ficha prática n.º 64: práticas de eletricidade

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formação

ficha prática n.º 64 práticas de eletricidade PRÁTICAS DE ELETRICIDADE Manuel Teixeira ATEC – Academia de Formação

Após a análise das gamas construtivas de transístores, impõe-se desconstruir as principais aplicações. Dessa forma vamos começar com os Amplificadores de Potência. Neste tipo de utilização cuja finalidade seja excitar um transdutor qualquer que necessite de elevada potência para o seu acionamento, a escolha dos componentes, dos métodos de cálculo, enfim, todas as considerações acerca do projeto desse novo estágio serão bem diferentes das adotadas para o projeto de circuitos pré-amplificadores analisados anteriormente, que trabalham com sinais de baixo nível. Dessa forma, devemos levar em consideração qual a potência que deve ser obtida, qual será a excursão de corrente e a tensão do coletor, e ambas aliadas a um mínimo de distorção exigido. Além dos aspetos abordados, é imprescindível que se fale também a respeito da temperatura, sobre a qual devemos ter total controlo. Para isso devemos, além de métodos conectivos e adequados de escolha de componentes, lançar mão também do uso de dissipadores de calor, dos quais dispomos inúmeros tipos e formatos, visando atender a todas as reivindicações necessárias em termos de espaço, estabilização da temperatura, preço, entre outros. Assim, vamos encontrar circuitos que de uma forma mais ou menos complexa vão satisfazer as nossas necessidades em termos de potência, atuando com um grau maior ou menor de eficiência.

25.3 Eficiência de um Andar Amplificador Em qualquer máquina elétrica, existe uma grandeza importante, que é o seu rendimento. Num amplificador, essa grandeza não tem grande significado visto termos duas componentes, uma DC e outra AC. Então é usual definir outra grandeza designada por eficiência, que é a relação entre a potência obtida na carga (potência útil) e a potência DC total consumida pelo amplificador, pelo facto de a potência AC perdida, ser insignificante comparada com a potência DC. A fonte de alimentação fornece uma corrente DC total que circula na resistência de coletor (Rc) e na resistência de polarização R1, quando temos polarização por divisor de tensão, com uma tensão de alimentação, Ucc. Então obtemos a seguinte expressão: IT = I1 + IC

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PT = UCCIT

Ficando a fórmula para a eficiência: pLMÁX

η=

PT

x 100%

25.4 Ganho de Potência Tal como definimos anteriormente, temos:

Ganho de corrente → Ai=

Ganho de tensão → Au =

ic

Ai ≅ β

ib uo uI

(depende do tipo de amplificador)

O ganho de potência será também por definição, dado por: Ap =

po pI

em que: po - Potência de saída pi - Potência de entrada por outro lado sabemos que: p i = ui . ib e que: po = -uo . ic teremos então: Ap =

po pI

Ap =

-uo . ic ui . ib

Ap = -Au . Ai

sendo: Ap - Ganho em potência Au - Ganho em tensão Ai - Ganho em corrente Para os amplificadores, coletor comum e base comum, o raciocínio é idêntico ao utilizado para o emissor comum, pelo que apresentamos de seguida, num quadro resumo, as últimas expressões deduzidas para o amplificador E.C. e as correspondentes para as outras montagens, C.C. e B.C. A montagem em emissor comum é das três montagens a que apresenta melhores características para este tipo de operação.


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