Sistemas de controlo de iluminação: (Variáveis de controlo, ganho e perdas com os sistemas De contro

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dossier sobre luminotecnia

sistemas de controlo de iluminação (VARIÁVEIS DE CONTROLO, GANHO E PERDAS COM OS SISTEMAS DE CONTROLO) Carla Marisa Rocha Eng.ª Eletrotecnica Astratec Lighting Consultant

O futuro da iluminação é, e sempre será, um grande desafio; todos os dias surgem novas tecnologias, num processo de inovação constante; a par com esta inovação avança também uma perfeita aliança entre o desenvolvimento da tecnologia LED, o design direcionado para o conforto do utilizador e as tecnologias de comunicação. Uma excelente combinação de áreas complementares, cuja união dão à iluminação um futuro brilhante. Com o objetivo da Europa 2020, de melhorar a eficiência energética em 20%, a preocupa‑ ção com a poupança de energia é claramente mais visível na mente, tanto dos consumido‑ res como das empresas. Cresce o desejo de se ter um design cada vez melhor nos equipa‑ mentos utilizados, e cresce a preocupação de se terem equipamentos eficientes, para que haja mais poupança e produtividade no local de trabalho.

FONTE: LUTRON ELECTRONICS CO., INC. www.oelectricista.pt o electricista 52

Com esta preocupação de poupança surge a necessidade de se fazer um controlo da nos‑ sa iluminação, de modo a se conseguir otimi‑ zar a luz e chegar a uma maior eficiência. A diversidade de fontes de luz que utiliza‑ mos no nosso dia­‑a­‑dia é enorme e, enquanto os LEDs se tornam o futuro, devemos lembrar que até mesmo as velas ainda são usadas. Neste sentido, um bom controlo de ilumi‑ nação tem que ser capaz de suportar tanto novas tecnologias, como as existentes, exce‑ to as velas, é claro… A possibilidade do dimming e comutação de qualquer tipo de carga é fundamental para se conseguir iluminar os nossos espaços adequadamente, alcançando “aquele” am‑ biente desejado e poupando energia, o que resulta num maior conforto e economia. Este controlo deve também ser capaz de incluir tanto a já mencionada luz artificial, como a luz natural, fazendo o controlo da lu‑ minosidade que nos entra nos nossos am‑ bientes através de sistemas de estores e/ou cortinas automatizadas, otimizando assim o consumo de energia relacionado com a ilu‑ minação, mas também com a climatização. São também mais amplas as possibilida‑ des com que podemos interagir com a nossa iluminação, passando do simples interruptor ou teclado, para os tablets e smartphones, sem esquecer os sistemas que nos detetam e reagem em conformidade, sem que se tenha que levantar um dedo. A necessidade urgente de reduzir o con‑ sumo de energia, para combater a mudança climática e a conservação dos recursos na‑ turais do mundo é agora, mais do que nunca, capaz de ser conseguida pela confluência das três tecnologias já mencionadas. Temos novas fontes de luz, particularmente com a recente viabilidade dos LEDs como uma boa solução para a iluminação de edifícios, o de‑ senvolvimento de um design simples dos in‑ terfaces para o utilizador e todos suportados pelos avanços das tecnologias de comunica‑ ção acessíveis, que permitem que os vários sistemas de rede se juntem e comuniquem. Agora temos espaços, onde é fácil para os utilizadores interagirem e tomarem

decisões inteligentes sobre o equilíbrio de luz natural e artificial a ser utilizado; desta forma consegue­‑se implantar a luz artificial (lâmpa‑ das e luminárias) de uma forma mais eficien‑ te do que nunca. No entanto, ao mesmo tempo que a tecno‑ logia de ponta relacionada com a iluminação avança a um ritmo alucinante, não estamos a abandonar antigas técnicas ao mesmo ritmo que estamos a adotar as novas. Isto não sig‑ nifica que não estejamos a avançar; significa apenas que existem muitas coisas que perma‑ necem úteis e populares, apesar de todos os avanços que se façam. Enquanto as notícias falam da proibição das lâmpadas incandes‑ centes, ainda temos muitos usos para os halo‑ géneos, especialmente na área da decoração, bem como luminárias com lâmpadas fluores‑ centes e de iodetos metálicos. Levará ainda muitos anos até que as fontes de luz sejam completamente substituídas por LEDs. Portanto, é essencial que os sistemas de controlo de iluminação sejam abrangentes para qualquer tipo de fonte de luz. Sistemas de controlo somente para LEDs, simplesmen‑ te não cobrem as necessidades do mercado. E apesar das novas formas de controlo de iluminação, através dos tablets e outros dispositivos inteligentes, o mercado para a aparelhagem de luz continua a estar ocupa‑ do. A diferença é que estes interruptores de luz já não são para interromper a alimentação das nossas lâmpadas mas, em vez disso, são para fornecer uma entrada de um sinal para um sistema mais avançado. Olhando para lá do simples interruptor, vamos encontrar os nossos sistemas de controlo de iluminação, com os respetivos controladores, os quais comunicam através dos vários protocolos existentes no mercado - 0-10 V, DALI, DMX e muitos outros. Os sistemas de controlo de iluminação, sem sombra de dúvida, ajudam a reduzir os custos de energia e trazem muitos outros be‑ nefícios, tanto no ambiente de trabalho como no aconchego das nossas casas. Alguns dos passos que podemos dar para podermos usufruir desses benefícios podem ser os seguintes:


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