Case Study
Gestão e Controlo de Inspeções de Equipamentos de Elevação Parte II Pedro Paulino Gestor de Serviço de Inspeções de Elevadores
Com a entrada em vigor do Decreto-Lei
Nesta 2.a Parte do artigo pretendo focar ou-
n.˚ 320/2002, a competência de gestão
tros aspetos a ter em conta que têm uma
do pedido da inspeção/reinspeção por
e controlo das inspeções transferiu-
forte componente no modelo de gestão das
parte da Administração de Condomínio
-se para as Câmaras Municipais. Este
inspeções e reinspeções realizadas.
ou EMIE e a data da realização propria-
>
artigo pretende levantar questões pertinentes e apontar caminhos para
mente dita? GESTÃO PARA A QUALIDADE
uma gestão e controlo eficaz das
A certificação da Qualidade é cada vez mais
inspeções periódicas aos equipamentos
encarada como um objetivo estratégico de
de elevação.
uma Organização. A satisfação dos Cidadãos/
Na última edição da presente revista tive a
Quantos dias passam entre o momento
>
Executam-se inspeções urgentes? Quantos dias passam entre o pedido e a realização propriamente dita?
>
Executam-se selagens? Quantos dias
Munícipes é o principal objetivo a atingir com
passam após a notificação à administra-
todo o processo de certificação de qualidade.
ção e a selagem executada?
oportunidade de abordar, em linhas gerais, o modelo de gestão aplicado em alguns
E porque não implementar a Certificação da
Como é do conhecimento dos vários inter-
municípios nacionais com vista a um eficaz
Qualidade ao nível das inspeções, reinspeção
venientes nesta área, incluindo as Empre-
controlo e gestão de todas as intervenções
e selagens?
sas de Manutenção e as Entidade Inspeto-
executadas nos equipamentos de elevação,
ras, nem todos os Municípios executam a
no âmbito do Decreto-Lei n.° 320/2002 re-
Para que se possa iniciar o processo de Certi-
realização das inspeções e reinspeções nos
lacionadas com as competências das Câ-
ficação da Qualidade o gestor deverá levan-
prazos mínimos exigidos pelo Decreto-Lei
maras Municipais.
tar algumas questões:
n.° 320/2002. Esta variação de execução temporal de município para município podia pensar-se que estaria relacionada com a dimensão do parque de equipamentos existentes e/ou do número de pedidos de inspeções efetuados pelos seus cidadãos. Ora, está provado que estes fatores não podem ser usados como motivo para o problema. Atualmente há municípios que dispõem de 7000 equipamentos e cumprem rigorosamente os prazos de execução (como, por exemplo em Sintra) e há outros municípios afetos à Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo que, ao todo, dispõem de 1500 equipamentos e conseguem igualmente cumprir com os prazos. O problema está claramente no modelo de gestão adotado por esses Municípios que por diversos fatores não conseguem es-
© Zorana Godosev
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elevare
tipular prazos aceitáveis para a realização das inspeções. Estas situações acarretam