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entrevista
PALISSY GALVANI comemora 125 anos e garante: “o futuro é elétrico” por Marta Caeiro
A história do nome da “CASA PALISSY GALVANI” está intrinsecamente ligada à história da evolução dos estudos sobre eletricidade e sobre a sua aplicação mas, sobretudo, ao período em que a empresa foi fundada, tendo como objetivo a comercialização de material elétrico. É a história da mais antiga empresa do país no comércio de artigos elétricos e que, em 2020, completa 125 anos. Foram essencialmente anos de um crescimento acelerado e de uma especialização na área de produtos e serviços para a indústria, que valeram à empresa a representação de marcas internacionais para o mercado de Portugal. Passados 125 anos, há uma missão que procuram cumprir: Servir a indústria e a distribuição com um conjunto de marcas, da Europa e da América do Norte; e também propor soluções com qualidade adequada. Conversamos com Mário Chaves, Diretor-Geral da PALISSY GALVANI. Neste período pós-pandemia, ainda que já sinta falta de contactos pessoais, garante que com foco e organização as empresas serão mais produtivas do que antes da Covid-19. Revista “o electricista” (oe): Com 125 anos de existência, a PALISSY GALVANI é a mais antiga empresa comercial portuguesa do ramo elétrico. Como é que surgiu a empresa e que momentos chave da sua história destacaria? Mário Chaves (MC): A “CASA PALISSY GALVANI” foi criada em 1895 em Lisboa, no elegante Chiado, no 1.º espaço de Lisboa onde foi instalada luz elétrica, poucos anos antes. A equipa chefiada pelo sócio Guilherme F. Simões abria uma oferta para este novo mundo no seu balcão. Na altura, num pequeno raio www.oelectricista.pt o electricista 74
de 1 km estava o maior mercado: telefones, energia, bancos, seguradoras, marinha marcante, embaixadas, ministérios, câmara, polícias, estaleiros. Isto, claro, para além do teatro São Carlos e do Grémio literário… Em 1945 a família Ferreira Chaves e Sousa comprava a empresa, que continua na família passados 75 anos.
Uma história que muitos não conhecem é que só a partir do final dos anos 40 do século passado é que a tensão em Lisboa foi normalizada para 220 V/380 V. A PALISSY GALVANI foi selecionada pela Standard Eléctrica para alterar pequenos equipamentos de Lisboa para 220 V, o que foi feito no Chiado pelos eletricistas da empresa. Em 1963 a PALISSY GALVANI tem um stand na Feira das Indústrias (atual FIL), onde apresenta as suas marcas. Entre elas a FRIEDLAND, de que é o 1.º distribuidor internacional. Nos anos 60 e 70 a grande expansão da reparação e construção naval - Lisnave, Setenave, … - torna este setor o mais importante da empresa. No período seguinte foi a vez de a eletrificação geral do país pela EDP, junto com o investimento ferroviário, que teve um grande impacto na nossa atividade. Nos anos 90 a empresa comprou instalações de 400 m2, no prédio ao lado, para onde mudou a sua sede. E adquiriu 3000 m2 – 2000 de área coberta – no futuro 1.º complexo industrial da Granja, para o seu novo centro logístico, inaugurado em abril de 1997, onde está hoje toda a empresa. Desde o “telephone PALISSY GALVANI” de 1900 (no Museu das Comunicações), até ao carregador de veículos elétricos ENSTO no