Setúbal, Setúbal, Portugal 2 Instituto de Telecomunicaçþes, Lisboa, Portugal Email: vitor.viegas@estsetubal.ips.pt 1

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2.ÂŞ Parte

1. INTRODUCĂƒO O artigo apresenta uma instalação de cariz didĂĄtico desenvolvida para demonstrar os princĂ­pios do controlo de processos utilizando a tecnologia Foundation Fieldbus (FF). O texto começa por apresentar o desenho da instalação, descrevendo o processo fĂ­sico que a suporta e as malhas de controlo que ela disponibiliza, uma de nĂ­vel e outra de caudal, grandezas tĂ­picas em processos industriais. O texto “agarraâ€? depois na tecnologia FF e explica como pode ser utilizada para controlar a instalação, descrevendo a conďŹ guração dos instrumentos, o desenho de uma estratĂŠgia de controlo e a implementação de um programa de supervisĂŁo. O texto prossegue descrevendo os ensaios experimentais a que a instalação foi sujeita e termina extraindo conclusĂľes quanto ao seu desempenho.

2. PROCESSO FĂ?SICO O processo fĂ­sico ĂŠ a infraestrutura que cria os fenĂłmenos fĂ­sicos que se pretendem controlar. No presente caso, o processo disponibiliza as seguintes malhas de controlo (Figuras 1 e 2): ďšš Malha de controlo de nĂ­vel: o nĂ­vel de ĂĄgua no interior do tanque fechado ĂŠ medido pelo transmissor LT1 e ĂŠ controlado atuando sobre a vĂĄlvula de controlo FCV1. O tanque estĂĄ equipado com uma vĂĄlvula de escape para evitar pressĂľes superiores a 3 bar; ďšš Malha de controlo de caudal: o caudal de ĂĄgua que sai do tanque ĂŠ medido pelo transmissor FT1 e ĂŠ controlado atuando sobre a vĂĄlvula de controlo FCV2.

IF1 (um conversor corrente/FF com trĂŞs canais independentes). Todos os conversores, transmissores e vĂĄlvulas de controlo foram devidamente veriďŹ cados e calibrados antes da realização dos ensaios experimentais. Os instrumentos FF foram reunidos num (Ăşnico) segmento H1 alimentado com 24 VDC e terminado por uma resistĂŞncia de 100 Ί em sĂŠrie com um condensador de 100 nF. O barramento H1 foi ligado diretamente a um computador anďŹ triĂŁo (sem passar por um segmento H2) atravĂŠs de uma placa de interface que funciona tambĂŠm como dispositivo de ligação (modelo USB-8486 da National Instruments (NI) [1]). No anďŹ triĂŁo foi instalado o software necessĂĄrio para conďŹ gurar e operar o sistema, nomeadamente o programa NI-FBUS ConďŹ gurator 4.0.1 [2] e o ambiente de desenvolvimento LabVIEW 2011 apetrechado com o mĂłdulo DSC (Datalogging and Supervisory Control) [3-4].

A Tabela 1 apresenta as principais caraterísticas da instrumentação instalada no processo físico. A interface com os transmissores analógicos (LT1 e FT1) foi feita utilizando o conversor

3. CONFIGURAĂ‡ĂƒO DOS INSTRUMENTOS FF A conďŹ guração dos instrumentos FF ĂŠ muito desaďŹ ante porque depende da dinâmica do processo fĂ­sico e da multiplicidade de opçþes oferecidas pelos blocos funcionais. A Ăşnica forma de lidar com este nĂ­vel de complexidade ĂŠ utilizando boas as ferramentas de conďŹ guração, como ĂŠ o caso do programa NI-FBUS ConďŹ gurator. O trabalho de conďŹ guração foi feito online interagindo diretamente com os instrumentos FF. Isto requer paciĂŞncia (porque o barramento H1 ĂŠ lento), mas tem a vantagem de permitir corrigir os erros Ă medida que vĂŁo surgindo (depuração incremental). O trabalho foi feito instrumento a instrumento de acordo com o seguinte procedimento: 1. Reinicializou-se o instrumento carregando a sua conďŹ guração de fĂĄbrica;

Figura 1. FotograďŹ a do processo fĂ­sico.

Figura 2. Diagrama P&I do processo fĂ­sico.


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